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segunda-feira, 16 de março de 2015

O que a Bíblia diz sobre ações e processos judiciais?

I Coríntios 6:1-8 definitivamente instrui os crentes a não irem ao tribunal um contra o outro. Demonstrar que os cristãos não são capazes de perdoar uns aos outros e reconciliar suas próprias diferenças é demonstrar derrota espiritual.  Por que alguém iria se tornar cristão se os cristãos também têm tantos problemas e não são capazes de resolvê-los? 

No entanto, há algumas circunstâncias em que uma ação judicial pode ser o caminho apropriado. Se o padrão bíblico para reconciliação foi seguido (Mateus 18:15-17) e a parte ofensiva continua em erro, em alguns casos, entrar com uma ação judicial pode ser a atitude apropriada. Isto somente deve ser feito após muita oração pedindo sabedoria (Tiago 1:5) e consultas com líderes espirituais.
 
I Coríntios 6:4 diz: “Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja”. Todo o contexto de 1 Coríntios 6:1-6 está lidando com disputas na igreja, mas Paulo menciona o sistema judicial quando ele fala de julgamentos concernentes às coisas desta vida. Paulo quer dizer que o tribunal existe para julgar problemas relacionados com coisas desta vida e com aqueles que não fazem parte da igreja. Paulo está dizendo que os problemas da igreja não devem ser levados ao tribunal, mas devem ser julgados dentro da própria igreja.
 
Atos capítulo 21, a partir do versículo 26, fala de Paulo sendo preso e acusado erroneamente de algo que ele não fez. Os romanos então o pegaram e no capítulo 22, a partir do versículo 24, nós lemos: “Ordenou o comandante que Paulo fosse recolhido à fortaleza e que, sob açoite, fosse interrogado para saber por que motivo assim clamavam contra ele. Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao centurião presente: Ser-vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” Paulo usou a lei romana e a sua cidadania para proteger a si mesmo. Não há nada errado em usar o sistema judicial enquanto isso for feito com um motivo correto e um coração puro.
 
I Coríntios 6:7 declara: “O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?”. A preocupação de Paulo aqui é com o testemunho do crente. Seria muito melhor se tirassem vantagem de nós, ou mesmo abusassem de nós, do que afastar mais ainda uma pessoa de Cristo ao levá-la para o tribunal. O que é mais importante, uma batalha legal, ou a batalha pela alma eterna da pessoa?
 
Em suma, os cristãos devem levar uns aos outros para o tribunal por causa de assuntos da igreja? Absolutamente não! Os cristãos devem levar uns aos outros para o tribunal por causas civis? Se puder ser evitado de qualquer maneira, não. Os cristãos devem levar não-cristãos para o tribunal por causas civis? Mais uma vez, se puder ser evitado, não. No entanto, em alguns casos, como a proteção dos seus próprios direitos (como no exemplo do apóstolo Paulo), pode ser apropriado buscar defesa legal.
 
Fonte: Site Got Questions
 

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