Material
Didático
Revista Jovens e Adultos
nº 98 - Editora Betel
Casamento e Família - Lição
01
Comentarista: Pr. Valdir Alves de Oliveira
Comentários
Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Texto
Áureo
Isaías 44:3
Porque derramarei água
sobre o sedento, e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a
tua posteridade, e a minha Bênção, sobre os teus descendentes.
Verdade
Aplicada
A família é um fenômeno
social presente em todas as sociedades. Sem família não existe sociedade.
Textos de
Referência
Deuteronômio
6:4-9
Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.
E estas palavras, que
hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas
falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e
levantando-te.
Também as atarás por
sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos.
E as escreverás nos
umbrais de tua casa e nas tuas portas.
A família
no Século XXI
(Cometário Adicional)
O núcleo
familiar especificado nas escrituras é formado por pai, mãe e filhos. A própria
biologia humana aponta para este modelo específico de família, já que a
procriação só acontece na soma “macho / fêmea”, formula que embora já possa ser
manipulada pela ciência hodierna, não pode ser substituída. Ainda no Jardim do Éden, o primeiro casal
recebeu do criador a incumbência de povoar a terra (Gêneses 1:28). Adão, porém,
compreendeu que antes de “multiplicar” era necessário “somar”, e assim que se
desposou de Eva, estabeleceu que o homem deve deixar a casa de seus pais,
unir-se a uma única mulher, e tornar-se uma só carne com ela (Gêneses 2:23-24).
Quando paramentado nos princípios divinos, este “cordão de três dobras” oriundo
da comunhão de um marido, sua esposa e o próprio Deus, é um alicerce sólido e
inquebrável para a construção de uma família, que se perpetra nos filhos,
herança do Senhor. Por longos milênios esta tradição tem se mantido, sendo
responsável pela sobrevivência e evolução da espécie humana no planeta. Afinal,
sem famílias solidificadas, nenhuma civilização subsiste. Este sistema norteia
a moral judaico-cristã por inúmeras gerações, sendo ensinado pelos patriarcas
(Provérbios 5:18), ratificado pelo próprio Cristo (Marcos 10:6-8) e instruído
pelos apóstolos (Efésios 5:31). Estes valores milenares se mantiveram impávidos
ao longo de toda a história, apesar de inúmeras tentativas para compor “famílias”
fora destes princípios, e que sempre resultaram em efeitos colaterais de
grandes proporções. O eterno conflito entre palestinos e judeus que se iniciou
no relacionamento de Abraão com sua serva Hagar, os graves desvios de caráter
nos filhos de Jacó oriundos de uma família multifacetada e a guerra civil
gerada nos haréns do rei Davi, são apenas alguns exemplos cabais de catástrofes
pessoas e seculares resultantes dos “atalhos” criados pelos homens em seus
relacionamentos aquém do estabelecido no Éden.
Mas eis
que o Século XXI chega com muita força, contestando valores antes
inquestionáveis. Uma nova ideologia social que renega a Bíblia e relega as crenças
cristãs ao limbo de um arcaísmo retrogrado. Conceitos como a homo-afetividade,
(que de forma pontual sempre permearam a história) agora emergem em escala
global, ganhando força midiática ao lado de novíssimos elementos sociais, tais
como “identidade de gênero” e “multiplicidade de formações familiares”. No
mundo moderno, a “FAMILIA” nos moldes bíblicos se tornou uma instituição
ultrapassada e que está fadada ao ostracismo. Se amparando nos direitos assegurados a cada
cidadão brasileiro pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil - Lei
10.406/02 (onde é assegurada a dignificação da pessoa humana, resguardando os
direitos sociais e individuais de cada), tem se acentuado o debate entre
políticos, educadores, filósofos e juristas para que haja maior tolerância para
os mais diversificados vínculos familiares. Só no Brasil, já são considerados
pelo menos 10 possíveis modelos de família:
Matrimonial – família constituída a
partir de uma união conjugal oficializada entre homem e mulher
União Estável – família constituída a
partir de uma união duradoura não oficializada entre homem e mulher.
Concubinato – família constituída a partir de
uma união entre homem e mulher para a qual não está autorizada oficialização.
Homoafetiva – família constituída a
partir da união de duas pessoas do mesmo sexo.
Monoparental – famílias onde apenas
um dos pais se mantem atuante junto aos filhos.
