Texto Áureo
E era viúva de
oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em
jejuns e orações.
Lucas 2:37
Verdade Aplicada
Devemos viver uma
vida de princípios éticos e morais que nos garanta uma vivência de fidelidade
conforme os padrões exigidos por Deus no meio de uma sociedade pecadora.
Textos de Referência
Ezequiel 14:14 / Lucas 2:36-38
Anda que estivessem no meio dela
estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a
sua alma, diz o Senhor JEOVÁ.
E estava
ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já
avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade,
e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo,
servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.
E,
sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que
esperavam a redenção em Jerusalém.
Heróis da Fé
O alicerce da
fidelidade é a convicção, e esta é por sua vez, o mais evidente fruto da fé
genuína. Logo, é impossível desvincular uma da outra; e esta é uma verdade intrínseca
em cada página da Bíblia e explícita na história de seus mais importantes
personagens. Homens fieis são dotados de grande fé, e a está fé gera a
convicção exigida para que a fidelidade se mantenha intacta. O anônimo escritor
da epístola aos Hebreus não apenas define o conceito “FÉ” com perfeição (Hebreus
11:1), como também apresenta uma extensa lista de homens e mulheres, que
convictos de sua fé, mantiveram-se fieis ao Senhor em todos os momentos de suas
vidas, e alerta: “sem ela (a fé), é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6).
E foi
exatamente por intermédio do “firme fundamento das coisas que se esperam, e a
prova das coisas que ainda não existem”, que os antigos heróis da fé, ainda nos
inspiram e testificam do grande poder de Deus. A fé, aliada a fidelidade, levou
Abel ao oferecimento de um sacrifício puro e verdadeiro. Enoque andou com Deus
em tempo integral até ser transladado. Noé construiu uma arca para sobreviver
ao dilúvio, mesmo ainda não havendo chuvas no céu. Abraão foi chamado “Amigo de
Deus” e habitou na terra da promessa, assim como seus descendentes Isaque e
Jacó, sendo pai de uma nação, ainda que sua esposa Sara estéril. Fé e
fidelidade nortearam esta família, com bênçãos sendo ministradas de pais para
filhos, até que o número dos seus não pudesse mais ser contado. Por fé, Moisés
abdicou de uma vida no palácio para viver no deserto, conduzindo seu povo de
volta para a terra da promessa. Por fé, Raabe, por generosidade acolheu os
espias hebreus, e por conta deste ato, sobreviveu a queda dos muros de Jerico.
Hebreus 11 ainda lista outros exemplos de homens fidedignos, tais como Gideão, Baraque,
Sansão, Jefté Davi, Samuel e outros profetas, os quais pela fé venceram reinos,
praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram
forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga exércitos poderosos e as
mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos. Como a fidelidade é
recompensadora não?
Mas as vezes ela nos
leva a testes ainda mais intensos, onde a fé e a convicção são exigidas em sua
plenitude. O escritor aos Hebreus, que até então narrava aos atos portentosos
de homens que estavam convictos de sua fé, passa agora a narrar feitos ainda
mais impressionantes. Pela Fé, e por Fidelidade, alguns foram torturados, abrindo
mão de seu livramento. Outros experimentaram escárnios, açoites e até prisões.
Muitos foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada. Andaram
vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados,
errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos
eles, mesmo mantendo se fiel a sua fé, não alcançaram a promessa, mas morreram
em paz e alegremente, sabendo que o seu testemunho inspiraria muitas vidas. Somos
aconselhados em Apocalipse 2:10 a sermos fieis até o fim, mesmo que este “FIM”
seja a morte, pois aqueles que assim procedem, recebem na eternidade, das mãos
do próprio Cristo, a Coroa da Vida.
Para ser fiel é
preciso fé. Fé resultante de ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17). Fé que é
fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22, 23). Os servos exemplares da Bíblia
tinham dúvidas, inseguranças e fraquezas, mas o Espírito de Deus os capacitou
para enfrentarem desafios e permanecerem fiéis até o fim (Hebreus 11:34; Tiago
5:17).
