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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Festa Surpresa

Pb. Miquéias Daniel Gomes

Mal o sol despontara naquela manhã e ela já estava em pé. Era um dia muito especial. A primeira e última vez que ela faria quinze anos. Não dava para ser um dia comum, embora fosse aquela apenas mais uma segunda feira nublada. Escolheu criteriosamente uma roupa que representasse bem seu estado de espírito e suas pretensões para o dia:  coloridas e informais.  

Abriu a porta do quarto, correu para o banheiro a fim de escovar os dentes antes de seus irmãos. Ouviu os passos que iam em direção a cozinha e reconheceu o burburinho de vozes matinais: papai e mamãe. Conteve-se num sorriso controlado e sentiu o coração pulsar forte: - eles devem estar falando do meu aniversário! Preparou uma expressão neutra para esconder sua euforia e saiu. Junto à porta tropeçou em seu irmãozinho que engatinhava distraidamente pelo corredor. Levantou se com a mesma velocidade que havia caído. - “Bebê idiota”, pensou ela, enquanto o garotão se esgoelava em lagrimas ressentidas. A mãe, tão rápida quanto um raio veio em socorro do caçula, acolheu o pequenino em seu colo e ralhou: - “Daniela, olhe por onde anda” e se retirou fazendo aquela ridícula voz de bebezinho - Tadinho do bebê, essa monstra machucou você?

Monstra? Daniela? Mamãe sempre a chamava carinhosamente de Dani. Apenas quando havia muita tensão (e entenda-se por tensão “culpa no cartório”) que ela era punitivamente chamada pelos pais de Daniela. Mas hoje isso não poderia acontecer, hoje é o dia da Daniela, ou melhor da Dani, é seu aniversário...

Enquanto vagueava pelos seus pensamentos, ouviu o grito vindo da cozinha. – Daniela, venha logo tomar o café porque você já esta atrasada para a aula... Aula? Hoje não é dia de aula. É dia de passear, curtir e se divertir. - Será que ninguém se lembra que dia é hoje? Hoje é meu dia!- E lá se foi Daniela para a escola, triste, frustrada e sem um único beijo ou abraço de sua família.

Você já teve dias assim? Onde o mundo parece se esquecer de você? Onde sua família parece não te entender? Segunda feira triste e cinzenta, mesmo que o sol brilhe a pino no céu?

No ônibus escolar Daniela encontraria o carinho de suas amigas. –“Elas sim se importam comigo”, pensava. Mas para sua surpresa, naquele dia todas estavam mais interessadas em contar suas próprias aventuras de final de semana. Cibele estava empolgada com a visita de uma tia do sul que sabia falar inglês e italiano. Aninha havia passado o final de semana com dor de dente e só estava preocupada com a visita que faria ao dentista. Rebeca por sua vez tinha conversado com o André no MSN e estava empolgadíssima com o futuro da relação, até a Paulinha sua melhor (melhor) amiga estava muito mais interessada no novíssimo celular que a avó lhe tinha enviado como presente de aniversario atrasado. -“E eu, ninguém vai me parabenizar? É meu aniversário, vocês não se lembram... está marcado em suas agendas... esta no meu FACEBOOK .“  Mas apesar de seus protestos mentais e dicas corporais e verbais, aquele seria um longo e tedioso dia de aula, a única surpresa que Daniela teria fora preparada pela Sra. Heloisa, sua adorável professora de química, um teste valendo um quarto da nota.
  
O silêncio de quem amamos é talvez a mais dolorosa punição emocional que podemos receber. E quando é o próprio Deus  quem  se cala? Aí a situação fica insuportável. Mas não significa que seja punitiva.

Se você está se sentindo longe de Deus, sem desfrutar do som de sua voz, encontra-se na mesma situação de um certo grupo de amigos do qual a Bíblia faz menção. Eles estavam reunidos, ombro a ombro, mas mesmo assim tão solitários, que podiam sentir a solidão como uma estaca em seus corações. Seus lamentos e múrmuros não lhes traziam o menor conforto, pelo contrário, somavam-se as suas dores e todos compartilhavam do fracasso e da impotência num amargo cálice de inércia e frustração. Por três anos haviam construído um castelo de sonhos, um mundo de projetos e do dia para noite tudo isso desapareceu atrás de uma pedra pesada e fria. A mesma pedra que selava o corpo de Jesus. Sim, estou falando dos discípulos, que após o sepultamento de Cristo, trancafiaram-se numa cela, sem esperança, pois o mestre estava morto e consequentemente Deus havia se calado. Sem a presença de Jesus, se findara os preciosos ensinamentos, acabara-se  as parábolas e o pior de tudo, cessara-se as palavras de vida eterna. Estavam sozinhos, abandonados, atravessando um vale escuro e sombrio: O Vale do Silêncio Divino.

Naquela tarde, Daniela se dirigiu a uma escola de música para “arranhar” seu violino. A professora sugeriu aos alunos para tocarem “parabéns para você”, mas depois mudou de idéia e resolveu que a lição do dia seria “ o cravo brigou com a rosa”. De repente um lampejo de esperança para aquela infeliz segunda feira brilhou como sol do meio dia. Seu celular vibra e ao identificar a chamada viu que era a mamãe. Mas para sua decepção, a ligação foi rápida e o motivo acachapante. Sua mãe pedira para que após a aula de música, ela acompanhasse sua prima Gisele até uma loja, pois haveria uma formatura no dia seguinte e a “Gi” precisava escolher um vestido e como as duas tinham gostos parecidos, o mesmo tipo de corpo, talvez ela pudesse ajudar nas compras e blá, blá,blá...

