domingo, 21 de fevereiro de 2016

Simpósio da Família com Pr. Wilson Gomes



Na noite deste domingo, 21/02/2016, foi realizado o fechamento do “Simpósio da Família”, evento que marcou nosso fim de semana com muito aconselhamento familiar, e uma palavra profética sobre as famílias, hoje, sem sombra de dúvidas, o alvo prioritário de Satanás. O palestrante deste segundo dia de reunião fraternal foi nosso pastor regional, Pr. Wilson Gomes.

Com base no texto de Efésios 6:1-4, nosso palestrante focou sua ministração nas relações entre pais e filhos, ressaltando que a responsabilidade da educação de um rebento é exclusiva de seus progenitores, pois a escola secular prove conhecimento.

Um filho é formado da fusão de uma semente paterna depositada no solo abençoado da maternidade. Desta fusão divinamente planejada, surge uma nova vida, que carregará por toda a existência, as marcas genéticas, intransferíveis, inegáveis e imutáveis de seus pais. A partir deste momento, pai e mãe não podem mais se esquivar de suas responsabilidades.

A Bíblia dá atenção especial as relações familiares, e dentro dela encontramos os segredos de um lar bem-sucedido. Atencioso a esta questão, o apóstolo Paulo recheou suas epístolas com aconselhamentos familiares, frisando que o cuidado que temos com nossa família é um parâmetro para medir nossa vida cristã (I Timóteo 5:8). Assim, faz-se necessário que estejamos enquadrados nos desígnios de Deus para executa-los com zelo e amor dentro de nossa morada, transformando a “casa” em um “lar”. CASA pode ser definido como qualquer edifício destinado a morada de alguém, mas o LAR pode ser entendido como um ambiente de harmonia onde as pessoas vivem e se sentem bem.

Pelo padrão bíblico, o núcleo de uma família é essencialmente formado por pai, mãe e filhos. Nesta equação, cabe ao homem o papel de “cabeça da casa”, exercendo liderança social e espiritual junto aos seus (Efésios 5:23 / I Coríntios 11:9). Sob ele recai uma tríplice função, que em via de regra, não pode ser rejeitada, postergada ou abandonada: rei, profeta e sacerdote. Este ministério tridimensional engloba todas as atribuições designadas pelo criador ainda no jardim do Éden, bem como os encargos espirituais decorrentes de sua autoridade paternal (Gêneses 1:27-29; 2:15-25, 3:17-20). 

Como “rei”, ele deve dominar com austeridade sobre sua casa, fazendo desta liderança o seu parâmetro para qualquer outra atividade secular que venha desenvolver (I Timóteo 3:4). Cabe ao homem arcar com sustento de seu lar, provendo alimento, moradia e vestuário, bem como alicerçar sua casa em princípios morais e estabelecer pilares emocionais em sua família. Como “profeta”, cabe ao pai ser um porta-voz de Deus para sua prole, ensinando os preceitos divinos e zelando pela Lei do Senhor. Neste aspecto, ele “literalmente” traz Deus para dentro de sua casa, tanto por meio de suas palavras (ensinamentos), quanto por suas ações (exemplos). Já no ofício sacerdotal ele faz o caminho inverso, levando sua família até Deus por meio de orações, súplicas e consagrações diárias.

A mulher por sua vez e a genitora da vida, portadora da semente divina. Desde os primeiros dias de gestação, a ligação com o feto, ou melhor, a sintonia com seu filho já é espetacular. Ainda ali, já aflora um amor que supera a tudo e a todos. Não importa o frio, a fome, o sono ou a dor, a mãe está integralmente presente, protegendo, acalentando e abençoando aquele ser indefeso, que ela defende com unhas e dentes. Esse amor só faz aumentar, nunca cessa e jamais lhes será tirado. Mas não para por aí... Quando analisamos o texto de Provérbios 31, nos deparamos como uma série de virtudes inerentes ao “ministério da edificação”, que no âmbito familiar, deve ser exercido pela mulher com plenitude de sabedoria. Obviamente, na conjuntura social em que vivemos, as funções exclusivistas destinadas a “pais” e “mães” estão intrinsecamente miscigenadas, sendo compartilhadas de forma profícua para a sustentabilidade da família. Quando os pais trabalham em prol de seus filhos, e como se servissem com zelo ao próprio Deus.  

