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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

EBD - A autoridade do Mestre Jesus Cristo


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 10
Comentarista: Bp. Manuel Ferreira












Comentários Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pb. Bene Wanderley
Ev. Lucas Gomes











Texto Áureo
Mateus 7.29
Porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas

Verdade Aplicada
Ninguém jamais falou e agiu com a autoridade de Jesus e é por isso que Sua influência cresce no mundo.

Texto de Referência
Mateus 8:2-3; 8-9

E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.


Autoridade para mudar a história
Comentário Adicional
Ev. Lucas Gomes

Jesus Cristo é a essência de toda a Bíblia. Sua chegada ao mundo foi o único evento a dividir a história ao meio. Ele é a cerne do Evangelho, e sem Ele perderíamos a razão de existir. A palavra “EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”. Porém, mas do que trazer alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente dos céus traz para a vida do ser humano uma verdadeira “transformação”. Jesus tem a AUTORIDADE para promover esta metamorfose. Não uma mudança superficial ou uma mera adaptação a um estilo religioso de vida, mas sim uma guinada de 180º que começa no interior do coração humano e se expande progressivamente por sua alma, espírito e corpo, até levar o indivíduo ao padrão de homem perfeito, estabelecido e personificado em Cristo.  Esse é um processo longo e contínuo que só será completado quando o nosso corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, no exato momento que encontrarmos o Senhor nos ares.  Mas até lá, cabe a cada um se entregar sem reservas a esta “transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo tem o poder de efetuar.  Esta transformação começa pela liberdade de todas as amarras que nos prendem ao passado pecaminoso ou então ao legalismo que nos veste  om trajes de religiosidade enquanto nossas intenções estão distantes dos desígnios de Deus. E esta liberdade nasce do conhecimento – “Conhecereis a VERDADE e a VERDADE vós libertara” (João 8:32).

Jesus é esta verdade libertadora, e portanto é inadmissível que o cristão continue amarrado em traumas e pendências pretéritas. Quando o homem tem um encontro real com o Salvador, uma mudança genuína acontece, pois o sangue de Cristo suplanta toda maldição e o amor que abunda na cruz, lança fora todo o medo. Jesus é poderoso o suficiente para arrebentar cordas e destruir grilhões e fará isso na vida de qualquer pessoa que realmente o receba como o Messias. Ele apaga nosso passado e nos orienta rumo a um futuro glorioso. O problema de grande parte da cristandade é exatamente viver um Evangelho superficial, onde muito se fala, mas pouco se vive. Jesus está presente nas falas, mas omitido nas ações. É muito sermão e pouca experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer promover mudanças, mas muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas medíocres e acomodadas em sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma transformação verdadeira.  E esta é a grande questão: Queremos viver o Evangelho em sua plenitude ou continuar na mediocridade de uma religião vazia com um cristo genérico?

Para ser livre, é preciso encontrar a Verdade, e isto basicamente significa viver uma experiência pessoal e verdadeira com Jesus. Não “aceitar” Jesus de forma ritualista como é tão usual hoje em dia, mas sim “entregar-se” completamente à Jesus, permitindo que ele seja o Senhor absoluto de sua vida. Andar com Ele. Pensar como Ele. Ser como Ele. Este tipo de desenvolvimento só é possível se pautado ponto a ponto no manual de instrução que verbaliza o passo a passo de uma vida cristocentrica: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de como cada cristão precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como rejeitar o próprio Cristo, e “abandonar” as escrituras em um canto da estante é “exilar” Jesus no limbo de nosso coração.  Quer ser livre? Leia a Bíblia e encontre o Jesus que nela está. O encontrou? Permita que Ele seja o centro de sua vida. Jamais baseia sua fé apenas no que é dito por homens. Confira em loco o que Jesus tem a dizer sobre cada tema. Seus discursos, ensinamentos e ações estão explicitados nas escrituras, e a liberdade virá quando você tiver a capacidade de assimilar cada uma dessas linhas, e interpreta-las com imparcialidade e comprometimento pessoal. Seja transformado pelo poder da Palavra... Seja liberto pelo poder de Jesus... Viva de boas (e transformadoras) notícias... Jesus tem autoridade para mudar o rumo de qualquer história.


