Texto Áureo
A tua benignidade,
Senhor, chega até os céus, até as nuvens a tua fidelidade.
Salmo 36:5
Verdade Aplicada
A fidelidade de Deus é a
base sólida da sustentação de nossa confiança e relacionamento com Ele.
Textos de Referência
Salmos
89:1,2,5 e 24
Cantarei para sempre as
tuas misericórdias, ó Senhor, os meus lábios proclamarão a todas as gerações a
tua fidelidade.
Pois disse eu: a
benignidade está fundada para sempre: a tua fidelidade, tu a confirmarás até
nos céus, dizendo.
Celebram os céus as tuas
maravilhas, ó SENHOR, e, na assembleia dos santos, a tua fidelidade.
A minha fidelidade e a
minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder.
A Fidelidade de Deus
A fidelidade de Deus, um
dos grandes temas da Bíblia, carrega em si a ideia do compromisso inabalável de
Deus em manter, na relação com o Seu povo, tudo quanto se encontra escrito na
Sua Palavra. A fidelidade é uma das gloriosas perfeições do Senhor, uma
vestimenta do próprio Deus (Salmo 89:8). Tudo o que há acerca de Deus é grande,
vasto e incomparável, assim é também Sua fidelidade (Salmo 36:5). A fidelidade
é um atributo do caráter de Deus. A fidelidade é parte inerente do ser divino e
Ele tem enorme satisfação em revelar-se a seu povo como Deus fiel (Deuteronômio
7:9). O apóstolo Paulo afirma que nem mesmo a infidelidade humana pode alterar
a fidelidade divina (II Timóteo 2:13). A vida de Deus não muda. Ele é desde a
antiguidade (Salmo 93:2). O salmista Davi compreende uma revelação da perfeição
divina, por meio da qual Deus não está sujeito a qualquer mudança, não somente
em Seu ser, mas também em Suas profecias, propósitos e promessas (Salmo 102 :26-27 / Hebreus
6:13-14). A fidelidade de Deus está expressa em Sua coerência moral e pessoal
no seu relacionamento com as pessoas. Por isso, Deus é comparado a uma rocha (Deuteronômio
32:4). Ele permanece sempre na mesma posição. Ele é eternamente o Pai das
luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tiago 1:17). Deus não
envelhece, Sua vida não aumenta nem diminui. Ele não ganha novas forças nem
perde o que possui. Não amadurece nem se desenvolve. Ele não se torna mais
forte nem fica mais fraco, nem mais sábio a medida em que o tempo passa, pois
já é perfeito e sendo perfeito não pode mudar nem para melhor nem para pior.
(Arthur W. Pink).
O caráter de Deus não
muda. No curso da vida humana, gostos, perspectivas, tempo, temperamento, entre
outros, podem mudar o caráter de uma pessoa, mas nada pode alterar o caráter de
Deus. Ele nunca se torna menos verdadeiro, misericordioso, justo ou fiel (Êxodo
34.6). O caráter de Deus é hoje, e sempre será exatamente como era nos tempos
bíblicos, conforme a auto revelação de Deus a Moisés (Êxodo 3.14). Ele tem vida
em si mesmo e o que Ele é agora será eternamente (Hebreus 13:8). O caráter de
Deus é imutável. Assim, Tiago, numa passagem que trata da bondade e santidade
de Deus para com os homens e hostilidade para com o pecado, menciona Deus como
aquele “em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17). Os
planos do homem podem mudar por falta de previsão ou ausência de poder. Porém
os propósitos de Deus nunca se alteram (Salmo 33:11), visto que Deus é
Onisciente, Onipotente e Onipresente. O que Deus executa no presente, Ele já
planejara desde a eternidade (Efésios 3:3-11). Tudo o que se encontra em Sua
Palavra, Ele se comprometeu a realizar (Marcos 13:31). O seu propósito abrange
grandes reinos (Daniel 4:32), mas também tem planos para seus servos de forma
individual (Atos 9:15) e com relação à Igreja (Filipenses 1:6). Podemos ter
certeza de que o propósito de Deus com respeito à nossa salvação não é uma vaga
possibilidade, mas uma convicção inabalável. A volta de Jesus e a consumação da
nossa salvação é uma agenda firmada pelo Pai e Ele a levará avante.
