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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Por que Deus se manteve em silêncio por 400 anos?



O último registro histórico do Velho Testamento é a morte de Esdras. A partir deste momento o Cânon Sagrado faz uma pausa de quatro séculos, ciclo de tempo conhecido como “Período Intertestamentário” ou “Anos de Silêncio”. Ao longo de quatrocentos anos, o Criador se manteve calado, e nenhuma palavra profética foi manifestada. Deus esteve em silêncio por um longo tempo, mas nunca se omitiu. Sua mão se continuou ativa no curso dos acontecimentos, preparando o mundo para o maior de todos os eventos, a chegada do Emanuel.

Dia após dia, cumpriram se a risca as visões do profeta Daniel, e o povo judeu sentia se aproximar a chegada do “Salvador” prometido. Sob o domínio Medo-Persa, os israelitas tiveram liberdade de culto assegurada e puderam retornar para casa após setenta anos de exílio. Também foi dado aos repatriados as condições necessárias para a reconstrução do templo, dos muros e das cidades, e com isso a “promessa” estava em casa, afinal, o Messias deveria nascer em Belém, na região da Galileia (Isaías 9:1-6 / Miquéias 7:5).

Em 333 AC, Alexandre derrotou o rei Dario, e a Grécia ascendeu ao posto de maior nação da terra, subjugando inclusive, os judeus. Discípulo de Aristóteles, instruído em filosofia e política grega, Alexandre – O Grande, exigiu que a cultura grega fosse promovida por todo território por ele conquistado, cerca de ¼ do mundo até então conhecido. Assim, diversas nações aderiram o idioma grego como segunda língua oficial, e pela primeira vez os livros do Velho Testamento foram traduzidos do hebraico, dando origem a “Septuaginta”.

Embora fosse um fervoroso disseminador da cultura grega, Alexandre não interferiu na religiosidade judaica, o que assegurou plena liberdade de culto aos israelitas. Passada apenas uma década, o imperador grego faleceu, e seu reino foi dividido entre seus quatro principais generais. Em decorrência de sua posição geográfica, a Judeia ficou à mercê de interesses políticos, primeiro sendo subjugada por Antígono, depois por Ptolomeu I e Ptolomeu II, até cair nas mãos dos selêucidas. Esta foi uma época de grande dor aos israelitas, já que o imperador Antíoco Epifânio, invadiu Jerusalém assassinado muitos judeus. Ele saqueou o templo, e profanou o santuário oferecendo um animal imundo como holocausto. Os direitos civis e a liberdade religiosa dos judeus foram suspensos, os sacrifícios diários foram proibidos e um altar ao deus Júpiter foi erigido. A opressão sofrida gerou nos judeus um clamor nacional por um libertador, exteriorizada na revolta dos macabeus, que liderada por Judas, terminou com a reconquista de Jerusalém no ano 164 AC.

A Judéia seria mais uma vez conquistada por uma nação estrangeira em 63 AC, quando Pompeu de Roma conquistou toda a palestina e entregou seu controle a Cesar. Com uma ideologia pacifista chamada de “PAX ROMANA”, Roma estabilizou diversos conflitos ao redor do mundo e pavimentou um sistema de estradas que facilitava o transito entre as cidades. Em 31 AC, Herodes foi declarado rei dos judeus e ordenou o recenseamento, obrigando todo homem adulto a voltar para sua terra natal. Assim, um certo “José”, descendente da tribo de Judá, teria de retornar para Belém.

Deus esteve por quatrocentos anos preparando o mundo para a chegada de Jesus, e agora o cenário estava pronto. Antes, porém, um mensageiro deveria ser enviado, uma voz que clamaria no deserto preparando o caminho do Senhor e aplainado a estrada para Deus (Isaías 40:3). Por séculos, os profetas estiveram extintos, mas Deus volta a se manifestar exatamente para anunciar o nascimento do maior deles, e o seu nome era João (Mateus 11:11).

Logo em seguida, por intermédio de um anjo, Deus revelaria a uma jovem chamada Maria que ela daria à luz ao Salvador do Mundo. José, com quem também ela estava desposada, também recebe uma visita sobrenatural. A próxima manifestação de Deus seria exatamente na noite do nascimento de Jesus, quando anjos aparecerem nos céus, louvando e anunciando a chegada do menino salvador.

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