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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

EBD: A fidelidade às doutrinas cristãs


Texto Áureo
Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
I Timóteo 4:6

Verdade Aplicada
Precisamos estar atentos para não sermos levados por questões enganosas, por pessoas que se acham detentores de revelações especiais, disseminadoras de ideias egocêntricas, soberbas e cheias de vaidades.

Textos de Referência
I Timóteo 1:3-7

Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina, nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.
Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
Do que desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas, querendo ser mestres da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.


A fonte de nossos ensinos

Certa vez, o presidente americano Abraham Lincoln declarou: Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai o que puderes deste livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e morrereis um homem melhor. A grande verdade é que ninguém consegue se manter impassível diante da Bíblia, e este é de fato, o único livro capaz de mudar o destino de um homem, no agora e na eternidade. A Bíblia é na verdade uma compilação de livros (como se fosse uma mini biblioteca), escrita ao longo de 1.600 anos por mais de 40 autores diferentes. Em sua versão “protestante”, contem 66 livros, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento, divididos em 1.189 capítulos e 31.103 versículos (este numero pode chegar a 31.171 dependendo da versão).  Aqueles que se opõem ao conceito de que a Bíblia seja um livro sagrado, apresentam como principal argumento o fato dela ter sido escrita e compilada por homens, e isto de fato, é verdade. O Velho Testamento, por exemplo, possui em sua vasta lista de autores nomes como Moisés, Salomão, Jeremias e Esdras, sendo estes livros catalogados, compilados e reconhecidos pelos mais eruditos rabinos judeus, e somente em 250 d.C., é que houve um consenso sobre quais livros comporiam o cânon vecchio testamentário. No caso do Novo Testamento, nomes como Paulo, Lucas, João, Pedro, Mateus e Tiago figuram entre os principais escritores, sendo que foram os chamados “pais da igreja”, tais como Clemente, Policarpo e Irineu, alguns dos responsáveis pela catalogação dos evangelhos e epístolas, sendo a mesma finalizada apenas em 397 d.C.

Para um livro estar no cânone sagrado foram observados alguns elementos. No caso do Velho Testamento, foi considerado se o livro fazia parte do cânon hebraico, se ele foi citado por Jesus ou seus discípulos e se seus ensinamentos não contradiziam outros livros. Foi exatamente estes critérios que separaram o que hoje consideramos “sagrados” dos chamados “livros apócrifos”, que embora tenham valor histórico inquestionável, não são considerados divinamente “inspirados”. Para o Novo Testamento os critérios foram ainda mais exigentes. O autor precisaria ser um apóstolo ou ter tido ligação direta com um deles. O livro precisaria ser aceito pelo Corpo de Cristo como um todo. O conteúdo obrigatoriamente deveria ser de consistência doutrinária e ensino ortodoxo. O livro teria que conter provas de alta moral e valores espirituais que refletissem a obra do Espírito Santo.

Nenhum livro passaria por este crivo se não fosse inspirado pelo próprio Deus, e foi exatamente Ele, que se encarregou não apenas de “inspirar” os autores, como também “direcionar” os compiladores nas escolhas corretas de quais livros deveriam compor as Escrituras, tornando a Bíblia em nossa única regra de fé, sendo que os ensinamentos nela contidos, são as bases do genuíno cristianismo. Em nenhum momento, porém, a Bíblia se impõe sobre o homem, exigindo dele uma fé cega e atitudes inconsequentes. Muito pelo contrário, a própria Bíblia se coloca na posição de ser verificada, testada, analisada, meditada, conferida e interpretada. Somente após esmiuçar a Palavra, e deixá-la fluir voluntariamente aos recônditos do coração, e que o homem poderá finalmente entender as palavras de Paulo em II Timóteo 3:16 - Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.

A doutrina bíblica é a chave para sermos bem sucedidos na caminhada cristã. Infelizmente, por não ser valorizada, assistimos uma série de novas “doutrinas” surgindo, não para a glória de Deus e sim para o próprio homem. Isso tem feito com que a Igreja do Senhor Jesus experimente um desvio doutrinário e Paulo exorta Timóteo a admoestar quanto aos falsos ensinos que estavam entrando na Igreja (I Timóteo 1:3). Esse desvio doutrinário se caracteriza de várias formas, levando cristãos à distorção ou até mesmo ao abandono da fé. Notemos como esses desvios se caracterizam.


