Élita
Pavan
Estudante
de Fisioterapia
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença
neurodegenerativa que cursa com depleção dos neurônios motores superiores e
inferiores, com tempo médio de sobrevivência compreendido entre três a cinco
anos após o início dos primeiros sintomas.
A incidência da ELA na população mundial é
relativamente uniforme e estão entre 1,5 e 2,5 casos por 100.000 habitantes por
ano. Pesquisas mostram que a incidência aumenta após os 40 anos, alcançando um
pico entre 60 e 75 anos, seguido por um rápido declínio. Os indivíduos do sexo
masculino são levemente mais afetados que os do sexo feminino, em uma proporção
em torno de 1.5:1
A causa exata da ELA permanece desconhecida. Cerca
de 5 a 10% dos pacientes têm história familiar. Entretanto, nenhum componente
genético é evidente na maioria dos casos.
Sintomas da
Esclerose Lateral Amiotrófica
A ELA não afeta os sentidos (visão, olfato,
paladar, audição e tato). Ela raramente afeta o funcionamento da bexiga, dos
intestinos, ou a capacidade de pensamento e raciocínio de uma pessoa. Os sintomas incluem:
- Fraqueza, atrofia e fasciculações de membros
- Cãibras
- Hipotonia/hipertonia
- Hiperreflexia/hiporreflexia
- Sinais bulbares (disastria, disfagia,
dificuldade de mastigar e atrofia e fasciculações na língua)
- Comprometimento da musculatura respiratório
(dispneia)
TRATAMENTO DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Infelizmente, ainda não existe cura para a
esclerose lateral amiotrófica. O tratamento, portanto, visa desacelerar a
progressão da doença, impedir suas complicações e melhorar a qualidade de vida.
Fisioterapia, apoio psicológico, fonoaudiólogo e nutricional são essenciais
para se atingir estes objetivos.
Nos pacientes com dificuldade respiratória,
ventiladores portáteis, chamados de ventilação não-invasiva por pressão
positiva podem ser usados para ajudar o paciente a respirar de forma mais
efetiva. No início, o aparelho pode ser usado durante o sono, e, conforme a
doença avança, ao longo de todo o dia.
Nos pacientes que passam a ter dificuldade em se
alimentar por incapacidade de engolir os alimentos, a gastrostomia percutânea é
uma das opções. Esse tratamento consiste na colocação de um tubo através da
pele diretamente para o estômago, passando a ser esta a via de administração de
alimentos.
O tempo de sobrevida do paciente depende muito da
possibilidade dele ter acesso a todo esse aparato médico, incluindo a ajuda de
uma equipe multiprofissional.
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