Hudson Taylor nasceu em Yorkshire na Inglaterra em 1832, em um lar
evangélico. Quando criança, Hudson costumava ouvir o seu pai falar sobre a
China: - Pôr que não há mais missionários
que vão para a China? - Há milhões de
Chineses que não sabem absolutamente nada sobre Jesus - reclamava seu pai.
O pequeno Hudson com apenas 5 anos dizia: - Eu vou, eu serei um missionário na China! - Seus pais sorriam e
entreolhavam-se, pois Hudson era uma criança muito frágil e estava
constantemente enfermo. Ele só conseguiu ir para a escola aos 11 anos, mas aos
4, já sabia ler e escrever, pois aprendera com seu pai.
Aos 13 anos, Hudson se afastou do evangelho. Não sentia o desejo
de ler a Bíblia, nem tão pouco de orar. Também foi nessa época que Hudson
passou a trabalhar com seu pai, que pacientemente lhe ensinou a medir, misturar
e preparar remédios. Podia ler os grossos livros de medicina que pertenciam a
seu pai. Aos 17 anos, aconteceu uma coisa que transformou a vida de Hudson. Era
seu dia de folga, sua mãe viajara e ele não tinha nada para fazer. Procurou
alguns livros para ler, achou um folheto e foi para a estrebaria, deitou-se
confortavelmente no feno e começou a ler. Este folheto falava sobre a obra
consumada de Cristo. Naquele momento percebeu que precisava aceitar a salvação
em Jesus Cristo. Ajoelhou-se e agradeceu pela salvação de sua alma. Ele ficou
tão feliz que precisava contar para alguém! Resolveu contar para sua irmã
Amélia, mas fez ela prometer que não contaria a ninguém. Quando sua mãe chegou
de viagem, Hudson correu para encontrá-la. - Tenho boas notícias! - Ele
exclamou. - Eu sei, estou muito alegre
com as notícias que você tem para me contar. – Disse-lhe a mãe. - Como a senhora ficou sabendo? Amélia
contou? - Não, há duas semanas senti
um grande desejo de orar por sua salvação. Fui para o quarto e orei por você.
De repente, soube que Deus respondeu e agradeci.
Hudson estava feliz, aos domingos quando terminava o chá da tarde,
ele e Amélia começaram a visitar pessoas. Entregava folhetos e falava de Jesus.
Lia diariamente a sua Bíblia, acordava às 5:00 da manhã para estudar a Bíblia. O
desejo de ir para a China, cada dia crescia em seu coração. Certo dia, conheceu
uma bonita jovem, professora de música. Ele a amava profundamente, resolveu
conversar com os pais da moça, pedindo-a em casamento. Os pais responderam,
sim! Mas, ele teria que desistir da China. Por um momento pensou em desistir,
mas lembrou-se dos milhares de chineses que não conheciam o Senhor Jesus. O
namoro foi desfeito. Hudson foi para a Faculdade de Medicina, em Londres. Ele
estava ocupado, estudando e trabalhando no Hospital da Faculdade. Certa
ocasião, ficou gravemente enfermo. O médico o aconselhou a ir para casa,
colocar a casa em ordem, pois ele iria morrer. Hudson lhe respondeu: - Acho que não vou morrer, pois a China
espera por mim!" - Deus não permitiu que Hudson morresse. Após algumas
semanas, estava de volta aos estudos. Em 19 de setembro de 1853, aos 21 anos de
idade, Hudson subiu a bordo do navio "Dumfries" e navegou em direção
à China. A viagem duraria 5 meses.
Ao chegar em Shangai, ficou hospedado em um quarto de um
missionário inglês. Pôr longas horas, Hudson estudava a língua chinesa. Alugou
um barco onde transportava uma sacola de remédios e instrumentos médicos. Tinha
centenas de folhetos evangélicos e novo testamento que doava àqueles que sabiam
ler. Certa vez, Hudson e o outro missionário estavam indo para outra cidade
chamada Tungchow. - É melhor não irem lá.
