Livremente
inspirado nas ministrações realizadas durante o Culto da Família do dia
01/03/2014
A Bíblia
menciona a raríssima possibilidade de alguém se compadecer de uma pessoa muito
boa, ao ponto de dar a vida do próprio filho por ela. Talvez existam pessoas
que mereçam um ato de amor tão extremado, e até mesmo uma alma tão altruísta
capaz de tamanho beneplácito. Mas o amor de Deus pelo homem é demostrado
no fato que ELE nos deu a vida de seu próprio filho quando ainda éramos maus e
pecadores, imerecedores de qualquer compaixão (Romanos 5:8). Desde então, esse
grandessíssimo amor só faz aumentar, potencializado ainda mais pela graça e
pela misericórdia que emana do trono divino.
Deus nos ama e
deseja um relacionamento intenso e verdadeiro com cada um de nós. Feliz é o
homem que aceita esse favor e mergulha sem reservas no oceano infindo desse
amor, cujas correntezas nos levam rumo a uma eternidade de paz e felicidade.
Obviamente, como em todo relacionamento é necessário que se façam concessões, e
mesmo Deus não nos devendo nenhum favor, é Ele quem voluntariamente se mostra
tolerante aos nossos deslizes. Deus se dispõem a perdoar todas as nossas
ofensas, afrontas e pecados, nossos rompantes de preciosismo e hedonismo,
nossas lamúrias desmedidas e nossos desatinos sem precedentes.
Todas as
manhãs Deus renova sua misericórdia sobre nossa vida e nos dá uma chance de
vivermos um dia de cada vez, ou invés de simplesmente nos fulminar e do barro
recriar um homem melhorado. Deus convive com nossas imperfeições mesmo sendo
perfeito. Ele nos ama com intensidade apesar de nossas prostituições
espirituais. Deus continua nos aceitando de volta mesmo depois de virarmos as
costas para Ele centenas de vezes. Deus é longânimo, compassivo e terno no
trato com o homem, dando a ele inúmeras chances e recomeços diários. Em
decorrência de nossa teimosia, muitas vezes Deus precisa usar de recursos
drásticos para chamar nossa atenção e nos direcionar de volta ao caminho, logo,
sua mais severa e punitiva ação nada mais é que um grito de amor.
O elo fraco
desta relação está exatamente no ser humano. Débil, dúbio e corrompido pelo
pecado, negligenciamos a fidelidade divina, escarnecemos o sacrifício vicário
de Cristo e deixamos Deus num plano secundário de nossa vida. Nada fazemos para
justificar tamanho amor. Mas esta realidade terrível não impede que Deus nos
ame incomensuravelmente. E em decorrência deste amor, somos atraídos para seus
braços e aprendemos a amar. Embora pecadores, a santidade de Deus nos inicia
num processo continuo de santificação. Mesmo imperfeitos, a perfeição divina
nos aponta o caminho para se chegar a estatura de varão perfeito. Em nossos
abundantes pecados superabunda a graça de Deus e nossa pequenez é compensada
pela grandiosidade do Altíssimo, pois o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas
fraquezas.
Quando nós
entregamos de corpo e alma a um relacionamento profundo e sincero com nosso
Deus, embora ainda revestidos de corruptibilidade, somos feitos herdeiros de
Deus, co-herdeiros em Cristo, e esta é uma promessa garantida pela fidelidade
de Deus. Ainda seremos humanos, propensos ao erro e ao fracasso, estaremos
abrigados embaixo das asas do Altíssimo, e ali protegidos, não somos
abandonados a mercê do mal.
Ainda haverá
dias de tempestade, mas Deus nos dará asas para voar acima dela. Ainda existirá
fornalhas, mas Deus estará conosco no meio das chamas e elas não nos queimarão.
Ainda haverá rios e mares para serem atravessados, mais Deus nos conduzirá
pelas águas, e ainda que submersos, não nos afogaremos. Paulo foi muito feliz
ao descrever como é estar em um relacionamento genuíno com Deus: Pois
Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em
nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de
Cristo. Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder
que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos
pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados;
somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos (II
Coríntios 4:6-9).
E assim, mãos
dadas com Deus, seguimos de fé em fé e glória em glória, certos que a
fidelidade de Deus é nosso norte, nosso leme e nosso porto seguro, e que ela
nos levará ao céus, se tão somente nos entregarmos sem reservas ao seu
amor: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor
Jesus Cristo: Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós,
fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, pela
vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. Tendo por certo
isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia
de Jesus Cristo (Filipenses 1:2-6).
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