Desvios Doutrinários

Na Igreja de Éfeso havia falsos mestres que enfatizavam extensas genealogias judaicas, crendo que a salvação se baseava em ter uma linhagem até Abraão. A palavra “fábula” é usada para descrever uma narrativa fictícia e enganosa, uma história mítica que faz com que os homens se afastem da verdade. Paulo instrui Timóteo a não permitir a introdução desses novos métodos de ensino, incompatíveis com o legítimo e genuíno Evangelho, pois ele sabia que isso traria deformação e consequentemente vícios desnecessários à própria doutrina. A Bíblia ensina no Novo Testamento que precisamos ter a mesma fé de Abraão para sermos salvos (Romanos 5:1-2). Não fala de participar de sua genealogia. Nos dias atuais, precisamos estar atentos para não nos deixar levar por questões enganosas, produzidas por líderes pretensiosos, que se acham detentores de revelações especiais, disseminando ideias egocêntricas, soberbas e cheias de vaidades, nos distanciando do verdadeiro Evangelho (Gálatas 1:8). Paulo declara abertamente que os falsos mestres são ignorantes quanto as verdades das Escrituras (I Timóteo 1:7). Eles queriam se tornar “famosos” como mestres da Lei de Deus, mas nem sequer entendiam o propósito da Lei. Eles eram rasos, insensatos, pobres no conhecimento de Deus. Eram cegos querendo guiar outros (Mateus 15:14). Para quem deseja ensinar as Escrituras é preciso seguir o exemplo de Esdras (Esdras 7:10). Ele propôs, em seu coração, buscar, cumprir e ensinar a Lei do Senhor. Infelizmente, essa sequência não está sendo observada por muitos que lidam como ensino das Escrituras. Eles não se aplicam ao estudo da mesma, como orienta o apóstolo Paulo (I Timóteo 5:17). A expressão trabalhar dá ideia de um esforço sincero na busca da compreensão do texto bíblico e do ensino.

Falsos ensinos, guiados por motivações impuras, são relatados em diversas partes do Novo Testamento e são um contraste do que Jesus ensinou (Mateus 5:8). Há aqueles que ensinavam visando lucros (II Coríntios 2:17), outros por inveja e porfia (Filipenses 1:15), e ainda aqueles que visavam o domínio do rebanho (I Pedro 5:2-3; Atos 20:30). Esses falsos mestres, contagiados por interesses próprios, tinham a fé adulterada e suas almas distanciadas de Deus submergidas em meio a um labirinto de vaidades. À semelhança desses falsos ensinadores, ainda hoje existem pessoas que estão trilhando o mesmo caminho, às quais precisamos estar atentos, visto que seus ensinos não produzem verdadeira edificação.

Toda e qualquer infidelidade doutrinária é, aos olhos de Deus, prostituição ou adultério (Tiago 4:4). Qualquer desvio ou afastamento doutrinário é causado por motivações humanas (II Timóteo 3:1-7). Nos dias atuais prega-se a ideia do sinergismo, tirando a centralidade de Cristo e colocando em Seu lugar o homem e suas convicções pessoais. Tais pessoas se tornam opositoras do Evangelho dando importância a questões supérfluas, que têm como base um egocentrismo desmedido e oportunista. Não resta dúvida que a cosmovisão atual de muitas igrejas e antropocêntrica ou humanista. No século 21, o desvio doutrinário está mais amalgamado, e de certa forma mais forte, pois no recheio se encontram ideias como o pragmatismo, conceitos neoliberalistas e o mundanismo, que está sendo assimilado em todos os seus tentáculos pós-modernistas.