O primeiro mandamento com promessa é para os filhos que honram, respeitam e obedecem aos pais (Efésios 6.1-3). Os filhos que assim procedem terão à sua disposição algumas promessas: as coisas irão bem a seu favor, terão uma vida boa e viverão muito tempo sobre a terra, desfrutando da longevidade de dias. Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência à mãe pagarão um alto preço (Provérbios 30:17). Quando os pais tentam ensinar, é preciso procurar aprender, porque a vida não ensinará com o mesmo amor. A experiência dos pais enxerga muito além da pista boa e pavimentada que estamos vendo no momento. A experiência dos pais sempre vê a ponte caída lá na frente.

Os filhos precisam entender que há normas e princípios para obedecer, pois onde não tem regulamento, tudo vira “bagunça”. Os filhos devem se comportar de tal maneira que levem seus pais a se sentirem felizes pelos filhos que têm.  Eles não podem ser motivo de tristeza e vergonha para seus pais, se entregando às aventuras perigosas deste mundo, principalmente naquilo que os pais não ensinaram. O apóstolo Paulo menciona três motivos para que os filhos sejam obedientes aos pais, sendo eles: a natureza, a lei e o Evangelho. Em primeiro lugar, a obediência dos filhos aos pais é uma lei da própria natureza (Efésios 6:1), pois é o comportamento padrão de toda a sociedade. Em segundo, é uma lei (Efésios 6:2-3). Honrar pai e mãe é honrar a Deus (Levíticos 19:1-3). Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus. Por último, o Evangelho (Efésios 6:1) Os filhos devem obedecer aos pais porque eles são servos de Cristo. Os filhos devem obedecer aos pais por causa do relacionamento que têm com Jesus Cristo.

Nenhum relacionamento unilateral é saudável. Toda relação aprazível e produtiva se baseia numa via de mão dupla, onde muitas vezes é preciso perder para ganhar. Os pais são a autoridade constituída de um lar, tendo a premissa nas decisões e responsabilidade nas escolhas que norteiam sua família. Isto, porém, não lhes dá direito ao autoritarismo desmedido e nem justifica uma ditadura retrograda. É preciso dialogo, entendimento e companheirismo, para que as divergências sejam equalizadas numa solução aceitável a todos os envolvidos.

Que todo o “SIM” seja responsável e o “NÃO” revestido de justiça. A vida apresenta pontos salientes onde são exigidas grandes decisões que determinam nosso futuro (bem como o de nossos filhos), mas é na sutileza do dia-a-dia, através das pequenas ações, baseado em nossas posturas e atitudes cotidianas, que construímos os pilares desta relação familiar. Ida e volta.

Todo pai precisa entender que recebeu a missão maravilhosa de conduzir seus filhos a Deus. Os filhos são como um presente do Senhor, uma espécie de joia fina e muito rara, que precisa ser lapidada com esmero e amor. Conduzir, preservar e preparar os filhos para Cristo é dever de seus progenitores. Podemos comparar os filhos com os vasos. Um vaso foi fabricado para ser cheio de algo, mas alguém precisa escolher o conteúdo e despejá-lo ali. Cristo é este conteúdo que está destinado para eles (Colossenses 4:7). A primeira noção espiritual que os pais precisam ter com relação aos filhos que Deus lhes deu, é que eles precisam ser cheios de Cristo.

Quando um filho nasce, seus pais têm a oportunidade de compreender com um pouco mais de propriedade o amor do próprio Deus. Afinal, para aquele pequeno ser que acaba de chegar ao mundo, é destinado todo o afeto e cuidados que seus progenitores são capazes de gerar. Amor sacrificial, incondicional e irrestrito, externado em total devoção, mesmo sem (na maioria das vezes) receber nada em troca, da mesma forma que Deus age em nosso favor.



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