Os textos sobre o
“arrependimento” de Deus (Gêneses 6:6, I Samuel 15:11; Jonas 3:10; Joel 2:13)
abordam a anulação de tratamento prévio dispensado a certos homens, como
consequência da resposta deles a esse processo. Mas não há indicação alguma de
que essa reação tenha sido prevista, nem que Deus tenha sido tomado de
surpresa, nem que a mesma não estivesse estabelecida em Seu plano eterno. Não
há mudança alguma em Seu propósito eterno quando Ele começa a agir em relação a
uma pessoa de maneira diferente. (J.I.Packer).
Mentir... Jamais
O termo “FIDELIDADE” vem do latim “fidelis”, e faz alusão a atitude de
quem é leal, honesto, confiável e verdadeiro nos compromissos que assume, sendo
constante em sua conduta. Numa definição mais pragmática, podemos dizer que a FIDELIDADE
é uma observância rigorosa e exata da verdade, ou ainda, firmeza e lealdade.
Todas estas características estão presentes na composição do caráter divino, e
é exatamente por isso que Ele não desiste de nós, seu projeto mais auspicioso.
É claro que Deus deseja uma reciprocidade desta relação, por isto, Ele leva
muito a sério nossas ações e palavras. Na atmosfera habitada pelo Senhor, não
existe mentira e nem engodo, logo a verdade predomina absoluta. Deus exige (e
cobra) de nós a mais pura verdade. Entenda: Na presença de Deus a mentira
simplesmente deixa de existir, é portanto não existe a possibilidade de se
mentir ou omitir até o mais escuso pensamento, já que Ele mesmo se revela assim
ao homem espiritual: Porque a palavra de
Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que
não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão
descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas
(Hebreus 4:12-13).
Deus jamais se engana e portanto não pode nós enganar também. Suas
promessas são respaldadas na total certeza de que Ele tem o poder de torná-las
em realidade. Não existem palavras ditas no afã do momento ou verbetes
lapidados por sentimentos deturpados e sazonais. Deus é pontual e preciso,
zeloso por honrar cada vírgula de sua Palavra. Assim, Ele espera que honremos
nossas palavras, votos e promessas com o mesmo esmero. Precisamos entender que
Deus leva o homem muito a sério. Quando Esaú, entorpecido pelas circunstâncias,
trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas, certamente não estava
considerando aquela promessa como válida, mas Deus estava. Como resultado, Esaú
perdeu o direito de herdar as bênçãos patriarcais que lhe eram de direito
(Gêneses 25:34). Portanto, precisamos refrear nossa língua, pesar
cuidadosamente nossas palavras e medir milimetricamente nossas ações diante de
Deus, pois a fidelidade Dele é tão intensa, que elevará ao quadrado nossas
ações, dando a elas uma conotação muito mais intensa, o que acarreta maior
cobranças sobre elas. Na maioria das
vezes não somos capazes de corresponder a estas expectativas divinas sobre nós,
pois nossa natureza humana ainda se inclina para o mal, com suas mentiras
frequentes e desculpas esfarrapadas, que minam e por vezes implodem, a nossa
fidelidade para com Deus. Mas nossa infidelidade não compromete a fidelidade de
Deus, que continuará verdadeiro e leal independentemente de nossas atitudes,
pois como disse Paulo em II Timóteo 2:11-13, “fiel é esta palavra: Se, pois, já morremos com ele, também com ele viveremos;
se perseveramos, com ele também reinaremos; se o negarmos, também ele nos
negará; se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si
mesmo.”
