Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 100
- Editora Betel
Mateus - Lição 06
Comentarista: Bp. Manuel Ferreira
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pb. Bene Wanderley
Texto Áureo
Mateus 4.18
E Jesus, andando junto ao mar da
Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as
redes ao mar, porque eram pescadores.
Texto Áureo
Mateus 5:1
“E Jesus, vendo a
multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus
discípulos.”
Verdade Aplicada
Os pertencentes ao Reino
dos céus são conhecidos pelo seu caráter, convicção e grande alegria.
Textos de Referência
Mateus 5:3-9
Bem-aventurados os pobres
de espírito, porque deles é o Reino dos céus...
Bem-aventurados os que
choram, porque eles serão consolados...
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra...
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos...
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia...
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus...
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus...
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra...
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos...
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia...
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus...
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus...
O
Sermão da Montanha
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
O famoso “Sermão da Montanha”, pode
ser considerado o A-B-C do cristianismo, já que nele, somos discipulados nos requisitos
primordiais para o ingresso definitivo no Reino dos Céus. É preciso compreender
que Jesus, enquanto homem, foi um dedicado estudante da lei mosaica, e seu
domínio do Talmude era reconhecido até mesmo pelos líderes da sinagoga de
Nazaré, que se assentavam para ouvir seus ensinamentos (Lucas 4:16-30). Jesus
dominava os preceitos da Torá e esmiuçava em detalhes os relatos dos profetas
antigos desde a mais tenra idade (Lucas 2:41-52), e agora, com seu ministério
público a todo vapor, Jesus ansiava por revelar aos seus discípulos uma nova
visão sobre a lei, obscurecida por uma religiosidade corrompida. Cristo era um
cumpridor da lei, e este é um fato inquestionável. Jesus respeitou a cultura
local, cumpriu rituais da religião judaica e pagou os impostos devidos a Roma.
Porém, como parte de sua missão, veio para corrigir pontos falhos desta mesma
lei, e dar uma dimensão espiritual para conceitos até então, apenas materiais
(Mateus 5:48). A lei instruía, fiscalizava e punia ações praticadas, mas Jesus estava preocupava
em conscientizar as pessoas sobre as “intenções do coração”, um conceito que embora
esquecido pelos religiosos, estava estabelecido desde o Antigo Testamento (I
Samuel 16:7). Embora Lucas cite alguns trechos deste grandioso discurso, Mateus
parece transcrevê-lo na íntegra, tornando seu texto numa base obrigatória para qualquer
discipulado cristão.
Mateus relata que uma grande multidão se agrupou em torno de Jesus, a fim de ouvi-lo. Aquela audiência era formada por pessoas vindas de todas as partes da Judeia, inclusive, da capital Jerusalém, além de muitos viajantes oriundos da costa marítima de Tiro e Sidom. Grande parte desta gente estava enferma, e almejava uma cura. Outros tantos eram atormentados de espírito e buscavam libertação, e todos tentavam desesperadamente “tocar” em Jesus, a fim de receber sua virtude. Então, para ter uma maior abrangência, Cristo se dirigiu a uma região montanhosa, escolhendo ali um lugar “plano”, criando assim um tipo de “anfiteatro improvisado” (Mateus 5:1 / Lucas 6:17). Os discípulos de Jesus se assentaram a sua volta, e Ele começou a ensiná-los. Mais do que “dar o peixe”, Jesus ensinaria aquela multidão a “pescar”. Pela primeira, vez Jesus se dirige a um mundo legalista e imerso em religiosidade vazia, clamando em alto e bom som por uma mudança de comportamento social e religioso, que deveria passar primeiro pela reforma do próprio pensamento humano. Seus seguidores são ensinados a pensar com a mentalidade do Reino dos Céus, priorizando o “eternal” em lugar do “efêmero”, o “celestial” ao invés do “terreno”. E é aí, que reside a dificuldade em por em prática tais ensinamentos, pois seu fundamento básico é levar o indivíduo a deixar de ser “quem ele é”, e se tornar “quem Deus deseja que ele seja”. A renúncia pessoal é a maior característica dos integrantes do Reino dos Céus, e este é o princípio básico de todo ensinamento de Jesus, e quem deseja se engajar em sua “causa santa”, imediatamente se coloca na contramão do fluxo natural do mundo, nadando contra forte correnteza. Ser cristão, é se opor a um sistema dominante, o que certamente, colocará um alvo em nossos costas, nos fazendo vítimas de ataques diários e incessantes, quando não, mortais. E segundo o próprio Cristo, isto deve ser para nós, motivo de alegria. Tem como ser mais paradoxal? Sim!
