Texto Áureo
E o que vivo e fui
morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da
morte e do inferno.
Apocalipse 1.18
Apocalipse 1.18
Verdade Aplicada
Jesus entrou na casa de
Jairo para ressuscitar o que estava morto. Essa é a proposta do Evangelho: dar
vida com abundância a todo o que nEle crer.
Textos de Referência
Marcos 5:22-24,
35-36
E eis que chegou um dos
principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés, e
rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que
venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva.
E foi com ele, e
seguia-o uma grande multidão, que o apertava.
Estando ele ainda
falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A
tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
E Jesus, tendo ouvido
essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
Caminho de Milagres
Quando
Jesus foi informado sobre a gravidade da situação de seu amigo Lázaro, estava
poucos quilômetros de Betânia, e num curto período de tempo, poderia se achegar
até o local onde estava o moribundo homem. Esta era exatamente a intenção de
Marta e Maria quando clamaram por urgência, apelando ao “emocional” de Jesus:
“Aquele a quem você tanto ama esta muito doente” (João 11:3). Os planos do
Messias, porém, eram bem diferentes do planejamento idealizado pelas irmãs,
tanto que Jesus demorou quatro dias para chegar, e neste espaço de tempo,
Lázaro morreu. Segundo um velho ditado popular, “enquanto há vida, há
esperança”, e partindo desta premissa, podemos conjecturar que o pensamento de
Marta e Maria estava focado no “imediatismo”, o que nos leva a concluir que “se
não fosse naquela hora não seria nunca mais”. E elas não deixavam de ter razão.
Sob a ótica humana, a “morte” é a cortina que encerra o espetáculo, o ponto
final definitivo na história da existência. Enquanto Lázaro respirava, ainda
existiam possibilidades, e Jesus era o “Senhor das Possibilidades”. Estavam
completamente enganadas. O possível é entregue por Deus em nossas mãos,
exigindo de nós empenho e dedicação. A transferência de nossa causa para as
mãos divinas, se dá no exato instante em que as possibilidades humanas cessam.
Um Lázaro vivo poderia ter sua enfermidade tratada pela medicina, mas um
cadáver de quatro dias só poderia ser “reavivado” por alguém detentor de um
poder miraculoso nunca antes contemplado. Para que o milagre cumprisse o seu
propósito, Jesus aparentemente “se atrasou”, quando na verdade chegou em
Betânia na hora exata. O que aconteceu naquele velório ecoa vigorosamente até
os dias de dia.
Embora a
ressurreição de Lázaro seja de fato, o milagre realizado por Jesus de maior
repercussão entre a comunidade de seu tempo, não foi a primeira (e nem a última)
demonstração do poder divino sobre a morte. Muito antes, quanto Jesus
regressava para Cafarnaum após sua agitada passagem por Gadara, o Mestre é
recebido por uma multidão entusiasmada, desejosa por ouvir sua voz e ver com os
próprios olhos seus sinais. Mas nem um deles está tão aflito quanto um homem
chamado Jairo. Ele estava a muitos dias acompanhando o sofrimento crescente de
sua filha, quadro que se agravara vertiginosamente nas últimas horas.
Desesperado, ele recorre a única pessoa na terra que acredita ter a capacidade
de reestabelecer a saúde de sua menina, e num ato de grande humildade,
observado por centenas de pessoas, Jairo mal espera Jesus descer do barco para
se lançar aos pés do Senhor clamando por misericórdia.
Jesus,
comovido pela fé daquele homem caminha ao seu lado para visitar a menina
enferma. Porém, enquanto Jairo espera que o Messias restabeleça a saúde de sua
filha, Jesus tem planos muito maiores. Pela primeira vez em seu ministério, Cristo
iria dar uma amostra de seu poder sobre a morte. Mas era preciso diminuir o
passo da caminhada, para que no tempo perfeito, a glória de Deus fosse
manifestada. O pai aflito caminhava apressadamente ao lado de Jesus, certamente
tentando acelerar a marcha. Porém, o Mestre estava sereno, e seus passos
moderados destoavam da urgência daquele momento e aos olhos de um pai
angustiado, poderiam parecer até mesmo displicentes. Porém, cada vez que Jesus
retardava um passo, uma certa mulher que sofria a doze anos com uma hemorragia constante
ganhava alguns centímetros em sua direção. Foi exatamente durante a realização
do “milagre produzido por um toque”, que os funcionários de Jairo chegaram com
a triste notícia da morte da menina. Uma bomba de tristeza recai sobre todos
que cercam o Mestre, e Jairo com os olhos rasos d´agua pode muito bem ter
pensado em como aquela mulher atrasou a jornada, eliminando todas as
possibilidades de ajudar sua filha. Todos se esqueceram que ali estava o
“Senhor das Impossibilidades”, e onde as pessoas viam o fim, Jesus enxergava um
novo recomeço. Ele contrária o pessimismo da multidão, e olhando para Jairo o
convida a se agarrar definitivamente a sua fé no Salvador: – Não tenha medo... A menina apenas dormiu
Jairo, o líder de uma sinagoga
Jairo era líder de uma
sinagoga. Foi um homem que abandonou tudo, até mesmo seus conceitos religiosos
e se dispôs a ir até Jesus em busca de uma solução para a enfermidade de sua
filha (Marcos 5:22). Ao chegar diante de Jesus, Jairo lhe faz um pedido de
socorro que comove o coração de Jesus. Ele diz: - “Minha filha está moribunda;
rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva” (Marcos 5:23).