Pluriparental – família formada a
partir da união de pessoas que já tenham filhos (famílias agregadas)
Anaparental – família formada fora do
modelo tradicional, onde pessoas convivem juntas formando sociedades.
Eudomonista – união de pessoas com
objetivos em comum, mas que não desejam encaixe nas relações familiares
União Livre – união de pessoas
(hétero ou homossexuais) que buscam relacionamento sem incidências de
obrigações
Uniões Plúrimas – pratica de união
múltipla sob o mesmo teto
A questão
da “Multiplicidade de Formações Familiares” traz em seu bojo uma série de
armadilhas, prontas para minar o modelo familiar bíblico. Por exemplo, no
Congresso Nacional Brasileiro, está hibernando o Projeto de Lei da Câmara
122/2006, que em seu novo texto insere a questão da “IDEOLOGIA DE GÊNERO”, ou a
ideia de que ninguém nasce macho ou fêmea, é que tal descoberta se dará durante
as primeiras fases da vida. Uma “Proposta de Emenda Constitucional” elaborada
por uma comissão da OAB (ordem dos advogados do Brasil), veladamente recomenda
ao Superior Tribunal Federal uma verdadeira ditadura de minorias em prol dos
grupos LGBT. O Estatuto da Diversidade Sexual, propõem 132 alterações em dispositivos
legais que protegem o modelo tradicional familiar. Somando todos os tramites nos
legislativos, a Bancada Evangélica calcula que existam quase 900 projetos de
lei que se aprovados, seriam poderosos golpes contra a família cristã. A Igreja
de Cristo deve ser a salvaguarda da sociedade diante destes ataques maléficos,
e a melhor forma de estar pronto para este inevitável confrontamentos moral e
estar embasada na Palavra de Deus, regra inquestionável de fé e parâmetro para
uma vida de santidade.
Família,
criação de Deus
O século XXI traz o
desafio de um mandamento cultural na contramão do que foi vivido nos séculos passados.
É preciso estar alicerçado em Deus não somente para compreender esse tempo, mas
para viver sob a égide divina (Colossenses 2:8). A família sempre foi o alvo
principal das forças do mal. A Igreja está atenta a esses ataques, pois os tais
não somente desestruturam a fé cristã, como também desintegram a sociedade de
modo geral. A família é um tesouro e como tal, deve ser guardada e preservada
(Mateus 6:21). Segundo a Declaração Nacional dos Direitos Humanos, a família é
o elemento natural, universal e fundamental da sociedade. Sem família não há
sociedade. A degradação da sociedade acontece por causa da deterioração da
família. A Igreja é uma família composta por famílias. Se uma família estiver
edificada, a Igreja também estará. Todavia, se a família for destruída, a
Igreja também será. É nosso dever cuidar das famílias. Se a sociedade se
dissolve, o problema está na ausência de famílias solidificadas em Cristo. As
famílias são o alicerce da sociedade e que família sem princípios resulta
também numa sociedade sem princípios. Quando os valores
divinos predominam em uma casa o destino de seus membros se distinguem dos
demais da sociedade. Uma casa alicerçada em Deus não cairá ao ruído dos ventos
enigmáticos dos falsos ensinamentos e não irá se misturar com o todo do
mundanismo. Os valores cristãos são morais e espirituais; eles conduzem a
família cristã não somente ao topo da comunhão com Deus, mas a uma vida de paz
e sucesso (Lucas 6:47-49).
Deus não uniu o homem e
a mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu
projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido
através das famílias. Adão foi o modelo original, feito à imagem e semelhança
de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria
consigo a mesma essência divina (Gêneses 1:26). Desse modo, os atributos e a
grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo
primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mateus 28:18-20).
O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer
com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos,
violentos e cheios de promiscuidade (João 10:10). Quando as famílias se
formaram segundo a vontade de Deus, elas se tornam fortes, sadias e felizes. A
presença de Deus em um lar não somente eleva os membros da casa a uma vida
repleta de valores, mas influi com esses mesmos valores na sociedade,
contribuindo tanto para seu bem-estar quanto para a propagação do conhecimento
de Deus. Assim, uma família estruturada é uma Igreja ambulante, que prega sem
esboçar palavras. É como o sal que, por onde passa, transforma o sabor (Mateus
5:13).