Motivações Escusas

Quando Ninrode arquitetou o projeto mais audacioso da história da humanidade, ao tentar construir uma torre que alcançasse os céus, e assim, se tornasse um refúgio seguro caso um novo dilúvio fosse enviado sobre a terra, todos os homens de sua geração prontamente atenderam ao chamado. Apesar da complexidade daquela empreitada, a obra prosperou vertiginosamente, pois todos estavam “unidos” e “falavam uma só língua”. Os construtores desenvolveram técnicas especiais para queimar os tijolos afim de lhe dar maior resistência, e utilizavam o piche como liga entre eles, dando condições para que as imensas fileiras de tijolos se sustentassem uma sobre as outras. O campo de trabalho era próspero e o povo esforçado, tanto que o próprio Deus decidiu visitar o “canteiro de obras”. O relato de Gênesis 11:6 expressa a admiração do Criador pela organização dos construtores, sendo que o próprio Deus testifica que se assim continuassem, em breve, não haveria limites para o que os homens pudessem fazer. Exatamente por isso, uma reunião é convocada nos céus, afim de avaliar o portentoso empreendimento, e uma questão importante é trazida para a pauta central.  Tudo está indo muito bem, a obra prospera, o povo é unido e se comunica com perfeição, “mas a motivação” esta deturpada. A intenção de Ninrode com a construção da gigantesca torre era “ajuntar os homens em um único lugar” e “engrandecer o seu próprio nome”. Os homens se esqueceram completamente do nome de “Deus” e agora almejavam perpetrar seus próprios nomes na história. Ao intentar “reunir” os homens em uma única cidade, Ninrode contrariava a ordem divina de multiplicar e “encher” a Terra (Gênesis 1:28). O povo trabalhava corretamente, mas a “MOTIVAÇÃO” estava errada. Assim, conhecendo a força de uma motivação enraizada profundamente no coração humano, Deus decide intervir, e confunde a língua dos homens, e sem poder se comunicar entre si, os construtores não tiveram outra opção a não ser interromper a construção, e cada família se viu obrigada a migrar para regiões diferentes da terra.

Infelizmente, muitos homens têm construído verdadeiros “impérios”, fazendo uso indevido da Palavra de Deus. Interpretam a Bíblia ao bel prazer, aplicando textos isolados como regras de fé para justificar seus engôdos doutrinários. Muitos homens têm se colocado acima do próprio Cristo, com muitas denominações tendo como seu estandarte um líder religioso e não mais o Salvador Ressurreto. Obras megalomaníacas ofuscam a simplicidade do Evangelho. Rituais abolidos pelo próprio Cristo são trazidos de volta com intenções puramente comerciais. A fé do povo tem sido tratada como moeda de troca e milagres são barganhados por bens materiais. Homens amantes de si mesmo, que por puro hedonismo e interesse pessoal são verdadeiros “profissionais” da fé, e com isso, pastores se tornam animadores de plateias e levitas são elevados a status de ídolos. Obviamente, quando isto acontece, a Bíblia é posta no centro de um cabo de guerra de intenções escusas. Nestes casos, a motivação está claramente deturpada, sendo lapidada pelos mesmos falsos profetas que Jesus nos alertou que estariam em nosso meio (Mateus 24:11).

Se tem uma lição que Babel nos ensinou, é que quando as motivações estão deturpadas, a obra pode até prosperar, mas um dia, essa ostentação se transformará em ruína. O orgulho humano precede a queda e a avareza é um anuncio antecipado da miséria. Que possamos voltar ao Evangelho puro e simples que Jesus nos ensinou, onde o amor é o maior mandamento e corações limpos são cartões de visita para o trono de Deus. Onde os valores são medidos pela voluntariedade e não por cifras monetárias. Onde o que somos testifica do Evangelho e não apenas o que temos. Um Evangelho onde Cristo seja o centro e homens sejam apenas servos. Um Evangelho onde a Bíblia seja amada, lida e meditada com fervor e paixão, e não garimpada descompromissadamente, apenas em busca de argumentos que justifiquem as motivações libidinosas de homens que se comprometem apenas com o próprio ego.