O termo “bem-aventurado”, que abre o sermão de Jesus, significa mais do que o estado emocional representado pela felicidade. Ele inclui um bem-estar espiritual, baseado na aprovação de Deus e na plena certeza que nossa felicidade está assegurada na eternidade, mesmo que a vida na terra nos reserve apenas sofrimento, abnegação e renúncia. Em seu sermão, Jesus nos ensina a sermos a luz num mundo de trevas e o sabor numa sociedade insípida. Em outras palavras, temos que ser diferenciais. Amar os inimigos, orar por em nos persegue, abençoar quem nos amaldiçoa, oferecer a outra face a quem esbofeteia nosso rosto. Cristo nos ensina que não existem recompensas para que barganha o amor (amar por ser amado), ou para quem usa a devoção como marketing pessoal, já que Deus nos vê em secreto (Mateus 5:46; 6:6). A lei punia o homicídio, mas agora Jesus equipara a calúnia ao assassinato. Se a religião condenava o adultério, Cristo vai muito mais fundo ao censurar os pensamentos lascivos (Mateus 5:21-28).
A grande (e dolorosa) verdade é que, quando revistamos o Sermão do Monte, nossas ações e pensamentos são confrontados pela “legislação” do Reino dos Céus, e temos a compreensão de como ainda estamos distante de cumpri-la com totalidade. Conhecemos "de cor e salteado" o texto de Mateus 7:13, e falamos com empolgação sobre a porta “estreita”, mas de fato, desconhecemos suas reais dimensões. Ser cristão é nascer de novo, da água e do espírito (João 3:1-4). O nascimento da água pode ser entendido como um processo de purificação, onde o homem, através de sua fé em Cristo, é limpo de todo seu pecado e lavado pelo Sangue de Cristo, símbolo máximo da Aliança Neo Testamentária (I Coríntios 11:25) . Já o nascer do Espírito remete a uma mudança completa na forma de pensar e agir, quando o velho homem é crucificado com Cristo, amortizando assim a vontade da carne e dando vazão ao espírito que desde o princípio clama por Deus. Esta transformação leva a um indivíduo a um novo estado de prioridades, onde elementos terrenos, antes causadores de tristezas e frustrações permanentes, são renegados a um status de inferioridade, sendo nossa mente ocupada por temas “eternais”. E se esperamos em Deus e no seu Reino, vivemos em graça e esperança, acalentados pelas promessas fieis de nosso Deus. Não existe felicidade maior
Mateus relata que uma grande multidão se agrupou em torno de Jesus, a fim de ouvi-lo. Aquela audiência era formada por pessoas vindas de todas as partes da Judeia, inclusive, da capital Jerusalém, além de muitos viajantes oriundos da costa marítima de Tiro e Sidom. Grande parte desta gente estava enferma, e almejava uma cura. Outros tantos eram atormentados de espírito e buscavam libertação, e todos tentavam desesperadamente “tocar” em Jesus, a fim de receber sua virtude. Então, para ter uma maior abrangência, Cristo se dirigiu a uma região montanhosa, escolhendo ali um lugar “plano”, criando assim um tipo de “anfiteatro improvisado” (Mateus 5:1 / Lucas 6:17). Os discípulos de Jesus se assentaram a sua volta, e Ele começou a ensiná-los. Mais do que “dar o peixe”, Jesus ensinaria aquela multidão a “pescar”. Pela primeira, vez Jesus se dirige a um mundo legalista e imerso em religiosidade vazia, clamando em alto e bom som por uma mudança de comportamento social e religioso, que deveria passar primeiro pela reforma do próprio pensamento humano. Seus seguidores são ensinados a pensar com a mentalidade do Reino dos Céus, priorizando o “eternal” em lugar do “efêmero”, o “celestial” ao invés do “terreno”. E é aí, que reside a dificuldade em por em prática tais ensinamentos, pois seu fundamento básico é levar