Fidelidade no cumprimento
das promessas
A Bíblia está repleta de
promessas de Deus para Seu povo. Em Hebreus 10:23, somos convidados a guardar
firmemente a nossa esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. A maioria das promessas de Deus é
incondicional e será cumprida (Gêneses 18:9-14), outras, porém, dependem da obediência
e fé do seu povo. Em Sua ascensão ao céu, Cristo prometeu aos discípulos que
enviaria o Espírito Santo (Lucas 24:49), mas estabeleceu uma condição: que
permanecessem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder, o que se
cumpriu no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Precisamos, portanto, ter uma
atitude de fé e perseverança face ás promessas de Deus e buscar o seu
cumprimento por meio da oração, como fez o profeta Daniel. Ele entendeu que o
fim do cativeiro havia chegado para Israel, então clamou ao Senhor pelo
cumprimento da promessa (Daniel 9:1-2). Neemias também orou firmado nas
promessas de deus (Neemias 1:9-10). Os que pensam que as promessas de Deus são
tardias não possuem o discernimento necessário para saber que a demora de Deus
tem o objetivo de afastar o julgamento e trazer a graça salvadora ao maior
número possível de pessoas (II Pedro 3:9). Na vida do cristão, a espera é sem
dúvida um amadurecimento pessoal. O tempo de deus não é o nosso. Os discípulos
só esperaram dez dias e foram batizados no Espírito santo. Alguns homens de
Deus, porém, tiveram que esperar com paciência a realização da promessa de
Deus. José esperou treze anos para tornar-se primeiro-ministro do Egito. Moisés
passou quarenta anos no deserto se preparando (Atos 7:22-23). Mas ambos
alcançaram o cumprimento da promessa de Deus para suas vidas. Deus não atrasa
nem adianta, chega sempre na hora certa. É preciso aprender a esperar no Senhor
(Salmos 27:14).
Há nas Escrituras
numerosas ilustrações da fidelidade de Deus em manter Suas promessas sempre
atuais. O juramento feito por Deus de que a terra produziria alimentos para
todos continua (Gêneses 8:22). No dia de Pentecostes, Pedro relembrou uma
promessa feita por Deus (Atos 2:39). Após quase dois mil anos, essa promessa
continuasse cumprindo e pessoas ainda são batizadas no Espírito Santo onde o
Evangelho é pregado confirmando assim a atualidade das promessas de Deus. Vidas
libertas, pessoas transformadas, doentes curados e o Evangelho avançando até as
mais longínquas regiões do mundo são provas do cumprimento da Palavra de Deus
(Marcos 16:15-18). As Escrituras afirmam que Jesus Cristo é o mesmo, ontem,
hoje e eternamente (Hebreus 13:8), o mesmo se aplica à Palavra de Deus, pois
Cristo é a Palavra viva de Deus (João 1:14). Se Cristo permanece o mesmo, assim
acontece com a Palavra de Deus em tudo quanto ela afirma. Creiamos, portanto na
atualidade das promessas de Deus.
Porque as vezes Deus não nos abençoa?
Escrevendo aos
cativos na Babilônia, o profeta Jeremias faz uma maravilhosa revelação sobre o
caráter de Deus: Porque eu bem sei os
pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não
de mal, para vos dar o fim que esperais (Jeremias 29:11). Em outras
palavras, podemos dizer que Deus deseja realizar nossos sonhos e nos fazer
feliz. Mas primeiramente, Ele prova nosso coração afim de verificar se estamos
preparados para viver nosso próprio sonho, sem nos apostatar da fé. Se
comprovar nossa inaptidão para conviver com as bênçãos, Deus cerra as janelas
do céu sobre nossa vida e em decorrência disso não vivemos os grandes projetos
de Deus. Por exemplo, por conhecer os recônditos do coração humano, Deus sabe
que dando um bom carro para determinado cristão, este passará a se dedicar única
e exclusivamente a passeios e viagens, deixando a frequência nos cultos em
segundo plano, e pouco a pouco viverá um esfriamento espiritual. Assim, embora
deseje dar a benção tão esperada por seu filho, o Senhor a retém visando um bem
maior. Outras vezes, somos testados com provação, para obtermos aprovação para
dias de sucesso, abastança e honra, afinal, é nossa fidelidade no “pouco” que
nos credencia ao “muito” (Mateus 25:21). Sobre este tema, reproduzo aqui um
trecho do texto “Um teste para o seu coração”, escrito em parceria com o meu pai,
Pr. Wilson Gomes:
Na hora da dificuldade e do aperto, quando nos encontramos em
um beco sem saída, é muito complicado entender o projeto de Deus, que sim, é
minuciosamente elaborado, e como diz o dito popular, até o “um” jocoso é
número. Em outras palavras, cada detalhezinho é importante, então “nada” pode
ser ignorado, e nenhuma etapa deve ser protelada. Andar com Deus, é exatamente
viver de etapas muito bem planejadas, distintas e ao mesmo tempo intrínsecas.
