Páginas

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Quarta Forte Jovem com Ev. Tiago Ambrósio


Houve um rei em Judá que era fiel ao Senhor e fez grandes coisas para o seu povo. Era Josafá, filho de Asa, que também foi um rei fiel a Deus. Ele reinou por vinte e cinco anos sobre Judá e Deus confirmou seu reinado por causa da sua fidelidade, pois rejeitou os ídolos e buscou ao Deus verdadeiro e foi engrandecido pelo Senhor. Josafá era um excelente administrador e avançou em questões relevantes para a nação, tanto do ponto de vista espiritual, quanto nas questões de governo.

Ele retirou os postes-ídolos de Judá, que eram altares dedicados a deuses estranhos, além disso, ele mandou uma comissão composta de sacerdotes e levitas percorrer todas as cidades de Judá para ensinar ao povo sobre o Livro da Lei do Senhor. Edificou cidades-fortalezas e cidades-armazéns e realizou muitas obras estruturantes. Foi Josafá quem criou o sistema jurídico de Judá e colocou juízes em todas as cidades fortificadas para julgar as causas do povo, exortando pessoalmente cada juiz a julgar da parte do Senhor e não dos homens, não aceitando suborno. Em Jerusalém, o rei Josafá estabeleceu um tribunal superior para resolver as causas controversas com as mesmas recomendações de agir com integridade e imparcialidade.

Um dia os filhos de Moabe e os filhos de Amom resolveram pelejar contra Judá e reuniram um grande exército. O rei foi avisado da multidão que marchava contra seu reino e temeu, porém, buscou a Deus e apregoou jejum em todo Judá.  Josafá se pôs de pé na congregação de Judá e de Jerusalém na Casa do Senhor, orando de todo o seu coração e de toda sua alma. Então veio o Espírito de Deus no meio do povo sobre a vida do profeta Jaaziel, que profetizou: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco. ”  Josafá se prostrou com o rosto em terra e adorou ao Senhor e todo Judá fez a mesma coisa e se levantaram os levitas e cantores e louvaram a Deus em alto e bom tom. O povo estava consolado em sua aflição, Deus havia dado Sua palavra de vitória sobre o problema, ou seja, havia razões de sobra para adorar o grande e temido Deus de Israel.

Na manhã seguinte, logo cedinho, Josafá e seu exército se levantaram para a peleja, mas o rei ordenou que cantores fossem a frente dos soldados louvando ao Senhor. Deus, então, pôs emboscadas entre os exércitos inimigos e eles se mataram sozinhos, a espada de um foi contra o outro.  O rei Josafá e seu povo só tiveram o trabalho de recolher os despojos, porque a batalha e a vitória eram do Senhor.
E foi com esta palavra abençoada embasada em II Crônicas 20, que o Ev. Tiago Ambrósio abrilhantou a QUARTA FORTE JOVEM realizada neste dia 30/09/2015. Este querido irmão que tem se dedicado ao ministério de evangelismo junto aos internos da Fundação Casa, ressaltou que Josafá era um jovem de apenas 20 anos quando começou a reinar. O segredo de seu sucesso foi sempre a obediência ao Senhor e a sua Santa Palavra. Com isso, o jovem rei foi sucedido em seus projetos e vitorioso em suas batalhas. Nunca fugiu da peleja, desde que tivesse certeza que aquela era a vontade de Deus, sem nunca ser corrompido pelas más influencias.

Ainda hoje, Deus procura jovens compromissados com sua obra, para assim como fez Josafá, revolucionar o mundo na força da obediência e no poder do louvor!




Vídeo - Aniversariantes de Setembro 2015



Homenagem da Secretaria Eclesiástica aos aniversariantes de setembro.

"O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer
o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz.”


Números 6:24-26



Filme: José

Uma das mais impressionantes histórias bíblicas é sem dúvidas a de José, um jovem hebreu que após ser vendido por seus irmãos é levado como prisioneiro para o Egito para alguns anos depois, se tornar governador do mais poderoso império da terra. Muitas mídias já adaptaram esta fascinante história, e o cinema não poderia ficar de fora. Em 1995, a produtora Flash Star lançou um dos mais aclamados filmes bíblicos de todos os tempos, dirigido por Roger Young e tendo em seu elenco Paul Mercúrio como José, Martin Landau como Jacó e o premiado Ben Kingsley como o general Potifar. Como toda adaptação, o filme se vale de muitas liberdades poéticas, mas o resultado não compromete a essência bíblica da história.

José (Joseph) conta a história de uma bem sucedida família hebreia que passa por uma seria de reviravoltas em decorrência das escolhas de cada um de seus integrantes. O patriarca Jacob tem preferência por José, entre todos os seus filhos. Esta predileção provoca o ódio de seus irmãos que resolvem vendê-lo como escravo. Quando conhece o Grande Faraó e interpreta seus sonhos corretamente é nomeado Chanceler. José, agora escravo no Egito, resiste às tentativas de sedução da esposa de seu senhorio. Quando conhece o grande faraó e interpreta seus sonhos corretamente é então, nomeado chanceler do reino, salvando o Egito da Fome. José ganha fama e respeito, reencontra seus irmãos e os perdoa, passando a viver com eles e seu pai no novo Egito.




terça-feira, 29 de setembro de 2015

Biografia: Adoniram Judson




O missionário, magro e enfraquecido pelos sofrimentos e privações, foi conduzido entre os mais endurecidos criminosos, com gado, a chicotadas e sobre a areia ardente, para a prisão. Sua esposa conseguiu entregar-lhe um travesseiro para que pudesse dormir melhor no duro solo da prisão. Porém ele descansava ainda melhor porque sabia que dentro do travesseiro, que tinha abaixo da cabeça, estava escondida a preciosa porção da Bíblia que traduzira com grandes esforços para a língua do povo que o perseguia. Aconteceu que o carcereiro requisitou o travesseiro para o seu próprio uso! Que podia fazer o pobre missionário para readquirir seu tesouro? A esposa então preparou, com grandes sacrifícios, um travesseiro melhor e conseguiu trocá-lo com o do carcereiro. Dessa forma a tradução da Bíblia foi conservada na prisão por quase dois anos; a Bíblia inteira, depois de completada por ele, foi dada, pela primeira vez, aos milhões de habitantes da Birmânia.Em toda a história, desde o tempo dos apóstolos, são poucos os nomes que nos inspiram tanto a esforçarmo-nos pela obra missionária como os nomes desse casal, Ana e Adoniram Judson. Em certa igreja em Malden, subúrbio de Boston, encontra-se uma placa de mármore com a seguinte inscrição:

Memorial
Rev. Adoniram Judson
Nasceu: 9 - agosto – 1788
Morreu: 12 - abril – 1850
Lugar de seu nascimento: Malden
Lugar de seu sepultamento: o mar
Seu monumento: OS SALVOS DA BIRMÂNIA E A BÍBLIA BIRMANESA
Seu histórico: nas alturas

Adoniram fora uma criança precoce; sua mãe ensinou-o a ler um capítulo inteiro da Bíblia, antes de ele completar quatro anos de idade. Seu pai inculcou-lhe o desejo ardente de, em tudo quanto fazia aproximar-se sempre da perfeição, sobrepondo-se a qualquer de seus companheiros. Esta foi a norma de toda a sua vida. O tempo que passou nos estudos foram os anos em que o ateísmo, que teve sua origem na França, se infiltrou no país. O gozo de seus pais, ao saberem que o filho ganhara o primeiro lugar na sua classe, transformou-se em tristeza, quando ele os informou de que não mais acreditava na existência de Deus. O recém-diplomado sabia enfrentar os argumentos de seu pai, que era pastor instruído, e jamais sofrera de tais dúvidas. Contudo as lágrimas e admoestações de sua mãe, depois de o moço sair da casa paterna, estavam sempre perante ele.

