"Havia,
entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre
vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te
digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode,
porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em
verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode
entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do
Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo’’ (João 3:1-7).
Esse
texto, tão conhecido por todos nós, revela a história de um mestre da lei dos
judeus chamado Nicodemos, que, de noite, encontrou-se com Jesus para saber mais
sobre a salvação. Nicodemos era fariseu, a principal seita judaica da época de
Jesus, membro do Sinédrio, o mais alto tribunal civil e eclesiástico de Israel,
e mestre da lei, pois estudava, interpretava e ensinava as Escrituras ao povo.
Era um homem extremamente religioso, frequentava assiduamente as sinagogas,
dava esmolas, era fiel nos dízimos, liderava seus compatriotas nas coisas
concernentes à religião, e entendia sobre o Antigo Testamento como poucos. Entretanto,
o texto nos revela que, apesar de todas as suas qualidades e méritos
religiosos, Nicodemos era um homem perdido, que sabia não haver alcançado a
verdadeira salvação, apesar de toda uma vida de esforço para isso.
Nicodemos
representava o melhor da religião, do conhecimento, do comportamento, e da
moral humana, mas tropeçava na verdade bíblica de que todos eram pecadores
(Salmo 14:3) e estavam afastados do Criador, pois seus melhores atos de
justiça, para Deus, eram como trapos de imundícia (Isaías 64:6). Sua alma
estava em guerra contra Deus (Romanos 7:23) e ansiava pela paz. Essa foi sua
intenção ao procurar Jesus. Ao encontrar-se com o Senhor, é possível que
Nicodemos esperasse ouvir do Mestre uma palavra de encorajamento como "Não
desista, você está no caminho certo, você só precisa melhorar um pouco mais’’,
mas não foi isso o que aconteceu. Jesus foi direto ao ponto chave. Ele sabia
que Nicodemos esperava que sua "retidão moral’’ o levasse à salvação. Por
isso, Jesus não usou de rodeios: "Quem não nascer de novo não pode
ver o reino de Deus’’ (v. 3) e acrescentou: "Quem não
nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus’’ (v.
5). Jesus foi taxativo: nenhum indivíduo pode entrar no céu sem o novo
nascimento. Essa é uma condição indispensável.
Jesus
foi absolutamente franco com Nicodemos e também o é para conosco. Nossa
religiosidade não é capaz de nos levar a Deus! Nossas boas ações ou intenções
não são suficientes! Aliás, se depender de nosso merecimento, a única coisa que
poderemos receber é a condenação eterna (Romanos 6:23). Só existe uma saída, e
Jesus a estava apresentado a Nicodemos naquele momento. Ele precisava de um
novo nascimento, uma nova vida, uma transformação total e não apenas uma
reforma. Ele foi à pessoa certa. Jesus é o único caminho que leva ao pai (João
14:6). Embora Nicodemos fosse um grande mestre religioso de sua época, ele não
entendeu o que Jesus estava lhe dizendo naquele momento. O que significava
nascer de novo? Ele imaginou que o novo nascimento poderia ser uma repetição do
nascimento natural. A sua pergunta parece absurda: "Como pode um
homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer
segunda vez?’’.
A
dúvida de Nicodemos, por mais absurda que pareça, ainda persiste em nossos
dias. Provavelmente nunca imaginamos que nascer de novo signifique o retorno ao
ventre de nossa mãe, todavia, há muitos, inclusive dos que frequentam a igreja,
que ainda não entenderam o significado desse nascer de novo e, tampouco,
viveram essa experiência em suas vidas. Então, o que seria nascer de novo?
O
novo nascimento não é algo que fazemos para Deus, mas que Espírito Santo faz em
nós e por nós. É comum vermos pessoas que, ao conhecer o evangelho, se esforçam
para ser pessoas melhores, deixando a prática de alguns pecados e tornando-se
mais justas ou bondosas, pensando que isso as qualifica para a salvação. A
palavra de Deus é muito clara quando nos afirma que somos salvos pela graça,
não por obras, não vindo isso de nós, mas diretamente de Deus (Efésios 2:8).
Nossas justiças não são suficientes para nos salvar (Isaías 64:6). Podemos até
melhorar aos nossos próprios olhos, mas isso nunca será suficiente para nos
tornar dignos diante de Deus (Tiago 2:10). Precisamos nascer de novo e, para
que isso aconteça, é necessário que o velho homem seja mortificado em nosso
ser. Não há como melhorar nossa velha natureza, por isso, ela precisa morrer
para que a natureza do segundo Adão, Cristo, possa florescer em nós (I
Coríntios 15:22).
E
foi com uma palavra reveladora sobre o encontro de Jesus e Nicodemos, que o Ev. Luiz Carlos Cândido abrilhantou a Quarta Forte deste dia 11/03/2015, que
culminou em salvação de alma, coroando de êxito nosso trabalho, inda que a
equipe organizadora estivesse desfalcada (a dengue manda lembranças). A Quarta
Forte continua na próxima semana e segue a todo vapor!
Parte
deste texto foi compilado do site Grupos de Vida
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