Consequências do 
desvio doutrinário da Igreja

Os efeitos do desvio doutrinário são perceptíveis aos olhos de todos, pois aquele que se distancia do ensino salutar das Escrituras, passa a ter atitudes que o igualam às pessoas que não conhecem a Cristo. Essas atitudes afastam as pessoas da Igreja, e, quando não as afastam, faz com que se tornem instrumentos para a disseminação de contendas entre os irmãos. O abandono da doutrina cristã afasta as pessoas da Igreja não somente no âmbito físico, mas, acima de tudo, no âmbito espiritual. A falta de amor, de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera promove um afastamento do propósito verdadeiro que foi dado à Igreja desde sua fundação (Atos 4:32). O próprio Cristo nos ensinou que nos últimos dias, por se multiplicar a iniquidade, o amor, qualidade essencial à vida cristã, se esfriaria (Mateus 24:12). Vemos assim que tanto hoje como na época do apóstolo Paulo algumas igrejas vêm sofrendo desvios doutrinários e, consequentemente, a perda de valores fundamentais da fé cristã (I Timóteo 1:5).

Os falsos mestres estavam causando divisão e contendas trazendo enormes prejuízos à obra de Deus. Havia o desejo de um se mostrar melhor que o outro, gerando assim uma disputa dentro da Igreja. Eles se tornaram verdadeiros agentes de Satanás, promovendo a desunião familiar, intrigas entre os irmãos e um mal-estar na Igreja. Os que semeiam contendas entre os irmãos e trazem confusões para o meio da Igreja são abominação para o Senhor (Provérbios 6:16-19). Esse desvio acarretava problemas e divergências de ordem doutrinária (I Timóteo 6:3-5; II Timóteo 2:14), pessoal e espiritual (I Coríntios 3:1-3; Tiago 4:1).

A Igreja deve viver afastada do pecado em todas as suas manifestações (Romanos 6:1-2). O Diabo tem usado tudo o que está a seu alcance para embaraçar a vida de santidade da Igreja, e seu método mais poderoso para influenciar os crentes a usar e abusar das coisas deste mundo são os meios de comunicação de massa (televisão, internet, jornais, revistas, etc.). O uso indevido desses meios, por cristãos que se encontram desapercebidos e insensíveis aos perigos que os rondam, tem feito com que os usos e costumes do mundo adentre em suas vidas e incorporem seu dia a dia sem nenhum temos, enfraquecendo suas vidas espirituais e tornando-os indiferentes ao propósito de Deus. Essa manipulação ocorre por causa da falta de leitura e meditação nas e Escrituras e por não dar ouvido aos ensinos pastorais. A consequência disso é que se tornam preguiçosos e analfabetos espirituais, ignorantes, meninos inconstantes (Efésios 4:11-14). É preciso que leiamos mais a Bíblia, que oremos mais, que frequentemos mais as reuniões de ensino da Igreja (I João 2:15-17).


Retorno à fidelidade doutrinária

Ao lermos os escritos de Paulo a Timóteo entendemos que a possibilidade de retorno não foi apenas para os insubordinados de sua época, mas também para os de hoje.  Preservar a Palavra de Deus em nosso coração é o único meio de nutrir intenções puras, a fim de reter o amor de Deus em nós (Salmos 119:11). A Palavra tem em si a condição de promover a purificação do nosso homem interior discernindo pensamentos e intenções, possibilitando que o Espírito Santo trate conosco, produzindo assim uma fé sincera (Hebreus 4:12). Isso produz no cristão uma mente que está em constante transformação, dando a este o entendimento necessário para que viva uma vida de fidelidade, não se conformando com o mundo a sua volta (Romanos 12:2). Somente cientes da vontade de Deus poderemos compreender Seu amor, santificando cada vez mais nossas vidas em Sua presença, vivendo com um coração puro e uma fé não fingida.

Em sua ignorância e incredulidade, Paulo, por seu zelo pelo judaísmo e motivação errada, ridicularizou os ensinos de Jesus e perseguiu o povo de Deus. Porém, ao ter um encontro com Cristo, sua vida foi completamente transformada (Atos 9:1-9). Quando entendemos o verdadeiro objetivo da doutrina não apenas somos transformados em uma nova criatura (II Coríntios 5:17), como também recebemos condições para o crescimento espiritual, (I Pedro 2:2) até chegarmos à estatura de varão perfeito (Efésios 4:13).