Não muito depois de "ganhar o mundo", na casa dum tio, encontrou-se com um jovem pregador. Este conversou com ele tão seriamente acerca da sua alma, que Judson ficou muito impressionado. Passou o dia seguinte sozinho, em viagem a cavalo. Ao anoitecer, chegou a uma vila onde passou a noite numa pensão. No quarto contíguo ao que ele ocupou, estava um moço moribundo, e Judson não conseguiu reconciliar o sono durante a noite. - O moribundo seria crente? Estaria preparado para morrer? Talvez fosse "livre pensador", filho de pais piedosos que oravam por ele! O que também o perturbava era a lembrança dos seus companheiros, os alunos agnósticos do colégio de Providence. Como se envergonharia, se os antigos colegas, especialmente o sagaz compadre Ernesto, soubessem o que agora sentia em seu coração! Ao amanhecer o dia, disseram-lhe que o moço morrera. Em resposta à sua pergunta, foi informado de que o falecido era um dos melhores alunos do colégio de Providence, cujo nome era Ernesto!

Judson, ao saber da morte de seu companheiro ateu, ficou estupefato. Sem saber como, estava em viagem de volta a casa. Desde então desapareceram todas as suas dúvidas acerca de Deus e da Bíblia. Soavam-lhe constantemente aos ouvidos as palavras: "Morto! Perdido! Perdido!" Não muito depois deste acontecimento, dedicou-se solenemente a Deus e começou a pregar. Que a sua consagração era profunda e completa ficou provado pela maneira como se aplicou à obra de Deus. Nesse tempo, Judson escreveu à noiva: "Em tudo que faço, pergunto a mim mesmo: Isto agradará ao Senhor?... Hoje alcancei maior grau do gozo de Deus, tenho sentido grande alegria perante o seu trono".

É assim que Judson nos conta a sua chamada para o serviço missionário: "Foi quando andava num lugar solitário, na floresta, meditando e orando sobre o assunto e quase resolvido a abandonar a idéia, que me foi dada a ordem: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura‘. Este assunto foi-me apresentado tão claramente e com tanta força, que resolvi obedecer, apesar dos obstáculos que se apresentaram diante de mim". Judson, com quatro dos seus colegas, reuniram-se junto a um montão de feno, para orarem e ali solenemente dedicarem, perante Deus, suas vidas para levar o Evangelho "aos confins da terra". Não havia qualquer junta de missões para enviá-los. Contudo, Deus honrou a dedicação dos moços, tocando nos corações dos crentes, para suprirem o dinheiro. Judson foi chamado, então, a ocupar um lugar no corpo docente na universidade de Brown, mas recusou o convite. Depois foi chamado a pastorear uma das maiores igrejas da América do Norte. Este convite, também, foi rejeitado. Foi grande o desapontamento de seu pai e o choro de sua mãe e irmã ao saberem que Judson se oferecera para a obra de Deus no estrangeiro, onde nunca fora proclamado o Evangelho.

A esposa de Judson mostrou ainda mais heroísmo porque era a primeira mulher que sairia dos Estados Unidos, como missionária. Com a idade de dezesseis anos, teve a sua primeira experiência religiosa. Vivia tão entregue à vaidade que seus conhecidos receavam o castigo repentino de Deus sobre ela. Então, em certo domingo, enquanto se preparava para o culto, ficou profundamente comovida pelas palavras: "Aquela que vive nos prazeres, apesar de viver, está morta". Acerca da sua vida transformada, escreveu-lhe ela mais tarde: "Eu desfrutava dia após dia, a doce comunhão com o bendito Deus; no coração sentia o amor que me ligava aos crentes de todas as denominações; achei as sagradas Escrituras doces ao paladar, senti tão grande sede de conhecer as coisas religiosas que, frequentemente, passava quase noites inteiras lendo". Todo o ardor que mostrara na vida mundana agora o sentia na obra de Cristo. Por alguns anos, antes de aceitar a chamada missionária, era professora e se esforçava em ganhar os alunos para Cristo.

Adoniram, depois de despedir-se de seus pais para iniciar sua viagem à Índia, foi acompanhado até Boston por seu irmão, Elnatã, moço ainda não-salvo. No caminho, os dois apearam dos seus cavalos, entraram na floresta e lá, de joelhos, Adoniram rogou a Deus que salvasse seu irmão. Quatro dias depois, os dois se separaram para não se verem mais neste mundo. Alguns anos depois, porém, Adoniram teve notícias de que seu irmão recebera também a herança no reino de Deus.  Judson e sua esposa embarcaram para a Índia em 1812, passando quatro meses a bordo do navio. Aproveitando essa oportunidade para estudar, os dois chegaram a compreender que o batismo bíblico é por imersão, e não por aspersão, como a sua denominação o praticava. Não considerando a oposição de seus muitos conhecidos, nem o seu sustento, não vacilaram em informar isso àqueles que os tinham enviado. Foram batizados por imersão no porto de desembarque, Calcutá.

Expulsos logo dessa cidade, por causa da situação política, fugiram de país em país. Por fim, dezessete longos meses depois de partirem da América, chegaram a Rangum, na Birmânia. Judson estava quase exausto por causados horrores que sofrera a bordo; sua esposa estava tão perto da morte que não mais podia caminhar, sendo levada para terra em uma padiola.

O império da Birmânia de então era mais bárbaro, e de língua e costumes mais estranhos do que qualquer outro país que os Judson tinham visto. Ao desembarcarem os dois, em resposta às orações feitas durante as longas vigílias da noite, foram sustentados por uma fé invencível e pelo amor divino que os levava a sacrificar tudo, para que a gloriosa luz do Evangelho raiasse também nas almas dos habitantes desse país. Agora, um século depois, podemos ver como o Mestre dirigia seus servos, fechando as portas, durante a prolongada viagem, para que não fossem aos lugares que esperavam e desejavam ir. Hoje se pode ver claramente que Rangum, o porto principal da Birmânia, era justamente o ponto mais estratégico para iniciar a ofensiva da Igreja de Cristo contra o paganismo no continente asiático.

No difícil estudo do idioma birmanês foi necessário fazer o seu próprio dicionário e gramática. Passaram-se cinco anos e meio antes de fazerem o primeiro culto para o povo. No mesmo ano batizaram o primeiro convertido apesar de cientes da ordem do rei de que ninguém podia mudar de crença sem ser condenado à morte.

Ao sair da sua terra para ser missionário, Judson levava uma soma considerável de dinheiro. Essa quantia ele a ganhara de seu emprego e parte recebeu-a de ofertas de parentes e amigos. Não só colocou tudo isto aos pés daqueles que dirigiam a obra missionária, mas, também, a elevada quantia de cinco mil e duzentos rúpias que o Governador Geral da Índia lhe pagara por seus serviços prestados por ocasião do armistício de Yandabo. Recusou o emprego de intérprete do governo, com salário elevado, escolhendo antes sofrer as maiores privações e o opróbrio, para ganhar as almas dos pobres birmaneses para Cristo.

Durante onze meses, esteve preso em Ava (que naquele tempo era a capital da Birmânia.) Passou alguns dias, com mais sessenta outros sentenciados à morte, encerrado em um edifício sem janelas, escuro e quente, abafado e imundo em extremo. Passava o dia com os pés e mãos no tronco. Para passar a noite, o carcereiro enfiava-lhe um bambu entre os pés acorrentados, juntando-o com outros prisioneiros e, por meio de cordas, arribava-os para apenas os ombros descansarem no chão. Além desse sofrimento, tinha de ouvir constantemente gemidos misturados com o falar torpe dos mais endurecidos criminosos da Birmânia. Vendo os outros prisioneiros arrastados para fora para morrer às mãos do carrasco, Judson podia dizer: "Cada dia morro". As cinco cadeias de ferro pesavam tanto, que levou as marcas das algemas no corpo até a morte. Certamente ele não teria resistido, se a sua fiel esposa não tives¬se conseguido permissão do carcereiro para, no escuro da noite, levar-lhe comida e consolá-lo com palavras de esperança. Um dia, porém, ela não apareceu; essa ausência durou vinte longos dias. Ao reaparecer, trazia nos braços uma criancinha recém-nascida.

