sábado, 6 de fevereiro de 2016

Cada um no seu navio



Noite chuvosa em Estiva Gerbi, mas nem a água e nem o vento foi empecilho para o Grupo Ágape realizar neste sábado, 06/02/2016, seu culto mensal de Missões. Deus se fez presente tocando o coração de seu povo e nos relembrando de seu imenso amor pelas almas.

O preletor da noite foi o Pb. Evandro Antônio Correa, que usando como pano de fundo, a história do profeta Jonas, ministrou uma palavra de conscientização sobre a urgência da obra missionária em todos os tempos e lugares, pois sempre existirá almas carentes da Santa Palavra, e não podemos negligenciar este chamado.

Jonas foi chamado por Deus e comissionado a levar uma mensagem de juízo sobre a capital da Assíria, maior e mais perigoso reino daquele tempo. Com cerca de 120 mil habitantes, Nínive era uma cidade portentosa, onde se concentravam os homens mais poderosos do império. Famosa pela crueldade destinada a seus prisioneiros e desafetos, a simples menção desta cidade causava calafrios em seus inimigos. Jonas tomou um navio na direção oposta, esperando com isso, se esquivar da ordenança divina.

Deus é muito específico em seus chamados. Ele escolhe minuciosamente seus obreiros e não entrega missões para gente sem condições de realizá-la. Quando o Senhor nos envie para sua obra, Ele também cuida do preparo e dos meios. Cabe a nós apenas obedecer. Cada um no seu navio...

O profeta tentou burlar seu chamado, mas com esta atitude de omissão, pôs em risco todas as pessoas que estavam na embarcação. Deus permitiu que uma grande tempestade atingisse o navio, fazendo com que a tripulação entrasse em desespero, pelo risco eminente de naufrágio. Tentando sobreviver, os marinheiros usam todos os artifícios conhecidos... Lançam ao mar suas cargas, realizam preces insistentes aos seus deuses, e por fim, lançaram sorte sobre todos os passageiros, esperando com isso, encontrar o “responsável” por atrair tamanha ira sobre o mar. Neste exato momento, Jonas revelou-se.

Deus tem seus meios de trabalhar. Por sugestão do próprio profeta, os marinheiros lançaram Jonas ao mar. Imediatamente a tempestade cessou e antes que pudesse se afogar, o profeta foi engolido por um grande peixe, onde permaneceu durante três dias, em angustiante clamor. O sofrimento só acabou quando a criatura marinha literalmente “vomitou” Jonas exatamente na praia de Nínive. Sem mais delongas, o profeta saiu correndo rumo a cidade, anunciando que o Deus iria destruir a cidade.

Missão cumprida, Jonas procurou um lugar alto e se assentou debaixo de uma sombra, para assistir de camarote a destruição de Nínive. Mas surpreendentemente, o povo da cidade creu nas palavras do profeta, e se arrependeram de seus atos pecaminosos, jejuando e clamando por misericórdia. E Deus se compadeceu da cidade.

Jonas se revoltou. Como poderia Deus perdoar um povo tão cruel? Era por isso que ele tinha fugido. Sabia que o Senhor era bondoso o suficiente para perdoar até mesmo a mais abominável das cidades.

Então, Deus enviou um verme que comeu a raiz da aboboreira onde sob a qual Jonas estava assentado, expondo o profeta ao sol escaldante. Decepcionado e entristecido, Jonas pediu ao Senhor que o matasse ali mesmo, pois com Nínive salva e a aboboreira condenada, ele já não tinha mais motivos para viver...

Como resposta, ouviu uma declaração de amor de Deus pela humanidade... Jonas, como homem, estava compadecido por causa da morte de uma única planta... Poderia Deus não se compadecer de 120 mil almas?




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