Os discípulos também receberam uma ligação rápida do céu. João conta no capítulo 20 de seu evangelho que os onze estavam fechados no cenáculo quando de repente um Jesus ressurreto aparece, sopra sobre eles o Espírito Santo, testa a fé de Tomé, opera sinais e os envia ao mundo para pregarem o evangelho. Depois desaparece do mesmo modo que surgira, deixando no ar o som do silêncio outra vez. E você acha que os discípulos obedeceram a ordem de Cristo? Não! Ao invés de irem pescar homens, eles resolveram que era melhor voltar ao mar e pegar uns bons peixes.

Ao chegar à loja, sua prima a esperava solicita junto ao balcão e foi logo dizendo – “Dani, sei que você tem um ótimo gosto para roupas, então quero que você escolha um vestido para mim, e não importa o preço, quero estar perfeita amanhã. Escolha como se fosse para você.” Mas, Dani não estava nem um pouco interessada no sucesso da prima e indicou-lhe um vestido barato e muito, como posso dizer, extravagante.   – “Você tem certeza Dani?” Insistiu Gisele. – “Tenho! É a última moda”

Essa é uma situação muito comum quando enfrentamos o silêncio de Deus. Seguimos nosso instinto e tomamos as decisões erradas.

Há algum tempo, depois de enfrentar um longo período do silêncio de Deus em minha vida profissional, resolvi lutar com minhas próprias forças, usando minhas próprias armas, por um aumento mínimo em meu salário. Como não consegui, decidi então que era a hora de sair da empresa. Planejei terminar meu expediente e resolver a situação no dia seguinte, mas antes de voltar para minha casa fui levado pelo Santo Espírito até a igreja onde congrego em um de nossos cultos vespertinos, chegando a tempo de ouvir o Pr. Wilson Gomes (meu pai) ministrar sobre o milagre ocorrido no Mar Vermelho.

Ao contrário do que vemos nos filmes, o mar não se abriu repentinamente, pois isso tornaria tudo muito fácil.  Vamos entender como de fato o milagre aconteceu. Um mar gigantesco à frente e o exército de Faráo atrás, armado até os dentes. Como à geologia do local não favorecia fugas laterais, o povo hebreu estava encurralado. Com a chegada da noite e a aproximação dos inimigos, Israel entra em pânico e Deus ordena a Moisés que toque nas águas. E é ai que algo curioso acontece. A coluna de fogo que iluminava e aquecia os israelitas se retira de sobre eles e se põem de fronte aos egípcios. 

Você trancaria alguém desesperado num quarto frio e apagaria a luz? Pois foi exatamente isso que Deus fez.

Entretanto, o que o povo não sabia é que Deus trabalhava em duas frentes. No acampamento dos egípcios, ele dificultava o avanço causando problemas mecânicos (sabotagem, se você preferir) em seus carros de guerra e no mar agia através de um forte vento que soprou durante toda a noite abrindo uma avenida no meio do mar, que só foi percebida com os primeiros raios do sol (Ex 14:21-25). Israel não ouviu Deus, não viu Deus, não entendeu Deus... Mas Deus nunca deixou de trabalhar por eles. Deus se cala, mas nunca cruza os braços. Aquela página em branco que divide sua Bíblia em Antigo e Novo Testamento é significativa. Representa um período de 400 anos em que Deus se manteve no mais absoluto silêncio, sem uma única palavra a humanidade, porém, quando volta a falar quatro séculos depois, é para anunciar que o Messias estava chegando. Deus se manteve em silêncio, mas não havia parado de trabalhar. Ele estava preparando o maior acontecimento da história: A Encarnação do Verbo!

Quando voltou a sua residência naquela noite, Daniela se deparou com uma casa escura e silenciosa. -Será que saíram e me deixaram para trás? – pensou. Sua prima a encorajou a abrir a porta, girou a maçaneta e entrou, mas antes que pudesse encontrar o interruptor, as lâmpadas misteriosamente se acenderam: Surpresa!!! A casa se iluminou em cores e enfeites, balões, flores e um bolo gigantesco... Mamãe, papai, seus irmãos, suas amigas e até a professora de violino... Todas estavam lá! – Feliz Aniversário Dani, você é muito especial para nós... Passamos o dia te ignorando, tudo para que tivéssemos tempo de preparar sua festa sem você perceber! - Revelou a mamãe. – Agora vai lá colocar seu vestido novo e volte para dançar sua valsa de quinze anos. Antes que pudesse perguntar que vestido era esse, Gisele lhe entregou a sacola dizendo: - Surpresa! O vestido era para você! Feliz Aniversário priminha!

Os discípulos por sua vez passaram a noite inteira pescando sem apanhar um único peixe. Humilhados, frustrados, desorientados e famintos retornavam a praia quando da margem alguém lhes ordenou que lançassem novamente a rede. Meio a contra gosto lançaram e ... Surpresa!!! Centenas de peixe saltaram para o barco num delicioso deja`vú. Pedro se lança nas águas, os outros remam desesperados rumo à margem. Aquela era a voz de Jesus. Deus voltara a falar com eles!

Para um mundo imerso no pecado ele preparou a salvação. Para discípulos esfomeados assou peixe e pão. Para a nação acuada pelos inimigos preparou um caminho de fuga no meio do mar. Para o profissional frustrado providenciou uma promoção que duplicou o seu salário. E fez tudo isso enquanto estava em absoluto silêncio. Deus sempre preferiu ações ao invés de palavras.

Está frustrado por sentir Deus distante, achando que ele te abandonou e se esqueceu de você? O ultimo ano foi marcado pelo silencio divino e repleto de frustrações? Seu dia foi entediante e agora a sua casa está escura, sombria e aparentemente vazia?

Aí vai a grande revelação.

SURPRESA!!!!

Deus esteve  ocupado te preparando  uma "baita" festa!


Vídeo: Prova de Fogo

Prova de Fogo (Fire Proof), é um filme produzido pelos mesmos criadores dos memoráveis Desafiando os Gigantes e Corajosos, e dirigido pelo irmãos Kendricks.

