quarta-feira, 11 de março de 2015

Quarta Forte com Ev. Luis Carlos Cândido


"Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo’’ (João 3:1-7).

Esse texto, tão conhecido por todos nós, revela a história de um mestre da lei dos judeus chamado Nicodemos, que, de noite, encontrou-se com Jesus para saber mais sobre a salvação. Nicodemos era fariseu, a principal seita judaica da época de Jesus, membro do Sinédrio, o mais alto tribunal civil e eclesiástico de Israel, e mestre da lei, pois estudava, interpretava e ensinava as Escrituras ao povo. Era um homem extremamente religioso, frequentava assiduamente as sinagogas, dava esmolas, era fiel nos dízimos, liderava seus compatriotas nas coisas concernentes à religião, e entendia sobre o Antigo Testamento como poucos. Entretanto, o texto nos revela que, apesar de todas as suas qualidades e méritos religiosos, Nicodemos era um homem perdido, que sabia não haver alcançado a verdadeira salvação, apesar de toda uma vida de esforço para isso.

Nicodemos representava o melhor da religião, do conhecimento, do comportamento, e da moral humana, mas tropeçava na verdade bíblica de que todos eram pecadores (Salmo 14:3) e estavam afastados do Criador, pois seus melhores atos de justiça, para Deus, eram como trapos de imundícia (Isaías 64:6). Sua alma estava em guerra contra Deus (Romanos 7:23) e ansiava pela paz. Essa foi sua intenção ao procurar Jesus. Ao encontrar-se com o Senhor, é possível que Nicodemos esperasse ouvir do Mestre uma palavra de encorajamento como "Não desista, você está no caminho certo, você só precisa melhorar um pouco mais’’, mas não foi isso o que aconteceu. Jesus foi direto ao ponto chave. Ele sabia que Nicodemos esperava que sua "retidão moral’’ o levasse à salvação. Por isso, Jesus não usou de rodeios: "Quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus’’ (v. 3) e acrescentou: "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus’’ (v. 5). Jesus foi taxativo: nenhum indivíduo pode entrar no céu sem o novo nascimento. Essa é uma condição indispensável.

Jesus foi absolutamente franco com Nicodemos e também o é para conosco. Nossa religiosidade não é capaz de nos levar a Deus! Nossas boas ações ou intenções não são suficientes! Aliás, se depender de nosso merecimento, a única coisa que poderemos receber é a condenação eterna (Romanos 6:23). Só existe uma saída, e Jesus a estava apresentado a Nicodemos naquele momento. Ele precisava de um novo nascimento, uma nova vida, uma transformação total e não apenas uma reforma. Ele foi à pessoa certa. Jesus é o único caminho que leva ao pai (João 14:6). Embora Nicodemos fosse um grande mestre religioso de sua época, ele não entendeu o que Jesus estava lhe dizendo naquele momento. O que significava nascer de novo? Ele imaginou que o novo nascimento poderia ser uma repetição do nascimento natural. A sua pergunta parece absurda: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?’’.

A dúvida de Nicodemos, por mais absurda que pareça, ainda persiste em nossos dias. Provavelmente nunca imaginamos que nascer de novo signifique o retorno ao ventre de nossa mãe, todavia, há muitos, inclusive dos que frequentam a igreja, que ainda não entenderam o significado desse nascer de novo e, tampouco, viveram essa experiência em suas vidas. Então, o que seria nascer de novo?

O novo nascimento não é algo que fazemos para Deus, mas que Espírito Santo faz em nós e por nós. É comum vermos pessoas que, ao conhecer o evangelho, se esforçam para ser pessoas melhores, deixando a prática de alguns pecados e tornando-se mais justas ou bondosas, pensando que isso as qualifica para a salvação. A palavra de Deus é muito clara quando nos afirma que somos salvos pela graça, não por obras, não vindo isso de nós, mas diretamente de Deus (Efésios 2:8). Nossas justiças não são suficientes para nos salvar (Isaías 64:6). Podemos até melhorar aos nossos próprios olhos, mas isso nunca será suficiente para nos tornar dignos diante de Deus (Tiago 2:10). Precisamos nascer de novo e, para que isso aconteça, é necessário que o velho homem seja mortificado em nosso ser. Não há como melhorar nossa velha natureza, por isso, ela precisa morrer para que a natureza do segundo Adão, Cristo, possa florescer em nós (I Coríntios 15:22).

E foi com uma palavra reveladora sobre o encontro de Jesus e Nicodemos, que o Ev. Luiz Carlos Cândido abrilhantou a Quarta Forte deste dia 11/03/2015, que culminou em salvação de alma, coroando de êxito nosso trabalho, inda que a equipe organizadora estivesse desfalcada (a dengue manda lembranças). A Quarta Forte continua na próxima semana e segue a todo vapor!


Parte deste texto foi compilado do site Grupos de Vida


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