A fidelidade e a fé de Noé
Ao lermos a história de Noé,
aprendemos a importância da fidelidade, pois no meio de uma sociedade
corrompida ele se colocou como um pregoeiro da justiça (II Pedro 2:5) dando
ouvidos à voz de Deus e executando minuciosamente as ordens que lhe foram
confiadas. A fidelidade de Noé nos inspira a sermos cristãos exemplares que
vivem uma vida de obediência a Deus, exercitando a fé em Suas promessas. Na
época de Noé a sociedade estava totalmente perdida, mas ele achou graça aos
olhos do Senhor e foi considerado justo e reto no meio daquela geração (Gêneses
6:5). O seu nascimento é acompanhado de uma expectativa quanto a ação de Deus
em favor dos justos em uma terra totalmente depravada (Gêneses 5:29). À
semelhança de Noé, vivemos em uma sociedade que perdeu o temor e a reverência a
Deus. São homens preocupados em satisfazer as suas próprias vontades em
detrimento à vontade de deus (Mateus 24:38). No livro de Miquéias, Deus define
como os homens devem andar em sua presença (Miquéias 6:8). Portanto, devemos
viver uma vida de princípios éticos e morais que nos garanta uma vivência de
fidelidade conforme os padrões exigidos por Deus no meio de uma sociedade
pecadora.
A ideia de obedecer está ligada
ao ato de se submeter à autoridade, em acatar ordens de alguém superior. Noé,
com respeito e amor, atendeu a instrução de Deus e a cumpriu cabalmente (Gêneses
6:14-16). A voz de Deus ouvida por Noé provocou nele uma profunda atitude de
reposta, que veio à tona na execução das ordens dadas pelo seu Senhor (Gêneses
6:22). O desejo de Deus é que nós venhamos a obedecê-lo assim como as ovelhas
obedecem ao seu pastor (João 10:27; 8:47). Precisamos estar atentos ao que Deus
está dizendo, pois os Seus mandamentos são inquestionáveis (Êxodo 15:26).A
construção da arca foi uma obra de fé e um milagre da engenharia para aquela
época. Noé construiu uma arca com aproximadamente 133 metros de comprimento, 22
metros de largura e 13 metros de altura. A Bíblia afirma que Noé era um homem
de fé (Hebreus 11:7), que foi fortalecida pela comunhão que ele tinha com Deus
(Gêneses 6:9). Pela sua obediência construiu a arca, através da qual Deus
condenou o mundo e salvou sua família (Gêneses 6:18). Noé era um homem que não
andava por vista, mas por fé (II Coríntios 5:7). Precisamos ser semelhantes a
Noé, que mesmo enfrentando várias adversidades, se manteve firme, não olhando
para as circunstâncias negativas, mas focando naquele que tem o poder e o
controle sobre todas as coisas (Salmo 24:1). O homem verdadeiramente fiel ouve
a voz de Deus e consequentemente é um vitorioso em todos os aspectos de sua
vida (Deuteronômio 28:1). Infelizmente existem muitas pessoas que estão como
surdas, pois não conseguem ouvir a voz de Deus. A consequência dessa surdez é
um coração duro que dá lugar a rebelião e até à morte (Hebreus 3:15). Não
importa o que venha acontecer, essa deve ser sempre a posição do servo do
Senhor: manter-se fiel em todo o tempo.
A fidelidade de Ana
Sua vida nos é contada em apenas
três versículos, mas que são suficientes para considerarmos o quanto ela era
fiel a Deus. Ana, que significa “cheia de graça”, era profetisa, da tribo de
Aser e filha de Fanuel (Lucas 2:36-37). Apesar de pertencer a uma tribo de
pouco destaque, ela honra a sua linhagem, cumprindo com fidelidade e
responsabilidade o ministério que lhe foi confiado. A Bíblia cita a sua idade,
quase 84 anos, e declara que ela exercia esse ofício desde quando perdeu o seu
esposo, após sete anos de casada(Lucas 2.37). A narrativa nos mostra que ela
atendeu ao chamado de Deus e permaneceu fiel até a sua velhice, desempenhando o
ministério profético.Embora pudesse contrair um novo matrimônio, Ana preferiu
dedicar-se integralmente à obra do Senhor (Lucas 2:37). Apesar de sua idade,
ela demonstrava prazer em servir ao Senhor, usando duas ferramentas basilares
para vencermos as dificuldades ao longo da caminhada: a oração e o jejum.
Infelizmente muitos crentes estão se tornando infiéis e tombando ao longo do
caminho porque não oram e nem jejuam; perderam a visão espiritual, não
conseguindo enxergar o propósito de Deus. Precisamos aproveitar o nosso tempo
na presença de Deus. Ter vida com Deus é perceber nossa necessidade dEle. É
admitir que somos pecadores e pedir a Ele que entre em nossos corações para ser
a autoridade em nossas vidas.