Diferentes tipos de autoridade

A autoridade de Jesus é um assunto presente não só no evangelho de Mateus, mas em todos os evangelhos, pois esta é a base para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador. No ministério terreno de Jesus, notamos três diferentes tipos de autoridade: autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados. Ao término do Sermão do Monte, as multidões estavam maravilhadas da Sua doutrina (Mateus 7:28-29). Na verdade, a exposição de vários assuntos não era novidade para os ouvintes, porém a forma convicta, categórica e ungida fazia toda a diferença. Além disso, há outra característica no Senhor Jesus que também lhe conferia autoridade: a Sua conduta exemplar (João 8:46). As suas palavras eram tão cheias de autoridade e sabedoria que até os oponentes também se maravilhavam (João 7:46). Devemos entender que não era apenas eloquência, mas, sobretudo o exemplo de Jesus. Ora, se alguém ensina, deve antes praticar aquilo que se ensina, o contrário disso é hipocrisia, que o Mestre condena. É importante enfatizar que, desde a genealogia do nosso Senhor Jesus Cristo, já se pode identificar o interesse de Mateus em mostrar de onde vem a autoridade de Jesus. Nada no evangelho de Mateus é por acaso e ele mostra a autoridade de Jesus sob vários aspectos, a começar pela doutrina. As comparações são inevitáveis e o povo logo concluiu que Jesus era diferente dos outros mestres, escribas e fariseus. Aqueles atores da religião colocavam peso sobre os outros que fingiam seguir, mas eles mesmos não seguiam nada, por isso foram censurados (Mateus 23:4).

Fatos interessantes envolvendo curas são apresentados para mostrar a autoridade de Jesus sobre as enfermidades como cumprimento profético: a cura de um leproso que se prostra diante dEle (Mateus 8:2-4); a cura do criado do centurião que jazia violentamente enfermo em casa (Mateus 8:5-10); a cura da sogra de Pedro que estava acamada com febre (Mateus 8:14-15); a libertação de endemoninhados, que naquela época era vista como enfermidade (Mateus 8:16). Veja que a narrativa de Mateus procura intencionalmente nos mostrar a autoridade de Jesus nestes aspectos para aumentar a nossa fé. Os dois fatos iniciais por si só já seriam suficientes para convencer da autoridade do Senhor Jesus para curar e libertar os endemoninhados. O escritor, porém, narra também a cura da sogra de Pedro (Mateus 8:14-15). As curas confirmavam as profecias acerca dEle como o Messias que haveria de vir e levaria as enfermidades e dores (Mateus 8:17; Isaías 53:4). Tanto o leproso quanto o centurião tocam a questão de autoridade de Jesus de forma maravilhosa. Este é o Jesus amoroso que servimos.

Ao trazer a Jesus um paralítico, estava claro que queriam que o homem fosse curado de sua paralisia (Mateus 9:1-6). Ele, porém, carinhosamente, diz ao paralítico: “Filho, tem bom ânimo, perdoados são os teus pecados” (Mateus 9:2). Esse procedimento gerou murmúrios entre os escribas, afinal quem pode pecados senão Deus?! Este era o pensamento deles. Ele então argui: “O que é mais fácil dizer: perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” (Mateus 9:5. Notemos que Mateus não economiza nem palavra e nem ênfase: “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa” (Mateus 9:6). Ao longo da narrativa do livro de Mateus, o propósito perdoador e salvador do nosso Senhor Jesus Cristo. Podemos mostrar declarações importantes no próprio livro que Ele é: aquele que tem poder para perdoar pecados (Mateus 9:6); que Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido (Mateus 18:11); que Ele salvará o Seu povo dos Seus pecados (Mateus 1:21).


Senhor de Todas as Coisas
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley

Nem mesmo em todo o espaço físico do mundo, caberiam os livros que deveriam ser escritos,  se os evangelistas fossem relatar tudo que Jesus fez (João 21:25 ). Mesmo assim, em seu ministério terreno, Jesus sempre enfrentou pessoas que tentavam pôr em dúvida sua autoridade divina. Os fariseus, por exemplo, eram um grupo de religiosos que procuravam constantemente confrontar e desmerecer a autoridade de Jesus. Mas, em tempo algum ele se preocupou em dar lugar aos duvidosos ou aos grupos de religiosos que procurava neutralizar sua obra. Tudo que Jesus sabia e valorizava era que ele veio para cumprir as escrituras e que nada e ninguém poderia impedi-lo nesta missão.

