sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Artigo - Espondilite Anquilosante



Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia

A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença sistêmica inflamatória crônica caracterizada por acometimento primário do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadril, joelhos e ombros. Tem a característica de acometer predominantemente indivíduos do sexo masculino na segunda e terceira décadas de vida.

O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.

Causas

Não é conhecida a causa para a Espondilite Anquilosante (EA). No entanto, nos últimos anos, têm sido feitos progressos na compreensão dos mecanismos que desencadeiam o processo patológico e os potenciais agentes responsáveis. 

É conhecida há algum tempo a associação da EA com um antígeno específico, o "antígeno HLA-B27." A transmissão genética deste antígeno explica que a EA apareça com mais frequência em certas raças e dentro delas, em certas famílias. A posse do antígeno HLA-B27 parece provocar uma resposta anormal da pessoa para a ação de certos microrganismos. É provavelmente a combinação destes dois fatores que desencadeia a doença.

Sintomas

A manifestação inicial da espondilite anquilosante é dor lombar que persiste por mais de três meses, abranda com o movimento e aumenta com o repouso. Essa dor pode irradiar-se para as pernas e estar associada a uma rigidez da coluna mais acentuada no começo do dia. Tais sintomas podem desaparecer espontaneamente (são intermitentes) e recidivar depois de algum tempo. Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mobilidade da coluna que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal. Com a evolução da doença, a tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite.

Tratamento

Atualmente, não existe cura para a doença. No entanto, existem vários medicamentos eficazes e técnicas de reabilitação que permitem aliviar a dor e melhorar a mobilidade, possibilitando uma boa qualidade de vida.

Os anti-inflamatórios não-esteroides (AINE) constituem sempre, salvo estejam contraindicados, a abordagem inicial do tratamento, conseguindo na maioria dos casos reduzir e por vezes mesmo suprimir a inflamação. O controlo da inflamação permite o alívio da dor e da rigidez, permitindo um melhor repouso durante a noite. Podem ser utilizados por períodos prolongados de tempo, com as devidas precauções. 

Um dos aspectos mais importantes do tratamento são os exercícios de reabilitação ao nível da coluna vertebral e exercícios respiratórios, de modo a fortalecer os músculos da coluna e evitar a rigidez e perda de mobilidade da própria coluna vertebral. 




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