Caleb Holt (Kirk Cameron) é um heroico e dedicado capitão do Corpo de Bombeiros. Mas a parceria mais importante de sua vida, seu casamento, está prestes a se desfazer em fumaça. É quando algo inesperado acontece e ele fará de tudo para transformar sua vida e o relacionamento com a esposa Catherine (Erin Bethea), seguindo o lema dos bombeiros: Nunca deixe seu parceiro para trás.

A salvação do casamento do capitão do corpo de bombeiros vem quando seu pai lhe dá de presente um diário que se trata de um desafio de 40 dias no qual cada dia Caleb tem de fazer diversas coisas para a sua esposa e aprender a entender as situações vividas em um matrimônio. O livro citado em todo o filme, é hoje uma referência para estudos em encontros de casais e ministérios de família.





terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Testemunho: Um Anjo em minha vida (Valmira Sandra Sant´Ana)




Vou compartilhar com vocês, uma página importante da minha vida, que aconteceu no dia 20 de agosto de 2004.

Aparentemente, aquele seria um dia bem normal. Naquela época eu estava trabalhando na colheita de laranja em uma grande fazenda da região, maior até mesmo que a cidade de Estiva Gerbi, e tudo corria bem. Eu estava concentrada no trabalho e assim, sozinha, continuei meu labor por toda a manhã. Por volta das 14:00 horas, o irmão Evandro Correa se aproximou do local em que eu estava, e mesmo sem saber, ele era um anjo enviado de Deus para salvar a minha vida, pois assim que ele chegou, quando fui apanhar as laranjas que estavam no chão, uma cobra jararaca picou o dedo médio da minha mão direita. Na hora, eu não senti nada de mais, porém o irmão Evandro, imediatamente correu em busca de ajuda, acionando o filho do patrão, que por sua vez chamou socorro médico.

Quando cheguei na Santa Casa, a dor já era tão forte, que eu achei que iria morrer. Então fui colocada no soro com medicação antiofídica, e após a ministração deste medicamento, o médico me liberou para ir embora. Antes de sair da maca, pedi para usar o banheiro, mas quando coloquei o pé no chão, perdi completamente os sentidos, e quando acordei, já estava na UTI, cheia de aparelhos. Meu corpo ficou completamente inchado e a dor que eu sentia ultrapassava os limites do suportável. Fiquei hospitalizada por vinte dias, sendo que oito deles, em tratamento intensivo.

Mas algo inesquecível aconteceu quando desmaiei. Me vi frente a frente com um homem vestido de branco, que embora se aproximasse cada vez mais de mim, não era possível ver o seu rosto, mas ouvi claramente a sua voz. Ele me disse que Deus tinha me dado um grande livramento, e que foi ELE quem enviou alguém para me socorrer no local do acidente. Naquela época, eu se quer pensava em aceitar Jesus, mas ELE já me amava e cuidou de salvar minha vida. Os médicos disseram que eu nasci de novo, pois o veneno daquela serpente ficou a um milímetro dos meus rins, e se eles fossem atingidos, teria sido fatal.

Mas em sua bondade, Deus me deu uma segunda chance de vida. Perdi o meu dedo, mas ganhei a oportunidade de viver, cuidar dos meus filhos, da minha família, servir ao Senhor e contar este testemunho a todos vocês. Deus me conhece desde o ventre da minha mãe e tem um propósito para minha vida. Por isso salvou minha alma através de Jesus, e também salvou minha vida através de seu anjo. Sou muito grata ao Senhor por tudo! Obrigada meu Deus! Hoje sou de Jesus e ELE é meu!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Novo trimestre da EBD: FIDELIDADE

Nesta semana iniciaremos um novo trimestre da EBD, indicando os trabalhos do ano letivo de 2015. E o tema escolhido para os próximos meses não poderia ser mais relevante: Fidelidade. O material didático tem a autoria do Pr. Josué Rodrigues de Gouveia, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério Vila Nova em Goiânia GO, membro da Junta Conciliadora do estado de Goiás e 5º secretário da Mesa Diretora da Convenção Nacional (CONAMAD), que em parceria com diversos comentaristas abordaram temas como fidelidade para com Deus, fidelidade ministerial, fidelidade conjugal, fidelidade familiar e fidelidade nos relacionamentos. 

Em nossa igreja na cidade de Estiva Gerbi, as aulas serão ministradas nas manhãs domingos as 9:00 horas, sendo o corpo docente composto da seguinte forma: Pb. Miquéias Daniel Gomes (professor titular), Benê Wanderley (professor), Pb. Paulo Oliveira (superintendente) e Pr. Wilson Gomes. As aulas terão inicio no próximo domingo (04/01/2015), sendo que um estudo completo sobre a próxima lição é postado neste blog toda quinta feira. Não perca

Segue abaixo, a palavra oficial do comentarista.

Pr. Josué Rodrigues de Gouveia
Existem temas no nosso cotidiano impossíveis de evitar. E a fidelidade é um deles. Fidelidade significa a atitude de quem é fiel, de quem tem compromisso com aquilo que assume. É uma característica daquele que é leal, confiável, honesto e verdadeiro. Por isso é um tema importante a ser estudado. 

Dentro de um contexto global, onde se divulga abertamente a infidelidade como algo natural, há a necessidade de defendermos e despertarmos os cristãos em suas mais diversas áreas de atuação sobre este assunto, pois ele tem sua base na fidelidade de Deus e de Jesus Cristo. Pautados pelas Escrituras Sagradas, nosso objetivo é mostrar que podemos viver uma vida de total fidelidade neste mundo. Os personagens bíblicos demonstraram que isso é possível observando as doutrinas e exercendo a fé nos momentos mais difíceis. Estudar esse tema neste trimestre nos fará fortalecer a nossa posição e, acima de tudo, honrarmos o nome de nosso Senhor e Mestre.