Infelizmente, temos visto no nosso meio, muitas pessoas desanimadas na sua caminhada, por dar ouvidos aos vários murmúrios de pessoas que querem neutralizar a obra de Deus em nós. Temos que colocar em nossa mente uma coisa: DEUS tem nos chamado para cumprir uma preciosa obra aqui na terra, e que, nada e ninguém, pode parar isso. Em todo tempo, somos estimulados a desistir,  parar e desanimar. Mas, uma coisa é certa, nada pode deter o poder de Deus operando em nós. Em Jesus temos a visão plena de nossa condição de vencedores.

As escrituras nos mostram a autoridade de Jesus operando em vários meios e formas, alguns deles quero mencionar aqui, como resultados de uma breve pesquisa que fiz para mostrar o quão grande é o nosso Deus. Em primeiro lugar, Jesus tem autoridade sobre a matéria física: Em João 2:1-8,  transformou água em vinho. Em Mateus 4.1-11, ele revela o seu poder de transformar pedras em pão, mas, não o fez, por princípios.  Lucas 9:16 nos conta como Ele multiplicou os pães. João 20:26 nos relata como Jesus transpôs as paredes do cenáculo, logo após sua ressurreição. Em segundo lugar, Ele tem autoridade sobre a natureza: Em Mateus 8:24-28, Jesus acalmou a tempestade e em Marcos 6:48, Ele secou a figueira estéril. Enfim, ele é a própria autoridade. Agora, nós que gozamos de sua presença e poder, devemos nos levantar e fazermos sua vontade. Vamos viver debaixo dessa autoridade de Jesus.


O que Lhe conferia autoridade

A forma como Jesus ensinava, curava e libertava vidas demonstrava claramente uma autoridade. Mas o que ou quem lhe conferia tal autoridade, tal direito e tal poder? A autoridade do Senhor Jesus Cristo repousa sobre uma sólida base escriturística. Isso significa que várias profecias anteviram e legitimaram a autoridade do Messias que haveria de vir, por isso foram usadas para demonstrá-la. Tomemos por base as citações feitas por Mateus: sua autoridade vem do fato de ser Filho de Deus através de uma virgem (Mateus 1:22-23); sua autoridade como Rei de Israel (Mateus 2:6); sua autoridade curadora e libertadora (Mateus 4:14-15); Jesus como autoridade nomeada e escolhida pelo Pai Celestial (Mateus 12:17-21); a realeza humilde de Jesus (Mateus 21:4-5). A partir das Escrituras é demonstrado de modo inequívoco quem e o quê conferiu a Jesus Cristo tal autoridade, por isso devemos-lhe obediência. As Sagradas Escrituras são um, sólido documento que legitima a autoridade do Senhor Jesus. Qualquer indivíduo que arrogasse para si o direito messiânico sem comprovação escriturística deveria ser desprezado e julgado como blasfemo. Porém, o que aconteceu com Jesus foi que, mesmo sendo legítimo, por causa da inveja o crucificaram (Mateus 27:18).

Ser Filho de Deus significa que Cristo Jesus é da mesma natureza divina do Pai, quer ambos são eternos, porém distintos. A identidade de Filho de Deus é o aspecto principal que lhe confere autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai (Mateus 16:16). Essas três coisas em verdade funcionaram ao mesmo tempo para comprovar a perfeita salvação alcançada pela fé nEle. Por ser filho de Deus, como cristãos e servos dEle, cremos que Ele nasceu de uma virgem, que Ele perdoa nossos pecados, que Ele cumpriu todas as profecias, que tem toda autoridade no céu e na terra e que Ele voltará para nos buscar (Mateus 28:18). O Senhor Jesus Cristo, como Filho de Deus, é da mesma natureza que Deus-Pai. Consequentemente, Ele pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus. Merece ser especialmente destacado para os alunos que a fé nEle traz o perdão de Deus e paz interior, enquanto a filosofia e o ateísmo promovem a descrença e o desespero velado.