Sua afirmação revela a fé pelo qual foi até Jesus em busca de um milagre. Pedir
ajuda a Jesus publicamente não foi para Jairo uma fácil tarefa, visto que os
líderes religiosos que se opunham a Cristo certamente não aprovariam essa
atitude, nem mesmo os líderes da sinagoga. Aquilo que Jesus havia feito e
ensinado na sinagoga havia provocado a ira dos escribas e fariseus, alguns dos
quais provavelmente eram amigos de Jairo. Porém como tantas outras pessoas que
se aproximaram de Jesus, Jairo estava desesperado. Preferia perder os amigos a
perder sua filha (Marcos 5:23). Jairo era um homem influente e importante,
logo, abandonar a sinagoga e ir pessoalmente ao encontro de Jesus era não
somente uma atitude de fé, mas uma afronta para aqueles que consideravam a
Jesus como um homem herege e perigoso (João 9:22). Jesus era alguém para quem
estavam fechadas as portas da sinagoga e, qualquer pessoa que apreciasse seus
ensinamentos, seria tão ignorado quanto Ele (João 12:42). Ir até Jesus
significava para Jairo um caminho sem volta, era desconsiderar seus amigos e
peitar todo o sistema religioso do qual fazia parte (João 16:12-13).
Jairo era o chefe
administrativo da sinagoga. Ele era responsável pela direção dos serviços,
presidia a junta de anciãos e zelava pelo bom funcionamento da sinagoga. Era
responsável pela atribuição de obrigações e de cuidar que fossem levados a cabo
com toda correção e em ordem. O principal da sinagoga era um dos homens mais
importantes e mais respeitados da comunidade (Lucas 8:41). Jairo nos chama a
atenção porque prostrar-se aos pés de Jesus diante de uma multidão representava
um significativo ato de adoração e respeito. Era um público pedido de ajuda e
uma declaração de que somente Jesus tinha a solução (Mateus 21:22 / Marcos
1:15; 5:22- 23). Estes versículos nos ensinam duas grandes
realidades. A primeira é que a posição de autoridade não isenta ninguém de ser
atingido pela tristeza. Jairo era um “dos principais da sinagoga”. Mesmo assim,
a enfermidade e a tristeza invadiram seu lar. Ele provavelmente tinha riquezas
e toda ajuda médica que essas riquezas pudessem obter. No entanto, o dinheiro
não pode manter a morte longe de sua filhinha. A morte chega tanto aos palácios
quanto as comunidades; tanto aos ricos quanto aos pobres. A morte não tem a
menor cerimônia. Fechaduras e barras de ferro não podem impedi-la de entrar (Hebreus
9:27). A segunda foi dita pelo próprio por Jairo em sua súplica: “Jesus pode
dar vida, pois somente Ele tem a chave da morte” (Marcos 5:23 / Apocalipse 1:18).
A filha de Jairo já
tinha doze anos e, segundo o costume judeu, aos doze anos e um dia, uma menina
judia se convertia em mulher. É bem possível que a essa idade poderia ter
estado por casar-se. Morrer exatamente em meio a esse período de transição era
uma fatalidade que se consolidava em uma dupla tragédia para sua família. Essa
menina era filha única e um pai é capaz de tudo para socorrer o filho, até
mesmo implorar de joelhos e humilhar-se diante de uma multidão sem importar-se
com posição ou nome importante (II Crônicas 7:14 / Tiago 4:10). Era profunda a convicção que Jairo tinha
acerca de Jesus quando disse: “Venha, imponha as mãos sobre ela, e ela ficará
curada”. Ele afirma para Jesus que apenas com um toque de Suas mãos Ele poderia
curá-la e dar-lhe vida. Ele viu que o poder de Jesus se estende além da vida e
da morte e que, assim como despertamos alguém que dorme com a nossa voz, Jesus
tem autoridade sobre aqueles que a morte os venceu (Apocalipse 1:18).