Cada texto foi escrito com muito temor, munido de oração e debates. Que estas lições sejam para você, leitor, um manual para o exercício da fidelidade em todos os momentos de sua vida. Nesta oportunidade quero agradecer aos meus colaboradores: Pr. Edmar Oliveira, Pr. Fabiano dos Reis, Pr. Luiz Gonzaga Sabino, Pr. Reginaldo Cruz, Pr. Walteir Vieira, Pr. Saulo Nunes, Pr. Esequias de Oliveira, Pr. Wilmar Leitte e Ev. Queroz de Melo. Juntos tentamos proporcionar aos nossos alunos da Escola Bíblica Dominical um embasado estudo do referido tema. Que Deus nos dê um trimestre de avanço e comprometimento com Seu reino aqui na terra.

O que é Dom de Línguas?

Pb. Miquéias Daniel Gomes

Um grupo de 120 remanescentes ainda se reunia no cenáculo de Jerusalém aguardando o “PARAKLETOS” prometido por JESUS. Era o último dia da Festa de Pentecostes e a cidade estava repleta de turistas provindos de as partes da terra.   De repente um som como o de um vento muito forte é ouvido por todos aqueles fiéis. Pedro levanta seus olhos procurando a origem daquele barulho, mas acaba se deparando com uma “mini fogueira” bailando sobre a cabeça de João... Assustado corre seus olhos pela congregação e vê que André, José, Matias, Maria, Tomé, Mateus, Natanael, Felipe, Nicodemos e muitos outros também estão sob “línguas de fogo flamejantes” ... Ao abrir a boca para exclamar em espanto, sua fala saí em um idioma que ele se quer conhece... Pedro se cala. Volta-se para João que também o fita espantado, pois ao tentar dizer “Pedro, sua cabeça está em chamas”, soltou um “decantalabassi”...  A partir daí aqueles varões galileus, não conseguem mais se conter, e começam a falar diversas línguas distintas, conforme o Espírito lhes dava condição de falar.

Este relato da chegada do Espirito Santo (Atos 2:1-2), traz nas entrelinhas as três razões básicas para a existência do que chamamos de “Línguas Estranhas”, ou de acordo com a descrição de Lucas, nem tão estranhas assim.

1º) Falar em Línguas por inspiração espiritual (sem tê-las aprendido antes) é uma evidência cabal do Batismo do Espírito Santo que foi profetizado por João – o Batista (João 1-31-33, Atos 2:4-6, 19:6).

2º) Línguas “estranhas” trazem edificação para quem as fala, pois funcionam como uma comunicação pessoal com o próprio Deus. (I Coríntios 14:1-15, Romanos 8:26-27, Efésios 6:18, Judas 1:20).

3º) Línguas estranhas são dadas a igreja como um sinal para o incrédulo, e também como uma revelação de Deus para o Corpo de Cristo, caso haja quem as interprete (Atos 2:12, I Coríntios 12:10, 14:5-22).

Mas, de fato, o que são as LÍNGUAS ESTRANHAS?

A língua estranha é uma manifestação sobrenatural da presença do Espírito Santo numa inspiração vocal, e através dela o cristão é capaz de falar uma Língua completamente diferente do seu idioma natural sem nunca tê-lo aprendido.

A língua estranha é a língua dos anjos?

Não necessariamente. Pode ser que alguém seja sim inspirado pelo Espírito para falar numa língua usada por seres angelicais (I Coríntios 13:1), mas a grande maioria dos “idiomas” falados durante esta inspiração espiritual ou são de línguas da Terra ou uma língua misteriosa que apenas Deus conhece.

Falar em Línguas usando idiomas da própria Terra serve para testemunho de quem ouve ou para a transmissão de uma mensagem específica a um indivíduo que a entenderá por conhecer aquele idioma sobrenaturalmente usado (Atos 2:4-8).

Falar em Línguas usando um misterioso idioma, completamente desconhecido seja na Terra ou nas esferas celestiais, de forma que só Deus o entenda, visa à edificação do próprio comunicador (1 Coríntios 14:2).

Só quem fala em Línguas é batizado com o Espírito Santo?

O batismo com o Espírito Santo representa um revestimento de poder que dá ao cristão, ousadia e virtude espiritual para a realização da obra de Cristo; já o ato de falar em LÍNGUAS é uma evidência externa deste mesmo batismo.  Portanto, mesmo que uma pessoa que NÃO fale em Línguas, podem sim estar cheia do Espírito Santo, mas ainda não ter externado esse sinal. Para maior entendimento deste conceito podemos tomar base nos critérios exigidos pela igreja primitiva para a escolha dos diáconos. Ali encontramos entre os requisitos obrigatórios ser “Cheios do Espírito”, mas em nenhum lugar se faz menção das línguas estranhas como uma obrigatoriedade, e tal exigência também não aparece nas recomendações de Paulo (Atos 6:1-6 e I Timóteo 3:1-12)

Qual é a importância de se falar em LÍNGUAS para o Cristão?

Todo o Cristão deve sim falar em LÍNGUAS, pois o uso pessoal desta “Graça” produz auto edificação ao seu locutor. Além disso, as “LÍNGUAS ESTRANHAS” são poderosas ferramentas de louvor e oração, duas atividades deveras importantes na vida do Cristão e que são igualmente combatidas por Satanás, havendo necessidade deste fortalecimento sobrenatural. Além disso, a evidência do revestimento espiritual através da fala de Línguas Estranhas tráz ao homem de Deus uma maior confiabilidade junto à congregação, e também é usada por algumas igrejas como critério para a ascensão ministerial dentro da comunidade eclesiástica.

Todos que falam em Línguas possuem o DOM da VARIEDADE DE LÍNGUAS?

Não. A grande maioria dos cristãos falam em Línguas de forma individual e particular, para sua própria edificação. Essa Língua segue sempre um mesmo padrão, que pode ou não ser renovado com o tempo.