Judson, uma vez liberto da prisão, apressou-se o mais possível a chegar a casa, mas tinha as pernas estropiadas pelo longo tempo que passara no cárcere. Fazia muitos dias que não recebia notícias de sua querida Ana! - Ela ainda vivia? Por fim, encontrou-a, ainda viva, mas com febre, e próximo de morte. Dessa vez ela ainda se levantou, mas antes de completar 14 anos na Birmânia, faleceu. Comove a alma ao ler a dedicação de Ana Judson ao marido, e a parte que desempenhou na obra de Deus, e em casa até o dia da sua morte.

Alguns meses depois da morte da esposa de Judson, a sua filha também morreu. Durante os seis longos anos que se seguiram, ele trabalhou sozinho, casando-se, então, com a viúva de outro missionário. A nova esposa, gozando os frutos dos esforços incessantes na Birmânia, mostrou-se tão dedicada ao marido como a primeira. Judson perseverou durante vinte anos para completar a maior contribuição que se podia fazer à Birmânia, a tradução da Bíblia inteira na própria língua do povo.

Depois de trabalhar constantemente no campo estrangeiro durante trinta e dois anos, para salvar a vida da esposa, embarcou com ela e três dos filhos, de volta à América, sua terra natal. Porém, em vez de ela melhorar da doença que sofria, como se esperava, morreu durante a viagem, sendo enterrada em Santa Helena, onde o navio aportou.

- Quem poderá descrever o que Judson sentiu ao desembarcar nos Estados Unidos, quarenta e cinco dias depois da morte da sua querida esposa?! Ele, que estivera ausente durante tantos anos da sua terra, sentia-se agora perturbado acerca da hospedagem nas cidades de seu país. Surpreendeu-se, depois de desembarcar, ao verificar que todas as casas se abriam para recebê-lo. Seu nome tornara-se conhecido de todos. Grandes multidões afluíam para ouvi-lo pregar. Porém, depois de passar trinta e dois anos ausente na Birmânia, naturalmente, sentia-se como se estivesse entre estrangeiros, e não queria levantar-se diante do público para falar na língua materna. Também sofria dos pulmões e era necessário que outrem repetisse para o povo o que ele apenas podia dizer balbuciando.

Conta-se que, certo dia, num trem, entrou um vendedor de jornais. Judson aceitou um e, distraído, começou a lê-lo; o passageiro ao lado chamou-o a atenção, dizendo que o rapaz ainda esperava o níquel pelo jornal. Olhando para o vendedor, pediu desculpas, pois pensara que oferecessem o jornal de graça, visto que ele estava acostumado a distribuir muita literatura na Birmânia sem cobrar um centavo, durante muitos anos.

Passara apenas oito meses entre seus patrícios, quando se casou de novo e embarcou pela segunda vez para a Birmânia. Continuou a sua obra naquele país, sem cansar, até alcançar a idade de sessenta e um anos. Judson foi, então, chamado a estar com o seu Mestre enquanto viajava longe da família. Conforme o seu desejo foi sepultado em alto mar. Adoniram Judson costumava passar muito tempo orando de madrugada e de noite. Diz-se que gozava da mais íntima comunhão com Deus enquanto caminhava apressadamente. Os filhos, ao ouvirem seus passos firmes e resolutos dentro do quarto, sabiam que seu pai estava levando suas orações ao trono da graça. Seu conselho era: "Planeja os teus negócios se for possível, para passares duas a três horas, todos os dias, não só em adoração a Deus, mas orando em secreto".

Sua esposa conta que, durante a sua última doença, antes de falecer, ela leu para ele a notícia de certo jornal, acerca da conversão de alguns judeus na Palestina, justamente onde Judson queria trabalhar antes de ir à Birmânia. Esses judeus, depois de lerem a história dos sofrimentos de Judson na prisão de Ava, foram inspirados a pedir, também, um missionário e assim iniciou-se uma grande obra entre eles.

Ao ouvir isto, os olhos de Judson se encheram de lágrimas, tendo o semblante solene e a glória dos céus estampada no rosto, tomou a mão de sua esposa dizendo: "Querida, isto me espanta. Não compreendo. Refiro-me à notícia que leste. Nunca orei sinceramente por uma coisa sem a receber; recebia apesar de demorada, de alguma maneira, e talvez numa forma que não esperava, mas a recebi. Contudo, sobre este assunto eu tinha tão pouca fé! Que Deus me perdoe e, enquanto na sua graça quiser me usar como seu instrumento, limpe toda a incredulidade de meu coração". Nesta história, nota-se outro fato glorioso: Deus não só concede frutos pelos esforços dos seus servos, mas, também, pelos seus sofrimentos. Por muitos anos, até pouco antes da sua morte, Judson considerava os longos meses de horrores da prisão em Ava, como inteiramente perdidos à obra missionária.

No começo do trabalho na Birmânia, Judson concebeu a ideia de evangelizar, por fim, todo o país. A sua maior esperança era ver durante a sua vida, uma igreja de cem birmaneses salvos e a Bíblia impressa na língua desse país. No ano da sua morte, porém, havia sessenta e três igrejas e mais de sete mil batizados, sendo os trabalhos dirigidos por cento e sessenta e três missionários, pastores e auxiliares. As horas que passou diariamente suplicando ao Deus que dá mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, não foram perdidas.

Durante os últimos dias da sua vida fazia menção, muitas vezes, do amor de Cristo. Com os olhos iluminados e as lágrimas correndo-lhe pelas faces, exclamava: "Oh! o amor de Cristo! O maravilhoso amor de Cristo, a bendita obra do amor de Cristo!" Certa ocasião ele disse: "Tive tais visões do amor condescendente de Cristo e da glória do Céu, que, creio, quase nunca são concedidas aos homens. Oh! O amor de Cristo! É o mistério da inspiração da vida e a fonte da felicidade nos céus. Oh! O amor de Jesus! Não o podemos compreender agora, mas quão grande será em toda a eternidade! Acrescentamos o último parágrafo da biografia de Adoniram Judson escrita por um dos seus filhos. Quem pode lê-lo sem sentir o Espírito Santo o animar a tomar parte ativa e definida em levar o Evangelho a um dos muitos lugares sem o Evangelho?

Até aquele dia, quando todo o joelho se dobrará perante o Senhor Jesus, os corações crentes serão movidos aos maiores esforços, pela lembrança de Ana Judson, enterrada debaixo do hopiá (uma árvore) na Birmânia; de Sara Judson, cujo corpo descansa na ilha pedregosa de Santa Helena e de Adoniram Judson, sepultado nas águas do oceano Índico.

A vida desse personagem só nos entusiasma a prosseguir na evangelização do mundo seguindo a orientação de Jesus. Que possamos ser semelhantes a este e outros homens que nos serve de modelo a ser seguido.


Fonte: WebServos

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Qual a diferença de arrependimento e remorso?



Podemos definir a culpa como o estado daquele que é (ou se sente) culpado. Também pode ser entendida como a responsabilidade de um ato ou de uma omissão.  Em muitos casos, pode até não parecer que um sentimento ou uma tristeza caracterize algo grave, contudo, qualquer tipo de interferência em nosso comportamento natural deve ser levado em conta. Ao sentir-se frustrado por um motivo aparentemente fútil, o indivíduo pode ser acometido de graves consequências. Quando há o conhecimento que alguém está sendo atingido psicologicamente, deve-se investigar as possíveis causas, a fim de buscar o tratamento adequado; dando-lhe a oportunidade de um novo direcionamento. Nesses casos, a busca pela mudança é imprescindível, pois é encarando a verdade que o indivíduo encontrará libertação do Complexo de Culpa.

