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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Biografia: Hudson Taylor




Hudson Taylor nasceu em Yorkshire na Inglaterra em 1832, em um lar evangélico. Quando criança, Hudson costumava ouvir o seu pai falar sobre a China: - Pôr que não há mais missionários que vão para a China? - Há milhões de Chineses que não sabem absolutamente nada sobre Jesus - reclamava seu pai.

O pequeno Hudson com apenas 5 anos dizia: - Eu vou, eu serei um missionário na China! - Seus pais sorriam e entreolhavam-se, pois Hudson era uma criança muito frágil e estava constantemente enfermo. Ele só conseguiu ir para a escola aos 11 anos, mas aos 4, já sabia ler e escrever, pois aprendera com seu pai.

Aos 13 anos, Hudson se afastou do evangelho. Não sentia o desejo de ler a Bíblia, nem tão pouco de orar. Também foi nessa época que Hudson passou a trabalhar com seu pai, que pacientemente lhe ensinou a medir, misturar e preparar remédios. Podia ler os grossos livros de medicina que pertenciam a seu pai. Aos 17 anos, aconteceu uma coisa que transformou a vida de Hudson. Era seu dia de folga, sua mãe viajara e ele não tinha nada para fazer. Procurou alguns livros para ler, achou um folheto e foi para a estrebaria, deitou-se confortavelmente no feno e começou a ler. Este folheto falava sobre a obra consumada de Cristo. Naquele momento percebeu que precisava aceitar a salvação em Jesus Cristo. Ajoelhou-se e agradeceu pela salvação de sua alma. Ele ficou tão feliz que precisava contar para alguém! Resolveu contar para sua irmã Amélia, mas fez ela prometer que não contaria a ninguém. Quando sua mãe chegou de viagem, Hudson correu para encontrá-la. - Tenho boas notícias!  - Ele exclamou. - Eu sei, estou muito alegre com as notícias que você tem para me contar. – Disse-lhe a mãe. - Como a senhora ficou sabendo? Amélia contou? - Não, há duas semanas senti um grande desejo de orar por sua salvação. Fui para o quarto e orei por você. De repente, soube que Deus respondeu e agradeci.

Hudson estava feliz, aos domingos quando terminava o chá da tarde, ele e Amélia começaram a visitar pessoas. Entregava folhetos e falava de Jesus. Lia diariamente a sua Bíblia, acordava às 5:00 da manhã para estudar a Bíblia. O desejo de ir para a China, cada dia crescia em seu coração. Certo dia, conheceu uma bonita jovem, professora de música. Ele a amava profundamente, resolveu conversar com os pais da moça, pedindo-a em casamento. Os pais responderam, sim! Mas, ele teria que desistir da China. Por um momento pensou em desistir, mas lembrou-se dos milhares de chineses que não conheciam o Senhor Jesus. O namoro foi desfeito. Hudson foi para a Faculdade de Medicina, em Londres. Ele estava ocupado, estudando e trabalhando no Hospital da Faculdade. Certa ocasião, ficou gravemente enfermo. O médico o aconselhou a ir para casa, colocar a casa em ordem, pois ele iria morrer. Hudson lhe respondeu: - Acho que não vou morrer, pois a China espera por mim!" - Deus não permitiu que Hudson morresse. Após algumas semanas, estava de volta aos estudos. Em 19 de setembro de 1853, aos 21 anos de idade, Hudson subiu a bordo do navio "Dumfries" e navegou em direção à China. A viagem duraria 5 meses.