o indivíduo a deixar de ser “quem ele é”, e se tornar “quem Deus deseja que ele seja”. A renúncia pessoal é a maior característica dos integrantes do Reino dos Céus, e este é o princípio básico de todo ensinamento de Jesus, e quem deseja se engajar em sua “causa santa”, imediatamente se coloca na contramão do fluxo natural do mundo, nadando contra forte correnteza. Ser cristão, é se opor a um sistema dominante, o que certamente, colocará um alvo em nossos costas, nos fazendo vítimas de ataques diários e incessantes, quando não, mortais. E segundo o próprio Cristo, isto deve ser para nós, motivo de alegria. Tem como ser mais paradoxal? Sim!
O termo “bem-aventurado”, que abre o sermão de Jesus, significa mais do que o estado emocional representado pela felicidade. Ele inclui um bem-estar espiritual, baseado na aprovação de Deus e na plena certeza que nossa felicidade está assegurada na eternidade, mesmo que a vida na terra nos reserve apenas sofrimento, abnegação e renúncia. Em seu sermão, Jesus nos ensina a sermos a luz num mundo de trevas e o sabor numa sociedade insípida. Em outras palavras, temos que ser diferenciais. Amar os inimigos, orar por em nos persegue, abençoar quem nos amaldiçoa, oferecer a outra face a quem esbofeteia nosso rosto. Cristo nos ensina que não existem recompensas para que barganha o amor (amar por ser amado), ou para quem usa a devoção como marketing pessoal, já que Deus nos vê em secreto (Mateus 5:46; 6:6). A lei punia o homicídio, mas agora Jesus equipara a calúnia ao assassinato. Se a religião condenava o adultério, Cristo vai muito mais fundo ao censurar os pensamentos lascivos (Mateus 5:21-28).
A grande (e dolorosa) verdade é que, quando revistamos o Sermão do Monte, nossas ações e pensamentos são confrontados pela “legislação” do Reino dos Céus, e temos a compreensão de como ainda estamos distante de cumpri-la com totalidade. Conhecemos "de cor e salteado" o texto de Mateus 7:13, e falamos com empolgação sobre a porta “estreita”, mas de fato, desconhecemos suas reais dimensões. Ser cristão é nascer de novo, da água e do espírito (João 3:1-4). O nascimento da água pode ser entendido como um processo de purificação, onde o homem, através de sua fé em Cristo, é limpo de todo seu pecado e lavado pelo Sangue de Cristo, símbolo máximo da Aliança Neo Testamentária (I Coríntios 11:25) . Já o nascer do Espírito remete a uma mudança completa na forma de pensar e agir, quando o velho homem é crucificado com Cristo, amortizando assim a vontade da carne e dando vazão ao espírito que desde o princípio clama por Deus. Esta transformação leva a um indivíduo a um novo estado de prioridades, onde elementos terrenos, antes causadores de tristezas e frustrações permanentes, são renegados a um status de inferioridade, sendo nossa mente ocupada por temas “eternais”. E se esperamos em Deus e no seu Reino, vivemos em graça e esperança, acalentados pelas promessas fieis de nosso Deus. Não existe felicidade maior
A
descrição das bem-aventuranças
Bem-aventuranças são o estado
permanente da perfeita satisfação e plenitude apenas alcançada pelos súditos do
Reino. Isso significa que os Seus discípulos precisam aprender dEle como serem
felizes desde já. Jesus enunciou aos Seus discípulos uma série de
bem-aventuranças. Será que elas têm importância para nós hoje? Sim, elas são um
modo de expressarmos um caráter que glorifique ao Pai e de nos realizarmos como
súditos do Reino e discípulos de Jesus. Bem-aventurado no grego é “macários”,
que significa “estado de felicidade profunda”, cujo sinônimo perfeito no
português é beatitude. Da mesma raiz latina “beatus”, que significa “feliz”.
