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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

EBD - O cristão e a família do século XXI



Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 98 - Editora Betel
Casamento e Família - Lição 01
Comentarista: Pr. Valdir Alves de Oliveira

Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes


Texto Áureo
Isaías 44:3
Porque derramarei água sobre o sedento, e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha Bênção, sobre os teus descendentes.

Verdade Aplicada
A família é um fenômeno social presente em todas as sociedades. Sem família não existe sociedade.

Textos de Referência
Deuteronômio 6:4-9

Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.
E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos.
E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.


A família no Século XXI
(Cometário Adicional)

O núcleo familiar especificado nas escrituras é formado por pai, mãe e filhos. A própria biologia humana aponta para este modelo específico de família, já que a procriação só acontece na soma “macho / fêmea”, formula que embora já possa ser manipulada pela ciência hodierna, não pode ser substituída.  Ainda no Jardim do Éden, o primeiro casal recebeu do criador a incumbência de povoar a terra (Gêneses 1:28). Adão, porém, compreendeu que antes de “multiplicar” era necessário “somar”, e assim que se desposou de Eva, estabeleceu que o homem deve deixar a casa de seus pais, unir-se a uma única mulher, e tornar-se uma só carne com ela (Gêneses 2:23-24). Quando paramentado nos princípios divinos, este “cordão de três dobras” oriundo da comunhão de um marido, sua esposa e o próprio Deus, é um alicerce sólido e inquebrável para a construção de uma família, que se perpetra nos filhos, herança do Senhor. Por longos milênios esta tradição tem se mantido, sendo responsável pela sobrevivência e evolução da espécie humana no planeta. Afinal, sem famílias solidificadas, nenhuma civilização subsiste. Este sistema norteia a moral judaico-cristã por inúmeras gerações, sendo ensinado pelos patriarcas (Provérbios 5:18), ratificado pelo próprio Cristo (Marcos 10:6-8) e instruído pelos apóstolos (Efésios 5:31). Estes valores milenares se mantiveram impávidos ao longo de toda a história, apesar de inúmeras tentativas para compor “famílias” fora destes princípios, e que sempre resultaram em efeitos colaterais de grandes proporções. O eterno conflito entre palestinos e judeus que se iniciou no relacionamento de Abraão com sua serva Hagar, os graves desvios de caráter nos filhos de Jacó oriundos de uma família multifacetada e a guerra civil gerada nos haréns do rei Davi, são apenas alguns exemplos cabais de catástrofes pessoas e seculares resultantes dos “atalhos” criados pelos homens em seus relacionamentos aquém do estabelecido no Éden.

Mas eis que o Século XXI chega com muita força, contestando valores antes inquestionáveis. Uma nova ideologia social que renega a Bíblia e relega as crenças cristãs ao limbo de um arcaísmo retrogrado. Conceitos como a homo-afetividade, (que de forma pontual sempre permearam a história) agora emergem em escala global, ganhando força midiática ao lado de novíssimos elementos sociais, tais como “identidade de gênero” e “multiplicidade de formações familiares”. No mundo moderno, a “FAMILIA” nos moldes bíblicos se tornou uma instituição ultrapassada e que está fadada ao ostracismo.  Se amparando nos direitos assegurados a cada cidadão brasileiro pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil - Lei 10.406/02 (onde é assegurada a dignificação da pessoa humana, resguardando os direitos sociais e individuais de cada), tem se acentuado o debate entre políticos, educadores, filósofos e juristas para que haja maior tolerância para os mais diversificados vínculos familiares. Só no Brasil, já são considerados pelo menos 10 possíveis modelos de família:

Matrimonial – família constituída a partir de uma união conjugal oficializada entre homem e mulher

União Estável – família constituída a partir de uma união duradoura não oficializada entre homem e mulher.

Concubinato – família constituída a partir de uma união entre homem e mulher para a qual não está autorizada oficialização.

Homoafetiva – família constituída a partir da união de duas pessoas do mesmo sexo.

Monoparental – famílias onde apenas um dos pais se mantem atuante junto aos filhos.

Pluriparental – família formada a partir da união de pessoas que já tenham filhos (famílias agregadas)

Anaparental – família formada fora do modelo tradicional, onde pessoas convivem juntas formando sociedades.

