quinta-feira, 6 de novembro de 2014

EBD: Elias e a Batalha dos Deuses


Texto Áureo
Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?
Jeremias 32:27

Verdade Aplicada
O mal só pode triunfar enquanto os bons estiverem calados, a missão da luz sempre será o extermínio das trevas.

Textos de Referência
I Reis 18:30, 32, 35, 35, 39

Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.
E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente, de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.
Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
O que vendo todo o povo caiu, sobre os seus rostos e disse: o SENHOR é Deus!  o SENHOR é Deus!


Panorama Histórico

Na sua origem e em sua essência, a nação israelita sempre foi monoteísta, sendo projetada, criada, guardada e protegida por aquele que viria a ser conclamado como “O Deus de Israel”. Mesmo assim, por inúmeras vezes ao longo de sua história, Israel flertou com culturas estrangeiras, deixando-se influenciar por seus hábitos e até mesmo importando suas praticas religiosas pagãs. Este costume se deriva do próprio Egito, onde  os Israelitas habitaram por mais de quatrocentos anos, e se evidenciou no deserto, mesmo o povo ainda estando sobre a liderança de Moisés. Durante a gestão de Josué, a miscigenação com o paganismo se intensificou, tornando-se rotineira no período dos juízes, o que trouxe grandes calamidades para a nação. No inicio da era dos reis, mesmo com os deslizes morais e espirituais de seus monarcas, a nação não se corrompeu de forma generalizada, mas esta realidade mudou com a morte de Salomão e a ascensão de seu filho ao trono. Devido ao uso abusivo de poder praticado por Roboão, uma verdadeira guerra civil irrompeu em Israel, dividindo o país em dois. Ao norte, a  coalisão de dez tribos nomeou um eframita chamado Jeroboão como rei, e ao sul, Reoboão exerceu seu reinado apenas sobre as tribos de Judá e Benjamim. Embora seu reino fosse maior, mais populoso e tivesse herdado o nome de Israel, Jeroboão estava inseguro, pois a capital Jerusalém com seu suntuoso Templo, pertenciam agora  ao reino do sul, que passou a ser chamado de Judá. Temendo que seus súditos atravessassem a fronteira para fins religiosos, Jeroboão decide criar uma nova religião. Assim, torna Dã e Betel em cidades de adoração, colocando em cada uma delas, a imagem de um bezerro de ouro. Para conduzir seus novos rituais religiosos, ele abre um verdadeiro concurso publico para o serviço sacerdotal, e muda as datas das principais festas judaicas. Começava o declínio espiritual de Israel.

Uma sucessão de reis corrompidos marca os primórdios do novo reino, sendo que Acabe é apenas o oitavo deles. Filho de Onri, um rei que conseguiu ser mais perverso de todos os anteriores, Acabe demostrou ao longo de seus 21 nos de reinado, muita força política, mas uma moral extremamente fraca. Em seu primeiro confronto com os sírios foi ajudado pelo Senhor, que venceu por Israel a batalha realizada em regiões montanhosas. Convencidos que o “Deus de Israel” era um “Deus de Montanhas”, a Síria levou a guerra para regiões de geografia plana, e mais uma vez, foi milagrosamente derrotada, sendo inclusive neste período cunhada  a expressão: Deus dos Montes e dos Vales. Portanto, Deus se revela desejoso de participar ativamente do reinado de Acabe, mas ele opta por alicerçar seu reino em alianças escusas, sendo a primeira delas com o próprio Ben Hadade, rei dos sírios. Sua mais errônea aliança porém é com Etball, rei dos sidônios e alto sacerdote de Baal, pois como parte deste tratado, Acabe se casa com a princesa fenícia Jezabel, uma mulher que traria ruína para toda a nação.