Deus nos preparou um caminho de felicidade ligado à ética. Felizes são os
humildes de espírito em relação a Deus e ao próximo e não os soberbos desse
mundo. Afortunados são os que choram, não por tristeza comum, mas por sofrerem
pelo Reino dos Céus. Felizes são os mansos, capazes de manterem a força da
paciência quando sofrem oposição e são insultados. A engrenagem principal que
deve promover a felicidade plena e permanente é a prioridade do Reino de Deus
na vida do cristão (Mateus 6:33). A dependência de Deus, seu choro e sua
paciência em meio ao sofrimento, por causa do Reino dos céus não torna os
cristãos infelizes, pelo contrário, torna-os possuidores de uma indescritível
felicidade e gratidão a Deus, porquanto a atenção da pessoa está centralizada
no Reino e não em si mesma.
Prósperos são “os que têm fome e sede
de justiça” e não os que folgam com a injustiça e a causam. O sentimento da
busca pela justiça que vem dos céus deve ser tão forte como a fome, em que a
pessoa sinta dor e não seja capaz de pensar facilmente noutras coisas. Os
súditos do Reino devem ser cheios de misericórdia e não insensíveis à miséria
alheia. Devemos demonstrar a prática da bondade em favor dos miseráveis e
aflitos. “Os limpos de coração” são aqueles que cultivam internamente o temor a
Deus e se santificam. Os tais terão uma visão beatífica, que é o próprio Deus!
Estas bem-aventuranças são exercícios interiores que se expressam externamente
e visam que a pessoa cultive em seu coração o dever de promover o seu
semelhante, isso é ter fome e sede de justiça e praticar misericórdia. Tal
prática não lhe dá o direito de se sentir superior, nem de ser cobiçoso de
vanglória, mas servo de Deus como Jesus Cristo foi (Filipenses 2:5-11). Igualmente,
a limpeza de coração não diz respeito apenas a adultérios e invejas, mas um
temor a Deus em que a pessoa se santifique de toda contaminação e rapina (Mateus
23:25; Lucas 11:39). Jesus chama de bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, isto é, os que desejam acima de tudo ajustar-se à mente do Senhor.
Eles não anelam por se tornarem ricos, poderosos ou eruditos, mas por serem
santos. Bem-aventurados são todos os tais. Um dia terão o suficiente do que
desejam, acordarão revestidos à semelhança de Deus e serão satisfeitos (Salmo
17:15).
Os pacificadores são aqueles que não
apenas amam a paz, ou aqueles que preferem a paz do que a uma “boa demanda”,
mas são aqueles que promovem pacificação de fato. São os que têm maturidade
suficiente para reconciliar inimigos. Os tais tornam-se participantes da
natureza divina, ou seja, filhos de Deus. A seguir, “os que sofrem perseguição
por causa da justiça” são agentes de transformação de um sistema corrupto e
injusto que não se renderão, seja no âmbito religioso, político ou os dois
simultaneamente. Na mesma categoria estão os que sofrem perseguição por amor a
Cristo. São vítimas de calúnias, perseguição e toda sorte de mentiras. A estes
pertencem não só o Reino, mas também o galardão. O Senhor Jesus Cristo
estabeleceu que a ética dos súditos do Reino de Deus consiste em ir além do
mero amor à paz ou ausência de conflitos. É lamentável que existam pessoas que
busquem confusões e cismas. A Palavra nos diz que Deus abomina os tais. Devemos
estar conscientes que Deus quer usar as nossas vidas como agentes de
transformação do meio, através de Cristo e Sua justiça, mas para isso temos que
sofrer, olhando sempre para Jesus (Filipenses 2:5-11; Hebreus 12:2). Os
pacificadores são os que exercem a sua influência pessoal a fim de promoverem a
paz e o amor, tanto em particular como em público, em casa ou no estrangeiro.