Eudomonista – união de pessoas com objetivos em comum, mas que não desejam encaixe nas relações familiares

União Livre – união de pessoas (hétero ou homossexuais) que buscam relacionamento sem incidências de obrigações

Uniões Plúrimas – pratica de união múltipla sob o mesmo teto

A questão da “Multiplicidade de Formações Familiares” traz em seu bojo uma série de armadilhas, prontas para minar o modelo familiar bíblico. Por exemplo, no Congresso Nacional Brasileiro, está hibernando o Projeto de Lei da Câmara 122/2006, que em seu novo texto insere a questão da “IDEOLOGIA DE GÊNERO”, ou a ideia de que ninguém nasce macho ou fêmea, é que tal descoberta se dará durante as primeiras fases da vida. Uma “Proposta de Emenda Constitucional” elaborada por uma comissão da OAB (ordem dos advogados do Brasil), veladamente recomenda ao Superior Tribunal Federal uma verdadeira ditadura de minorias em prol dos grupos LGBT. O Estatuto da Diversidade Sexual, propõem 132 alterações em dispositivos legais que protegem o modelo tradicional familiar. Somando todos os tramites nos legislativos, a Bancada Evangélica calcula que existam quase 900 projetos de lei que se aprovados, seriam poderosos golpes contra a família cristã. A Igreja de Cristo deve ser a salvaguarda da sociedade diante destes ataques maléficos, e a melhor forma de estar pronto para este inevitável confrontamentos moral e estar embasada na Palavra de Deus, regra inquestionável de fé e parâmetro para uma vida de santidade.


Família, criação de Deus

O século XXI traz o desafio de um mandamento cultural na contramão do que foi vivido nos séculos passados. É preciso estar alicerçado em Deus não somente para compreender esse tempo, mas para viver sob a égide divina (Colossenses 2:8). A família sempre foi o alvo principal das forças do mal. A Igreja está atenta a esses ataques, pois os tais não somente desestruturam a fé cristã, como também desintegram a sociedade de modo geral. A família é um tesouro e como tal, deve ser guardada e preservada (Mateus 6:21). Segundo a Declaração Nacional dos Direitos Humanos, a família é o elemento natural, universal e fundamental da sociedade. Sem família não há sociedade. A degradação da sociedade acontece por causa da deterioração da família. A Igreja é uma família composta por famílias. Se uma família estiver edificada, a Igreja também estará. Todavia, se a família for destruída, a Igreja também será. É nosso dever cuidar das famílias. Se a sociedade se dissolve, o problema está na ausência de famílias solidificadas em Cristo. As famílias são o alicerce da sociedade e que família sem princípios resulta também numa sociedade sem princípios. Quando os valores divinos predominam em uma casa o destino de seus membros se distinguem dos demais da sociedade. Uma casa alicerçada em Deus não cairá ao ruído dos ventos enigmáticos dos falsos ensinamentos e não irá se misturar com o todo do mundanismo. Os valores cristãos são morais e espirituais; eles conduzem a família cristã não somente ao topo da comunhão com Deus, mas a uma vida de paz e sucesso (Lucas 6:47-49).

Deus não uniu o homem e a mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido através das famílias. Adão foi o modelo original, feito à imagem e semelhança de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria consigo a mesma essência divina (Gêneses 1:26). Desse modo, os atributos e a grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mateus 28:18-20). O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos, violentos e cheios de promiscuidade (João 10:10). Quando as famílias se formaram segundo a vontade de Deus, elas se tornam fortes, sadias e felizes. A presença de Deus em um lar não somente eleva os membros da casa a uma vida repleta de valores, mas influi com esses mesmos valores na sociedade, contribuindo tanto para seu bem-estar quanto para a propagação do conhecimento de Deus. Assim, uma família estruturada é uma Igreja ambulante, que prega sem esboçar palavras. É como o sal que, por onde passa, transforma o sabor (Mateus 5:13).