Declínio Espiritual de Israel

A batalha de Elias contra Baal e seus profetas prefigura a luta do bem contra o mal. De todos os milagres retratados aqui, esse pode ser considerado singular, porque não é um milagre pessoal, mas um sinal que desmascara um governo espiritual dominante. Deus tem seus elementos surpresas. Elias é um profeta que surge do nada, sem referência, sem genealogia, mas com uma palavra fulminante, que tornou inerte o “deus” da chuva e da fertilidade numa época em que ser profeta era passar pelo fio da espada. Após a morte de Salomão e a divisão do reino, Israel passou por uma terrível sucessão de reis que contaminaram o povo com idolatria, maldade, traição, imoralidade, perversão e engano. O reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se derramava sobre todas as pessoas daquela terra. A Bíblia traça um relato escuro de todos esses reis, e que faz questão de apontar o pior de todos eles, “Onri”, o pai de Acabe que também recebe destaque por se casar com Jezabel, a filha de Etbaal, o rei dos sidônios (I Reis 16:25-31). O escritor sagrado se debruça para destacar Jezabel por dois motivos: Primeiro, porque era o parceiro dominante no casamento, o poder por trás de Acabe; segundo, porque foi a precursora da adoração a Baal. A verdadeira adoração a Baal não havia encontrado eco entre os israelitas até que fosse introduzida por meio do casamento legal de Acabe e Jezabel, que trouxe como bagagem sua herança religiosa: a adoração idolatra a Baal. Quando a adoração a Baal entrou no reino de Israel, trazendo suas práticas pagãs e os sacrifícios bárbaros, a impiedade da terra cresceu de forma volumosa.

O casamento entre Acabe e Jezabel tornou legal a entrada demoníaca de Baal e todas as suas hostes, desta união em diante o mal tinha acesso livre para operar. O teólogo F.B. Meyer faz essa declaração acerca de Jezabel: “Ela exibia todas as marcas da possessão demoníaca e, de acordo com o registro de seus feitos, era realmente a enviada de Satanás. Em termos espirituais este foi um tempo de desespero completo”. A separação entre Deus e seu povo havia atingido seu ponto mais distante. Esse é o relato das trevas demoníacas que envolviam Acabe: E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificaram em Samaria. Também Acabe fez muito mais para irritar ao senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele (I Reis 16:32-33).

Acerca de Elias, J. Oswald Sanders escreveu: “Elias apareceu na hora “H” da história de Israel [...] Tal qual um meteoro, ele iluminou o negro céu da noite espiritual de Israel”. Ninguém poderia ter lidado melhor com um casal como Acabe e Jezabel do que Elias - “E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhes: És tu o perturbador de Israel?” (I Reis 18.17) -  O rude e sombrio profeta de Tisbe tornara-se o instrumento de Deus. A forma nominal do verbo hebraico que significa “perturbar, trazer calamidade” é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”. Acabe declara como se sente em relação a Elias, que para ele se tornou um problema nacional, o homem que fechou os céus com uma palavra, e que tornou inerte o portentoso Baal. Elias foi o profeta enviado por Deus para silenciar um governo maligno e aterrador. Deus não ficou sem voz profética, e Elias foi o precursor de um avivamento na vida de sua nação, seu profetismo incluía denúncia e pronúncia.


Elias X Acabe

Com o casamento pagão de Acabe, a idolatria ganha legalidade no reino do Norte. Jezabel, agora Rainha de Israel, passa a exercer grande influência nas decisões mais relevantes do país, tendo seu marido em total sujeição. Ela usa a fraqueza emocional de Acabe para impor suas vontades, e assim oficializa o culto ao deus Baal no território israelita. Além disto, Jezabel promove uma verdadeira matança, assassinando todos os profetas que se posicionam contra as suas ações. Apenas um pequeno grupo remanescente é salvo da chacina, mediante a providencial ajuda de um alto funcionário do palácio por nome de Obadias que esconde e alimenta esses homens durante o período de perseguição. Enquanto isso, Acabe se cerca com uma corja de pseudos profetas que falavam apenas o que o rei desejava ouvir, profetizando por pura conveniência. Sem uma liderança compromissada com Deus, toda a nação mergulha numa era de apostasia, imoralidade e escuridão espiritual. A perversidade deste casal foi tamanha, que sua semente do mal floresceu até mesmo no reino do Sul, quando Atalia, em mais um acordo mal fadado, foi concedida em casamento à Jeorão, filho de Josafá. Assim como a mãe, ela sujeitou o seu marido, manipulou situações  e após uma série de assassinatos, assumiu definitivamente o trono de Judá e ordenou que a linhagem de Davi fosse exterminada, o que só não ocorreu, graças a uma providencial intervenção divina (II Reis 11).