Mulher de fé, Ana observava tudo
que estava acontecendo a sua volta. Enquanto Simeão previa o futuro do menino
Jesus, ela se aproximou dando graças a Deus, por reconhecer que aquele era o
Messias esperado para trazer redenção à humanidade (Lucas 2:38). As suas
palavras foram encorajadoras para todos que estavam próximo do templo, pois
havia uma grande expectativa de mudança em toda a sociedade judaica naquela
época. Precisamos ser como Ana. Há muitas pessoas em nossa volta que perderam a
esperança. Estão desestimuladas, tristes, desistindo das promessas de Deus,
acreditando que nada vai acontecer. Precisamos motivar as pessoas e
insistentemente continuar dizendo que Jesus vive e que voltará para buscar um
povo perseverante e de boas obras (Tito 2:14). Por mais que as circunstâncias
sejam contraditórias, precisamos cumprir com fidelidade o ministério que nos
foi dado por Deus, sabendo que Ele tem o melhor para nós (Jeremias 29:11).
Deus, nosso Pai Celestial, nunca nos abandona (Isaías 49:15). É o seu desejo
estar sempre perto de nós e ter um relacionamento conosco. Por isso, à
semelhança de Ana, precisamos falar com Ele por meio da oração, esclarecer o
entendimento pela leitura da Palavra e amortizar a carne por meio do jejum. Que
possamos ter Ana como exemplo em nossa vida, amando e agradando ao Senhor em
nosso dia a dia em tudo o que temos e somos.
Doze homens e uma
Missão
O número doze na Bíblia faz referência a “totalidade” e é
considerado um número de governo. Portanto faz total sentido que num grupo de
muitos seguidores, Jesus tenha escolhido doze homens especiais para serem seus
discípulos. Como um deles se perdeu, o Mestre já glorificado escolheu um
substituto que se tornou o mais notável entre todos eles: Paulo. A principio,
estes eram homens comuns, sendo “apostas” pouco prováveis para causar a maior
revolução da história da humanidade. Mas ao conhecerem Jesus, estes homens
mudaram completamente seus objetivos de vida, abriram mão de suas prioridades
pessoais, e se dedicaram fielmente a missão a eles proposta. Nada mais justo
que a Bíblia utilize o “termo” APÓSTOLO para descrever apenas este grupo seleto
de homens especiais que literalmente viveram e morreram pelo evangelho. Para
ser um apóstolo era necessário ter recebido um chamado especial de Jesus (Lucas
6:13) e ter acompanhado na íntegra o ministério de Cristo (Atos 1:21-22), e
todos cumpriam tais exigências, embora Paulo tenha recebido um chamado
posterior e uma instrução diferenciada.
Sobre esses APÓSTOLOS era delegada uma
autoridade especial como continuadores diretos do ministério de Cristo e para o
estabelecimento das diretrizes que norteariam a IGREJA recém-estabelecida (Atos
15:60-29). Ora, este grupo especial de homens escolhidos em corpo presente pelo
próprio Jesus são as bases da Igreja edificada em Cristo; autores dos preceitos
que garantem a funcionalidade da organização por todo mundo ao longo de dois
milênios, expositores e explanadores de toda a doutrina neo testamentária;
mártires da causa cristã; operadores de obras portentosas; mestres da IGREJA em
todo tempo e lugar; dignos o suficiente para terem seus nomes eternizados nas
portas dos céus (Apocalipse 9:14). Mas o que credencia tamanha honra?
Fidelidade a sua missão, mesmo diante da morte.
Segundo a tradição, por pregar o evangelho, Pedro foi crucificado de
cabeça para baixo em Roma; André também foi crucificado em uma cruz no formato
de X; Tiago foi decapitado por ordem de Herodes; Felipe provavelmente foi
enforcado em Hierápolis, embora muitos acreditem que tenha sido crucificado
também; Bartolomeu teve sua pele retirada por um rei bárbaro; Tomé foi amarrado
a uma cruz enquanto evangelizava seus algozes, morrendo lancetado na Índia;
Mateus sofreu martírio por espada (ou punhais) na Etiópia, Tiago (o menor) foi
lançado de cabeça do pináculo do tempo e depois foi apedrejado, Judas Tadeu e
Simão provavelmente foram vítimas de um linchamento público a machadadas motivado
pelos sacerdotes pagãos da Pérsia, Paulo foi decapitado em Roma e apenas João
morreu de morte natural após sobreviver ao exílio em Patmus. Todos morreram em
honra, cumprindo seu dever apostólico. Seus ensinamentos, influência, coragem e
perseverança resultaram em milhões de conversões por toda a terra conhecida e
se perpetuaram para a posteridade em 4 evangelhos, 1 livro com o registro de
seus atos, 21 cartas contendo conselhos e instruções para a Igreja em todas as
eras e finalmente, o Apocalipse, onde se encerram “TODA” a revelação de DEUS
para igreja. Estes homens honraram plenamente o seu Mestre, e são exemplos
cabais do que é “ser fiel até o fim”.