São os que se esforçam para que todos os homens se amem mutuamente (Romanos 13:10).
Bem-aventurados são todos esses, pois, estão realizando a mesma obra que o
Filho de Deus iniciou, quando veio à Terra pela primeira vez, e que Ele
terminará em sua segunda vinda.
Súditos
do Reino dos Céus
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley
Ser súdito do Reino de Deus
implica em se empenhar resolutamente para viver o padrão ético que o Senhor
estabeleceu para o seu povo. Entre os diversos sermões proferidos por Cristo
aos seus discípulos, o Sermão do Monte, como ficou conhecido, traduz de forma
clara e reveladora a essência e a natureza de sua doutrina. Temos neste
trimestre, não só a oportunidade ímpar de conhecer ou recordar as vigas mestras
do caráter do Reino de Deus, mas, acima de tudo, de procurar fazer desse ensino
singular, o ideal de nossas vidas, se desejamos, sinceramente, praticar o
cristianismo bíblico. Diante dos fatos que vivenciamos em nossos dias, esse
ensino cai como luva sobre nós. É fato que nossa geração de crentes, é a
mais descrentes de todas as épocas. O desinteresse pelas escrituras é alarmante
em nosso meio, a corrupção vergonhosa de muitos ministérios e ministros, a
ensurdecedora falta de humildade, a falta de respeito ao Santo Culto do Senhor,
a vexatória depravação ética que campeia em nosso meio...
Tudo isso vem causando uma
degradação na moral da irmandade e nos valores cristão, como nunca se viu na
história. É aterrador o que estamos vivendo em nossos dias no seio do Corpo de
Cristo. Um verdadeiro terrorismo religioso, (eu
me sinto em uma verdadeira zona de guerra), onde muitos crentes vivem como
homens bombas, esperando o momento do suicido espiritual que também
destrói tudo o que está a sua volta. Nós não sabemos de onde virá a
próxima explosão de hedonismo, materialismo e heresias, que vem para matar a fé
de muitos filhos de Deus. Mas porque tais coisas, aversas ao cristianismo
original, está justamente acontecendo em nosso meio? A resposta é: não temos
seguido os ensinamentos do Mestre Jesus. Não buscamos na sua lei a orientação
do bom viver, não queremos seguir os seus conselhos, desprezamos o
direcionamento do Espírito Santo...
Na verdade, muita gente que
está dentro de nossas comunidades cristãs ("igrejas"), nunca tiveram,
de fato, um verdadeiro encontro com Jesus, ou passaram pela experiência do novo
nascimento. Todo cristão que se preze, deveria sentir uma vergonha
devastadora ao se deparar com o texto de Mateus 5, onde temos o “abecedário” da
vida cristã, e que revela nossa mediocridade em relação aos conceitos estabelecidos
pelos céus. Ao contrário do que muitos crentes acham, viver nesse Reino é
torna-se semelhante ao seu Senhor, que mesmo sendo Deus, em forma humana não
julgou o ser igual a Deus, antes se sacrificou morrendo na cruz (Filipenses
2:5-11).
A lição aqui estudada, nos
mostra com muita propriedade, que são felizes todos os que sofrem e padecem
perseguições por amor ao nome de Jesus. Felizes são os que choram, por que o
seu choro trará consolo, felizes os mansos, pois através de sua postura santa e
resignada herdarão a terra. São inúmeras as bênçãos dos que procuram viver
sobre o padrão ético e moral das escrituras. Precisamos cultivar em nosso ser a
boa semente do evangelho puro e Santo de Jesus Cristo. Sinceramente desejo que
todos nós sejamos renovados através desta verdade.
De quem são as bem-aventuranças?