O Complexo de Culpa mais comum e que preocupante, é exatamente aquele que a pessoa nutre em relação a si mesmo, traduzindo-se numa mágoa profunda, depressão e sentido de vazio. O sentimento de culpa atinge drasticamente as emoções do homem, levando o indivíduo a sofrer com uma dor extrema que acomete diretamente sua alma. Tal sentimento leva, muitas vezes, a incapacidade do indivíduo de sentir-se completamente feliz, fazendo-o crer que jamais se livrará deste sentimento e, consequentemente, estará fadado a viver uma vida miserável, já que a culpa não o permite se esquecer do seu pecado. Conforme escrito em Provérbios 14:9, os loucos zombam do pecado, mas no fim das contas, o pecado zomba do louco, pois eles  testificam contra nós.  Num âmbito espiritual, o sentimento que a culpa provoca afasta cada vez mais o homem da presença de Deus. Por isso é necessário que haja um novo encontro com o Senhor, afim de que se possa desenvolver uma nova vida sem culpa e totalmente restaurada (Mateus 11:28). No caso de Adão, Deus impôs um novo começo para que, em nova condição, pudesse se livrar da culpa e restituir a sua comunhão com Ele (I Coríntios 5:17).

Biblicamente podemos destacar dois tipos de reações que o ser humano apresenta em relação ao Complexo de Culpa:

1º Reação:

É aquela que produz arrependimento, e diz respeito à Culpa Teológica. Trata-se da convicção de ter cometido um pecado contra Deus, e se seguida de confissão, produz alívio e conduz à vida e à salvação, como registrado em Mateus 11:28-29 - Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.

2º Reação:

É aquela que produz remorso, conforme registrado em Mateus 27:3, e diz respeito à Culpa Antropológica (humana). - Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. Trata-se de uma decepção profunda em que o ser humano nutre um medo incontrolável de não conseguir mudar a realidade resultante de seus atos e atitudes, levando-o a enfrentar sentimentos desagradáveis de pesar, vergonha, tristeza e autocondenação.

Um exemplo prático desta diferença pode ser visualizado entre a atitude de Pedro, que se arrependeu de ter negado Cristo, e a atitude de Judas que sentiu remorso por ter traído o mesmo Cristo. O arrependimento produz alívio e salvação com pleno perdão (Romanos 8:1); enquanto o remorso provoca desarranjo mental, podendo resultar em morte (Mateus 27:5).

domingo, 27 de setembro de 2015

Cédula Riscada


Livremente inspirado na ministração do Pr. Wilson Gomes no Culto da Família em 27/09/2015.

Ainda no Jardim do Eden, o primeiro casal foi informado que o pecado decorrente da desobediência cobraria um preço muito alto: a morte. Infelizmente, esta advertência não impediu que Adão e Eva caíssem em desgraça após a astuta atuação da serpente. Por livre e espontânea vontade, eles assumiram uma dívida pesada demais para ser paga, endividando toda a humanidade, que geração após geração, também se deixava corromper pelo pecado. Ora, preço do pecado é morte (Romanos 6:23), e esta dívida se estende a todos nós. Quando pecados, assinados uma cédula de culpa e a entregamos a Deus. Imerso em pecados, interrompemos o processo de santificação em nossas vidas, sem o qual não é possível ver a face do Senhor. Logo, o pecado lavra a sentença de morte física e espiritual, nos afastando definitivamente de nosso Deus. A dívida vai se acumulando e por nós mesmos, jamais teremos recursos para pagá-la. Nosso crédito para com o Criador já está no vermelho e cada vez mais nos afundamos em débitos pecaminosos... E o SPC/SERASA espiritual (também chamado inferno), nos perseguisse diariamente com boletos não pagos e acusações infindas

Mas e se esta conta impagável fosse definitivamente paga por alguém?

Seria como se estivéssemos devendo em um local e nosso crédito tivesse sido cancelado, mas no momento em que chegássemos ali e o credor viesse nos aplicar as sanções previamente estabelecidas, alguém chegasse repentinamente e nos restituísse o crédito dizendo: A DÍVIDA DELE É POR MINHA CONTA.

Foi exatamente isso que Cristo fez com seu ato de morrer na cruz, pois haviam débitos pendentes meus e teus que ninguém poderia pagar, pois o preço era de sangue, e Ele com seu infinito amor, percebeu que o pecado havia danificado o nosso crédito com Deus e num ato de amor, pagou o preço por nós. Então, todas aquelas ordenanças, acusações que eram contra nós, Cristo arrancou das mãos de Satanás e cravou na cruz para fazer-nos livres.

“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Colossenses 2:14-17).


EBD - Maturidade Espiritual



O novo trimestre da EBD chega com um tema de recorrente e deveras importante para esta (e qualquer outra) geração da igreja: 

Maturidade Espiritual – Capacitando o cristão para cumprir os desígnios de Deus com uma vida de fé e atitudes.

Ao longo de treze lições, iremos revisitar personagens bíblicos como Abraão, Calebe, Neemias, João Batista e até Judas Iscariotes, para assimilarmos conceitos sobre adoração por excelência, a nobreza da gratidão, renovação de esperança, enfrentamento de oposição e o domínio da carne. 

As parábolas de Jesus e os ensinamentos de Paulo também serão usadas como base para um maior entendimento sobre a lei da semeadura, a busca de valores perdidos, o princípio da honra, frutificação espiritual, fé e revestimento espiritual. Enfim, um trimestre “obrigatório” a quem busca uma vida cristã mais qualificada.

O comentarista do trimestre é o Pr. José Fernandes Correia Noleto, bacharel em teologia, presidente da CONEMAD – MT, membro da mesa diretora da CONAMAD, pastor presidente da Assembleia de Deus em Cuiabá / MT, articulista, escritor e professor teológico. Em nossa igreja, as lições serão ministradas todos os domingos, sempre as 9:00 horas, tendo no corpo docente os seguintes professores: Pb. Miquéias Daniel, Pb. Paulo Oliveira Gonçalves e Pr. Wilson Gomes (classe principal), Dc. Bene Wanderley (Rede Jovem) e Eliane Alves (classe infantil). O novo trimestre se inicia no próximo domingo, 04 de outubro.

Palavra do Comentarista:


Esse trimestre reserva grandes surpresas para cada um de nós. O intento dessas lições é nos conduzir a compreensão de que a cada etapa de nossas vidas Deus se revela. Por que Ele se revela? Porque estamos destinados à eternidade e precisamos ser polidos aqui, ainda nesta vida. Qual é a intenção de Deus em nos provar? O Eterno deseja que todos nós alcancemos maturidade e que esta maturidade nos mova para que estejamos prontos a cumprir os Seus propósitos em nossas vidas.  Para que alcancemos sucesso, precisamos estar alicerçados na Palavra, a qual produzirá em nossas vidas a fé que o coração de Deus se agrada (Hebreus 11:6). A alma humana está repleta de negatividade. Somente uma vida cheia da presença de Deus pode conduzir o ser humano a uma vida acima da média. A nova vida em Cristo proporciona ao crente ver e discernir o que os olhos naturais não compreendem. O que parece loucura para pessoas comuns, nós chamamos de fé (I Coríntios 2:14).

sábado, 26 de setembro de 2015

REDE JOVEM - Vivendo os sonhos de Deus



Melhor que ter um sonho, é viver os sonhos de Deus para nós. Nesta frase pode ser resumido o culto especial de jovens realizado pela REDE JOVEM neste sábado, 26/09/2015.

Toda a liturgia da reunião esteve sob a regência do Dc. Benê Wanderley, e como tem sido recorrente nos eventos da REDE, Deus usou poderosamente os jovens talentos da igreja, que através de ministrações e louvores, engrandeceram ao nome de Senhor, ao mesmo tempo que emocionava, toda a congregação, que tem testemunhado em loco o mover do espirito em nossa juventude, resultando em restauração de vidas e renovação espiritual. 