A sociedade atual vive
uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade
patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. Em
geral, a mulher do século XXI é uma mulher independente, que gera seus próprios
recursos e que, ao lado de seu esposo, soma na renda familiar. Ela já
administra empresas, leciona em faculdades, lidera, pilota aviões e preside
nações. Durante muito tempo, a mulher viveu estigmatizada, censurada e vista
pela sociedade somente como uma ajudadora e procriadora. Esse projeto
igualitário traz a compreensão de ajuda mútua (Eclesiastes 4:9-10). Por outro
lado, os filhos têm sofrido com a ausência dos pais. Com a nova sociedade,
houve uma associação na liderança familiar, onde o marido também contribui no
cuidado dos filhos e nos afazeres domésticos. Por outro lado, os filhos do
casal moderno sofrem pela ausência dos pais que, consumidos pelo trabalho,
fracassam na paternidade sobre os filhos. Eles precisam manter a renda e,
enquanto lutam pela sobrevivência, fracassam como pais. Os estudiosos chegaram
a afirmar que todo o caos do mundo se centraliza na ausência de pais na
sociedade. Ser pai não é um título, é uma função (João 5:26).
Família, um ambiente espiritual
(Comentário Adicional)
Pelo
padrão bíblico, o núcleo de uma família é essencialmente formado por pai,
mãe e filhos. Nesta equação, cabe ao homem o papel de “cabeça da casa”,
exercendo liderança social e espiritual junto aos seus (Efésios 5:23 / I
Coríntios 11:9). Sob ele recai uma tríplice função, que em via de regra, não
pode ser rejeitada, postergada ou abandonada: rei, profeta e sacerdote. Este
ministério tridimensional engloba todas as atribuições designadas pelo criador
ainda no jardim do Éden, bem como os encargos espirituais decorrentes de sua
autoridade paternal (Gêneses 1:27-29; 2:15-25, 3:17-20). Como “rei”, ele deve
dominar com austeridade sobre sua casa, fazendo desta liderança o seu parâmetro
para qualquer outra atividade secular que venha desenvolver (I Timóteo 3:4).
Cabe ao homem arcar com sustento de seu lar, provendo alimento, moradia e
vestuário, bem como alicerçar sua casa em princípios morais e estabelecer
pilares emocionais em sua família. Como “profeta”, cabe ao pai ser um porta-voz
de Deus para sua prole, ensinando os preceitos divinos e zelando pela Lei do
Senhor. Neste aspecto, ele “literalmente” traz Deus para dentro de sua casa,
tanto por meio de suas palavras (ensinamentos), quanto por suas ações
(exemplos). Já no ofício sacerdotal ele faz o caminho inverso, levando sua
família até Deus por meio de orações, súplicas e consagrações diárias.
A mulher
por sua vez e a genitora da vida, portadora da semente divina. Desde os
primeiros dias de gestação, a ligação com o feto, ou melhor, a sintonia com seu
filho já é espetacular. Ainda ali, já aflora um amor que supera a tudo e a
todos. Não importa o frio, a fome, o sono ou a dor, a mãe está integralmente
presente, protegendo, acalentando e abençoando aquele ser indefeso, que ela
defende com unhas e dentes. Esse amor só faz aumentar, nunca cessa e jamais
lhes será tirado. Mas não para por aí... Quando analisamos o texto de
Provérbios 31, nos deparamos como uma série de virtudes inerentes ao
“ministério da edificação”, que no âmbito familiar, deve ser exercido pela
mulher com plenitude de sabedoria. Obviamente, na conjuntura social em que
vivemos, as funções exclusivistas destinadas a “pais” e “mães” estão
intrinsecamente miscigenadas, sendo compartilhadas de forma profícua para a
sustentabilidade da família. Este compartilhamento de responsabilidades, porém,
não altera os valores espirituais dos ministérios familiares que devem ser
preservados com zelo e honestidade, pois Deus jamais pedirá a “Sara” um
sacrifício que cabe somente a “Abraão” e vice-versa. A beleza reside exatamente
no complemento perfeito que reside na união de forças, fator de equilíbrio na
balança da vida. Pais fortes, filhos
fortes. Pais vacilantes, filhos fracos e sem determinação. Alguém já disse
certa vez que o lar é a oficina aonde os filhos são construídos. Lares
abençoados fabricam filhos abençoados.