A sociedade atual vive uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. Em geral, a mulher do século XXI é uma mulher independente, que gera seus próprios recursos e que, ao lado de seu esposo, soma na renda familiar. Ela já administra empresas, leciona em faculdades, lidera, pilota aviões e preside nações. Durante muito tempo, a mulher viveu estigmatizada, censurada e vista pela sociedade somente como uma ajudadora e procriadora. Esse projeto igualitário traz a compreensão de ajuda mútua (Eclesiastes 4:9-10). Por outro lado, os filhos têm sofrido com a ausência dos pais. Com a nova sociedade, houve uma associação na liderança familiar, onde o marido também contribui no cuidado dos filhos e nos afazeres domésticos. Por outro lado, os filhos do casal moderno sofrem pela ausência dos pais que, consumidos pelo trabalho, fracassam na paternidade sobre os filhos. Eles precisam manter a renda e, enquanto lutam pela sobrevivência, fracassam como pais. Os estudiosos chegaram a afirmar que todo o caos do mundo se centraliza na ausência de pais na sociedade. Ser pai não é um título, é uma função (João 5:26).


Família, um ambiente espiritual
(Comentário Adicional)

Pelo padrão bíblico, o núcleo de uma família é essencialmente formado por pai, mãe e filhos. Nesta equação, cabe ao homem o papel de “cabeça da casa”, exercendo liderança social e espiritual junto aos seus (Efésios 5:23 / I Coríntios 11:9). Sob ele recai uma tríplice função, que em via de regra, não pode ser rejeitada, postergada ou abandonada: rei, profeta e sacerdote. Este ministério tridimensional engloba todas as atribuições designadas pelo criador ainda no jardim do Éden, bem como os encargos espirituais decorrentes de sua autoridade paternal (Gêneses 1:27-29; 2:15-25, 3:17-20). Como “rei”, ele deve dominar com austeridade sobre sua casa, fazendo desta liderança o seu parâmetro para qualquer outra atividade secular que venha desenvolver (I Timóteo 3:4). Cabe ao homem arcar com sustento de seu lar, provendo alimento, moradia e vestuário, bem como alicerçar sua casa em princípios morais e estabelecer pilares emocionais em sua família. Como “profeta”, cabe ao pai ser um porta-voz de Deus para sua prole, ensinando os preceitos divinos e zelando pela Lei do Senhor. Neste aspecto, ele “literalmente” traz Deus para dentro de sua casa, tanto por meio de suas palavras (ensinamentos), quanto por suas ações (exemplos). Já no ofício sacerdotal ele faz o caminho inverso, levando sua família até Deus por meio de orações, súplicas e consagrações diárias.

A mulher por sua vez e a genitora da vida, portadora da semente divina. Desde os primeiros dias de gestação, a ligação com o feto, ou melhor, a sintonia com seu filho já é espetacular. Ainda ali, já aflora um amor que supera a tudo e a todos. Não importa o frio, a fome, o sono ou a dor, a mãe está integralmente presente, protegendo, acalentando e abençoando aquele ser indefeso, que ela defende com unhas e dentes. Esse amor só faz aumentar, nunca cessa e jamais lhes será tirado. Mas não para por aí... Quando analisamos o texto de Provérbios 31, nos deparamos como uma série de virtudes inerentes ao “ministério da edificação”, que no âmbito familiar, deve ser exercido pela mulher com plenitude de sabedoria. Obviamente, na conjuntura social em que vivemos, as funções exclusivistas destinadas a “pais” e “mães” estão intrinsecamente miscigenadas, sendo compartilhadas de forma profícua para a sustentabilidade da família. Este compartilhamento de responsabilidades, porém, não altera os valores espirituais dos ministérios familiares que devem ser preservados com zelo e honestidade, pois Deus jamais pedirá a “Sara” um sacrifício que cabe somente a “Abraão” e vice-versa. A beleza reside exatamente no complemento perfeito que reside na união de forças, fator de equilíbrio na balança da vida.  Pais fortes, filhos fortes. Pais vacilantes, filhos fracos e sem determinação. Alguém já disse certa vez que o lar é a oficina aonde os filhos são construídos. Lares abençoados fabricam filhos abençoados.