A felicidade é um estado pertencente aos que nasceram de novo, tornando-se assim filhos de Deus (João 1:12). É tanto um estado quanto um direito assegurado aos herdeiros de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor. Há dois aspectos em relação ao reino dos Céus referindo-se ao indivíduo: situação e tempo. Em relação à situação, é estar dentro ou fora do Reino. Para os que estão dentro pelo novo nascimento há o aspecto presente e porvir do Reino de Deus. Portanto, esse estado de felicidade pertence aos discípulos de Cristo, aos que ouvem e atendem a sua Palavra. Ou seja, aos que estão dentro do Reino pelo novo nascimento e obediência. Qual a sua situação em relação ao Reino de Deus? Você já experimentou o novo nascimento? O estado de felicidade profunda só pode ser desfrutado pelos que nasceram de novo e permanecem dentro do Reino de Deus. Ser bem-aventuranças é diferente de possuir uma confissão religiosa, e/ou estar ligado a uma instituição. É sim ter uma fé prática na Palavra de Cristo. É obedecê-lo incondicionalmente até a morte.
A felicidade é um estado pertencente aos que nasceram de novo, tornando-se assim filhos de Deus (João 1:12). É tanto um estado quanto um direito assegurado aos herdeiros de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor. Há dois aspectos em relação ao reino dos Céus referindo-se ao indivíduo: situação e tempo. Em relação à situação, é estar dentro ou fora do Reino. Para os que estão dentro pelo novo nascimento há o aspecto presente e porvir do Reino de Deus. Portanto, esse estado de felicidade pertence aos discípulos de Cristo, aos que ouvem e atendem a sua Palavra. Ou seja, aos que estão dentro do Reino pelo novo nascimento e obediência. Qual a sua situação em relação ao Reino de Deus? Você já experimentou o novo nascimento? O estado de felicidade profunda só pode ser desfrutado pelos que nasceram de novo e permanecem dentro do Reino de Deus. Ser bem-aventuranças é diferente de possuir uma confissão religiosa, e/ou estar ligado a uma instituição. É sim ter uma fé prática na Palavra de Cristo. É obedecê-lo incondicionalmente até a morte.
As virtudes arroladas pelo Senhor Jesus
Cristo nas bem-aventuranças são: humildade, choro, mansidão, sede e fome de
justiça, misericórdia, santificação a partir do coração e o ser perseguido por
causa da justiça e por amor a Cristo. Para alguns, nem todas deveriam ser
consideradas virtudes, pois o choro e a mansidão poderiam ser consideradas como
fraquezas. Não devemos nos preocupar com isso, pois Jesus determinou como
virtude. A mentalidade natural nunca entenderá as coisas do Espírito (I Coríntios
2:14). Paulo também discorre sobre a maioria das bem-aventuranças, porém ele as
chama de Fruto do Espírito. Ser feliz segundo as palavras de Jesus é cultivar
as beatitudes. As beatitudes são elementos éticos que não só demonstram o
entendimento do propósito de Deus para a vida, mas também são um estado de
felicidade tão profunda e de alegria que só os filhos de Deus experimentam na
sua maior intensidade.
A felicidade que Jesus fala não abre
mão do sofrimento. Se observarmos, o sofrimento se faz presente desde a
primeira bem-aventurança até a última. Vivemos num mundo que idolatra a soberba
e a auto-suficiência. Dessa maneira, a humildade não é bem-vinda e ainda merece
desprezo, oposição velada ou até mesmo escárnio. Ser fiel a Deus é suportar
essas coisas com paciência e resignação até a morte. Ninguém gostaria de sofrer
ou sentir alguma dor por coisas boas, mas o mundo se afastou de tal maneira de
Deus que não tem como ser diferente. Há lugares em que cristãos são presos,
torturados, confiscados os seus bens, entre outros. Entretanto, eles não devem
ser considerados desafortunados, mas venturosos. A vida cristã é feliz em meio
ao sofrimento. Visto que a vida cristã se fixa no propósito de agradar a Deus,
mas, pelo fato de o mundo estar corrompido pelo pecado e o maligno, certo é que
todo o cristão terá dificuldades, oposições e perseguições. Não há um padrão e
sim níveis de perseguições, pois à medida em que o retorno de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo se aproxima o espectro da perseguição tende a aumentar.