Muitos
pais colhem lágrimas amargas porque não plantam para o futuro. Querem honrar
cargos, buscam reverência instantânea e esquecem que estamos semeando para a
posteridade. Questionamos publicamente a Deus pelo que não recebemos e com isso
matamos a fé de nossos filhos, pois veem seus pais como figuras murmuradoras e
críticas que estão estacionados na fé, decepcionadas com Deus, com a igreja e
com os irmãos. Seguindo esse exemplo deturpado, eles têm seu caráter moldado num clima
de frieza espiritual. E se ao invés de
murmuração e palavras ofensivas, nossos filhos ouvissem orações de
agradecimentos? E se ao invés de picuinhas e falatórios eles nos vissem lendo a
Bíblia, falando em línguas com lágrimas nos olhos e sendo gratos pelo que
temos. Provérbios 22:6 diz que nossos filhos se lembraram do caminho em
decorrência do ensinamento ministrado pelos pais. Então a questão de grande
relevância é: O que temos ensinado? Nosso lar é o agente formador do caráter e
da estrutura espiritual de nossos filhos.
A família
e os desafios
Prevenção é a única
maneira pela qual evitamos o mal. A vida cristã não é fácil e é ainda mais
complicada porque lutamos contra o que não vemos. Nossos inimigos são
invisíveis e atuam nas áreas de nossas vidas que não estão alicerçadas (Efésios
6:12). Jesus disse que, antes de construir, devemos fazer cálculos da
construção, para que, pondo os alicerces, não deixemos a obra sem terminar e
sejamos escarnecidos (Lucas 14:28-30). Nosso século é o século dos casamentos
precoces, onde meninas se tornam mães antes da maioridade e os jovens casais
vão morar com os pais por falta de planejamento. Temos uma sociedade recheada
de casais imaturos e o resultado dessa ausência de planejamento é um número sem
fim de mães solteiras e filhos em pais. Estes, por falta de alicerces
familiares, repetem os mesmos erros de seus pais em seus relacionamentos e,
assim, a sociedade vai se transformando em um campo de batalha por causa da
ausência dos padrões divinos estabelecidos para o matrimônio (Efésios 5:31). Contrair
um matrimônio sem antes conhecer os padrões estabelecidos por Deus é como
entrar numa guerra sem o auxílio de armas. Não se casa somente por amor ou
porque se tem fé, é preciso planejamento. É por esse motivo que muitos
casamentos não subsistem (Amós 3:3).
A ausência de diálogo
entre pais e filhos é um dos grandes males deste século e o grande vilão é a
falta de tempo. As responsabilidades do lar são parte integrante da vida do
casal e isto inclui a tarefa de instruir os filhos. Infelizmente, em muitos lares,
os filhos são instruídos pela TV, internet, entre outros. É dever dos pais
ensinar (Provérbios 22:6). Deus ordenou aos pais que instruíssem seus filhos,
que dialogassem com eles acerca da Lei (Deuteronômio 6:6-7). A semente do
diálogo deve ser plantada já na infância. Pais e filhos precisam ser amigos e
confiar um no outro. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30),
nos revelou a grandeza do relacionamento entre pais e filhos. Sempre foi comum
à mãe cuidar do aspecto emocional dos filhos, isso porque o pai sempre esteve
ausente, cuidando em prover as necessidades do lar. Por isso, a relação mãe e
criança sempre foram mais intensas. Todavia, com as transformações econômicas,
sociais e de costumes, hoje o pai participa de maneira mais efetiva na formação
da personalidade dos filhos e isso sempre foi padrão divino (Provérbios 22:6).
Nosso maior exemplo de
filho é Jesus Cristo. Ele nos ensinou como um filho se relaciona com um pai,
como respeita seu legado e como deve honrá-lo (Efésios 6:2-3). Por não terem
aprendido a se relacionar com seus pais e nem tampouco a respeitá-los, há
muitos filhos maldizentes em nossa sociedade, que apenas pensam em si mesmos e
não correspondem ao sacrifício feito por seus pais. Quanto aos pais, estes
também devem honrar seus filhos, serem presentes sem suas vidas, dar-lhes amor,
amizade e atenção. Enquanto os filhos devem aprender a honrar seus pais, os
pais devem funcionar como pais, não somente dando ordens, mas sendo amigos
íntimos e exemplos de vida para eles. A honra aos pais é um mandamento. A ausência de honra redunda em infelicidade e vida curta. Quando
olhamos para a sociedade na qual vivemos, observamos que os jovens estão
sofrendo. Muitos estão sem perspectiva do futuro, tornaram-se delinquentes,
mães solteiras. Tudo porque desejaram ser insubordinados e sem afetos por seus
pais (Efésios 6:2-3). A vida está ligada à honra e honrar é
reconhecer aquilo que a pessoa é por si mesma, ou que por mérito conquistou (Romanos
12:10; 13:7).