Então, o que vem a ser o DOM da VARIEDADE DE LÍNGUAS? 

Este DOM é a habilidade concedida ao indivíduo, através da ação do Espírito Santo, para que haja comunicação entre Deus e a Igreja em uma LÍNGUA desconhecida, a fim de que seja interpretada e que todos possam compreendê-la posteriormente. Ou seja, por razões que fogem de nosso conhecimento, ao invés de enviar uma mensagem no idioma do locutor (como é o caso da profecia), Deus fala por meio de mistério, uma mensagem codificada que apenas o Espírito Santo entenderá e inspirará alguém a também entendê-la.  O portador deste DOM tem a “habilidade” para se utilizar de uma vasta gama de variedades idiomáticas ao transmitir esta mensagem, para inclusive aumentar as possibilidades de haver quem a interprete.

O DOM da VARIEDADE DE LÍNGUAS é dado para a edificação da IGREJA, e não do indivíduo que o exercita, e por isto será manifestado apenas quando o Espírito Santo desejar. Já o fato de falar em LÍNGUAS, que é inerente ao DOM, deve ser continuo na vida deste mesmo indivíduo para que haja a edificação pessoal do mesmo. 

domingo, 28 de dezembro de 2014

Poderoso Deus

Inspirado na ministração do Ministério de Louvor Diante da Graça, realizada no Culto da Família, neste domingo, 28/12/2014.




Ao que está assentado, sobre o Trono... 

E ao cordeiro, seja o louvor...
Seja a honra. Seja a glória. Seja o domínio. 
Pelos séculos dos séculos...

Poderoso Deus.... Poderoso Deus... Minh´alma anseia por ti....

Minh´alma anseia por ti....


Deus está assentado em seu Santo Trono. Lá Ele permanece de eternidade em eternidade, imutável, inabalável e inatingível. Nada pode constrange-lo, obriga-lo ou o desestabilizar. Nada é capaz de diminui-lo ou limitar o seu poder. Ele é o PODEROSO DEUS!

Conta-se que em numa sala de aula, uma criança testificava para seus amigos sobre o milagre da travessia do Mar Vermelho. Contava com empolgação sobre o grande feito do Senhor, e como maravilhosamente Ele tinha divido o grande mar em dois, construindo gigantescas paredes de água, e com isso criado um corredor seco para que os israelitas atravessassem aquela imensidão marítima a pés enxutos. Milhões e milhões de pessoas caminhando pelo meio do mar, numa prova irrefutável do grande poder de Deus.

Então ela foi interpelada pela sua professora, que maliciosamente se propôs a minar a fé daquela criança.

- Pois saiba que não houve nenhum milagre neste ocorrido. Não foi preciso uma intervenção divina nesta história.  Sabe-se hoje, que em determinadas regiões, em épocas bem especificas do ano, o Mar Vermelho chegava a ter apenas trinta centímetros de altura – Explicou a professora. – Isso tornava a travessia perfeitamente possível, o que elimina qualquer aspecto sobrenatural do evento. Portanto, não houve milagre e nenhuma manifestação do poder de Deus.

Nesse instante, a criança já estava em lagrimas, glorificando entusiasmadamente ao Senhor. A professora, curiosa a questionou sobre o motivo daquela celebração, ao que a criança explicou:

- Glória ao Poderoso Deus, que em apenas trinta centímetros de água, afogou todo o exército de Faraó! 


Um modelo para nossos filhos

Autor
Pr. Wilson Gomes
As vezes, a vontade de Deus na nossa vida não parece ser no momento, o melhor para nós.  Entretanto, é preciso ser obediente. Para cumprir a ordem de Deus, temos que abrir mão de conceitos, renunciar coisas que gostamos e rever o que planejamos.  Por exemplo: Numa época onde o Egito era a terra das oportunidades, e o lugar perfeito para se criar os filhos, a ordem controversa dada por Deus a Isaque foi exatamente esta: Não desçais ao Egito: Habita na terra que eu te disser.

Mais do que uma ordem, esta sentença era um teste para o patriarca Isaque. Viver na comodidade da estagnação nas fartas planícies do Egito ou ser um peregrino de Deus pela terra? Isaque nunca teve a oportunidade que temos hoje de ler o texto de I Pedro 1:17, onde diz que somos peregrinos e forasteiros aqui neste mundo. Mas sobre ele havia um juramento, do qual não estava propenso a abrir mão: " Eu serei contigo e te abençoarei como prometi ao seu pai Abraão”. Isaque poderia abrir mão de qualquer coisa. Menos da presença de Deus na vida de sua família, e embora no momento o Egito proporcionasse expectativas de sucesso aos seus rebentos, lá na terra dos Faraós, seus filhos seriam privados da promessa de Deus, já que as mesmas estavam atreladas a obediência.

Quantos pais são egoístas e não pensam nas promessas para seus filhos. Não plantam para o futuro. Querem honrar cargos, buscam reverência instantânea e esquecem que estamos semeando para a posteridade. Questionamos publicamente a Deus pelo que não recebemos e com isso matamos a fé de nossos filhos, pois veem seus pais como figuras murmuradoras e críticas que estão estacionados na fé, decepcionadas com Deus, com a igreja e com os irmãos.

Seguindo esse exemplo deturpado, eles têm seu caráter moldado num clima de frieza espiritual. Crescem almejando ter idade para abandonar a igreja (a mesma igreja que segundo seus pais “não possui mais a presença de Deus”). O irônico (embora trágico) é que depois esses mesmos pais choram amargamente, pedindo  para Jesus trazer seus filhos de volta para a igreja. A mesma igreja da qual tanto mal disseram

Agora pense comigo. E se ao invés de murmuração e palavras ofensivas, nossos filhos nos ouvissem fazendo orações de agradecimentos? E se ao invés de picuinhas e falatórios eles nos vissem lendo a Bíblia, falando em línguas com lágrimas nos olhos e sendo gratos pelo que temos... O problema é que só choramos quando eles se perdem. Mas infelizmente, aí já pode ser um pouco tarde. (Se eles vissem um altar de adoração em casa talvez isso não acontecesse). Provérbios 22:6 diz que nossos filhos se lembraram do caminho em decorrência do ensinamento ministrado pelos pais. Então a questão de grande relevância é: O que temos ensinado?