Na prática, a realidade é que este andar com Deus as vezes frustra nossas
expectativas, pois queremos sempre o “melhor” imediato (eu quero o melhor, você
quer o melhor), e Deus quer primeiramente nos ensinar “a como” viver e
valorizar o melhor que está por vir... Para Deus existe duas questões de grande
importância: Estamos prontos para viver o melhor? E quando chegar a hora em que
receberemos do melhor, como iremos reagir? O povo de Israel viveu o dilema
desta espera. Caminhando pelo deserto rumo a uma terra que manava leite e mel,
mas que parecia cada vez mais distante, também questionou à Deus o “como” e o
“porque” dos dias escassos de fartura. A resposta de Deus para Israel é a mesma
que se encaixa na sua e na minha indagação, e está registrada em Deuteronômio
8:2-5: - “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou
no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que
estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te
humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não
conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não
viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem. Nunca
se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta
anos. Sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim
te castiga o Senhor teu Deus” - Entendeu? Deus nunca irá te abandonar e
sempre cuidará de você. Não no seu tempo, mas sim no tempo dele. Não de acordo
com os seus planos, mas dentro do projeto original dele. Antes de te
abençoar, Deus irá testar o seu coração para ver se você não será estragado
pela grande benção que está por vir, e se for necessário, Ele te vacinará para
que você desenvolva anticorpos que mantenham afastados os efeitos colaterais do
“melhor”, tais como orgulho, vaidade, soberba, apostasia e esfriamento
espiritual. Portanto, fique firme. Aguente o tranco. Prepare-se para dias
melhores no futuro vivendo dignamente os piores dias do agora.
A Fidelidade de Deus para com o
seu Povo
No relacionamento entre
Deus e o Seu povo, Ele tem se mantido fiel. As gerações vão e vem, e Deus
permanece fiel a todas elas. Mesmo quando o povo peca ou se desvia, Deus
permanece fiel, pronto a perdoar, restaurar e socorrer, quando estes se voltam
para Ele (II Timóteo 2:13). Essa é uma promessa que precisa ser celebrada e ao
mesmo tempo compreendida. Não é um convite à licenciosidade, nem um incentivo
ao erro. De forma alguma se deve brincar com o pecado. Sansão brincou e quase
foi destruído (Juízes 16:20- 21). Esaú foi profano com as coisas de Deus e não
encontrou lugar de arrependimento (Hebreus 12:16-17). Esses exemplos nos servem
de advertência. Deus é fiel em perdoar o cristão sincero e verdadeiramente
arrependido. Somos restaurados porque o Senhor é fiel. Dentre as riquezas de
Deus está Sua capacidade de perdoar, expressa nas riquezas de Sua misericórdia
que transcendem aos nossos mais elevados pensamentos (Salmos 103:11). Ninguém
pode medi-la. O profeta Miquéias afirma que ninguém pode se comparar a Deus,
porque além de perdoar a pessoa arrependida, Deus, de forma maravilhosa,
esquece-se da transgressão do Seu povo (Miquéias 7:18).
