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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Como a ciência explica a Arca de Noé?

A história sobre uma grande arca construída ao longo de 120 anos, com finalidade de salvar inúmeras vidas do grande dilúvio, pode sim parecer absurda quando analisada fora da óptica espiritual. Ao longo dos séculos, muitos estudiosos questionam a veracidade do relato encontrado em Gênesis, com o intuito de desmistificar a crença que esta grande embarcação tenha mesmo existido, o que anularia por consequência, a história do próprio dilúvio, e os relatos que a precedem ou sucedem. Outros, porém, tem utilizado a ciência moderna para literalmente “testar” as teorias bíblicas sobre os eventos. Muitos estudiosos acreditam que a ARCA de fato já foi encontrada em estado de petrificação em uma área montanhosa da Turquia, e apresentam algumas evidencias como prova definitiva do achado, embora não existam provas concretas desta teoria. 

De acordo com estes especialistas, a formação rochosa encontrada tem a forma de um barco, com uma curva pontiaguda e popa arredondada. O seu comprimento exato como observado na descrição bíblica, é 516-7 pés ou 300 côvados egípcios, já que o dilúvio aconteceu antes de Moisés escrever o Gênesis. Reclina-se em uma montanha na Turquia oriental, combinando com o relato bíblico de que "a arca descansou ... sobre os montes de Ararat" (Gênesis 8:04), conhecido também por Urartu, nome de um antigo país que cobria a região. Ela contém madeira petrificada, como comprovado por análise de laboratórios independentes de análises pago por Ron Wyatt e realizada por Kevin Fisher. Tambem foram analisadas as evidencias de nervuras de madeiras verticais em seus lados que compreende a superestrutura do esqueleto de um barco. Padrões regulares de vigas horizontal e vertical de suporte da plataforma também são vistos no convés da arca. A arca localiza-se em uma antiga vila a 1982 metros de elevação, o que corresponde com a declaração do históriador Flavius Josephus. O Dr. Bill Shea, arqueólogo, encontrou um caco antigo de cerâmica a uns 20 metros da arca que é uma escultura em que retrata um pássaro, um peixe, e um homem com um martelo usando uma touca que tem o nome de "Noah" nela. Nos tempos antigos, esses itens foram criados pelos moradores da aldeia para vender aos visitantes, provando que a arca, em tempos remotos já foi inclusive uma atração “turística. Reconhecido pelo Governo turco como o Parque Nacional da Arca de Noé, essa região é um tesouro nacional e o comunicado da sua descoberta apareceu no maior jornal turco em 1987, sendo que o Centro de Visitantes construído pelo governo para acomodar turistas confirma ainda mais a importância do local. Enormes âncoras de pedras que eram penduradas na parte de trás da arca para firmar sua navegação foram encontrados perto da arca e na aldeia Kazan, a 15 quilômetros de distância. A arca repousa sobre Cesnakidag (ou CudiDagi) Mountain, que é traduzido como "Doomsday" Mountain, em português, Dia do Julgamento. O Dr. Salih Bayraktutan da Universidade de Ataturk declarou que a formação rochosa é de fato " uma estrutura feita pelo homem, e com certeza é a Arca de Noé", e acrescentou ao seu estudo que o site é imediatamente abaixo da montanha de Al Judi, chamado no Alcorão como o lugar de descanso da Arca. Fora estas evidências, varreduras de radar mostram um padrão regular de madeiras no interior da formação arca, revelando quilhas sobrequilhas, anteparas, câmaras de animais, sistema de rampa , porta dianteira direita , dois grandes barris na frente 35cm x 60cm, e um centro aberto que é área para o fluxo de ar para todos os três níveis.