Com a nação imersa na idolatria e a mercê de falsos profetas; Acabe e Jezabel não enfrentavam resistência ao seu modo nefasto de governar, já que seus potenciais inimigos estavam mortos ou exilados. Mas é exatamente aí que Deus decide intervir e castigar a terra com uma grande seca. Para avisar ao rei sobre este castigo, Deus envia um profeta do Senhor remanescente e fiel, que se tornará uma pedra no sapato da casa real: ELIAS. Pouco sabemos sobre ele, apenas que seu nome significa “Jeová é o Senhor” e que era natural de um lugarejo chamado Tisbé, situado na região de Gileade, ao leste do Jordão, no território pertencente a tribo de Naftali. A descrição de sua figura soa pitoresca, já que se vestia de “pelos” e andava cingido de “couro”, o que faz alguns estudiosos cogitarem a possibilidade de Elias ser um tipo de ermitão. Porém, a Bíblia evidencia que ele era muito respeitado entre os profetas, e talvez sua reconhecida importância espiritual seja a razão para que Acabe se proponha a ouvir o que ele tem a falar. Seus caminhos se cruzam pela primeira vez quando Elias anuncia a grande seca que viria sobre Israel, privando a nação não apenas da chuva como também do orvalho,  mas novos e acalorados embates “olho no olho” ainda se dariam mais adiante, como por exemplo, em decorrência do retorno da chuva, do covarde assassinato de Nabote e do Desafio dos Deuses. O incomodo causado por Elias em Acabe foi tão intenso, que rei o identificou como “O Perturbador de Israel”.


Uma luz em meio as trevas

Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em punho dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (I Reis 17:1). No palácio, diante do rei e de todo seu exército, esse homem aparece sem audiência prévia e diante do rei e todo o seu exército, sem sequer hesitar pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, está pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Dizer que não iria mais chover era ridicularizá-lo diante de todos. Elias estava afirmando que a colheita iria fracassar, o gado morreria, e a fome iria se espalhar. Ou seja, a festa acabou, agora vocês vão ver quem está mandando! Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ezequiel 22:30). - “Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja a face estou...” (I Reis 17:1) – Elias entrega o pacote. Ele toca o alarme para acordar aquele povo indiferente e hostil. Enquanto a sua só existia evidencias gritantes da adoração a Baal, Elias põe a cabeça a prêmio declarando-se servo do “Senhor” (I Reis 18:22, 19:18).

Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (I Reis 17.2-3). O Senhor tinha coisas que queria tratar no profundo da alma de Elias, trabalhando situações E EVITANDO QUE, UM Elias despreparado fosse destruído. Assim envia Elias para o isolamento, onde ele não apenas seria protegido, mas equipado para uma missão ainda maior. Elias obedece e sai de diante das luzes dos holofotes, ele estava disposto a servir a Deus de maneira pública ou reservada, no palácio ou no ribeiro. Essa é a escalada da vida profética: um dia no palácio, outro dia no ribeiro, o pior é quando o ribeiro seca e nossos únicos amigos são os corvos! Mas quando estivermos prontos Deus nos enviará e nos usará ainda mais (I Reis 18:1).

Com a terra sendo castigada pela seca, Jezabel mobilizou uma força tarefa para “caçar” e prender Elias, considerado pela coroa, o grande responsável da calamidade. Em fuga, Elias não teria chance de sobreviver naquela região árida sem se expor e ser capturado. Então Deus o conduz até o ribeiro de Querite, onde o profeta encontra água limpa e fresca em abundância. Além disto, Deus lhe envia todos os dias carne e pão por intermédio de corvos. Um fato que merece atenção, é que o corvo constava na lista de animais impuros da religião judaica e pelos preceitos religiosos, Elias não poderia se alimentar com aquela comida. Mas o profeta estava despido desta religiosidade estereotipada, e somente assim pode desfrutar da provisão divina. Quem dá muita atenção ao corvo, deixa de aproveitar do banquete celeste. Passada algumas semanas, aquele ribeiro também secou em decorrência da ausência de chuva, e mais uma vez Deus dá ao profeta Elias um direcionamento contraditório, ordenando que ele fosse até a cidade de Serepta. Isto significava que o profeta precisaria se mover por estradas patrulhadas por Jezabel. Além disso, Serepta era uma cidade fenícia que ficava entre Tiro e Sidom, região governada exatamente pelo rei Etball, pai de Jezabel. Aquele seria o ultimo lugar para Elias se refugiar, mas foi ali que o profeta permaneceu por três anos, sendo sustentado por uma viúva pobre, que experimentou em sua casa o milagre da multiplicação (I Reis 17:1-24).

