Os líderes
religiosos estavam furiosos com Jesus, pois ele havia permitido que seus
discípulos colhessem espigas para se alimentar, mesmo sendo sábado. Quando
tentaram recriminar o Messias, ouviram sua poderosa declaração que “Ele” era o
“Senhor do Sábado” (Lucas 6:1-5). Enquanto caminhava para dentro da cidade,
Jesus manifestava sua misericórdia a todos que se achegavam, despertando ainda
mais a fúria dos fariseus.
Ao entrar na Sinagoga, foi seguido por diversos
religiosos que queriam encontrar algum argumento para condena-lo Ali, no templo,
um homem cujo nome não sabemos, vivia um drama pessoal muito intenso (Mateus
12:9-13). Acometido de uma grave enfermidade degenerativa, ele viu dia a dia
sua mão direita atrofiar. Nesta condição, estaria proibido pela lei de entrar
no templo, para não contaminar a Casa do Senhor.
Porém,
contrariando a sistemática religiosa que lhe era imposta, ele ocultou a mão
enferma sobre as vestes e adentrou a Sinagoga para meditar na Palavra de Deus. Naquele
dia, enquanto meditava nos ensinamentos dos rabis, tentando entender a teoria,
ele viveu a experiência prática de um encontro com aquele do qual os profetas
testificaram.
Imediatamente
os olhos do Mestre descortinaram seu segredo, e então, diante de todos os
presentes, Jesus o chama para o meio da congregação. Olhos maliciosos se
atentam a cena, buscando um argumento para desmerecer as ações do Cristo. Jesus
pede ao homem que estenda a sua mão, a mesma que ele escondia da sociedade. Mas
ali, numa atitude de fé, mesmo correndo o risco de sofrer represálias, o homem
estende sua mão para Jesus, mas ao invés da atrofia, ele sente cada nervo, cada
músculo, cada tendão, cada osso responder prontamente ao seu comando. Jesus
tinha lhe devolvido mais do que os movimentos da mão, Ele restaurou sua
dignidade.
Os fariseus
se retiraram indignados, pois Jesus havia “desrespeitado” o sábado. Saindo
dali, iniciaram seus planos para matar o pregador de Nazaré. Já o homem
agraciado com o milagre só tinha motivos para agradecer.
Certa vez,
um cego que também fora curado num sábado, quando questionado sobre as
motivações de Jesus ao “ confrontar” a lei, replicou com uma resposta
brilhante: - “Só sei que era cego, e agora estou vendo” (João
9:25). O homem cuja mão ressequida foi restaurada por Jesus talvez tenha feito
algo parecido.... Diante das acusações e das indagações dos fariseus, ergueu as
mãos para o céu e depois aplaudiu calorosamente ao Senhor em agradecimento...
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