Mude sua forma de enxergar a igreja, e quando digo igreja me refiro no âmbito “Reino de Deus”. O tempo passa, pessoas mudam, estações se renovam, conceitos caem, costumes são esquecidos... Mas o Reino persiste eternamente. O caráter de Isaque foi forjado na obediência de seu pai. Ele não nasceu em casa de alvenaria, mas sim em tenda, numa nômade vida de obediente serviço a Deus e adoração por excelência, ambiente perfeito para a construção de uma fé convicta e avassaladora. Nosso lar é o agente formador do caráter e da estrutura espiritual de nossos filhos. Lares fortes, filhos fortes. Pais vacilantes, filhos fracos e sem determinação. Alguém já disse certa vez que o lar é a oficina aonde os filhos são construídos. Lares abençoados fabricam filhos abençoados.

O valor do sacrifício foi aprendido por Isaque ainda na adolescência, quando ele próprio era o inocente a ser oferecido em culto sacrificial que o seu pai quase levou as últimas consequências, só sendo detido pela intervenção do próprio Deus. Qual lição tiramos desta história? – Leve Deus a sério, submeta-se ao seu poderio. Ele sabe o que está fazendo! O escritor americano Max Lucado nos faz a seguinte pergunta: - Como a presença de Deus chega até nós?  E nós dá uma resposta surpreendente:   - Simples. Deus vem com suas próprias condições.  Abraão sabia disso. Sabia que Deus viria com suas próprias condições e que para ser feliz basta aceita-las.

Senhores pais, perdemos nossos filhos quando o que é santo torna-se trivial, o que é espiritual tornar-se monótono e o sagrado torna-se inferior. O meu conselho é: Não relaxe diante do que é sagrado... Pelo bem da posteridade.


sábado, 27 de dezembro de 2014

Dpto de Educação Cristã recebe Pr. George Elói Moreira


Esta é sem dúvidas, uma semana abençoada em nossa igreja, onde estamos celebrando ao Senhor pelo ano do Departamento de Educação Cristã de nossa congregação em Estiva Gerbi, e louvando ao Senhor pela vida dos alunos da Escola Bíblica Dominical, da EETAD, do EBOM e dos cursos extracurriculares. Os líderes deste departamento, Pb. Paulo Oliveira e Pb. Miquéias Daniel, também aproveitaram esta oportunidade, para em parceria com o nosso blog, realizar a “I Semana de Conscientização sobre a importância da Educação Cristã”. Nos últimos dias, muitos irmãos colaboraram com esta iniciativa, cedendo textos especialmente escritos dentro desta temática.

Mas além dos eventos realizados pela internet, também estamos promovendo cultos especiais que celebram ao Senhor nosso Deus e a sua Santa Palavra, e na noite deste sábado, 27/12/2014, recebemos o Pr. George Elói Moreira da Silva, da cidade de Mogi Mirim, que ministrou sobre o impacto poderoso que a educação cristã exerce sobre o indivíduo, quando aplicada ainda nos primórdios da vida. Nosso palestrante explicou para a igreja que as coisas de Deus são espirituais, não podendo ser analisadas com parcimônia e naturalidade científica. Não seremos crentes espirituais adquirindo conhecimento secular, acadêmico ou literário, mas sim aprendendo e prosseguindo em aprender da Palavra de Deus, com leituras diárias da Bíblia, seguidas e antecedidas de meditação e oração. É no convívio com o texto sagrado que desenvolvemos sensibilidade espiritual e obtemos base para exercer com propriedade os dons do Espírito Santo, pois o “PODER” de “DEUS” reside em sua “PALAVRA”.

O Pr. Jorge também foi incisivo ao se referir sobre a importância da Escola Bíblica Dominical, que é um estudo semanal e sistemático sobre as escrituras, de alto nível teológico e gratuito, acessível a todo cristão. Além disto, é uma ótima ferramenta de edificação e evangelismo, já que abraça em seu curriculum desde os primórdios do discipulado, até as mais incisivas verdades reveladas nas escrituras. Uma igreja que se dedica a EBD é sem dúvidas uma igreja muito forte, capaz de transformar o meio em que vive. É preciso não apenas participar, mas sim influenciar outras pessoas a também participarem, e um começo bem promissor é através do exemplo, fazer com que nossos filhos sejam amantes da Palavra de Deus, assim como instruídos em Deuteronômios 6:7: “Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.” 


Uma luz para dias nebulosos

Autor
Miqueias Daniel Gomes
Em sua oração sacerdotal (João 17), a grande preocupação de Jesus era o futuro de seus discípulos, pois naquele instante, havia uma névoa densa e escura sobre as próximas semanas daqueles homens. Como eles reagiriam a ausência de seu grande mentor?