Alcançando Milagres
Enquanto Jairo se
aproxima de Jesus e relata o que estava acontecendo com sua filha, a multidão
começou a apertá-los e, durante o tempo em que Jesus socorria a mulher do fluxo
de sangue, Jairo é informado que sua filha havia morrido e que deveria parar de
incomodar o Mestre (Marcos 5:35). Ao recorrer a Jesus, a situação da filha de
Jairo era descrita como uma grave enfermidade, mas a notícia de sua morte
acontece no momento em que Jesus está prestes a atendê-lo. Primeiro, a
multidão; depois o tempo gasto na cura da mulher; e, agora que parecia tudo
caminhar para a solução, essa indesejável notícia. Os acontecimentos nos levam
a crer que Jesus permitiu que o tempo acabasse para Jairo. Mas, por que o fez?
O que esperava ver em Jairo? O mesmo que espera ver em nós para que milagres se
tornem coisas normais em nossos dias: uma esperança que se estenda além dos
portais da morte que ultrapasse o limite da desesperança (Romanos 4:17-18). Todo
grande milagre passa por etapas de preparação até que se concretize em nossas
vidas. Jesus não nos convocou para viver o óbvio. A vida cristã nasce no
sobrenatural e deve permanecer nele, senão, passará de apenas mais uma religião
governada por conceitos humanos (Hebreus 10:38).
Jesus não era tão fácil
como oferecemos hoje em dia para as pessoas. Não era qualquer pessoa que o
convencia a entrar em sua vida (casa) e Jairo teve que ir até as últimas para
alcançar o bem que desejava. Alguns teólogos afirmam que as palavras de Jairo
soavam como uma ordem, visto que era um líder conceituado e, talvez, por isso,
tenha chegado a tais circunstâncias (Marcos 5:22- 23). Jairo era o contraste,
um nobre em meio à plebe, porque não eram os nobres e afortunados que rodeavam
Jesus em busca de um milagre. Quando se acabam as esperanças, Jairo não tem
mais motivos para dirigir os passos de Jesus. Então, o Mestre é quem se
oferece, dizendo: “Não tenha medo, apenas acredite. “ (Marcos 5:39). Jairo era
um homem de posição elevada e não era comum a um homem de sua estatura estar
entre a plebe buscando Jesus. As vezes somos como Jairo, nos humilhando e pedindo
ajuda para Jesus? Porém quase sempre queremos impor ordens, achando que deve
nos atender sem se importar com o que pensa ser melhor para nós. Até aquele
momento era Jairo que estava tomando Jesus pela mão e querendo leva-lo. Agora
era Jesus que tomava Jairo pela mão e o levava para onde desejava (João 21:18).
Jairo recebeu uma
notícia definitiva que acaba de vez com todas as suas esperanças: “Estando ele
ainda falando, chegou um dos do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha está
morta, não incomode o Mestre” (Lucas 8:49). Quantas vezes, quando estamos perto
de Jesus e prestes a alcançar um milagre pelo qual tanto lutamos e nos
humilhamos, não recebemos tristes notícias como essa? “O teu ministério morreu,
acabou; o teu filho morreu; seu casamento acabou. Acabaram suas esperanças, foi
melhor assim”. Entenda que Jesus nunca desiste das nossas vidas. Tenha em mente
que todas essas palavras não significam absolutamente nada para Jesus. Ele é a
vida ressurreta para tudo aquilo que achamos estar morto (Marcos 5:36). É
interessante perceber que as palavras de Jesus para Jairo são as mesmas que Ele
fala para todos os que partem ao seu encontro: “não temas, crê somente”. O
mundo diz o contrário: “Não tem jeito, já está morta a tua causa”. Quando nos
entregamos à vontade do mundo, que urge com a boca maldita, matamos o agir de
Deus para nós. Porque a fé não se baseia em vista nem em sentimentos, mas na
Palavra de Deus. Não esqueça de ressaltar para os alunos o quão foi incrível a
atitude de Jairo! Ele simplesmente se “desamarrou” das lisonjas daqueles que
procuravam confortá-lo festejando a morte. Se queremos transformar os ambientes
de morte, fazer calar os instrumentos de pranto e os lábios inflamados pelo
inferno, olhemos sempre para Jesus (Hebreus 12:2).
Não Temas!