Deus é fiel em socorrer
e livrar. O povo de Israel, ao longo de sua história, é testemunha viva dos feitos
poderosos do Senhor e Sua fidelidade para livrá-los dos seus inimigos. Davi
confessou que sem o Senhor os seus opositores o teriam engolido vivo (Salmo
124:1-3). Na passagem pelo Mar Vermelho, Moisés disse que deus pelejaria pelo
seu povo (Êxodo 14:1-31). Na ação de Deus que livrou os jovens hebreus da
fornalha ardente, até o soberbo Nabucodonosor reconheceu Sua grandeza (Daniel
3:23-29). Essas mesmas promessas se aplicam aos cristãos hodiernos. O Senhor
não nos prometeu uma vida fácil e sem dificuldades, pelo contrário, Ele nos
conscientizou de que neste mundo teríamos aflições (João 16:33), mas pediu que
tivéssemos ânimo, porque Ele venceu e não desampara nem abandona os Seus servos
(Hebreus 13:5-6). Deus não permite uma luta acima do que podemos suportar (I Coríntios
10:13). A palavra assegura que quem nasceu de novo e não vive na prática do pecado,
o maligno não lhe toca (I João 5:18). A libertação do apóstolo Pedro é um dos
mais poderosos atos de socorro de Deus (Atos 12:1-10). Herodes representava a
lei, ninguém podia escapar das suas mãos. Dentro da ótica humana era o fim de
Pedro, fortemente guardado por dezesseis soldados, mas Deus, maior que qualquer
poder deste mundo, enviou Seu anjo e libertou a Seu servo, revelando tanto a
sua fidelidade, quanto Seu poder em livrar e socorrer.
A promessa da presença
de Deus é uma verdade gloriosa revelada em toda a Bíblia. Quando recebeu a
ordem de partir em direção à Canaã, Moisés pediu a Deus que a Sua presença
fosse com eles, caso contrário não sairia dali (Êxodo 33:12-15). Deus lhe fez
uma promessa e, durante quarenta anos no deserto, Ele foi fiel: de dia numa
coluna de nuvem e de noite numa coluna de fogo (Êxodo 13:21-22), ou seja, não
importam as circunstâncias (Salmo 23:4; Isaías 43:2), Ele estará presente. O
Senhor Jesus corroborou essa promessa de forma maravilhosa para a Igreja (Mateus
18:20). Ele estará presente e de forma ativa por todos dias até o fim dos
séculos (Mateus 28:20; Apocalipse 2:1). A infidelidade, um dos pecados mais
proeminentes destes dias maus, está presente na vida social, nos negócios, nas
amizades que se dissolvem tão facilmente e até na vida conjugal. No entanto, é
encorajador erguer os olhos e contemplar aquele que é fiel em tudo e em todo o
tempo, no qual podemos confiar plenamente na certeza de que Ele nunca falhará
conosco.
Deus e Homem –
Uma relação de amor eterno
A Bíblia menciona a raríssima
possibilidade de alguém se compadecer de uma pessoa muito boa, ao ponto de dar
a vida do próprio filho por ela. Talvez existam pessoas que mereçam um ato de
amor tão extremado, e até mesmo uma alma tão altruísta capaz de tamanho
beneplácito. Mas o amor de Deus pelo homem é demostrado no fato que ELE nos deu
a vida de seu próprio filho quando ainda éramos maus e pecadores, imerecedores
de qualquer compaixão (Romanos 5:8). Desde então, esse grandessíssimo amor só
faz aumentar, potencializado ainda mais pela graça e pela misericórdia que
emana do trono divino. Deus nos ama e deseja um relacionamento intenso e
verdadeiro com cada um de nós. Feliz é o homem que aceita esse favor e mergulha
sem reservas no oceano infindo desse amor, cujas correntezas nos levam rumo a
uma eternidade de paz e felicidade. Obviamente, como em todo relacionamento é
necessário que se façam concessões, e mesmo Deus não nos devendo nenhum favor,
é Ele quem voluntariamente se mostra tolerante aos nossos deslizes. Deus se
dispõem a perdoar todas as nossas ofensas, afrontas e pecados, nossos rompantes
de preciosismo e hedonismo, nossas lamúrias desmedidas e nossos desatinos sem
precedentes. Todas as manhãs Deus renova sua misericórdia sobre nossa vida e
nos dá uma chance de vivermos um dia de cada vez, ou invés de simplesmente nos
fulminar e do barro recriar um homem melhorado. Deus convive com nossas imperfeições
mesmo sendo perfeito. Ele nos ama com intensidade apesar de nossas
prostituições espirituais. Deus continua nos aceitando de volta mesmo depois de
virarmos as costas para Ele centenas de vezes. Deus é longânimo, compassivo e
terno no trato com o homem, dando a ele inúmeras chances e recomeços diários.