O Ministério de Louvor Diante da Graça foi convidado para realizar a ministração final, e o Pb. Miquéias Daniel Gomes se inspirou na vida de José, para falar sobre sonhos e promessas, mensagem que se alinhou perfeitamente aos louvores já entoados até então.

José era fruto de um milagre, filho de Jacó com sua esposa estéril Rebeca. Cercado de mimas e privilégios, o caçula daquela grande família acabou despertando um sentimento de inveja em seus irmãos, que após o deixarem abandonado em um poço seca, decidiram vende-lo a mercadores ismaelitas por 20 moedas de prata. Após uma longa viagem pelo deserto escaldante, José chega a uma terra por ele desconhecida, onde novamente a posto à venda em um mercado de escravos. Comprado por um alto oficial egípcio, o hebreu é levado para de Potifar, e ali rapidamente se destaca entre os empregados. Portador da benção de Abraão, José é zeloso em cada tarefa, e o trabalho de suas mãos prospera grandiosamente, fazendo com que ele ganhe privilégios entre a criadagem. Porém, após resistir ao assédio da mulher de Potifar, José é injustamente acusado de trair a confiança de seu senhor e enviado para a prisão, onde injustamente, permanecerá esquecido por mais de uma década.

Mas ali no cárcere, José se mantem fiel a Senhor, e com sua conduta, torna-se um emissor de paz entre os detentos. Durante anos, ele acordou prisioneiro e dormiu na mesma condição; mas um dia tudo isso mudou. José foi retirado de sua cela e levado a presença do Faraó, onde pode interpretar os sonhos que tanto perturbavam o rei do Egito. Impressionado com a sabedoria do rapaz, e admirado com sua capacidade de elaborar um plano imediato para gerenciar a grande crise que viria pela frente, o Faraó decide que José será seu novo braço direito. O hebreu começou aquele dia como “José-  um prisioneiro esquecido”, mas antes do sol se pôr ele era “Safenate-Paneia – O Salvador do Mundo”.

A longa e dolorosa jornada de José foram os caminhos que o levaram ao posto de governador do Egito, o homem que salvou os egípcios da fome e que por sua administração primorosa, deu uma chance de sobrevivência a alguns hebreus que subiram ao Egito em busca de comida: os mesmos irmãos que o venderam. Por José, a casa de Jacó sobreviveu a fome e desta linhagem nasceu Jesus, no qual bendita é todas as famílias da terra. Se estamos aqui hoje, é porque um jovem chamado José, aceitou viver em sua vida o sonho de Deus!

Hoje Deus conta conosco para colocar em pratica seus sonhos para nossa geração. E o Senhor tem pressa! Seus planos começam e terminam em milagres grandiosos, e mesmo que não tenhamos ainda percebido, o milagre já começou!


Informe Gospel 69 - Edição de Outubro

Outubro é um mês especial, que chega trazendo grandes oportunidades de crescimento pessoal e ministerial. Um novo trimestre da EBD cesta chegando para falar de Maturidade Espiritual. A EBOM 2015 (Escola Bíblica de Obreiros e Membros) nos apontará o caminho de volta para a Cruz de Cristo, e nosso Jantar em Família é um convite para celebrar a comunhão e a unidade.

Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes. É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre (Salmos 133).

Viver em unidade é participar ativamente da Grande Família de Deus, estar vivo no Corpo de Cristo, estar ligado na videira verdadeira. Sozinho estamos fadados ao fracasso, mas unidos em Cristo somos impulsionados à vitória.

Além de ser um grande convite para esta celebração, a edição nº 69 do Informe Gospel traz o relato da nossa irmã Thainá Helena Teodoro no testemunho “A Benção da Maternidade”, a palavra pastoral “O princípio da oportunidade” e o editorial “A Mesa da Reconciliação”. Tem ainda o humor gospel, a agenda do mês, os aniversariantes, datas comemorativas e todas as informações sobre os eventos que farão de outubro um mês de transformações em nossas vidas.

O Informe Gospel poderá ser retirado gratuitamente, a partir deste domingo, 26/09/205, em nossa sede regional na rua Silvio Aurélio Abreu, 595, Jardim Florestal – Estiva Gerbi SP.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Deus sabe o que podemos ser



Um grupo de apenas 300 soldados se posiciona para a maior batalha de suas vidas, pois o exército inimigo supera esse número em algumas centenas. Embora as probabilidades estejam contra eles, esse pequeno grupo de valentes não está temeroso e nem assustado, pois confiam plenamente na estratégia de seu líder... Gideão

Ah, Gideão. Que homem corajoso. Ele foi capaz de em sua juventude promover restauração espiritual na casa de seu pai, mesmo sendo o filho mais novo. Depois desenvolveu uma estratégia que garantia a colheita da família mesmo diante de ataques saqueadores dos midianitas. A poucos dias da batalha, teve a “ousadia” de dispensar 31.700 soldados que considerou inaptos para compor seu exército, e agora marcha com um número ínfimo de companheiros para derrotar o inimigo invasor que já há alguns anos amedrontava toda a nação.

Seu nome é Gideão, mas ele poderia se chamar “Coragem” ou “Confiança”. Mas nem sempre foi assim...

Os filhos de Israel fizeram o que era mal aos olhos do Senhor, e assim, Deus permitiu que os midianitas os castigassem por sete anos. A opressão imposta por este velho inimigo íntimo foi tão severa, que os hebreus tomados pelo medo, faziam para si  covas nos montes; recorriam às habitações em cavernas e gastavam seus últimos recursos em fortificações para se esconder do inimigo. Eles até podiam cultivar seus campos em paz e tranquilidade, mas, quando chegava à época da colheita, os midianitas se aliavam aos amalequitas para invadir Israel, tomando posse do que era colhido e destruindo tudo o que não pudessem aproveitar.

Os midianitas e seus aliados eram tribos nômades, assim, eles subiam contra os hebreus, em grande multidão, com os seus gados e tendas; agindo como gafanhotos devoradores, usando camelos ágeis e realizando ataques repentinos. Em consequência desses saques constantes, Israel empobreceu muito, e em desespero, clamou ao Senhor.

Na cidade de Ofra, nas terras de Manassés, um ser misterioso é visto assentado embaixo de um carvalho que crescerá virtuosamente na propriedade de um homem chamado Joás. Naquele mesmo dia, seu filho Gideão, usava uma eira improvisada que funcionava em segredo, tal como uma destilaria ilegal numa mina de carvão abandonada, para malhar o trigo colhido pela família. E é exatamente para lá que o ser misterioso se dirige. Ele é ninguém menos que o “Anjo do Senhor”.

- O Senhor é contigo, varão valoroso! – Disse ele a Gideão

- Ai, senhor meu (Adonai), se o Senhor (Yahweh), é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos deu na mão dos midianitas – Respondeu Gideão.

- Vai nesta tua força Gideão. Pois através dela o Senhor livrará Israel da mão dos midianitas.  

- Ai, Senhor meu (Adonai), com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.

- Eu irei com você Gideão. E você irá ferir os midianitas como se fossem um homem só.

- Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal.

Gideão tinha a capacidade. Agora tinha o chamado. Mesmo assim se sentia impróprio para realizar aquela tarefa, buscando desesperadamente alguma prova física que aumentasse a confiança em si mesmo e na sua comissão.

Aos olhos de Deus ele era um homem capaz, valoroso e destemido.

Aos seus próprios olhos ele era incapaz, pobre e insignificante.

O segredo de seu sucesso? Deixou de lado o que pensava sobre si mesmo e se tornou exatamente aquilo que Deus sabia que ele podia ser!

Josué 7-8
 
 
 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

EBD - O milagre do livramento da serpente em Paulo



Texto Áureo
Atos 28:3
E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão.

Verdade Aplicada
Não existe investida diabólica que não se revele diante do fogo produzido por Deus ou que possa frear um crente cheio do Espírito Santo.

Textos de Referência
Atos 28.5-8

Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal.
E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
E aconteceu estar de cama enfermo de febres e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.