Ao longo
das escrituras, a expressão “NÃO TEMAS” e seus derivados, aparecem por 366
vezes. Por mais que pareça uma grande coincidência, podemos literalmente, a
cada amanhecer, ouvir a voz de nosso Deus nos encorajando a “não temer”. Todos
os dias do ano (incluindo os bissextos), somos visitados com ternura pelo
Senhor, que independentemente dos desafios propostos, nos acalma com sua doce
voz: Não tenha medo! O mundo pode estar imerso em caos e desespero, mesmo
assim, não tenha medo! (Mateus 25). É bom poder ser acalentado pelo timbre
suave do Salvador ecoando em nossos ouvidos, mas Jesus tem um modo de agir que
excede a verborragia. Ele “age” em favor de seus “ouvintes”. Ao mesmo tempo em
que nos encoraja para não temer, Ele libera a virtude que cura nosso corpo e
alma dos medos e das fragilidades (foi assim com a mulher do fluxo de sangue).
Como se isso não bastasse, Ele ainda caminha ao nosso lado, até que a obra seja
finalizada em nós (Filipenses 1:6), e Jairo é uma prova cabal desta verdade,
pois após ouvir de Jesus que “não deveria temer”, foi ladeado pelo Salvador até
o quarto onde jazia a menina.
É
corriqueiro encontrarmos pessoas em situações desesperadoras e liberarmos para
elas uma palavra de benção, um aconselhamento espiritual ou até mesmo oferecer
uma prece em seu favor, para logo após seguirmos nossas próprias vidas sem
realmente se importar com o que será efetivamente do nosso próximo. No seu
famoso sermão “A Casa na Montanha”, Martin Luther King falou sobre como os
cristãos não devem agir como “termômetros”, medindo a temperatura do ambiente e
se adequando a ela; mas que deveriam ser como “termostatos”, agindo
efetivamente para modificar o “clima” em sua volta. Por muitas vezes, palavras
não bastam, é preciso ação. Exatamente por ser um agente transformador, após
acalmar verbalmente a Jairo, Jesus faz questão de andar lado a lado com ele,
até chegar em sua residência.
O Mestre
podia muito bem realizar um milagre a longa distância, ou simplesmente oferecer
seus pêsames a família enlutada, mas não, Jesus se fez presente, caminhando
ombro a ombro, passo a passo, partilhando da tristeza, para valorizar a alegria
futura. Palavras tem um poder amortizador, e um efeito “placebo” sobre as dores
da alma. Mas o “alivio” oferecido por Jesus não visa refrigério imediatista e
genérico. Ele é eficaz e permanente, e a causa raiz pode ser explicada quando em
Mateus 11:29, Cristo convida aos cansados e oprimidos a tomar sobre eles o seu
jugo, o que equivale a dividir ao meio uma carga, andando lado a lado, no mesmo
compasso. Quando Jesus nos diz para NÃO TEMER, mais do que nos encorajar a
enfrentar uma adversidade, significa que ele a enfrentará por nós. Não temas...
crê somente.
Desafiando o poder da morte
Quando tudo parecia
perdido, Jesus se dispõe a ir à casa de Jairo, dizendo-lhe que a menina apenas
estava dormindo. Naquele dia, Jairo e toda sua família iriam presenciar algo
maior que a cura da enfermidade de sua filha. Eles a veriam retornar de entre
os mortos (Marcos 5:41): - “E Jesus,
tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
” (Marcos 5.36). Jesus estava atento ao que acontecia com Jairo e, antes que a
desesperança tomasse conta de todo o seu ser, Ele resolveu entrar em sua
história e mudar todo o veredito contrário de sua vida. Isso também acontece em
nossos dias. Nossa vida não difere muita da de Jairo, principalmente quando as
coisas resolvem fugir do nosso controle, quando parece que Jesus ouve a todos,
menos a nós. No entanto, devemos crer que Ele não mudou e que, com esse mesmo
poder, vira em nosso auxílio (Salmo 46:1). O modo como Jesus agiu diante da
notícia da morte nos mostra que o pior desastre humano pode ser enfrentado com
coragem e galhardia quando enfrentamos com Deus. Eles riram de Jesus porque
pensavam que sua esperança era infundada e sua calma equivocada. Mas a grande
realidade da vida cristã é que aquilo que do ponto de vista humano é muito bom
para ser verdade, torna-se felizmente verdade quando Deus pode fazer (Marcos 5:40-42).
Segundo o relato do Dr.
Lightfoot, descrito por William Barclay, somos informados que era costume dos
médicos, ao ministrarem remédios para alguém, dizer: “Levante-se desta doença”.