Muitos pais colhem lágrimas amargas porque não plantam para o futuro. Querem honrar cargos, buscam reverência instantânea e esquecem que estamos semeando para a posteridade. Questionamos publicamente a Deus pelo que não recebemos e com isso matamos a fé de nossos filhos, pois veem seus pais como figuras murmuradoras e críticas que estão estacionados na fé, decepcionadas com Deus, com a igreja e com os irmãos. Seguindo esse exemplo deturpado, eles têm seu caráter moldado num clima de frieza espiritual.  E se ao invés de murmuração e palavras ofensivas, nossos filhos ouvissem orações de agradecimentos? E se ao invés de picuinhas e falatórios eles nos vissem lendo a Bíblia, falando em línguas com lágrimas nos olhos e sendo gratos pelo que temos. Provérbios 22:6 diz que nossos filhos se lembraram do caminho em decorrência do ensinamento ministrado pelos pais. Então a questão de grande relevância é: O que temos ensinado? Nosso lar é o agente formador do caráter e da estrutura espiritual de nossos filhos.


A família e os desafios

Prevenção é a única maneira pela qual evitamos o mal. A vida cristã não é fácil e é ainda mais complicada porque lutamos contra o que não vemos. Nossos inimigos são invisíveis e atuam nas áreas de nossas vidas que não estão alicerçadas (Efésios 6:12). Jesus disse que, antes de construir, devemos fazer cálculos da construção, para que, pondo os alicerces, não deixemos a obra sem terminar e sejamos escarnecidos (Lucas 14:28-30). Nosso século é o século dos casamentos precoces, onde meninas se tornam mães antes da maioridade e os jovens casais vão morar com os pais por falta de planejamento. Temos uma sociedade recheada de casais imaturos e o resultado dessa ausência de planejamento é um número sem fim de mães solteiras e filhos em pais. Estes, por falta de alicerces familiares, repetem os mesmos erros de seus pais em seus relacionamentos e, assim, a sociedade vai se transformando em um campo de batalha por causa da ausência dos padrões divinos estabelecidos para o matrimônio (Efésios 5:31). Contrair um matrimônio sem antes conhecer os padrões estabelecidos por Deus é como entrar numa guerra sem o auxílio de armas. Não se casa somente por amor ou porque se tem fé, é preciso planejamento. É por esse motivo que muitos casamentos não subsistem (Amós 3:3).

A ausência de diálogo entre pais e filhos é um dos grandes males deste século e o grande vilão é a falta de tempo. As responsabilidades do lar são parte integrante da vida do casal e isto inclui a tarefa de instruir os filhos. Infelizmente, em muitos lares, os filhos são instruídos pela TV, internet, entre outros. É dever dos pais ensinar (Provérbios 22:6). Deus ordenou aos pais que instruíssem seus filhos, que dialogassem com eles acerca da Lei (Deuteronômio 6:6-7). A semente do diálogo deve ser plantada já na infância. Pais e filhos precisam ser amigos e confiar um no outro. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), nos revelou a grandeza do relacionamento entre pais e filhos. Sempre foi comum à mãe cuidar do aspecto emocional dos filhos, isso porque o pai sempre esteve ausente, cuidando em prover as necessidades do lar. Por isso, a relação mãe e criança sempre foram mais intensas. Todavia, com as transformações econômicas, sociais e de costumes, hoje o pai participa de maneira mais efetiva na formação da personalidade dos filhos e isso sempre foi padrão divino (Provérbios 22:6). 

Nosso maior exemplo de filho é Jesus Cristo. Ele nos ensinou como um filho se relaciona com um pai, como respeita seu legado e como deve honrá-lo (Efésios 6:2-3). Por não terem aprendido a se relacionar com seus pais e nem tampouco a respeitá-los, há muitos filhos maldizentes em nossa sociedade, que apenas pensam em si mesmos e não correspondem ao sacrifício feito por seus pais. Quanto aos pais, estes também devem honrar seus filhos, serem presentes sem suas vidas, dar-lhes amor, amizade e atenção. Enquanto os filhos devem aprender a honrar seus pais, os pais devem funcionar como pais, não somente dando ordens, mas sendo amigos íntimos e exemplos de vida para eles. A honra aos pais é um mandamento. A ausência de honra redunda em infelicidade e vida curta. Quando olhamos para a sociedade na qual vivemos, observamos que os jovens estão sofrendo. Muitos estão sem perspectiva do futuro, tornaram-se delinquentes, mães solteiras. Tudo porque desejaram ser insubordinados e sem afetos por seus pais (Efésios 6:2-3). A vida está ligada à honra e honrar é reconhecer aquilo que a pessoa é por si mesma, ou que por mérito conquistou (Romanos 12:10; 13:7).