Jesus Cristo veio submisso, como um servo exemplar, manso como um cordeiro, capaz de inspirar os corações a servirem a Deus. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20:28). Ele veio para levar as dores e os sofrimentos dos que creem (Mateus 8:17). Ele teve que se submeter a Deus até a morte e sofrer a morte de cruz, o pior tipo de execução. Porém, foi exaltado incomparavelmente (Filipenses 2:5-11). O que trouxe a nossa salvação foi a obediência de Jesus Cristo ao Pai. Segundo as Sagradas Escrituras, Ele é Eterno, Criador e Sustentar de todas as coisas com Seu poder, mas a salvação foi consequência de sua submissão ao plano da salvação. Ele era adorado na eternidade como Criador, não porém como Salvador. Para se tornar nosso Salvador, Ele teve que esvaziar-se, tornando-se um bebê, e desenvolver-se, sendo obediente em tudo, até sofrer a morte de cruz. E tudo por quê? Porque Ele nos amou com um amor que excede todo o entendimento (João 3:16). Creia e sinta-se amado.


Autoridade residente na Cruz
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes

A Mensagem da Cruz de Cristo é poderosa. Ela tem incomodado muita gente ao longo da história, se opondo completamente a conceitos humanos hedonista e a sede incessante pelo poder tão presente em reinos e impérios terrestres. Por outro lado, é incalculável o número de vidas que foram transformadas pela poderosa mensagem do homem inocente que deu sua vida pela mesma humanidade que o recebeu com tanto desprezo. A grande verdade, é que a Mensagem da Cruz jamais passará desapercebida, causando impactos profundos em todos os meios que for proclamada. As vezes ela será aceita com devoção, em outras ocasiões, rejeitada com determinação, mas sempre deixará sua marca. Esta capacidade de revolucionar pode ser constatada nos registros da própria humanidade, e a maior evidencia é justamente nosso calendário ocidental, dividido em A.C (antes de Cristo) e D.C (depois de Cristo). Ali, dividindo a história em duas partes temos Cristo e sua cruz, tão emblemática e cheia de significados. Para o cristão, muito além das palavras, a cruz é um meio de morte que produz vida em abundância.

Na verdade, vivenciando esta mensagem diariamente, pois estamos espiritualmente presos a cruz. Paulo declara em Gálatas 6:14 que estava crucificado com Cristo, morto para o mundo, e o mundo morto para ele. Ou seja, a cruz nos separa e nos santifica. Ela é o centro de nossa devoção e a força que impulsiona nossa voz em um clamor de fé. Não temos nada a nos gloriar, a não ser da cruz. Domínios passam, reinos caem, poderosos se tornam em cinzas, mas a Mensagem da Cruz continua intacta, e todos aqueles que a professam, vivem suas vidas espalhando pelo mundo o aroma suave do bom perfume de Cristo. Nenhum objeto de tortura e que invoca intensamente a morte deveria ser usado como souvenir. Mas já fazem dois milênios que a Cruz de Cristo é cultuada, amada e seguida. Não porque ela foi usada na morte de alguém, mas sim por ter sido o instrumento utilizado no ato definitivo da reconciliação entre Deus e os homens.

Mas que fique muito claro. Amamos a cruz e sua mensagem, estamos presos a ela por fé, porém temos a certeza que Cristo não está crucificado nela. Afinal, a cruz é apenas o início de uma história muita maior,  que termina num sepulcro vazio naquela tal manhã de domingo. A autoridade existente na cruz é exatamente o paradoxo de que um objeto ligado a morte, se tornou num símbolo universal de ressureição e vida. Na cruz, se encontra o caminho para o renascimento. O Evangelho é em sua essência, simples, prático e muito eficiente. Mas os homens estão tentando complicar. Hoje, um dos desafios ao crente está em preservar a fé cristã diante de um mun­do pós-moderno que se manifesta com a penetração de uma falsa mensagem cristã. Esta leva seus adeptos a acreditar na prosperidade, quando afirma que a cura de um dente cariado deve ser evidenciada, não com a cura da dor, mas com a presença do ouro; que o pecado nem sempre é culpa do desejo do homem caído, mas de uma entidade maligna, que deve ser rejeitada para alcançar o conforto. Enfim, verifica-se, em diversas tendências que se apresentam como cristãs, o esfriamento da fé, priori­zando o conforto e o prazer. Estamos esquecendo de simplificar as coisas, é pregar um Evangelho que passe primeiro pela Cruz.