Apenas destroços

Quando Paulo embarcou para seu julgamento em Roma, tudo parecia maravilhosamente bem. Embora fosse um “prisioneiro”, o apóstolo se sentia honrado desta condição, pois o desejo de evangelizar as nações era o combustível de sua vida, e se aquele era o jeito de falar de Jesus aos romanos, ele estava feliz e realizado (II Timóteo 3:16 / Efésios 3:1). Paulo zarpou de Cesaréia sob a custódia do centurião Júlio, onde se estabeleceu uma simpatia reciproca. Entre os companheiros de viagem também estavam seus amigos Lucas e Aristarco, mantendo o apostolo num ambiente quase familiar.  Ao chegarem em Sidom, foi permitido a Paulo que visitasse alguns cristãos da cidade, dos quais recebeu muito carinho e algumas provisões.  A viagem prosseguiu por Chipre, Cilicia, Panfília e Lícia. Nesta última parada, Júlio achou por bem transferir seus passageiros para um navio cargueiro que ia para a Itália, abarrotado de trigo. A partir daí, a viagem começou a ficar bem complicada, já que o navio cruzou a rota de um vendaval, e a intensidade dos ventos limitava drasticamente a velocidade do navio. Quase se arrastando, a embarcação é direcionada para a costa de Creta, onde usa a ilha como um escudo contra o vendaval. Dali, eles conseguem aportar em uma cidade receptiva, com um novo bem promissor: Bons Portos. Mas este seria o último alento da viagem. Antes de zarparem da cidade, uma reunião é realizada para decidir a viabilidade da jornada, já que aquela não era uma estação propícia para se lançar em alto mar. Entre os consultados está o próprio Paulo, que se dirigindo aos responsáveis pela viagem advertiu: - Senhores, vejo que esta viagem será muito trabalhosa, com danos e prejuízos, não apenas da carga e da embarcação, mas também de nossas própria vidas (Atos 27:10).

Como aquela seria uma longa viagem, o centurião Júlio deu mais crédito as palavras do piloto e do mestre do navio, que insistiram para que a viagem fosse retomada com imediatismo, pois queriam chegar ao porto de Fênix antes que o inverno agitasse permanentemente o mar. Aproveitando-se da calma momentânea das águas, a tribulação se lança ao mar rapidamente, e tudo parecia estar indo muito bem, até que a embarcação foi apanhada pela fúria do tufão “Euro-Aquilão” vindo do nordeste de Creta. Com o navio sendo açoitado pelas ondas e arrastado sem direção pelo vento, logo a tripulação percebe que a embarcação não é párea para a natureza. Afim de aliviar o peso do barco, eles começam a se desfazer das cargas, e para não ficarem ao sabor dos ventos, se livraram da armação do velame do navio. Durante dias nenhum daqueles homens viu o sol e nem as estrelas, e desencorajados, deixaram de se alimentar, perdendo por completa as esperanças. Paulo descobriu que os tripulantes do navio tramavam abandonar o barco em um bote, deixando os “prisioneiros” para traz. Imediatamente comunicou o fato a Júlio, que tomou medidas disciplinares para que todos trabalhassem em conjunto. No 14º dia de tormenta, Paulo insistiu para que todos se alimentassem, pois, o navio se perderia, mas as pessoas seriam salvas (Atos 27:21-26).

Após a refeição, os homens avistaram uma praia, e se livrando do resto da comida para aliviar a embarcação, tentaram levar o já fragilizado barco rumo a terra seca. Porém, no meio do caminho, o navio se chocou com um recife, encravando a quilha na areia. Com o impacto, a embarcação se desfragmentou, sendo varrida pelas ondas. Como era usual entre a guarda romana, os soldados decidiram assassinar seus prisioneiros para que não houvesse fuga, porém, Paulo intercedeu. Júlio então ordenou que todos se agarrassem em alguma parte dos destroços, para que pudessem chegar a praia nadando. Para surpresa geral, todos alcançaram a terra firme com vida. Nestas situações, muitos se perguntam o porquê Deus tira nossos pés do navio e põem em nossas mãos apenas uma parte dos destroços. Simples... É que o “NAVIO” afunda, mas os “DESTROÇOS” não. São eles que te levarão até a praia. Deus tem seus meios de trabalhar e não cabe a nós entende-los, mas sim vive-lo. Se houver naufrágio, se agarre ao destroço, nade como nunca e siga o fluxo das águas... Deus conhece a geografia do mar, e sempre haverá uma praia por perto.


Uma víbora em meio ao fogo

A experiência do naufrágio havia sido extremamente traumática e descansar era tudo o que aqueles homens precisavam e antes de prosseguir a viagem. Estava escuro e frio e o apóstolo resolveu acrescentar lenha na fogueira. Muito pior do que a situação que vivemos pode ser a interpretação que as pessoas têm ao nosso respeito. Paulo viajava como um prisioneiro, já havia sido injustiçado pelos judeus, havia passado por julgamentos e acusações, encarou uma tremenda tempestade, sobreviveu a mais um naufrágio e agora uma víbora se agarra à sua mão (Atos 28:4). A vida de Paulo passa por uma cadeia de eventos que parece não terminar. Agora, em Malta, uma víbora se agarra em sua mão (Atos 28:3). Existem momentos que devemos escolher entre lamentar ou agir, esperar que a tela da provação se feche ou sacudirmos as mãos. Na interpretação das pessoas, alguma maldição estava sob a vida de Paulo. Mas ele não se deixou levar nem pela víbora, nem pela opinião alheia. Existem palavras que nos paralisam e nessas horas é importante não somente sacudir as mãos, como também a mente (Romanos 12:1-2). A atitude correta e a esperança (Romanos 4:18 / Colossenses 1:23 / I Tessalonicenses 5:8). Não importa quantas víboras se prendam à nossa mão, Deus não nos chamou para sermos consumidos pelas víboras da desesperança e da dúvida, mas para sacudi-las no fogo. Paulo e os que viajavam no barco foram lançados sobre a ilha de Malta. Ngrego se chama “barbaroiaos” – maltenhos; mas para os gregos os bárbaros eram pessoas que diziam “barbar”, o que significa que falavam uma linguagem estrangeira incompreensível e não a flexível e bela língua grega. Estamos mais perto do significado quando simplesmente os chamamos de nativos. Mostre para eles que o navio em que Paulo viajava foi obrigado a irem em direção ao sul, de Cnido até o sul de Creta. Em vista da direção predominante dos ventos naquela tempestade, é pouco provável que o navio tenha então dado meia-volta e navegado em direção ao norte até Mljet ou a ilha perto de Corfu. Assim, é mais provável que a localização de Malta fosse bem mais ao oeste. Isso faz da ilha de Malta, ao sul da Sicília, o local mais provável do naufrágio.

Os bárbaros foram solidários com os sobreviventes do naufrágio (Atos 28:2). Por causa do frio e da chuva, eles foram se aquecer diante da fogueira e Paulo juntou alguns gravetos secos para lançar no fogo já existente. Então, para fugir do “calor”, a víbora se revelou de onde estava camuflada (Atos 28:3). O texto é claro: “o fogo” revelou onde estava a víbora. Se desejarmos de todo o coração um avivamento em nosso tempo, vamos ficar surpresos em ver a atuação de Satanás em lugares e vidas aparentemente normais. O fogo tem como característica iluminar e tudo o que estiver acobertado pelas trevas há de se declarar (Daniel 2:22 / I Coríntios 3:13 / Efésios 5:13). Os habitantes de Malta conheciam muito bem o poder do veneno da víbora. Eles tinham plena convicção de que Paulo iria morrer, porém nada lhe aconteceu. Eles esperavam que o veneno deformasse a Paulo e que ele fosse afastado pelo inchaço. Há pessoas assim em nossa sociedade. Pessoas deformadas no afeto, no ciúme, na alma complexo de inferioridade, pessoas deformadas nos princípios e distante de Deus. Reforce para eles que o fogo de Deus queima este veneno e pode restabelecer vidas e restaurar conceitos morais até então perdidos e esquecidos. O apóstolo Paulo levou a víbora até o fogo. Façamos como ele e levemos as víboras que nos atacam a presença do fogo do Espírito Santo de Deus. De uma coisa devemos ter certeza: Satanás não suporta o fogo; e nós temos em nossas vidas o fogo do Espírito Santo de Deus.