A família
e a Igreja
A relação família e
Igreja é fundamental para a existência de ambas. Enquanto os ditames do mundo
bombardeiam as famílias moral e espiritualmente, a Igreja é a única instituição
onde a família cristã pode refugiar-se e sobreviver aos ataques do maligno (Mateus
16:18b). Deus nos ensinou que só existe uma coisa que conduz Seu povo à
perdição: a falta de conhecimento (Oseias 4:6). A Escola Bíblica Dominical é
uma porta aberta para o ensino cristão. É um instrumento de crescimento
espiritual para as famílias. Tanto a família quanto a EBD possuem o mesmo alvo:
formar cristãos maduros e produtivos, que honram a Deus e o servem. Assim como
os pais tem como obrigação instruir seus filhos no caminho do Senhor, a EBD age
da mesma maneira com os filhos espirituais da Igreja. O privilégio de fazer
parte da Escola Bíblica Dominical (EBD). Diga para eles que a cada trimestre
temos uma oportunidade única de estudar a Palavra de Deus, aplicando-a a vida
pessoal e com uma mensagem adequada a cada faixa etária. A Escola Dominical é
um instrumento de crescimento espiritual para toda a família. Nela, nossos
filhos são corroborados em princípios cristãos e instruídos em caráter. e comprometidos a estudarem a Bíblia. Nosso prazer em meditar na Lei do
Senhor de dia e de noite nos torna bem-aventurados (Salmo 1:2). Todos os dias o nosso Eterno Deus se revela de modo mais intenso (Oseias 6:3).
Quando um lar cristão
abre as portas para a Palavra, abre tanto para a felicidade quanto para a
felicidade quanto para o êxito. Cultuara Deus no lar nada mais é que cumprir
uma ordenança divina (Deuteronômio 6:6-9; Provérbios 1:7-9; 6.20). Quando nos
esforçamos em conduzir nossos filhos e família a um relacionamento pessoal com
Deus através do ensino da Palavra, estamos não somente preparando-os para a
salvação, mas conduzindo-os a uma vida saudável e sem contaminação. A igreja
tanto é uma extensão de nossa casa, quanto nossa casa deve ser uma extensão da
igreja. Tudo começa no lar e não existirá igreja forte se as famílias estiverem
fracas. É preciso pensar um pouco mais sobre a relevância do culto doméstico e
o seu reflexo tanto na família quanto na igreja. Faz-se necessário retorno à
leitura das Sagradas Escrituras.
O que conduz qualquer
família ao desmoronamento é a ausência de Deus. A presença de Deus torna um lar
agradável e pacífico. Numa casa onde há tempo para se buscar a Deus e adorá-lo
a atmosfera é agradável e santa. A Bíblia nos ensina que se o Senhor não
edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Salmo 127:1). O senhor
bate a nossa porta e devemos abrir para que ele entre, sente à nossa mesa e
ceie conosco (Apocalipse 3:20). Quanto mais íntimos de Deus, mais afastados
seremos do mundo. Segundo o escritor George Ladd, uma refeição em conjunto
tinha muito mais significado no antigo mundo judaico do que tem hoje em dia.
Era um símbolo de afeição, confiança e intimidade. Os fariseus criticavam Jesus
não só por se reunir com publicanos e pecadores, mas por comer com eles (Lucas
15:2). Dessa maneira, o texto de Apocalipse 3.20 contém uma promessa de
comunhão a mais íntima possível. Infelizmente, o culto da igreja em Laodicéia
era uma fraude vazia. Não podemos nos tornar íntimos de Deus apenas vindo aos
cultos. É necessário ter uma vida diária de oração e leitura. Deus relaciona
conosco e se aproxima de nós quando desejamos estar com Ele (Tiago 4:8).