Demonstrações de autoridade

O povo de Israel aguardava um Messias guerreiro, como Davi, que os libertasse do jugo de Roma. Eles esperavam que Jesus demonstrasse a Sua autoridade resolvendo seus problemas políticos e, assim, os pusesse na vanguarda. Porém, a Sua autoridade foi exercida contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor dos homens. O evento em que Jesus cessa a tempestade revela a Sua autoridade sobre a natureza (Mateus 8:23-27). Cansado de Seus afazeres, Jesus dorme profundamente no barco. Quando então se levanta uma enorme tempestade, seus discípulos apavorados despertam-no pedindo socorro. Ele se levanta e repreende a tempestade, deixando seus discípulos boquiabertos. O Senhor Jesus Cristo tem autoridade sobre as forças da natureza, quem faz cessar a tempestade no mar é capaz de cessar qualquer tipo de dificuldade, ou causar, se necessário for, um terremoto para libertar os seus servos de uma prisão (Atos 16:23-34). A oração “Senhor, aumenta–nos a fé”, deve sempre fazer parte das nossas petições diárias. Talvez nunca conheceremos a fraqueza da nossa fé, enquanto não formos postos na fornalha da tribulação e da ansiedade. Felizes são os que descobrem, por experiência, que a sua fé é capaz de resistir ao fogo, e que podem, como Jó, dizer: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15).

O acontecimento envolvendo a libertação de dois endemoninhados em Gadara revela a autoridade de Jesus sobre os demônios (Mateus 8:28-34). Este foi um dia de desafios para o Mestre. Há pouco, Ele acalmara uma tempestade e depois enfrentaria a fúria de dois homens terrivelmente endemoninhados. Os demônios identificam a Jesus e reclamam por se sentirem atormentados antes do tempo do juízo final. A seguir, eles pedem permissão para que entrem nos porcos e o Senhor o consente, mas os porcos se precipitam no lago e se afogam, causando grande prejuízo aos porqueiros, que temeram. Contudo, eles pediram que Jesus se retirasse de seus termos. Com isso aprendemos que a libertação de vidas ou de um lugar pode trazer a ruína sobre uma economia estruturada na desobediência a Deus. Assim como nosso Senhor Jesus Cristo libertava, hoje a Igreja trabalha trazendo libertação do cativeiro de demônios a muitas pessoas. A Igreja expulsa os espíritos imundos em nome de Jesus Cristo através da fé nEle. Não se trata de um pequeno alívio, mas de libertação completa para viver em saúde e liberdade, pois há muitos que não descansam, não dormem, vão a psiquiatras e outros estão se submetendo a cirurgias, o que uma oração e um trabalho de libertação resolveriam.

Embora não se possa dizer que todas as deformidades físicas (Lucas 13:10-13), as enfermidades e problemas psicológicos (Mateus 17:14-21), são ação do demônio ou porque alguém pecou seriamente (João 5:13-14), ao analisarmos a Bíblia, verificamos que tudo é consequência do pecado original. No caso do paralítico (Mateus 9:1-8), Jesus trata primeiro do perdão ao declarar: “perdoados te são os teus pecados”. Embora o perdão oferecido tenha gerado polêmica, o Senhor Jesus vai mais além, para provar que tem autoridade sobre a enfermidade e o pecado. A seguir, ordena que o homem pegue a sua cama e ande, o que causa grande espanto em todos que ali estavam. Jesus Cristo é o mesmo que cura e salva! Que verdade maravilhosa! No caso deste paralítico em particular, o nosso Senhor Jesus Cristo tratou primeiro da sua situação pecaminosa. Comente com os alunos que ele recebeu o perdão de Jesus Cristo para depois receber a cura de sua paralisia. Destaque para os alunos que, às vezes, para alguém ser curado precisa ser perdoado primeiramente. Perdoado do pecado e liberto da ação demoníaca, a consequência disso é boa saúde.

Conclusão

Nesta lição, tivemos uma rápida visão da autoridade do Senhor Jesus Cristo nos capítulos oito e nove do evangelho de Mateus. Também aprendemos que os milagres são testemunhos que ilustram esta verdade, para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.




A imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 04 de setembro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.

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