Em outras palavras, era como se dissessem: “Nós desejamos que você consiga se
levantar”. A diferença entre a medicina humana e a divina é que Jesus curava
apenas pela palavra proferida. E, não somente isso, sua autoridade era tão
poderosa e efetiva que até dos mortos uma pessoa voltava à vida. Jairo esperou,
mas não voltou para casa sem trazer consigo a solução (Marcos 5:36-42). Jesus
opera enquanto ordena e opera através de suas ordens. É por isso que Ele pode
ordenar o que desejar, até mesmo que os mortos ressuscitem. Assim é o chamado
do Evangelho para aqueles que, por natureza, estão “mortos em ofensas e
pecados” e não podem ressuscitar da morte pelas suas próprias forças, como essa
menina (Romanos 6:9 / I Coríntios 15:55-57).
Jesus já havia preparado
o espírito de Jairo para crer, quando expôs publicamente a cura da mulher do
fluxo de sangue. O problema era convencer as pessoas que estavam na casa de
Jairo. Aqueles homens e mulheres pensavam que Jesus não sabia o que estava
fazendo, quando Ele lhes pediu calma, ao dizer que a situação estava sob
controle (Marcos 5:39). É preciso compreender que os risos representam a
incredulidade. Por esta razão, Jesus expulsou a todos. O Mestre permitiu que
ficasse no ambiente somente aqueles que estavam no mesmo nível de fé que Ele
estava (Marcos 5:40). É preciso selecionar muito bem as pessoas que nos
acompanham na obra de Deus. Pessoas incrédulas são um muro diante do operar de
Deus (Mateus 13:58). Ressalte para eles que, antes de operar o milagre, Jesus
limpou o ambiente (João 20:27 / Marcos 9:23). Aprendemos nesta lição que nosso
Senhor Jesus entrou na casa de Jairo para dar vida. Quem sabe não estejamos
precisando de uma visita como essa em nossos lares? Existem muitas coisas em
nossas casas que morreram com o passar dos tempos e que precisam ressuscitar
outra vez (João 11:25).
Morte e Vida
Diante de
seus discípulos mais chegados e dos pais da adolescente, Jesus transforma o que
era motivo de lágrimas em júbilo e alegria. Pela ótica humana, enfrentar a
morte é algo terrivelmente doloroso, demandando em desesperança. Mas quando
Jesus entra na história, o trágico se torna em belo e o final é a porta de
entrada do início. Os homens escolheram se afastar de Deus. Com isso a
humanidade imergiu em caos e pecados, caminhando a passos largos rumo a
escuridão eternal. Havia um preço a ser pago pelo pecado, e a dívida acumulada
era tão alta, que somente um sacrifício perfeito poderia evitar a completa
danação de todas as coisas criadas. O problema é que não havia na terra um
único ser que preenchia os requisitos exigidos para o “cordeiro” a ser imolado.
Para piorar, nos céus, também não havia uma criatura com condições de
voluntariar e atender a urgente necessidade. Então, Deus tomou uma decisão que
mudaria que abalaria os pilares da eternidade. Ele mesmo pagaria o preço.
E, assim,
Jesus, a primícias de Deus desceu ao mundo em forma de gente. O verbo se fez
carne e habitou entre nós. O Filho de Deus, Senhor do Tempo e Ancião de Dias se
limitou ao ventre de uma mulher por nove meses, para depois nascer pobre numa
estrebaria, crescer numa carpintaria de Nazaré e exercer seu ministério sobre o
sol escaldante da Galileia... Amado pelos necessitados e esquecidos, Ele foi
odiado pelos poderosos de sua época, até que numa tarde de sexta feira, morreu
crucificado numa cruz, derramando até a última gota de sangue pela humanidade
pecadora. Com sua morte, ele nos assegurava a vida.
Jesus
então foi sepultado, e durante três dias seu corpo esteve silencioso nos
recônditos de um sepulcro frio. Mas aquele momento de tristeza era apenas o
epilogo da mais bela história contada, pois “se o grão de trigo, caindo na
terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, produz muito fruto (João 12:34).
Assim sendo, enquanto a semente esteve “morta” na terra, se arrebentou nas
raízes. Em apenas três dias a árvore brotou, e seus ramos nunca pararam de
crescer, pois a ressurreição de Jesus garantiu a nossa eternidade. Hoje, nós
somos a semente. Se preservarmos nossa vida dentro de nossas próprias vontades,
somos como a semente que cai na terra e permanece viva, sem gerar frutos para a
posteridade. Mas se “morrermos” em Cristo, então realmente seremos
transferidores de bênçãos eternais... Em Cristo, a morte é apenas a porta de
entrada para vida!
Participe da EBD deste domingo, 26/07/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento
Lição 4
Lição 4
Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes
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