Daniel e a decisão
de ser fiel
A vida de Daniel é uma história
inspiradora para todas as idades, pois sua narrativa mostra que desde jovem ele
decidiu ser fiel a Deus (Daniel 1:8). Seu livro apresenta uma vida cercada de
desafios e ameaças, sempre tendo sua fidelidade a Deus colocada à prova, mas em
nada ele cedeu. Ao ler a história de Daniel, verifica-se que ele está na
Babilônia por consequência do pecado de seu povo. Deus disse ao povo de Israel
que, se permanecessem fiéis, alcançariam grandes bênçãos; se fossem infiéis,
sofreriam o dano da perda (Deuteronômio 28:25-41). Daniel, instruído quanto à
Lei, observou que o erro de sua nação foi não atentar às palavras de Deus.
Quando deixamos de observar a vontade de Deus por meio de Sua Palavra, corremos
sério risco de fracassar e perder tudo que já foi nos dado mediante a
misericórdia e o amor de Deus.
Daniel entendeu que sua estada naquele lugar era
resultado do pecado de seu povo (II Reis 24:1,2, 8-14) e por isso tomou a
decisão de não se contaminar com os manjares do rei (Daniel 1:8). Á semelhança
de Daniel, devemos também decidir a cada dia permanecer firmes na presença de
deus (II Coríntios 16:13), o único que pode nos livrar e nos abençoar com toda
sorte de bênçãos (Jeremias 1:8; Daniel 3:17; Efésios 1:3- 4). Ao não se
contaminar com os manjares do rei, Daniel e seus três amigos propuseram um
pacto de fidelidade para com o único deus. A aplicação desse princípio para a
vida está inserida no primeiro preceito dado por deus ao povo de Israel e a
todos que O servem (Deuteronômio 6:13-14) e resumida com propriedade por Jesus
ao responder a pergunta de um doutor da Lei (Mateus 22:37). Assim como Daniel
precisamos viver uma vida de princípios, uma vida de amor a Deus que se
caracteriza pela renúncia da vontade própria, o abandono cotidiano do pecado e
obediência irrestrita às leis de Deus.Independentemente de sua situação, Daniel
sempre se mostrou firme em sua decisão de servir a Deus, vencendo todos os
desafios. Ao propor não se contaminar com os manjares do rei e nem com o vinho
que ele bebia (Daniel 1:8), Daniel nos ensina que precisamos viver uma vida de
propósito diante de Deus, entendendo que Deus vela pela vida dos fiéis. Quando
todos os sábios sofreram ameaça de morte (Daniel 2:5), Daniel convocou os seus
companheiros para buscarem a revelação da parte de Deus, a fim de não perecerem
com os mentirosos e perversos (Daniel 2:17-18). Aprendemos aqui que não importa
o tamanho da ameaça, nosso Deus é maior; nosso Deus vê todas as coisas e a Seus
fiéis revela o que é necessário (Daniel 2:16). Desde sua chegada à Babilônia,
Daniel sempre procurou servir com sinceridade e dedicação aos reis tanto
babilônicos quanto medo-persas. Isso porque Daniel nunca abandonou o propósito
que ele fez com seu Deus (Daniel 1:8), nem deixou de honrá-lo (Daniel 2:20-21).
A fidelidade a Deus é uma escolha constante (I Coríntios 15:58), não pode ser
mascarada ou praticada somente quando convém, pois Deus é eternamente fiel.
Daniel tinha o coração totalmente voltado para Deus, por isso decidiu ser fiel,
mesmo que isso lhe custasse a vida. É importante entendermos que fidelidade é
fruto do espírito (Gálatas 5:22). Daniel optou por ser fiel ao único Deus
verdadeiro. O apóstolo Paulo, assim como o profeta Daniel, nos deixa claro que
quem é fiel a Deus assume os riscos do compromisso, não se esconde, nem se
acovarda, declara publicamente sua fidelidade a Deus (Atos 21:10-13). Um homem
cheio do Espírito Santo de Deus tem poder para testemunhar e despertar fé até
nos incrédulos (Daniel 2:46-47).