Deus tem usado o território inimigo como um verdadeiro campo de treinamento para seus escolhidos. Noé foi tirado do meio de uma geração corrompida e Abraão foi encontrado em uma fábrica de ídolos. O jovem rei Josias foi mantido fora do alcance da perversa rainha Atalia, exatamente dentro do templo por ela sitiado. Exemplos mais recentes podem ser encontrados em John Huss e Martin Lutero, pais da Reforma Protestante que desenvolveram seus teses reformadoras estudando a teologia católica dominante. Ou seja, toda Terra está sobre domínio do Senhor, até mesmo os territórios que achamos estar sob domínios dos nossos inimigos.


O Desafio dos Deuses

Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (I Reis 18:1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse por fogo seria o “Deus verdadeiro” (I Reis 18:17-24). O povo de Israel já havia penetrado no campo radical da idolatria, estavam divididos e indecisos. Elias fez tudo conforme a revelação do Senhor, não fez um altar por conta própria (I Reis 18:36). Elias zombou deles, mostrou que para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar, nem fazer malabarismo, é somente ter intimidade. Coisa que os profetas de Baal e os sacerdotes de Asera não possuíam (I Reis 18:37-39). A resposta à oração não trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os corações das pessoas, e livrou o país dos profetas de Baal. Elias sabia que Baal era adorado como o “deus do sol” (o fogo do universo) e como o deus controlador de todas as colheitas e da produtividade da terra. Um deus assim com certeza teria raios e trovões em seu arsenal de armas! Se ele era capaz de fazer qualquer coisa, então poderia dar início a um incêndio. Assim, criou a oportunidade para desmascará-la e trazer o povo de volta a Deus. Quando a situação da nação era de declínio espiritual e o povo estava em cima do muro, Deus encontrou coragem em um homem para confrontar o que era errado. Todavia, a verdadeira batalha não era no campo físico, mas sim, no espiritual. Vejamos algumas lições importantes:

Uma aliança demoníaca: A cegueira da nação e toda a sua escravidão espiritual se iniciaram quando Acabe e Jezabel contraíram matrimônio. Seja qual for a união que venhamos nos associar; deve ser muito bem pensada (II Crônicas 6:14-15). Depois tornamos algo legal no mundo espiritual, as conseqüências podem ser fatais e não somente drásticas. Jezabel teve livre arbítrio para matar os profetas de Deus, ela era legalmente uma autoridade (I Reis 18:13). Ela era a cabeça de Acabe, era feiticeira, e usou seu poder para amedrontar, dominar, e surrupiar tanto a fé do povo quanto o lugar de adoração a Deus (I Reis 16:30-33). Hoje muitos casamentos podem se tornar um inferno em vez de bênçãos, muitas alianças podem matar em vez de dar a vida. É preciso ter cuidado, e discernir com quem nós juntamos forças. Podemos como Acabe, nos encontrar dormindo ao lado do inimigo. Adultério espiritual também é pecado.

O duelo dos deuses: Elias chama toda a nação para reparar não um altar de pedras, mas o altar da própria vida. O que faltava na vida do povo era água (palavra), o povo não sabia mais discernir quem era Deus e quem não era. O altar é o lugar onde sacrificamos o que temos de mais valioso para nossas vidas, e o que mais valia nos dias de Elias era a água. De outro modo, durante três anos houve seca, morte, e escassez de alimentos. E foi nesse altar que se revelou o grande mistério da batalha. A água simbolizava Baal (o deus da chuva), o fogo é um símbolo do próprio Deus. É comum a água apagar o fogo, e nunca o fogo secar a água. O fogo “lamber” a água significa que Deus literalmente engoliu a Baal, a verdade venceu a mentira, e só o Senhor é Deus. Oh glória!  (I  Reis 18:38-39).

Deus precisa de um homem na brecha: Jamais devemos subestimar o poder de uma vida totalmente dedicada (Atos 20:24). Todo esse episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por um rei ímpio, a ímpia e poderosa esposa do rei, 850 profetas e sacerdotes pagãos e me um incontável número de israelitas descrentes. E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus. Nada intimida aqueles que sabem que aquilo em que crêem está baseado no que Deus disse. Quando sabemos que estamos dentro da vontade de Deus, somos invencíveis. Elias não se intimidou em nenhum momento. Nada nos deixa mais temerosos e inseguros do que não ter certeza de estar dentro da vontade de Deus.