Todavia, o verdadeiro cristão é feliz na esperança da sua salvação. Assim, ele
não reclama, não amaldiçoa e não ressente do mal.
A maior
das bem aventuranças
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Jesus não nos prometeu uma vida cor-de-rosa, livre de
tribulações e afrontas. Pelo contrário, nos alertou sobre perseguições diárias e
tribulações ferrenhas, além de nos enviar como “ovelhas para o meio de lobos”
(Mateus 10:26). Porém, a beleza do evangelho é exatamente transformar o mal em
bem, a dor em regozijo, a tristeza em alegria, a perseguição em honra, o perigo
em galardão, a lágrima em sorriso, o agora na eternidade. O genuíno discípulo
de Jesus, encontra motivos para ser feliz mesmo nos dias mais tristes e
cinzentos, pois a fonte de sua felicidade não é deste mundo. Ele está “seguro”
em Deus. O alicerce da fidelidade é a convicção, e esta é por sua vez, o mais
evidente fruto da fé genuína. Logo, é impossível desvincular uma da outra; e
esta é uma verdade intrínseca em cada página da Bíblia e explícita na história
de seus mais importantes personagens. Homens fiéis são dotados de grande fé, e
a está fé gera a convicção exigida para que a fidelidade se mantenha intacta, e esta a base da felicidade plena. O
anônimo escritor da epístola aos Hebreus não apenas define o conceito “FÉ” com
perfeição (Hebreus 11:1), como também apresenta uma extensa lista de homens e
mulheres, que convictos de sua fé, mantiveram-se fieis ao Senhor em todos os
momentos de suas vidas, e alerta: “sem ela (a fé), é impossível agradar a
Deus” (Hebreus 11:6). E foi exatamente por intermédio do “firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que ainda não
existem”, que os antigos heróis da fé, ainda nos inspiram e testificam do
grande poder de Deus.
A fé, aliada a fidelidade, levou Abel ao oferecimento de um
sacrifício puro e verdadeiro. Enoque andou com Deus em tempo integral até ser
transladado. Noé construiu uma arca para sobreviver ao dilúvio, mesmo ainda não
havendo chuvas no céu. Abraão foi chamado “Amigo de Deus” e habitou na terra da
promessa, assim como seus descendentes Isaque e Jacó, sendo pai de uma nação,
ainda que sua esposa Sara estéril. Fé e fidelidade nortearam esta família, com
bênçãos sendo ministradas de pais para filhos, até que o número dos seus não
pudesse mais ser contado. Por fé, Moisés abdicou de uma vida no palácio para
viver no deserto, conduzindo seu povo de volta para a terra da promessa. Por
fé, Raabe, por generosidade acolheu os espias hebreus, e por conta deste ato,
sobreviveu a queda dos muros de Jerico. Hebreus 11 ainda lista outros exemplos
de homens fidedignos, tais como Gideão, Baraque, Sansão, Jefté Davi, Samuel e
outros profetas, os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça,
alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo,
escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se
esforçaram, puseram em fuga exércitos poderosos e as mulheres receberam pela
ressurreição os seus mortos. Como a fidelidade é recompensadora não?
Mas às vezes ela nos leva a testes ainda mais intensos,
onde a fé e a convicção são exigidas em sua plenitude. O escritor aos Hebreus,
que até então narrava aos atos portentosos de homens que estavam convictos de
sua fé, passa agora a narrar feitos ainda mais impressionantes. Pela Fé, e por
Fidelidade, alguns foram torturados, abrindo mão de seu livramento. Outros
experimentaram escárnios, açoites e até prisões. Muitos foram apedrejados,
serrados, tentados, mortos ao fio da espada. Andaram vestidos de peles de
ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados, errantes pelos
desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos eles, mesmo
mantendo se fiel a sua fé, não alcançaram a promessa, mas morreram em paz e
alegremente, sabendo que o seu testemunho inspiraria muitas vidas. Somos
aconselhados em Apocalipse 2:10 a sermos fieis até o fim, mesmo que este “FIM”
seja a morte, pois aqueles que assim procedem, recebem na eternidade, das mãos
do próprio Cristo, a Coroa da Vida. Esta é sem dúvidas, a maior das bem
aventuranças.