Em decorrência de nossa teimosia, muitas vezes Deus precisa usar de recursos
drásticos para chamar nossa atenção e nos direcionar de volta ao caminho, logo,
sua mais severa e punitiva ação nada mais é que um grito de amor. O elo fraco
desta relação está exatamente no ser humano. Débil, dúbio e corrompido pelo
pecado, negligenciamos a fidelidade divina, escarnecemos o sacrifício vicário
de Cristo e deixamos Deus num plano secundário de nossa vida. Nada fazemos para
justificar tamanho amor, mas esta realidade terrível não impede que Deus nos
ame incomensuravelmente. E em decorrência deste amor, somos atraídos para seus
braços e aprendemos a amar. Embora pecadores, a santidade de Deus nos inicia
num processo continuo de santificação. Mesmo imperfeitos, a perfeição divina
nos aponta o caminho para se chegar a estatura de varão perfeito. Em nossos
abundantes pecados superabunda a graça de Deus e nossa pequenez é compensada
pela grandiosidade do Altíssimo, pois o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas
fraquezas.
Quando nós entregamos
de corpo e alma a um relacionamento profundo e sincero com nosso Deus, embora
ainda revestidos de corruptibilidade, somos feitos herdeiros de Deus,
co-herdeiros em Cristo, e esta é uma promessa garantida pela fidelidade de
Deus. Ainda seremos humanos, propensos ao erro e ao fracasso, mas estaremos
abrigados embaixo das asas do Altíssimo, e ali protegidos, não estaremos a
mercê do mal. Ainda haverá dias de tempestade, mas Deus nos dará asas para voar
acima dela. Ainda existirá fornalhas, mas Deus estará conosco no meio das
chamas e elas não nos queimarão. Ainda haverá rios e mares para serem
atravessados, mais Deus nos conduzirá pelas águas, e ainda que submersos, não
nos afogaremos. Paulo foi muito feliz ao descrever como é estar em um relacionamento
genuíno com Deus: Pois Deus que disse:
"Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Mas temos
esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede
provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não
desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas
não abandonados; abatidos, mas não destruídos (II Coríntios 4:6-9). E
assim, mãos dadas com Deus, seguimos de fé em fé e glória em glória, certos que
a fidelidade de Deus é nosso norte, nosso leme e nosso porto seguro, e que ela
nos levará ao céus, se tão somente nos entregarmos sem reservas ao seu amor: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso
Pai e da do Senhor Jesus Cristo: Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me
lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, pela
vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. Tendo por certo
isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia
de Jesus Cristo (Filipenses 1:2-6).
Para conhecer os princípios e passos para uma jornada cristã íntegra e frutífera através da FIDELIDADE, venha participar neste domingo, (04/01/2015), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 94
Fidelidade : Editora Betel
Revista Jovens e Adultos nº 94
Fidelidade : Editora Betel
Comentarista: Pr. Josué Rodrigues Gouveia
Comentários Adicionais (em vermelho)
Pb. Miquéias Daniel Gomes
o salmo 103 só vai ate o versiculo 22, qual seria o texto certo no estudo acima.
ResponderExcluirPrezado irmão José Luiz Barroso, sua observação foi pontual e mui precisa. De fato a referencia estava equivoca em decorrência de um erro na digitação. A referência correta é Salmo 102:26-27, e o texto foi devidamente corrigido.
Excluir"Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim."
Deus o abençoe!
o estudo que comentei é a fidelidade de Deus.
ResponderExcluirAcho que vocês já viram a peça Hamlet. Seja fiel para consigo mesmo, é uma frase dita por cínicos, porque perante a verdade, nós não nos encerramos em nós mesmos, acima de nós em tudo está Deus!
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