No famoso “Sermão da
Montanha” Jesus instruiu os seus seguidores sobre a importância da oração feita
a portas fechadas:
Tu, porém, quando
orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente
(Mateus 6:6 – King James).
É obvio que neste texto,
Jesus não estava restringindo nosso período devocional de oração a um cômodo
especifico de nossa casa, mas sim ressaltando a “postura” com a qual devemos
nos portar no momento de nossas preces. Quando estamos sozinhos, com as
portas fechadas e sem ninguém para julgar nossas ações, relevamos nossa
verdadeira identidade.
É ali que tiramos nossa
máscara, desmontamos o figurino social, rompemos a casca que nos protege dos
olhares alheios e podemos finalmente descortinar nosso coração e revelar os
sentimentos ocultos e escusos que trancafiamos no porão de nossa alma.
No oculto não há
segredos, e é exatamente assim que devemos nos apresentar diante de Deus com a
cara limpa e desarmados de qualquer hipocrisia. Deus conhece nosso
íntimo, e deseja que ele seja exteriorizado em nossa face, e o melhor lugar
para que isto aconteça é nos recôncavos da solidão.
Fechar a porta, mais do
que uma ação em busca de sigilo e privacidade, é a atitude de ignorar o mundo,
remover as artificialidades que sustentamos e revelar-se a Deus sem reservas.
Este é o cenário propício para Deus nos moldar segundo sua própria imagem.
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