Todos esperavam que Paulo morresse, mas ele de modo simples sacudiu a víbora na fogueira e agiu como se nada houvesse acontecido (Atos 29:4-5). De repente, viram que Paulo já não era mais uma maldição e passaram a compará-lo com um “deus” (Atos 29.6). Em nossa vida, sempre haverá fases que irão nos marcar e depende de nós deixarmos que as situações nos afoguem ou nos impulsionem a seguir em frente (Filipenses 3:12-13). Estar nas mãos de Jesus é sempre ir além do essencial (Filipenses 4:12). Não podemos ser parados pelo que pensam ou acham de nós. Muitos não entendem como Deus está agindo conosco e traçam um perfil de acordo com o que veem. Para uns somos malditos, para outros somos deuses, mas o que importa, na verdade, é o que somos para Deus e o que Ele é para nós. A cada passo de nossa vida, Deus vai montando a nossa história. Se juntarmos tudo o que já vivemos, vamos observar que grande parte do que somos foi gerado através de cada circunstância vivida. Deus nos dá a informação à medida que vamos passando por cada fase da vida. O perigo reside em pular essas fases (I Coríntios 8:2).


A Ilha de Malta

Quando Paulo anunciou aos companheiros de viagem que a embarcação fatalmente se perderia, também revelou que por trás do naufrágio estava estrategicamente delineado um grande propósito: É necessário que cheguemos a uma ilha. É interessante observar que sem os velames do navio, não é possível direcionar uma embarcação, e, portanto, é correto concluir que Deus tirou a direção de mãos humanas e tratou Dele mesmo conduzir o barco pela rota traçada nos céus. Uma vez que confirmaram o fato de todos terem chagados vivos na praia, os homens logo buscaram saber onde estavam. Não demorou a descobrirem que estavam numa ilha chamada Malta, habitada por um povo bárbaro, assim classificado por possuir um dialeto próprio, diferente do grego. Certamente aquela era uma terra renegada, onde o evangelho de Cristo teria muita dificuldade para entrar, não fosse o providencial naufrágio de um barco com alguns missionários dentro. É maravilhoso contemplar a cada página da Bíblia como Deus tem um plano meticuloso e perfeito, afim de que todos os homens se salvem (João 3:16). Deus se importava com as almas “bárbaras” de Malta, mesmo que a elite religiosa judaico-cristã a ignorasse por completo. Afim de alcançar esses “filhos” amados, Deus simplesmente leva até suas portas o maior missionário de todos os tempos! E para surpresa geral, ele é recebido entre os nativos com cordialidade e muito carinho.

Quem milita na obra do Senhor, e se sujeita a vontade de Deus (mesmo que isso signifique naufragar), sempre enfrentará a fúria do inimigo. Para Paulo, ela se manifesta na forma de uma serpente mortífera, temida pelos moradores locais, que furtivamente escondida entre os galhos secos, ataca a mão do apóstolo, que mais uma vez estava sendo usada em prol do próximo. Não é possível definir exatamente qual a espécie do animal que atacou Paulo, pois o evangelista a relata apenas como “víbora”. Até hoje, a ciência herpetofaunística já identificou mais de 200 tipos de víboras, sendo que a mais conhecida entre os brasileiros é a cascavel. Essas serpentes não tem o hábito de caçar, preferindo ficar escondida, espreitando a vítima, aguardando o momento oportuno para dar o bote. Ao picar, seus dentes curvados, (que chegam a encostar-se ao céu da boca do animal), adentram a pele inoculando um veneno mortal na corrente sanguínea, fazendo com que a maioria das vítimas venha a obto ainda no local.

A víbora que atacou Paulo era tão venenosa, que os habitantes de Malta, conhecedores dos efeitos de sua picada, ao verem as algemas nas mãos do apóstolo, julgaram que Paulo era um “assassino” por receber tamanha punição. Então, esperaram para vê-lo “inchar e morrer”. Nada disso aconteceu. Paulo simplesmente a jogou no fogo, mais uma vez transformando a expectativa da morte terrena em esperança de vida eterna. Aos servos do Senhor, as melhores oportunidades vão aparecer habilmente disfarçadas em problemas insolúveis e dificuldades insuperáveis. Precisamos aprender a transformar tragédias em oportunidades, finais em recomeços e ensinar as pessoas a lição mais importante que já aprendemos... A porta de saída deste ciclo de caos e a mesma que dá entrada a um novo mundo de oportunidades: JESUS CRISTO!


As declarações do Fogo

Os bárbaros eram politeístas e a “justiça” a quem se referem estava personificada na deusa “Dike” que segundo suas crenças, intervia para castigar os malfeitores (Atos 28.4). Paulo estava dentro do propósito divino e as circunstâncias lhe criaram possibilidades para atuar em nome do Senhor. Traçando aqui um paralelo da vida espiritual, entendemos que estar “seco” é estar sem vida (Ezequiel 37:11 / Marcos 11:12-14 / 20.21). Observemos que a fogueira já estava acesa e Paulo conduzia gravetos secos para adicioná-los ao fogo e este aumentar (Atos 28:2). A víbora entre os gravetos secos é um símbolo da ação de Satanás numa vida sem frutos e sem comunhão (Provérbios 30:19). Quando essa vida é levada ao fogo da presença de Deus, o calor do Espírito Santo gera o incômodo, fazendo com que o inimigo se manifeste e parta em retirada. A unção que estava sobre a vida de Paulo era mais forte que o veneno da serpente e assim também acontece com todo aquele que está cheio do poder do Espírito Santo (Lucas 10:19 / Marcos 16:17 /  Efésios 6:16). O fogo é purificador. Quando a presença de Deus entra em ação, os demônios se agitam e o local fica pronto para ser preenchido e habitado pelo Senhor (Marcos 10:17 / Lucas 9:42). Isso acontece porque os demônios agem ilegalmente e não subsistem diante da verdade.

O fato de a víbora abocanhar a mão de Paulo nos ensina como Satanás tenta nos frear, inutilizando nossas ferramentas de trabalho que, neste caso, eram as mãos de Paulo (II Corintios 10:4 / Atos 28:3). A mordida não aconteceu somente pelo fato da víbora fugir do fogo, foi um golpe de retaliação, um último golpe antes da derrota. Em vários casos de libertação e batalha espiritual, a retaliação é certa, por isso devemos estar preparados como Paulo que não se importando com a víbora, de pronto a lançou no fogo, que é o seu lugar (Mateus 25:41 / Apocalipse 20:10). O propósito de Deus era usar Paulo para encorajar e abençoar outras pessoas em ocasiões de dificuldade. Nós tambem podemos também encorajar e levar bênçãos a pessoas que estão angustiadas e doentes. Podemos servir a Deus por meio de palavras e atos que animem outras pessoas. Para isso, devemos estar preparados contra as investidas do maligno, que tenta, inutilmente, parar o Corpo e o avanço do Reino de Deus.

Paulo não permitiu que a rejeição e a crítica frustrassem os projetos de Deus em sua vida. Públio, o chefe da ilha de malta, era o principal representante romano dessa ilha. Seu pai estava doente e Paulo teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe o consolo. Após serem informados acerca do milagre, os demais moradores da ilha que estavam doentes também vieram e foram curados pelas mãos de Paulo (Atos 28:9). A víbora foi uma arma usada por Satanás para tirar Paulo de seu caminho. A tempestade não afogou o apóstolo, mas quem sabe cairia numa armadilha escondida. Como cristãos, devemos estar sempre alertas, pois a serpente ou o leão podem nos atacar (II Coríntios 11:3; I Pedro 5:8). Também devemos lembrar sempre que estamos sendo observados e usar essas oportunidades para engrandecer o nome de Cristo.