Tendo evidenciais práticas ou não a este respeito, cremos incondicionalmente no relato contido nas páginas do Pentateuco, e obviamente nossa intenção aqui não é lançar dúvidas quando a sua veracidade, mas sim facilitar a compreensão da funcionalidade da Arca. Para isso, transcreveremos abaixo um artigo cientifico de Juliana Santos, publicado na edição online da revista VEJA, que deixa bem claro, o quão minucioso (e até mesmo científico) é o relato bíblico acerca da Arca de Noé:

As especificações bíblicas para o tamanho da arca são precisas: 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura. O côvado é uma unidade de medida arcaica que se baseia no comprimento do antebraço, da ponta do dedo médio até o cotovelo, e cada uma das civilizações antigas adotava uma medida diferente para representá-la. Um grupo de estudantes da Universidade de Leicester, na Inglaterra, que realizou um estudo sobre a arca de Noé, estabeleceu um padrão ao fazer uma média entre o menor valor (44,5 centímetros, adotado pelos hebreus) e o maior (52,3 centímetros, dos egípcios), chegando a 48,2 centímetros.Com base nessa medida, a arca teria 144,6 metros de comprimento (o equivalente a cerca de um quarteirão e meio), 24,1 metros de largura (aproximadamente dez carros, lado a lado) e 14,4 metros de altura (um prédio de quase cinco andares). Curiosamente, as medidas são parecidas com as de um navio de carga atual, e as dimensões ainda correspondem à proporção adotada no presente. "O fato de a arca ter essas dimensões é surpreendente, porque são os parâmetros de um navio da atualidade", afirma Ricardo Pinto, professor de engenharia naval da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para saber se a arca flutuaria, é preciso analisar também o material usado na sua fabricação. O texto bíblico menciona a "madeira de gofer", que, hoje, seria semelhante ao pinheiro ou ao cipreste. Como a densidade dos dois materiais é parecida, os estudiosos ingleses escolheram o cipreste como exemplo.Com essas informações, e assumindo que Noé teria seguido as instruções o mais literalmente possível, construindo uma embarcação retangular, em forma de caixa, é possível concluir que a arca não afundaria na água. "Qualquer objeto, ao ser colocado na água, provoca o deslocamento de certo volume. Para flutuar, o peso do volume da água deslocada pelo corpo deve ser igual ao peso do próprio corpo", explica Pinto. "Esse tipo de madeira leve faria com que a embarcação flutuasse facilmente."


Essas estimativas referem-se à arca vazia. Para descobrir o peso que a embarcação teria de suportar, é preciso saber quantos animais seriam colocados dentro. Pesquisadores que estudaram a história de Noé, como John C. Whitcomb e Henry M. Morris, autores do livro The Genesis Flood (O dilúvio de Gêneses, em tradução livre), chegaram à conclusão de que cerca de 35 000 animais precisariam entrar na arca para que o Reino Animal fosse salvo. Existe uma discussão sobre o fato de que a expressão "dois animais de cada tipo", contida da Bíblia, pode não significar exatamente cada espécie, o que reduziria ainda mais o número de eleitos. Whitcomb e Morris estimaram, também, que a ovelha representaria a média de tamanho dos animais.  A partir desses números, os cientistas da Universidade de Leicester calcularam que a arca suportaria o peso correspondente a 2,15 milhões de ovelhas. "Nós observamos que a arca aguentaria o peso, não como os animais caberiam dentro dela, ou como seriam armazenados alimentos e água fresca", diz o estudante de física Oliver Youle, principal autor do estudo, publicado em 2013 no periódico Journal of Physics Special Topics, da Universidade de Leicester. Além da capacidade do barco de suportar o peso, mais fatores precisam ser levados em consideração. "Podemos até assumir que a arca teria flutuabilidade, mas não sabemos sobre sua estabilidade", afirma Pinto. A estabilidade depende da geometria, ou seja, do formato da embarcação, e da condição em que a carga foi dividida nela. "Se todos os animais pesados, como elefantes e leões, fossem colocados de um lado só, ela provavelmente ficaria desequilibrada."  Seria necessária uma distribuição de peso cuidadosa para manter a embarcação estável, principalmente devido a seu tamanho. "Quanto mais comprida uma viga, mais fraca ela é. Um navio funciona como uma viga em termos técnicos, então quanto mais comprido, mais bem-estruturado precisa ser", explica o professor. Para ele, a arca seria um navio "muito arrojado" para os padrões da época — uma construção tão surpreendente quanto as pirâmides do Egito.

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