Ao longo de três intensos anos, eles andaram com Cristo. Dormiram sobre o mesmo teto, comeram da mesma porção, caminharam os mesmos caminhos, conheceram as mesmas pessoas, frequentaram as mesmas festas... Olhavam para os olhos do próprio Mestre enquanto bebiam da fonte de seu inesgotável saber. Viram os lírios se vestirem com tal elegância que excedia aos reis. Contemplaram as aves se refestelando em seu banquete matinal. A visão de cada um se voltou para a cidade edificada sobre a rocha e sentiram seus olhos doeram com a ideia da lasca de uma madeira enterrada ali. Descobriram que a felicidade está nas pequenas coisas, que ser é muito mais importante que ter. Quantos preconceitos tiveram que vencer para jantar junto aos pecadores. Aprenderam que o zelo é primordial, mas que o amor e a misericórdia suplantam as convenções e são as bases que sustentam a fé. Cada ensinamento, cada palavra de vida eterna chegou primeiro aos seus ouvidos, receberam afago e carinho. Desfrutaram da beleza que há na correção feita em amor e da doçura existente numa severidade empática. Homens privilegiados com um chamado exclusivo e pessoal, testemunhas oculares de cada milagre, participantes de cada página da mais bela história já registrada. Tinham motivos de sobra para crer, mas por um instante duvidaram, pois aparentemente seu Mestre tinha ido embora numa viagem sem retorno e agora eles estavam sozinhos, a mercê da própria sorte. O caminho fora interditado, a verdade tinha sido sepultada e a vida estava morta.

O sepulcro frio e escuro só conteve Jesus por três dias. Um Cristo vivo e radiante aparece a Maria Madalena e ordena: - Vá e diga aos outros que eu ressuscitei! Mas chegando ao túmulo aqueles homens nada veem além de um lugar vazio... Tão vazio quanto seus lúgubres corações.

Um grupo desfalcado se reúne as portas fechadas, onde embora “juntos” sentem-se em total solidão. Medo, frustração e decepção são os sentimentos que imperam entre eles, mas de repente, sem avisos prévios o Mestre se faz presente – A minha Paz vos dou!  Que momento de felicidade... Jesus estava de volta... Diferente, é verdade, mas ainda assim o mesmo Messias amável e benigno que conheciam tão bem. Outra vez Jesus os visita, quando todos, sem exceção, estão reunidos, mas então, como alguém que já não se importa mais, Jesus parece ter se afastado de vez. Embora fossem eles os escolhidos, ainda não estavam preparados. Criam, mas não confiavam. Foram devidamente instruídos, mas não estavam capacitados. Aqueles eram homens especiais, escolhidos pelo próprio Cristo, pois havia dentro de cada um potencial para pavimentar a estrada do evangelho que se estenderia pela posteridade, mas sem alguém para pegá-los pelas mãos e conduzi-los constantemente, com certeza, iriam errar o caminho.

Bastaram poucos dias sem uma manifestação corpórea do Jesus ressuscitado para que seus discípulos perdessem o foco prioritário de sua missão espiritual, tirassem da aposentadoria suas redes e se lançassem ao mar para uma boa noite de pescaria.  É comum ao homem que se sente longe de Deus seguir seus próprios instintos, confiar em suas habilidades naturais e tomar decisões por conta própria. Assim sendo, Pedro, Tomé, Natanael, Tiago, André, João e outro discípulo não identificado, decidem que é hora de voltar aos velhos hábitos, retornar as origens e se dedicarem a uma atividade mais prática, num mundo que eles conheciam muito bem. Ali na imensidão azul se sentiam grandes, importantes, senhores da situação, líderes de suas próprias vidas, e afinal de contas, pra que se preocupar em pescar homens se existem tantos peixes disponíveis no mar?

É claro que nestas circunstâncias os resultados não seriam os melhores, e apesar dos seus muitos esforços, nenhum peixe se apanhou. Ao romper do dia, quando retornavam frustrados e decepcionados (pois até o mar os abandonara), avistaram junto à praia alguém que os perguntou se a pescaria tinha sido produtiva:- Quem dera... A noite foi difícil meu amigo. Na verdade nem um único peixe conseguimos apanhar – Respondeu Pedro. - Por que vocês não jogam as redes novamente? Mas desta vez joguem para o lado direito do barco, e com certeza os peixes estarão lá – Orientou a homem que estava na praia.

Sem nada a perder, os discípulos jogam as redes e milagrosamente os peixes começam aparecer às dezenas. Corações acelerados com uma grata sensação de “já vi isto antes”. João é o primeiro a entender o que está acontecendo e avisa aos demais: - É ele... É Jesus! Pedro se lança nas águas e em largas braçadas chega à praia antes mesmo do barco.

Ali o Mestre os aguarda com pão e peixe assado. Como era seu costume, Jesus alimenta corpo e alma ao mesmo tempo, e enquanto come com eles, os encoraja a serem fortes e perseverantes, pois um novo tempo está para começar. Era chegada a hora dos alunos assumirem o lugar do professor, de discípulos se tornarem apóstolos. São estes homens os responsáveis por transmitirem a mensagem do Evangelho ao mundo. São eles que constroem (sobre a pedra que é Cristo), os pilares que sustentaram o cristianismo ao longo dos séculos. Daquele círculo de patriarcas são emitidas as cartas que até os dias de hoje norteiam a fé cristã. Com o AMÉM em Apocalipse, a revelação foi concluída. Quando João, o último apóstolo vivo, finalmente descansou em Éfeso, no ano 103, o Ministério Apostólico se findou e a autoridade que residia nos Apóstolos passou a residir  na Palavra Escrita, que pela igreja foi herdada.  Sendo que agora, nenhum homem pode se impor, querendo exercer uma autoridade acima da PALAVRA DE DEUS. Não existem mais “revelações” a serem feitas, nem “diretrizes” a serem ensinadas, senão aquelas que já estão registradas no Livro Santo - A Bíblia.

Logo, todo cristão que se preze deve ser um assíduo leitor da Bíblia. Não são os líderes eclesiásticos que definem a verdade e nem escolhem o que é santo ou pecaminoso. Estes são precedentes exclusivos da Palavra de Deus, que aponta o caminho ao céu e os atalhos que devem ser evitados, pois  conduzem ao inferno. Tudo que é relevante está ali... Como já dito pelo pré reformador John Huss a mais de quinhentos anos atrás: - A nenhum cristão pode se impor alguma coisa além das Escrituras.  