Sinais, prodígios e maravilhas

Quando Jesus comissionou seus discípulos, também lhes concedeu autoridade para em seu nome, realizarem obras portentosas, tais como expulsar demônios, curar enfermos e pegar com as mãos em serpentes e escorpiões (Mateus 16:17). Estes sinais, além de serem uma prova incontestável de nossa fé, tem a capacidade de impactar profundamente suas testemunhas oculares. Em Malta, Paulo fez valer seus dons a fim de testificar do grande poder de Jesus Cristo, vencendo um naufrágio, sobrevivendo ao ataque de uma víbora e ministrando cura e libertação aos nativos.  A igreja primitiva, estabelecida em Cristo, se solidificou através da mensagem do Salvador Ressurreto, de obras caridosas e em decorrência da atuação miraculoso dos cristãos, que em nome de seu mestre, impactaram toda aquela geração com a realização de muitos milagres, curando uma infinidade de pessoas.  Podemos definir os dons de cura dados à igreja como sendo a atuação sobrenatural de Deus sobre o corpo do homem livrando o de todo tipo de enfermidade, sem que seja necessária a intervenção de recursos humanos. Precisamos entender, porém, que embora a cura de nossas mazelas e dores seja uma promessa bíblica (Isaías 53-3), existem algumas enfermidades que tem um propósito específico em nossas vidas e por este motivo “não” serão curadas até que cumpram seu desígnio sobre nós (II Coríntios 12:7-8). Por outro lado, não é vergonha alguma ao cristão procurar a medicina humana para tratar de suas enfermidades, pois a mesma tem sua utilidade reconhecida pela Bíblia (Mateus 9:12). Mas, forando a exceção aqui citada, toda e qualquer enfermidade pode sim ser curada através da fé, pois a ausência de fé impede a realização de um milagre.

Além dos dons de curar, que possuem o mesmo efeito sobre uma simples dor de cabeça ou um câncer terminal, a igreja do Senhor também esta apta a realizar o que Paulo chamou de “operações de maravilhas”, que podem sim, igualar-se a feitos neo-testamentários. Eventos deste porte (mar aberto, chuva de saraiva, água transformada em sangue, pão caindo do céu) excedem em muito os impactos causados pela cura de um enfermo, pois tem abrangência em grandes massas e não apenas em indivíduos. Por trás destes impactantes eventos, temos sempre um homem cheio do Espírito Santo que dá a voz de comando para que tais feitos portentosos aconteçam. Embora muitos acreditem que feitos tão grandiosos não tenham lugar no mundo de hoje, devemos nos lembrar que o homem capaz de ressuscitar mortos e transformar água em vinho declarou que “aquele que crê em mim também fará as obras que faço e as fará moires do que estas... (João 14:12)” Podemos portanto afirmar que os grandes sinais são raros em nosso tempo, mas não estão extintos.  Mas que uma Operação de Maravilhas aconteça, faz-se necessário que um propósito específico exista, pois milagre sem propósito não passa de show de mágica.

Um milagre pode ser definido como uma intervenção sobrenatural no curso usual da natureza ou uma suspensão temporária da ordem costumeira através da intervenção do Espírito Santo, ou seja, toda manifestação espiritual através dos DONS pode ser considerado um milagre. Mas o DOM específico de OPERAÇÃO DE MARAVILHAS, que pode também ser chamado de OPERAÇÃO DE MILAGRES ou OPERAÇÃO DE PODERES, e que no original grego significa “explosões de onipotência”, tem como propósito demonstrar o poder e a grandeza de Deus de forma inquestionável, a ponto de “estontear” quem o testemunha, e é o único DOM que leva o indivíduo que o recebe a participar de uma pequenina parcela do poder de Deus, o mesmo poder usado na criação do mundo. Devemos tomar muito cuidado para não supervalorizarmos o milagre e usa-los como bússola para nortear nossa vida. Sinais e maravilhas são meios que o Senhor usa para se manifestar ao seu povo, tendo como ferramenta as mãos e a boca de alguns indivíduos agraciados, mas não são eles os parâmetros indicativos para o desejo de Deus sobre nós. Logo não podemos nos tornar “reféns” dos milagres, buscando desesperadamente alguém que os realize e nem mudar nossa postura cristã quando um milagre não acontece. Nossa vida deve ser lapidada, regida e conduzida pela “PALAVRA” e não por manifestações megalomaníacas de poder.


Avivamento e Provisões

A experiência nos ensina que as grandes provações são sinais de grandes maravilhas por parte do nosso Deus. Após a batalha com a víbora, Paulo se torna a esperança daqueles nativos e, como gratidão pela benção alcançada, eles tanto honraram quanto supriram as necessidades do apóstolo (Atos 28:9-10). O Espírito impulsionou Paulo até Malta e o que para muitos era uma grande provação, para Deus era uma oportunidade de atuar com seu Servo. Paulo jamais chegaria lá se não fosse a força dos ventos contrários (Atos 27:4). Não estava em seus planos estar em Malta; seu alvo era Roma (Atos 23.11). Aquela víbora não mordeu outra pessoa a não ser Paulo, foi sua ação que a revelou e por causa desse incidente se desencadeou um avivamento e a glorificação do nome de Jesus. Existe alguém dentro de nós que nos desafia a olhar além das circunstâncias e da víbora, alguém mais poderoso que a tempestade e mais determinante que a víbora. Um Deus pronto para entrar em ação, abrindo as janelas dos céus e derramando do Seu bom tesouro para fazer prosperar a obra de nossas mãos. “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (João 3:8).

Adquirimos credibilidade quando nos conectamos com indivíduos e mostramos um genuíno interesse em ajuda-los. Ao tocar os corações das pessoas daquela ilha, Paulo e toda tripulação foram providos de suas necessidades (Atos 28:10). Olhe para suas mãos! Sacuda as mãos. O que tens nas mãos? Nada, porque a tempestade arrebatou. Sacuda as mãos esteja pronto para ver o que Deus estará pondo sobre elas. Mais importante que mãos cheias, é ver como Deus pode usar essas mãos vazias e com cicatrizes para curar os enfermos, fazer milagres e abraçar aqueles que necessitam de esperança (Romanos 4:18). É preciso entender que Deus espera que sejamos os mesmos cristãos tanto em momentos de bonança quanto em momentos de aflição! Explique para os alunos que, quando passamos fiéis pela adversidade, Deus transformará o agente da adversidade em agente de honra em nossa vida! Mostre para eles que o texto de Atos 28.10 ilustra bem essa verdade na vida do apóstolo Paulo: “os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e, tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário”.

No momento em que as pessoas viram a víbora agarrada à mão de Paulo, elas tiraram suas próprias conclusões, interpretando de forma errônea aquela situação. Se nesse exato momento Paulo estivesse cônscio de sua missão e firme na fé, os comentários poderiam alterar sua situação. Por que Paulo sacudiu a víbora no fogo? Porque sabia em quem podia confiar. Quando confiamos em Deus e nos mantemos fiéis à sua Palavra, Ele transforma a vergonha em honra e escassez em abundância (Isaías 61:3 /  Atos 28:10). A vontade do inimigo é tirar nossa credibilidade. O seu desejo é nos fazer pensar que Deus nos abandonou e que não existe nada ou ninguém que possa nos ajudar. Façamos como Paulo, lancemos não somente esse pensamento, mas também a própria víbora no fogo. Nada nos acontecerá até que Deus faça conosco o que determinou fazer. O que vai motivar isso é nossa atitude diante de cada nova etapa com a qual nos depararmos. Vamos sacudir as mãos, lançar a víbora no fogo e caminhar com firmeza até a próxima fase de nossas vidas.



Participe da EBD deste domingo, 27/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.

Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento 
Lição 13

Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes