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domingo, 6 de setembro de 2015

A suprema excelência do amor



O apóstolo Paulo, recebeu péssimas notícias relativas a igreja estabelecida na cidade de Corinto. Aparentemente tudo ia bem... O culto era barulhento e cheio da manifestação dos dons espirituais. Aquela, sem dúvida, era a mais carismática congregação de seu tempo. Porém, bastava um rápido olhar crítico para notar que por de traz de tanta espiritualidade, se escondia uma igreja problemática e a beira da falência espiritual. Facções partidárias pulverizavam a unidade da igreja, causando segregações sociais e ideológicas dentro da congregação, pondo em xeque até mesmo a liderança paulina. A mensagem pregada por um, logo era desmentida por outro, e este desatino começou as extrapolar as paredes do templo, já que muitos irmãos estavam levando suas divergências eclesiásticas para os tribunais seculares. No trato com as pessoas, a balança sempre pendia suave para uma classe específica, enquanto outros eram tratados com maior rigor, mesmo em ofensas menos graves.  Paulo então escreve sua mais ácida e verborrágica epístola: Povo invejoso, rancoroso, encrenqueiro e cheio de mágoas...  Eu queria lhes falar com se fala com crentes espirituais, mas infelizmente não posso fazer isso, pois vocês ainda são carnais... Não homens de Deus... Apenas meninos em Cristo (I Coríntios 3: 1-3).

Em cada verso seguinte, Paulo os instrui a serem complacentes uns para com os outros. Explica que a igreja é de Deus e não de homens, mas que todos tem funções especiais dentro dela, já que a mesma é como um corpo composto de vários membros. Ele orienta aos casais para que se amem e se respeitem, ensina que é preferível ser prejudicado do que levar outro irmão ao litígio, que o culto deve ser realizado com decência e ordem e o exercício dos dons precisa ser praticado em obediência e zelo. Após apontar os principais erros daquela igreja e indicar as ações corretivas para cada desvio ali existente, o apostolo apresenta aos corintos, a solução definitiva para todas as mazelas presentes ou futuras... “Eu vou mostrar a vocês um caminho muito mais excelente” (I Coríntios 12:31)


Ainda que se possa falar todos os idiomas da terra e conhecer a linguagem do céu... Ainda que se possua todos os dons e se tenha fé o suficiente para mover montanhas... Se não houver amor, tudo não passa de um sino fazendo barulho... Mesmo que se doe todo o dinheiro para os pobres, ou que ainda a própria vida seja ofertada por alguém... Se não for por amor... Tudo terá sido feito em vão... O amor é bondoso, gentil, paciente, humilde, complacente, abnegado... Ele não busca interesses próprios, não se ofende, não se irrita, não se envaidece, não faz julgamentos e cria intrigas... Na verdade ele tudo crê, tudo espera e tudo suporta, sem jamais se extinguir... Tudo o que valorizamos hoje, amanhã perderá seu valor... O belo se tornará feio... O que está cheio se esvaziará.... As coisas finitas encontraram seu fim... E as imperfeições desapareceram diante da perfeição divina... Neste dia, quando todos se apresentarem diante de Deus e justificativas humanas já não surtirem efeito, quando as mentiras deixarem de existir, quando as partes se tornarem um todo, quando não houverem mais segredos e mistérios a serem revelados, neste dia, apenas três coisas ainda terão significância: Fé... Esperança... Amor... E dos três, o mais excelente é o Amor!

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