Os
porquês das bem-aventuranças
As bem-aventuranças são seguidas de
oito porquês. Isso indica uma ênfase de Jesus Cristo em mostrar a razão delas.
Significando também que a fé cristã não é “um tiro no escuro” e nem há
surpresas totais, posto que Jesus é absolutamente transparente e a felicidade
profunda do Reino é garantida. A vida cristã é feliz por ser resultado da
comunhão, da presença de Deus e da perseverança dos santos. Mas a verdade é que
nem sempre isso pode ser constatado. A explicação está na ausência de alguma
das coisas supracitadas, ou de todas elas, tornando essa pessoa um cristão
nominal, mas de fé morta. Porém, ao nos voltarmos para as bem-aventuranças,
elas estão cheias de ditosas promessas: “serão consolados”, “herdarão a terra”
etc. Assim, o fiel Deus tem um constante sentimento auspicioso. A felicidade
cristã é, sobretudo, baseada na comunhão com o Espírito Santo (II Coríntios 13:13;
Galatas 5:16). O próprio Espírito no interior dos crentes é o selo e penhor de
uma gloriosa promessa: o resgate definitivo da Igreja, o Corpo de Cristo, por
ocasião da vinda de Jesus (II Coríntios 1:22; 5:5).
A alegria do cristão não é um
sentimento que este passivamente torna-se recebedor. É antes o resultado de uma
escolha, de um cultivo e de obediência. Note que o Senhor Jesus diz: “Exultai e
alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus” (Mateus 5:12). Paulo
também fala sobre a alegria sob a mesma perspectiva (Romanos 12:12; II Coríntios
13:11; Filipenses 4:4). Pela comunhão que cultivamos, já temos o fruto do
Espírito denominado gozo, mas ante a expectativa de tais promessas devemos nos
exultar e alegrar. Infelizmente, nem todos compreendem e obedecem esta palavra
Jesus. Ao contrário, são manhosos, murmuradores e cheios de autopiedade,
passando uma impressão muito negativa. Porém, haverá sempre os fiéis que
exultam na esperança. A exultação do cristão é um elemento que o identifica com
bem aventuranças, ou seja, “quem goza da bem-aventurança celeste”. Elabore as
seguintes perguntas: “Com que lado da vida cristã você resolveu ficar? Você se
concentra apenas nas provações ou nas promessas auspiciosas de Cristo?”.
As bem-aventuranças são atitudes e
sentimentos que geram uma identidade de filhos de Deus. Os filhos de Deus têm
uma maneira própria de pensar, de agir e de sentir que os tornam parecidos com
o Pai celestial. É dessa maneira que eles são sal e luz do mundo, ou seja, toda
uma vida que agrada a Deus e gera a glorificação do Seu Santo Nome. Somos
desafiados a brilharmos diante dos infiéis com boas obras e dessa maneira
glorificarmos ao Pai celestial. O apóstolo Pedro mais tarde também escreve
sobre o assunto (I Pedro 2:12). Este é um alvo que devemos perseguir. Devemos
ser imitadores de Cristo na busca de nos parecermos com o Pai celestial (I Coríntios
11:1).
Conclusão
As bem-aventuranças são tanto um estado
de felicidade quanto um compromisso ético daqueles que são filhos de Deus, cujo
objetivo final é, através do novo pensar, ter um estilo de vida que glorifique
a Deus.
A
imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser
Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda
autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo
Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se
cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o
Messias de Seu povo. Para
saber mais sobre as profundas verdades existentes
em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 07 de agosto de 2016, da Escola Bíblica Dominical.
Nenhum comentário:
Postar um comentário