A família e a Igreja

A relação família e Igreja é fundamental para a existência de ambas. Enquanto os ditames do mundo bombardeiam as famílias moral e espiritualmente, a Igreja é a única instituição onde a família cristã pode refugiar-se e sobreviver aos ataques do maligno (Mateus 16:18b). Deus nos ensinou que só existe uma coisa que conduz Seu povo à perdição: a falta de conhecimento (Oseias 4:6). A Escola Bíblica Dominical é uma porta aberta para o ensino cristão. É um instrumento de crescimento espiritual para as famílias. Tanto a família quanto a EBD possuem o mesmo alvo: formar cristãos maduros e produtivos, que honram a Deus e o servem. Assim como os pais tem como obrigação instruir seus filhos no caminho do Senhor, a EBD age da mesma maneira com os filhos espirituais da Igreja. O privilégio de fazer parte da Escola Bíblica Dominical (EBD). Diga para eles que a cada trimestre temos uma oportunidade única de estudar a Palavra de Deus, aplicando-a a vida pessoal e com uma mensagem adequada a cada faixa etária. A Escola Dominical é um instrumento de crescimento espiritual para toda a família. Nela, nossos filhos são corroborados em princípios cristãos e instruídos em caráter. e comprometidos a  estudarem a Bíblia. Nosso prazer em meditar na Lei do Senhor de dia e de noite nos torna bem-aventurados (Salmo 1:2). Todos os dias o nosso Eterno Deus se revela de modo mais intenso (Oseias 6:3).

Quando um lar cristão abre as portas para a Palavra, abre tanto para a felicidade quanto para a felicidade quanto para o êxito. Cultuara Deus no lar nada mais é que cumprir uma ordenança divina (Deuteronômio 6:6-9; Provérbios 1:7-9; 6.20). Quando nos esforçamos em conduzir nossos filhos e família a um relacionamento pessoal com Deus através do ensino da Palavra, estamos não somente preparando-os para a salvação, mas conduzindo-os a uma vida saudável e sem contaminação. A igreja tanto é uma extensão de nossa casa, quanto nossa casa deve ser uma extensão da igreja. Tudo começa no lar e não existirá igreja forte se as famílias estiverem fracas. É preciso pensar um pouco mais sobre a relevância do culto doméstico e o seu reflexo tanto na família quanto na igreja. Faz-se necessário retorno à leitura das Sagradas Escrituras.

O que conduz qualquer família ao desmoronamento é a ausência de Deus. A presença de Deus torna um lar agradável e pacífico. Numa casa onde há tempo para se buscar a Deus e adorá-lo a atmosfera é agradável e santa. A Bíblia nos ensina que se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Salmo 127:1). O senhor bate a nossa porta e devemos abrir para que ele entre, sente à nossa mesa e ceie conosco (Apocalipse 3:20). Quanto mais íntimos de Deus, mais afastados seremos do mundo. Segundo o escritor George Ladd, uma refeição em conjunto tinha muito mais significado no antigo mundo judaico do que tem hoje em dia. Era um símbolo de afeição, confiança e intimidade. Os fariseus criticavam Jesus não só por se reunir com publicanos e pecadores, mas por comer com eles (Lucas 15:2). Dessa maneira, o texto de Apocalipse 3.20 contém uma promessa de comunhão a mais íntima possível. Infelizmente, o culto da igreja em Laodicéia era uma fraude vazia. Não podemos nos tornar íntimos de Deus apenas vindo aos cultos. É necessário ter uma vida diária de oração e leitura. Deus relaciona conosco e se aproxima de nós quando desejamos estar com Ele (Tiago 4:8).


