Muitas pessoas citam as escrituras para
validar todo tipo de jogatina e apostas. Isso porque em diversas passagens
bíblicas, o termo “lançar sorte” é usado no momento de importantes decisões.
Em Levíticos, Arão lançou sorte sobre
dois bodes, para assim definir qual deles seria entregue ao Senhor. Josué
realizou um sorteio para distribuir a terra conquistada entre as famílias
hebréias. Neemias usou o mesmo critério na escolha dos que morariam dentro das
muralhas, e os apóstolos escolheram o substituto de Judas Iscariotes numa
técnica semelhante ao nosso “cara e coroa”.
A diferença destes casos para a
jogatina e apostas casuais, as quais muitos se submetem, é um oceano de
proporção colossal. Quando estes homens de Deus “lançavam sorte” sobre uma
questão, não estavam buscando ganhos pessoais, brincando com o acaso, ou se
divertindo com as possibilidades. Eles estavam em quebrantamento e oração,
buscando do Senhor a resposta para a solução mais justa de uma causa
específica.
Deus era louvado antes, durante e
depois. Salomão explicou brilhantemente
este argumento em Provérbios 16:33: -
A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor. Até mesmo os
marinheiros pagãos que usaram este recurso para expor Jonas como a causa
da tempestade que enfrentavam, foram direcionados por Deus, pois a motivação de
suas ações era louvável. Quem se embrenha pelo mundo perigo dos jogos, sejam
“de azar” ou “eletrônicos”, certamente não tem em si, motivações tão nobres.
Mas antes de demonizar qualquer jogo,
apelar para possíveis simbolismo nos naipes de um baralho ou teorizar sobre as
conspirações em cassinos e casas de apostas, é preciso ser pragmático e
entender que ambientes de jogatinas (de qualquer espécie), testificam
fortemente contra a nossa fé.
Primeiro porque quando buscamos retirar
destes lugares algum ganho, colocamos em xeque a capacidade de Deus como nosso
provedor. Estamos, literalmente, recorrendo a Mamon, desejando ostentar uma
vida que não condiz com o perfil descrito por Jesus para quem deseja ser seu
servo. Seja na vida real ou a vivida ilusoriamente dentro de um computador
(Lucas 9:24 / 16:13).
Ambientes de jogos são portas abertas
para outras perniciosidade, como, bebidas, tóxicos e luxurias. E se não
tivermos forças para dizer não a um jogo, certamente seremos fracos para
mergulhar em abismos ainda mais escuros. Lembre-se sempre das palavras do Salmo
1:1: Como
é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos
pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!
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