Ao chegar em Shangai, ficou hospedado em um quarto de um missionário inglês. Pôr longas horas, Hudson estudava a língua chinesa. Alugou um barco onde transportava uma sacola de remédios e instrumentos médicos. Tinha centenas de folhetos evangélicos e novo testamento que doava àqueles que sabiam ler. Certa vez, Hudson e o outro missionário estavam indo para outra cidade chamada Tungchow. - É melhor não irem lá. É uma cidade muito má -  Advertiu um amigo chinês. Mas, Hudson não desistiu. Ao chegarem, os soldados começaram a bater em Hudson e no outro missionário. Decidiram levá-los ao Mandarim, que atenciosamente ouviu Hudson explicar a razão de sua vinda. O Mandarim mandou servir chá aos missionários e pediu aos soldados que os protegessem. Hudson logo se identificou com o povo chinês. Cortou os cabelos e os tingiu de preto, e ficou com uma longa trança preta. Usava roupas e calçados típicos dos chineses e comia com palitos. Quando Hudson mudou para uma cidade chamada Ning-pô, transformou o sótão de sua casa numa escola para meninos, e a outra parte, em uma enfermaria e um refeitório, onde alimentava entre 40 e 70 famintos. A noite, a mesma sala virava um salão de cultos, onde ensinava a Palavra de Deus. Perto dali, havia uma escola para meninas chinesas, cuja professora inglesa chamava-se Maria Dyer, que veio a ser sua esposa. Durante a semana Maria juntava as crianças na sala e as ensinava a ler e a escrever, usando como texto a Palavra de Deus, Hudson tratava os doentes, dava de comer aos pobres e pregava a palavra, e foi convidado a assumir um hospital. Houve muitas decisões, mas uma marcou a vida do missionário.

O senhor Ni era um líder religioso. Certo dia passava em frente a missão e decidiu entrar. Após o culto, o senhor Ni aceitou a Cristo e fez a seguinte pergunta: - Há quanto tempo vocês conhecem essas boas notícia em seu país? - Há centenas de anos -  respondeu Hudson. - O que? -Centenas de anos? Só agora mandaram alguém nos contar? Eu pai procurou a verdade por mais de 20 anos e morreu sem encontrar. Com tantas atividades Hudson ficou muito doente. Em julho de 1860, ele, Maria e sua filhinha Gracie e o pintor cristão Wang Lae-Dyun, viajaram para a Inglaterra. Hudson foi examinado pelos médicos e aconselhado a não voltar a China. Ao contrário, orou ao senhor pedindo cinco missionários para China. Logo começou as fazer a tradução do Novo Testamento para o dialeto Ning-Po, pois não havia 11 províncias no interior que não tinha um missionário. Deus ouviu a oração de Hudson e enviou os cinco missionários. Deus falou ao seu coração que deveria pedir mais. Ele temeu e não obedeceu, sentiu-se triste e abatido. Decidiu obedecer e pediu 22 (2 para cada província). Deus os enviou. Retornaram para a China e fundaram a "Missão do Interior da China". Mas Deus ainda não estava contente e não permitiu que Hudson ficasse satisfeito, pois queria que orasse por mais obreiros.

Numa noite Hudson orou:  -  Senhor, envia-nos 70 missionários nos próximos 3 anos. - E agradeceram pelos missionários que Deus enviaria. Deus não os desapontou, enviou 78 missionários. Enquanto Hudson andava pelas colinas, vales e planícies do interior da China, pensava em milhares de pessoas que ainda não ouviram do Senhor Jesus. Orou ao Senhor pedindo 100 missionários para o próximo ano. Em 1887, chegaram 102 missionários. - Vamos pedir a Deus mais 1000 missionários em 5 anos! - Hudson viajou pela Europa, América e Austrália Em cada lugar falava da necessidade de mais missionários para a China. 1153 servos foram testificar de Jesus na China. Para Hudson cada homem, mulher e criança da China e de todo o mundo, era precioso. Ele dizia: -  "Teremos que responder à Deus se não lhes contarmos como serem salvos.

Em abril de 1905, com 73 anos, Hudson Taylor faz a sua última viagem à China. Sua esposa Jennie havia falecido, e ele tinha passado o inverno na Suécia. Seu filho Howard, que era médico, juntamente com sua esposa, decidiram acompanhar Hudson nesta viagem. Ao chegar em Xangai, ele visita o cemitério de Yangchow, onde sua esposa Maria e quatro de seus filhos foram sepultados, durante o seu trabalho naquele grande país. Após haver percorrido todos as missões estabelecidas pela sua pessoa, Hudson Taylor, estabelecido agora na cidade de Changsa, deitou-se numa tarde de 1905 para descansar, e deste sono acordou nas mansões celestiais. 

A voz que cinquenta e dois anos atrás havia dito a Hudson Taylor: “Vai à China”, agora estava dizendo: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; ENTRA NO GOZO DO TEU SENHOR!”

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