Consciente de que o que faz um homem andar firme na presença de Deus é o reconhecimento de Sua graça (I Coríntios 1:4-9). Paulo ensina que nada que façamos por meio de nossos esforços redundará em merecimento diante de Deus (Efésios 2:8-9). O que está em evidência é o seu favor e o exercício contínuo da fé, promovida através do conhecimento da Palavra de Deus, transmitida a nós por meio da vida, ensino e morte de Jesus Cristo. Ser fiel a doutrina Bíblica é uma necessidade urgente a todo cristão! Devemos estudar e meditar intensamente na Bíblia e nas doutrinas cristãs para que sejamos defensores da fé (I Timóteo 1:18). Ser um cidadão do Reino é ser poderoso na Palavra e na doutrina (Tito 1:9), batalhando pela fé (Judas 3) para ter o discernimento bíblico e ético que gera respostas mansas e cheias de temos de Deus (I Pedro 3:15). É possível caminhar nesta vereda conhecendo a Escritura Santa e manejando bem esta espada (II Timóteo 2:15-16). Lembre-se, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17), logo não existe fé sem compromisso com a Palavra. Compromissados com a vontade de Deus, estaremos inabaláveis, exortados na doutrina, firmes, sem desviar da verdade (II Timóteo 4:1-4).


A Verdade que liberta

A palavra “EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”. Porém, mais do que trazer alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente dos céus traz para a vida do ser humano uma verdadeira “transformação”.  Não uma mudança superficial ou uma mera adaptação a um estilo religioso de vida, mas sim uma guinada de 180º que começa no interior do coração humano e se expande progressivamente por sua alma, espírito e corpo, até levar o indivíduo ao padrão de homem perfeito, estabelecido e personificado em Cristo.  Esse é um processo longo e contínuo que só será completado quando o nosso corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, no exato momento que encontrarmos o Senhor nos ares.  Mas até lá, cabe a cada um se entregar sem reservas a esta “transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo tem o poder de efetuar.

Esta transformação começa pela liberdade de todas as amarras que nos prendem ao passado pecaminoso ou então ao legalismo que nos veste com trajes de religiosidade enquanto nossas intenções estão distantes dos desígnios de Deus. E esta liberdade nasce do conhecimento – “Conhecereis a VERDADE e a VERDADE vós libertara” (João 8:32). Jesus é esta verdade libertadora, e portanto é inadmissível que o cristão continue amarrado em traumas e pendências pretéritas. Quando o homem tem um encontro real com o Salvador, uma mudança genuína acontece, pois o sangue de Cristo suplanta toda maldição e o amor que abunda na cruz, lança fora todo o medo. Jesus é poderoso o suficiente para arrebentar cordas e destruir grilhões e fará isso na vida de qualquer pessoa que realmente o receba como o Messias. Ele apaga nosso passado e nos orienta rumo a um futuro glorioso. O problema de grande parte da cristandade é exatamente viver um Evangelho superficial, onde muito se fala, mas pouco se vive. Jesus está presente nas falas, mas omitido nas ações. É muito sermão e pouca experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer promover mudanças, mas muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas medíocres e acomodadas em sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma transformação verdadeira.  E esta é a grande questão: Queremos viver o Evangelho em sua plenitude ou continuar na mediocridade de uma religião vazia com um cristo genérico?

Para ser livre, é preciso encontrar a Verdade, e isto basicamente significa viver uma experiência pessoal e verdadeira com Jesus. Não “aceitar” Jesus de forma ritualista como é tão usual hoje em dia, mas sim “entregar-se” completamente à Jesus, permitindo que ele seja o Senhor absoluto de sua vida. Andar com Ele. Pensar como Ele. Ser como Ele. Este tipo de desenvolvimento só é possível se pautado ponto a ponto no manual de instrução que verbaliza o passo a passo de uma vida cristocêntrica: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de como cada cristão precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como rejeitar o próprio Cristo, e “abandonar” as escrituras em um canto da estante é “exilar” Jesus no limbo de nosso coração. 

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Para conhecer os princípios e passos para uma jornada cristã íntegra e frutífera através da FIDELIDADE, venha participar neste domingo, (25/01/2015),  da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 94  - Editora Betel
Fidelidade - Lição 4  
Comentarista: Pr. Edmar Oliveira da Silva

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Pb. Miquéias Daniel Gomes / Ev. Lucas Gomes


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