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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Artigo - Esclerose Lateral Amiotrófica


Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que cursa com depleção dos neurônios motores superiores e inferiores, com tempo médio de sobrevivência compreendido entre três a cinco anos após o início dos primeiros sintomas.

A incidência da ELA na população mundial é relativamente uniforme e estão entre 1,5 e 2,5 casos por 100.000 habitantes por ano. Pesquisas mostram que a incidência aumenta após os 40 anos, alcançando um pico entre 60 e 75 anos, seguido por um rápido declínio. Os indivíduos do sexo masculino são levemente mais afetados que os do sexo feminino, em uma proporção em torno de 1.5:1

A causa exata da ELA permanece desconhecida. Cerca de 5 a 10% dos pacientes têm história familiar. Entretanto, nenhum componente genético é evidente na maioria dos casos.

Sintomas da Esclerose Lateral Amiotrófica

A ELA não afeta os sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato). Ela raramente afeta o funcionamento da bexiga, dos intestinos, ou a capacidade de pensamento e raciocínio de uma pessoa. Os sintomas incluem:

- Fraqueza, atrofia e fasciculações de membros
- Cãibras
- Hipotonia/hipertonia
- Hiperreflexia/hiporreflexia
- Sinais bulbares (disastria, disfagia, dificuldade de mastigar e atrofia e fasciculações na língua)
- Comprometimento da musculatura respiratório (dispneia)

 TRATAMENTO DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Infelizmente, ainda não existe cura para a esclerose lateral amiotrófica. O tratamento, portanto, visa desacelerar a progressão da doença, impedir suas complicações e melhorar a qualidade de vida. Fisioterapia, apoio psicológico, fonoaudiólogo e nutricional são essenciais para se atingir estes objetivos.

Nos pacientes com dificuldade respiratória, ventiladores portáteis, chamados de ventilação não-invasiva por pressão positiva podem ser usados para ajudar o paciente a respirar de forma mais efetiva. No início, o aparelho pode ser usado durante o sono, e, conforme a doença avança, ao longo de todo o dia.

Nos pacientes que passam a ter dificuldade em se alimentar por incapacidade de engolir os alimentos, a gastrostomia percutânea é uma das opções. Esse tratamento consiste na colocação de um tubo através da pele diretamente para o estômago, passando a ser esta a via de administração de alimentos.

O tempo de sobrevida do paciente depende muito da possibilidade dele ter acesso a todo esse aparato médico, incluindo a ajuda de uma equipe multiprofissional.



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