Assim como Deus fez através de Elias, o Senhor Jesus confirmará sua Palavra dada a nós, mesmo que para isso Ele mande fogo dos céus. Esse fogo será uma resposta não apenas para seu povo acuado, mas também aos seus inimigos, para que temam e se convertam de seus pecados.


Sinais do Verdadeiro Avivamento

Muitos dizem que esta é a “Geração do Avivamento”, mas poucos entendem de fato o que um “AVIVAMENTO” significa. O relato da Batalha dos Deuses registra um dos maiores avivamentos já realizados, afinal em um único dia, toda a nação de Israel reconheceu a superioridade do Deus de Elias sobre os deuses cananitas Baal e Asera. Os gritos de “só o Senhor é Deus” ecoaram por todo reino, enquanto altares pagãos eram derrubados. E é exatamente esta a essência de um verdadeiro avivamento: TRANSFORMAÇÃO. Quando Elias ergueu sua voz, imediatamente “fogo” desceu do céu sobre o altar, e ali o avivamento começou. Infelizmente, muitos pregadores modernos tentam reduzir o conceito de avivamento apenas no cair do fogo, mas se esquecem que o fogo pelo fogo, acaba se apagando.

O avivamento começa com Elias desafiando a fé do povo, conclamando sua nação para vivenciar um grande mover sobrenatural. Antes de clamar pelo fogo, Elias toma o cuidado de corrigir todos os desvios, fendas e imperfeições de seu próprio altar, e depois, manda molhar toda a estrutura, bem como abrir valas no entorno e enche-las de água. A água é um símbolo da Palavra de Deus e também do Espírito Santo. Antes do fogo cair, é necessário que haja uma manutenção preventiva no altar, que aqui tipifica a própria vida do envolvido. Depois, é preciso que a PALAVRA DE DEUS seja despejada em abundância sobre este mesmo altar, ao ponto de fazer as valas transbordarem. Fogo que cai sem antes o altar ser regado, não passa de pirotecnia. Com o altar preparado e encharcado, chegou a hora do fogo descer. É um momento lindo e especial, de vislumbre, deleite e glória, que marcará para sempre a história de quem o vivenciar, mas como todo bom e inesquecível momento, a queda do fogo é passageira. O que fica de fato, são seus efeitos.
A água evapora, simbolizando que a PALAVRA voltou para Deus cumprindo o seu propósito (Isaias 55:10-11). A carne sobre o altar é consumida, incinerada, queimada ao ponto desaparecer, e quando isso acontece, o Espírito é fortalecido (I Colossenses 3:1-3). Quando o fogo cai, mas a água continua nas valas e a carne se mantem mal passada sobre o altar, é por que de fato, não houve  avivamento real  ali. O fogo também pode representar separação. Quando Elias foi levado ao céu por um redemoinho, primeiro um carro de fogo desceu dos céus e passou entre ele e seu discípulo Elizeu, separando quem ficaria, de quem seria arrebatado. O fogo do verdadeiro avivamento tem esta característica de evidenciar os que são dos que NÃO são (II Reis 2:1-11).

Se o fogo caindo é uma visão deslumbrante, a próxima cena do avivamento é assustadora, mas imprescindível. Ao perceber que estava sendo enganado pelos falsos profetas, o povo de Israel reconhece a soberania do Deus de Elias e literalmente, elimina os mestres do paganismo. Em pouco tempo, cerca de  novecentos profetas de Baal e Asera são mortos ao fio da espada pelo turba enfurecida, transformando os seiscentos metros do Monte Carmelo, numa grande cascata de sangue, e a montanha num deposito de muitos cadáveres. Visão desagradável, não é? Mas é exatamente aí que reside a beleza do AVIVAMENTO, pois quando ele é genuíno, as coisas mudam, e nada é como antes. Quem experimenta o verdadeiro avivamento, não aceita mais em sua vida, a causa raiz de seu erro, e extermina o mal de uma vez por todas, por mais doloroso que possa ser  este processo (Mateus 18:9).

Se você presenciar um evento onde o fogo cai do céu, mas a carne não queima, a água não evapora, o altar continua fendido e os profetas de Baal e Asera continuam vivos... FUJA!.... Não houve qualquer avivamento ali.


Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (09/11/2014), da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93  
Milagres do Velho Testamento Editora Betel


Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes



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