sábado, 24 de janeiro de 2015

A inutilidade da ansiedade

Na noite deste sábado, 24/01/2014, o Pr. Wilson Gomes ministrou sobre os males inocorrentes de nossas ansiedades.  Este texto publicado originalmente no site “O Ultimato”, tráz uma importantíssima reflexão sobre este tema tão relevante em nossa caminhada cristã, retratando o desgaste e a inutilidade de nossas ansiedades, afinal de contas, como já disse Jesus: Por que viveis ansiosos?

A ansiedade crônica rouba alguns anos de vida, porque provoca um acentuado dispêndio de energia. Além de ser inútil, ela entristece, adoece — física e emocionalmente — e envelhece. O pior de tudo é que a ansiedade rotineira não prejudica apenas o ansioso, mas também aqueles que convivem com ele em casa, na igreja e no trabalho, incluindo o cônjuge, os filhos e os amigos.

É para evitar esse desperdício de saúde emocional e de alegria que Paulo condena a ansiedade e oferece uma alternativa aos ansiosos. Em última análise, a ansiedade, seja ela esporádica ou crônica, é uma violência contra Deus, porque obriga o ansioso a pôr em dúvida o cuidado que Deus dispensa mais ao ser humano que às aves do céu e aos lírios dos campos (Mateus 6:25-31). Jesus coloca o discípulo ansioso no mesmo nível dos pagãos, que vivem correndo de um lado para outro atrás do que comer, beber e vestir (Mateus 6:32). O Senhor se sente injustiçado com o comportamento ansioso de seus seguidores, porque a ansiedade rouba tempo e energia que deveriam ser gastos na difícil construção de seu reino (Mateus 6:33). Quanto mais tempo se gasta na tentativa de eliminar o vício da ansiedade, mais difícil é livrar-se dela. É por isso que o pastor cubano Rafael Cepeda escreve em seu livro O Tempo e as Palavras: “A preocupação é, talvez, o pecado mais universal, o mais esgotante, o mais bobo e o mais inútil”.

É bom fazer um inventário de nossas possíveis causas para a ansiedade, classificando-as em determinados grupos. Mesmo que seja longa, a lista certamente não será completa. Os motivos para a ansiedade variam de pessoa para pessoa e de circunstância para circunstância. Ao mesmo tempo que condena a ansiedade, Paulo ensina o caminho para livrar-se dela:

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7).

O esquema é muito simples: toda vez que surgir uma preocupação, deve-se apresentá-la diante de Deus por meio da oração suplicante misturada com ação de graças, antes que essa sensação se transforme em ansiedade. A mistura de súplica com agradecimento faz bem, pois obriga a memória a enxergar e localizar as coisas boas da vida e os livramentos passados, diminuindo a tensão interna, encorajando a oração e trazendo a tranquilidade. O resultado não demora: a paz de Deus, “que ninguém consegue entender” ou “que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender” ou “que transcende toda a compreensão humana, ocupará o lugar que seria da ansiedade (Filipenses 4:7). “Lancem sobre ele [Deus] toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (I Pedro 5:7).

Tanto um como outro aprenderam com Jesus, que mostrou a inutilidade da ansiedade (“Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” – Mateus 6:27) e o cuidado de Deus (“Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?” -  Mateus 6:30).


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