E se a Bíblia fosse
escrita hoje?
O amém de Apocalipse
foi escrito já a muitos séculos, e desde então, as palavras do Santo Livro
foram seladas e nada mais pode ser acrescido ou retirado (Apocalipse 22:18-19).
Todas as belíssimas histórias nela registrada são para nós parâmetros de como a
fidelidade e a fé são elementos necessários para uma vida cristã frutífera e
eficaz. Mas e se a Bíblia tivesse sido escrita nos dias de hoje? Ainda teríamos
histórias para contar? - A resposta é um
absoluto sim. Ao longo da história pós bíblica, muitos homens e mulheres tem
dedicado a sua vida ao Senhor, honrando com cada detalhe de sua existência ao
nosso Deus e sua Palavra. Pessoas que literalmente doaram sua vida, dons e
talentos para a expansão do Reino dos Céus, amando intensamente as almas,
levando o evangelho de Cristo a todos os cantos da Terra, sem se importar com o
preço a ser pago.
John Huss, “o ganso magro” que foi assado para que um “cisne”
pudesse cantar cem anos depois; Martin Lutero, pai da grande reforma protestante; Jônatas Edwards, o grande avivalista inglês; John Wesley, o
estopim do avivamento europeu; Jorge Whitefield, o peregrino em busca de almas;
John Bunyan, que fez da cela de uma prisão o seu altar; Davi Brainerd, pioneiro
na evangelização dos povos indígenas americanos; João Paton, que viu corações
famintos por Deus dentro de corpos famintos por carne humana; Hudson Taylor, o
evangelista que primeiro amou a China; Charles Spurgeon, o príncipe dos
pregadores; Dwight Moody, ganhador de meio milhão de almas; Catherine Lewes, a
mulher que com uma atitude de amor transformou a terrível prisão de Sing Sing
em uma extensão de seu lar, Daniel Berg
e Gunnar Vingren, visionários batistas pioneiros do pentecostalismo na América
Latina; Billy Graham, o maior evangelista do nosso tempo... Todas estas
biografias poderiam sim estar na Bíblia, e nos inspirariam da mesma maneira. Aliás,
cada um de nós poderia viver uma história digna de constar no cânon sagrado. Precisamos
apenas fazer com que a fé, a fidelidade e a convicção estejam presentes em
todos os aspectos da nossa vida.
Escrevendo aos cristãos
em Roma, Paulo os instrui em como realizar a obra de Deus: Tendo, porém,
diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a
proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina
esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui,
com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com
alegria. O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao
Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração,
perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a
hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos
com os que se alegram e chorai com os que choram. Tende o mesmo sentimento uns
para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é
humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não torneis a ninguém mal
por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível,
quanto depender de vós, tende paz com todos os homens (Romanos 12:6-17). Inicialmente,
ao lermos este texto, imaginamos que Paulo, quando fala de Fervor Espiritual, esteja se referindo a pessoas que possuam muitos
dons. Mas na verdade, quando se lê o contexto, entendemos que a referência aqui
é aos que tem Fervor de Espírito para servir ao Senhor. John Wesley, renomado
pregador britânico conhecido como “o tição tirado do fogo” (referência ao fato
de ter sido salvo de um incêndio em sua infância), sentia a chama do Espírito
queimar tão forte em seu coração que declarou: “Dai-me cem homens
que nada temam senão o pecado, e que nada desejam senão a Deus, e eu abalarei o
mundo!” Com tal fervor de espírito, John Wesley foi o estopim que causou uma
explosão de avivamento na Europa entre os séculos XVII e XVIII. Ainda hoje o
Espírito procura homens dispostos a serem capacitados com fervor capaz de
incendiar o mundo e se tornar um Herói da Fé, exatamente como os homens fieis
da Bíblia.
A Bíblia nos dá o exemplo de
muitos homens e mulheres que foram fiéis. Que possamos buscar neles inspiração
para vivermos uma vida de testemunho, plenitude e graça diante dos homens e de
nosso Deus, até que Ele venha nos buscar.
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Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 94 - Editora Betel
Fidelidade - Lição 3
Revista Jovens e Adultos nº 94 - Editora Betel
Fidelidade - Lição 3
Comentarista: Pr. Edmar Oliveira da Silva
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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