Escola Bíblica Dominical

A palavra “EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”. Porém, mais do que trazer alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente dos céus traz para a vida do ser humano uma verdadeira “transformação”. Esse é um processo longo e contínuo que só será completado quando o nosso corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, no exato momento que encontrarmos o Senhor nos ares.  Mas até lá, cabe a cada um se entregar sem reservas a esta “transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo tem o poder de efetuar. O problema de grande parte da cristandade é exatamente viver um Evangelho superficial, onde muito se fala, mas pouco se vive. Jesus está presente nas falas, mas omitido nas ações. É muito sermão e pouca experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer promover mudanças, mas muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas medíocres e acomodadas em sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma transformação verdadeira. Este tipo de desenvolvimento só é possível se pautado ponto a ponto no manual de instrução que verbaliza o passo a passo de uma vida cristocêntrica: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de como cada cristão precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como rejeitar o próprio Cristo, e “abandonar” as escrituras em um canto da estante é “exilar” Jesus no limbo de nosso coração. 

A decisão de viver o Evangelho é pessoal e intransferível, mas deve ser influenciada dentro do lar. Atividade cristãs em família (leitura bíblica, devocionais, louvores, orações e cultos domésticos) são ferramentas poderosas na educação espiritual dos filhos e nenhuma outra instituição será capaz de aplica-las de forma mais efetiva. Porém, a família não deve se esquecer que também é “Corpo de Cristo”, e por isso, o desejo de congregar em comunidade e o comprometimento em tomar parte nas atividades eclesiásticas precisam ser implantados nas crianças desde a mais tenra idade. A porta de entrada obrigatória é, sem dúvidas, a Escola Bíblica Dominical. Por ser atemporal, a EBD é crucial para a formação do caráter cristão numa escala congregacional, pois uma de suas maiores virtudes é exatamente o potencial de acompanhar o indivíduo ao longo de uma vida.  E EBD já nasceu com a capacidade de proporcionar verdadeiras transformações. A Igreja de Cristo sempre prezou pelo ensinamento das escrituras, mas a EBD no formato que conhecemos hoje nasceu apenas em 1780 na cidade de Gloucester (Inglaterra).

Após a Revolução Industrial, muitas famílias deixaram as áreas rurais e migraram para as cidades. Este êxodo rural expôs a grande desigualdade social dos ingleses, contrastando a riqueza de poucos com a pobreza de muitos. Como resultado, a criminalidade alcançou índices elevados. Toda semana, cerca de 100 criminosos eram levados a julgamentos no tribunal da cidade de Gloucester. Um jornalista chamado Robert Raikes percebeu que nas manhãs de domingos, a ação dos criminosos era mais intensa. Crianças e jovens que trabalhavam nas fábricas durante toda a semana, aproveitavam o domingo para extravasar suas frustrações externadas em violência contra os cidadãos de bem. Raikes então, passou a dar aulas bíblicas dominicais, afim de ocupar aquelas crianças com uma atividade que comovesse suas almas. Com a ajuda de algumas irmãs caridosas daquela comunidade, em apenas três anos, Raikes já havia fundado sete escolas, e testemunhava em seu jornal sobre as transformações ocorridas na vida de seus alunos. O efeito das Escolas Bíblicas Dominicais foi tão impactante, que doze anos depois, o tribunal de Gloucester estava vazio, pois não havia um único criminoso na cidade. Em decorrência deste verdadeiro milagre, diversas comunidades eclesiásticas passaram a ministrar estudos bíblicos dominicais. Com o tempo as classes foram se adequando a cada faixa etária, dando origem a mais democrática escola do mundo. Se a EBD pode mudar uma cidade caótica para um cenário de paz, imagina o que ela poderá fazer por sua família que já é uma benção!

Conclusão

Nosso Deus é um Deus pessoal. Ele é um Deus de relacionamentos. O Pai da Eternidade é um pai extremamente amoroso. Ele deseja ser íntimo de todos os filhos gerados à Sua imagem e semelhança (Gêneses 1:26).




Casamento e família são os maiores patrimônios que a sociedade tem. Salvar o nosso casamento e a nossa família é algo que não tem preço. O tema é bastante salutar e propício para os dias de hoje, pois o casamento e a família são bombardeados o tempo todo. A Igreja do Senhor Jesus não pode abrir a guarda e se conformar com a concepção deste mundo tenebroso, onde o errado está passando a ser certo. Participe neste domingo, 03 de janeiro de 2016,  da Escola Bíblica Dominical, e aprenda também a proteger sua família doa ataques incessantes de Satanás. 




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