Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia
A
Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença sistêmica inflamatória crônica
caracterizada por acometimento primário do esqueleto axial, especialmente as da
coluna, quadril, joelhos e ombros. Tem a característica de acometer predominantemente
indivíduos do sexo masculino na segunda e terceira décadas de vida.
O
diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames
laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da
região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para
evitar a progressão da doença e suas complicações.
Causas
Não
é conhecida a causa para a Espondilite Anquilosante (EA). No entanto, nos
últimos anos, têm sido feitos progressos na compreensão dos mecanismos que
desencadeiam o processo patológico e os potenciais agentes responsáveis.
É
conhecida há algum tempo a associação da EA com um antígeno específico, o
"antígeno HLA-B27." A transmissão genética deste antígeno explica que
a EA apareça com mais frequência em certas raças e dentro delas, em certas
famílias. A posse do antígeno HLA-B27 parece provocar uma resposta anormal da
pessoa para a ação de certos microrganismos. É provavelmente a combinação
destes dois fatores que desencadeia a doença.
Sintomas
A manifestação
inicial da espondilite anquilosante é dor lombar que persiste por mais de
três meses, abranda com o movimento e aumenta com o repouso. Essa dor pode
irradiar-se para as pernas e estar associada a uma rigidez da coluna
mais acentuada no começo do dia. Tais sintomas podem desaparecer
espontaneamente (são intermitentes) e recidivar depois de algum tempo.
Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mobilidade da coluna
que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos pulmões e aumento da
curvatura da coluna na região dorsal. Com a evolução da doença, a
tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite.
Tratamento
Atualmente,
não existe cura para a doença. No entanto, existem vários medicamentos eficazes
e técnicas de reabilitação que permitem aliviar a dor e melhorar a mobilidade,
possibilitando uma boa qualidade de vida.
Os
anti-inflamatórios não-esteroides (AINE) constituem sempre, salvo estejam contraindicados,
a abordagem inicial do tratamento, conseguindo na maioria dos casos reduzir e
por vezes mesmo suprimir a inflamação. O controlo da inflamação permite o
alívio da dor e da rigidez, permitindo um melhor repouso durante a noite. Podem
ser utilizados por períodos prolongados de tempo, com as devidas
precauções.
Um
dos aspectos mais importantes do tratamento são os exercícios de reabilitação
ao nível da coluna vertebral e exercícios respiratórios, de modo a fortalecer
os músculos da coluna e evitar a rigidez e perda de mobilidade da própria
coluna vertebral.
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