Escola Bíblica Dominical
A palavra
“EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”. Porém, mais
do que trazer alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente dos céus
traz para a vida do ser humano uma verdadeira “transformação”. Esse é um processo longo e contínuo que só será completado quando o
nosso corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, no exato momento que
encontrarmos o Senhor nos ares. Mas até lá, cabe a cada um se entregar
sem reservas a esta “transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo
tem o poder de efetuar. O problema de grande parte da cristandade é exatamente
viver um Evangelho superficial, onde muito se fala, mas pouco se vive. Jesus
está presente nas falas, mas omitido nas ações. É muito sermão e pouca
experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer promover mudanças, mas
muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas medíocres e acomodadas em
sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma transformação verdadeira. Este tipo de desenvolvimento só é possível se pautado ponto a ponto no
manual de instrução que verbaliza o passo a passo de uma vida cristocêntrica: A
Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de como cada cristão
precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como rejeitar o próprio Cristo, e
“abandonar” as escrituras em um canto da estante é “exilar” Jesus no limbo de
nosso coração.
A decisão
de viver o Evangelho é pessoal e intransferível, mas deve ser influenciada
dentro do lar. Atividade cristãs em família (leitura bíblica, devocionais,
louvores, orações e cultos domésticos) são ferramentas poderosas na educação
espiritual dos filhos e nenhuma outra instituição será capaz de aplica-las de
forma mais efetiva. Porém, a família não deve se esquecer que também é “Corpo
de Cristo”, e por isso, o desejo de congregar em comunidade e o comprometimento
em tomar parte nas atividades eclesiásticas precisam ser implantados nas
crianças desde a mais tenra idade. A porta de entrada obrigatória é, sem
dúvidas, a Escola Bíblica Dominical. Por ser atemporal, a EBD é crucial para a
formação do caráter cristão numa escala congregacional, pois uma de suas
maiores virtudes é exatamente o potencial de acompanhar o indivíduo ao longo de
uma vida. E EBD já nasceu com a
capacidade de proporcionar verdadeiras transformações. A Igreja de Cristo
sempre prezou pelo ensinamento das escrituras, mas a EBD no formato que
conhecemos hoje nasceu apenas em 1780 na cidade de Gloucester (Inglaterra).
Após a
Revolução Industrial, muitas famílias deixaram as áreas rurais e migraram para
as cidades. Este êxodo rural expôs a grande desigualdade social dos ingleses,
contrastando a riqueza de poucos com a pobreza de muitos. Como resultado, a
criminalidade alcançou índices elevados. Toda semana, cerca de 100 criminosos
eram levados a julgamentos no tribunal da cidade de Gloucester. Um jornalista
chamado Robert Raikes percebeu que nas manhãs de domingos, a ação dos
criminosos era mais intensa. Crianças e jovens que trabalhavam nas fábricas
durante toda a semana, aproveitavam o domingo para extravasar suas frustrações externadas
em violência contra os cidadãos de bem. Raikes então, passou a dar aulas
bíblicas dominicais, afim de ocupar aquelas crianças com uma atividade que comovesse
suas almas. Com a ajuda de algumas irmãs caridosas daquela comunidade, em
apenas três anos, Raikes já havia fundado sete escolas, e testemunhava em seu
jornal sobre as transformações ocorridas na vida de seus alunos. O efeito das
Escolas Bíblicas Dominicais foi tão impactante, que doze anos depois, o
tribunal de Gloucester estava vazio, pois não havia um único criminoso na
cidade. Em decorrência deste verdadeiro milagre, diversas comunidades
eclesiásticas passaram a ministrar estudos bíblicos dominicais. Com o tempo as
classes foram se adequando a cada faixa etária, dando origem a mais democrática
escola do mundo. Se a EBD pode mudar uma cidade caótica para um cenário de paz,
imagina o que ela poderá fazer por sua família que já é uma benção!
Conclusão
Nosso Deus é um Deus
pessoal. Ele é um Deus de relacionamentos. O Pai da Eternidade é um pai
extremamente amoroso. Ele deseja ser íntimo de todos os filhos gerados à Sua
imagem e semelhança (Gêneses 1:26).
Casamento e família são
os maiores patrimônios que a sociedade tem. Salvar o nosso casamento e a nossa
família é algo que não tem preço. O tema é bastante salutar e propício para os
dias de hoje, pois o casamento e a família são bombardeados o tempo todo. A
Igreja do Senhor Jesus não pode abrir a guarda e se conformar com a concepção
deste mundo tenebroso, onde o errado está passando a ser certo. Participe neste
domingo, 03 de janeiro de 2016, da Escola Bíblica Dominical, e aprenda também
a proteger sua família doa ataques incessantes de Satanás.
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