Que a Bíblia seja nossa única regra de fé, e nosso parâmetro para todo é qualquer ensinamento recebido. Os homens erram, mentem e omitem, mas a Bíblia revela a verdade absoluta.  Viveremos sim dias nebulosos, de incertezas e questionamentos. Mas nunca dias sem respostas. Pois em meio a escuridão dos sentimentos humanos surge a luz resplandecente do Evangelho. Hoje Jesus não está presente de forma corpórea, mas a sua PALAVRA o releva tão perfeitamente, como foi conhecido em loco pelos próprios discípulos.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Informe Gospel - Edição de Ano Novo

2015 já esta as portas, trazendo novas expectativas e renovando esperanças. Aliás, pela fé, declaramos que este será o Ano do Renovo, onde viveremos em Cristo um tempo inédito de bênção espirituais e materiais. E o cartão de visitas para este novo tempo é o mês de Janeiro, onde já poderemos definir os rumos para a posteridade. E nada melhor que começarmos o ano com nossa tradicionalíssima campanha de oração, que desta vez coloca a família no centro de nossas preces com a campanha “Minha Família, Meu Celeiro” ... 

Uma igreja forte é constituída de famílias fortes, e por isso uniremos nossas vozes em um só clamor, pedindo aos céus proteção e prosperidade sobre os lares. A significativa edição nº 60 do Informe Gospel dá total destaque a estes temas, abordando assuntos como a importância da oração para a vida do crente, a ação protetora de Deus sobre os seus servos e a recompensa para aqueles que semeiam no fértil campo do Reino dos Céus. O quadro “Histórias de Nossa Gente” traz o impactante testemunho da irmã Valmira Sant´Ana, que experimentou em sua própria vida a atuação dos “ministros angelicais” do Senhor, no relato “Um Anjo na minha vida”. A Palavra Pastoral expande o tema “plantar e colher” no emocionante texto “A Semente”. Além de tudo isso, nosso informe ainda traz as datas comemorativas do mês, os aniversariantes de Janeiro, o humor gospel e a agenda dos primeiros dias do ano, com destaque para o novo trimestre da EBD e a Celebração do 3º aniversário do Diante da Graça.

A Edição de Janeiro do nosso informativo estará disponível a partir do dia 27/12/2014, e poderá ser retirada gratuitamente em nosso templo na rua Silvio Aurélio Abreu, 595, Jardim Florestal – Estiva Gerbi.

O poder transformador do Evangelho

Autor
Lucas Gomes
A palavra “EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”. Porém, mas do que trazer alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente dos céus traz para a vida do ser humano uma verdadeira “transformação”. 

Não uma mudança superficial ou uma mera adaptação a um estilo religioso de vida, mas sim uma guinada de 180º que começa no interior do coração humano e se expande progressivamente por sua alma, espírito e corpo, até levar o indivíduo ao padrão de homem perfeito, estabelecido e personificado em Cristo. 

Esse é um processo longo e contínuo que só será completado quando o nosso corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, no exato momento que encontrarmos o Senhor nos ares.  Mas até lá, cabe a cada um se entregar sem reservas a esta “transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo tem o poder de efetuar.

Esta transformação começa pela liberdade de todas as amarras que nos prendem ao passado pecaminoso ou então ao legalismo que nos veste  com trajes de religiosidade enquanto nossas intenções estão distantes dos desígnios de Deus. E esta liberdade nasce do conhecimento – “Conhecereis a VERDADE e a VERDADE vós libertara” (João 8:32). Jesus é esta verdade libertadora, e portanto é inadmissível que o cristão continue amarrado em traumas e pendências pretéritas. Quando o homem tem um encontro real com o Salvador, uma mudança genuína acontece, pois o sangue de Cristo suplanta toda maldição e o amor que abunda na cruz, lança fora todo o medo. Jesus é poderoso o suficiente para arrebentar cordas e destruir grilhões e fará isso na vida de qualquer pessoa que realmente o receba como o Messias. Ele apaga nosso passado e nos orienta rumo a um futuro glorioso.

O problema de grande parte da cristandade é exatamente viver um Evangelho superficial, onde muito se fala, mas pouco se vive. Jesus está presente nas falas, mas omitido nas ações. É muito sermão e pouca experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer promover mudanças, mas muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas medíocres e acomodadas em sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma transformação verdadeira.  E esta é a grande questão: Queremos viver o Evangelho em sua plenitude ou continuar na mediocridade de uma religião vazia com um cristo genérico?

Para ser livre, é preciso encontrar a Verdade, e isto basicamente significa viver uma experiência pessoal e verdadeira com Jesus. Não “aceitar” Jesus de forma ritualista como é tão usual hoje em dia, mas sim “entregar-se” completamente à Jesus, permitindo que ele seja o Senhor absoluto de sua vida. Andar com Ele. Pensar como Ele. Ser como Ele.

Este tipo de desenvolvimento só é possível se pautado ponto a ponto no manual de instrução que verbaliza o passo a passo de uma vida cristocentrica: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de como cada cristão precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como rejeitar o próprio Cristo, e “abandonar” as escrituras em um canto da estante é “exilar” Jesus no limbo de nosso coração. 

Quer ser livre? Leia a Bíblia e encontre o Jesus que nela está. O encontrou? Permita que Ele seja o centro de sua vida. Jamais baseia sua fé apenas no que é dito por homens. Confira em loco o que Jesus tem a dizer sobre cada tema. Seus discursos, ensinamentos e ações estão explicitados nas escrituras, e a liberdade virá quando você tiver a capacidade de assimilar cada uma dessas linhas, e interpreta-las com imparcialidade e comprometimento pessoal. Seja transformado pelo poder da Palavra... Seja liberto pelo poder de Jesus... Viva de boas (e transformadoras) notícias...