É uma cidade muito má - Advertiu um
amigo chinês. Mas, Hudson não desistiu. Ao chegarem, os soldados começaram a
bater em Hudson e no outro missionário. Decidiram levá-los ao Mandarim, que
atenciosamente ouviu Hudson explicar a razão de sua vinda. O Mandarim mandou
servir chá aos missionários e pediu aos soldados que os protegessem. Hudson
logo se identificou com o povo chinês. Cortou os cabelos e os tingiu de preto,
e ficou com uma longa trança preta. Usava roupas e calçados típicos dos
chineses e comia com palitos. Quando Hudson mudou para uma cidade chamada
Ning-pô, transformou o sótão de sua casa numa escola para meninos, e a outra parte,
em uma enfermaria e um refeitório, onde alimentava entre 40 e 70 famintos. A
noite, a mesma sala virava um salão de cultos, onde ensinava a Palavra de Deus.
Perto dali, havia uma escola para meninas chinesas, cuja professora inglesa
chamava-se Maria Dyer, que veio a ser sua esposa. Durante a semana Maria
juntava as crianças na sala e as ensinava a ler e a escrever, usando como texto
a Palavra de Deus, Hudson tratava os doentes, dava de comer aos pobres e
pregava a palavra, e foi convidado a assumir um hospital. Houve muitas
decisões, mas uma marcou a vida do missionário.
O senhor Ni era um líder religioso.
Certo dia passava em frente a missão e decidiu entrar. Após o culto, o senhor
Ni aceitou a Cristo e fez a seguinte pergunta: - Há quanto tempo vocês conhecem essas boas notícia em seu país? - Há centenas de anos - respondeu Hudson. - O que? -Centenas de anos?
Só agora mandaram alguém nos contar?
Eu pai procurou a verdade por mais de 20 anos e morreu sem encontrar. Com
tantas atividades Hudson ficou muito doente. Em julho de 1860, ele, Maria e sua
filhinha Gracie e o pintor cristão Wang Lae-Dyun, viajaram para a Inglaterra.
Hudson foi examinado pelos médicos e aconselhado a não voltar a China. Ao
contrário, orou ao senhor pedindo cinco missionários para China. Logo começou
as fazer a tradução do Novo Testamento para o dialeto Ning-Po, pois não havia
11 províncias no interior que não tinha um missionário. Deus ouviu a oração de
Hudson e enviou os cinco missionários. Deus falou ao seu coração que deveria
pedir mais. Ele temeu e não obedeceu, sentiu-se triste e abatido. Decidiu
obedecer e pediu 22 (2 para cada província). Deus os enviou. Retornaram para a
China e fundaram a "Missão do Interior da China". Mas Deus ainda não
estava contente e não permitiu que Hudson ficasse satisfeito, pois queria que
orasse por mais obreiros.
Numa noite Hudson orou: - Senhor,
envia-nos 70 missionários nos próximos 3 anos. - E agradeceram pelos
missionários que Deus enviaria. Deus não os desapontou, enviou 78 missionários.
Enquanto Hudson andava pelas colinas, vales e planícies do interior da China,
pensava em milhares de pessoas que ainda não ouviram do Senhor Jesus. Orou ao
Senhor pedindo 100 missionários para o próximo ano. Em 1887, chegaram 102
missionários. - Vamos pedir a Deus mais
1000 missionários em 5 anos! - Hudson viajou pela Europa, América e Austrália
Em cada lugar falava da necessidade de mais missionários para a China. 1153
servos foram testificar de Jesus na China. Para Hudson cada homem, mulher e
criança da China e de todo o mundo, era precioso. Ele dizia: - "Teremos
que responder à Deus se não lhes contarmos como serem salvos.
Em abril de 1905, com 73 anos, Hudson Taylor faz a sua última
viagem à China. Sua esposa Jennie havia falecido, e ele tinha passado o inverno
na Suécia. Seu filho Howard, que era médico, juntamente com sua esposa, decidiram
acompanhar Hudson nesta viagem. Ao chegar em Xangai, ele visita o cemitério de
Yangchow, onde sua esposa Maria e quatro de seus filhos foram sepultados,
durante o seu trabalho naquele grande país. Após haver percorrido todos as
missões estabelecidas pela sua pessoa, Hudson Taylor, estabelecido agora na
cidade de Changsa, deitou-se numa tarde de 1905 para descansar, e deste sono
acordou nas mansões celestiais.
A voz que cinquenta e dois anos atrás havia dito a Hudson Taylor: “Vai à China”, agora estava dizendo: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco
foste fiel, sobre muito te colocarei; ENTRA NO GOZO DO TEU SENHOR!”
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