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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Qual a verdadeira religião?



Tiago 1:27 afirma que diante de Deus, uma religião só é  verdadeira pura e imaculada, quando os “religiosos” cuidam dos necessitados e se guardam da corrupção do mundo.  

Um belo exemplo é exatamente a igreja cristã primitiva se empenhava vigorosamente em ser leal a esta vocação, sendo santa e generosa. Lucas não apenas ressalta a latente fraternidade eclesiástica (Atos 2:42-47), como faz questão e citar nominalmente alguns irmãos engajados na pratica da generosidade, como foi o caso de Barnabé (Atos 4:36-37) e Dorcas (Atos 9:36-39).

Sabemos que a salvação não é obtida por boas obras, e sim por fé em Cristo Jesus, já que é um favor imerecido derivado da Graça (Gálatas 2:16). Porém, é fundamental que o cristão viva uma vida onde a prática de boas obras seja uma atividade constante, isso porque uma fé que não é colocada em exercício torna-se letárgica, obsoleta e por fim, acaba morrendo (Tiago 2:24-26).

Parte importante de nossa pregação é exatamente aquilo que fazemos, e Paulo exorta aos irmãos da cidade de Colossos que tanto suas “palavras” e suas “obras” deveriam ser embasadas no nome do Senhor Jesus, dando por ele graças ao Deus Pai (Colossenses 3:17). De fato, aquilo que fazemos grita tão alto que as vezes, nossas palavras sequer são ouvidas.

O cristão é uma carta aberta, escrita e enviada ao mundo afim de que os homens possam ler sobre o amor e a misericórdia de Deus (II Coríntios 3:2). É olhando para nossas vidas que o ímpio poderá ter uma prova clara do poder transformador do evangelho, e observar como uma vida dedicada ao Senhor é abundante de paz e felicidade. Jesus nos revelou que aquele que nele cresse, se tornariam em um manancial de águas vivas (João 7:38).

Isso implica em dizer que o cristão deve ser uma fonte de generosidade e amor, sempre disposto a estender sua mão ao próximo, independente de quem ele seja. A fé é a estrada que nos conduz ao céu, e nossas obras são pedras que pavimentam este caminho. A fé de um cristão é como uma luz intensa que irradia em meio as trevas deste mundo, mas suas obras são como luzes de neon, que piscam incessantemente, fazendo com que até os olhares mais dispersos sejam atraídos para ela.

A igreja primitiva entendeu está verdade e transformou a caridade em sua bandeira de luta, tendo a amor a Deus e ao próximo como o epicentro de sua existência. Com isso, sua mensagem ganhou peso significativo, incorrendo em muitas conversões e milagres, como no famoso caso da ressurreição de Dorcas. 

Ela era uma mulher generosa, que mesmo depois da morte, colheu frutos gloriosos por suas excelentes obras, sendo o primeiro caso de ressurreição depois da ascensão de Jesus.

O milagre aconteceu porque os irmãos da cidade de Jope (principais beneficiados pela bondade de Dorcas), se mobilizaram em clamor, recorrendo a Pedro para que este orasse pelo “improvável” milagre. E o milagre aconteceu. Boas obras dão início a um ciclo glorioso de bem-aventuranças que nem mesmo a morte pode interromper (I Timóteo 4:7). Pensar no próximo antes de nós mesmos pode ser a chave para as nossas maiores conquistas.

Jó passou cerca de 40 capítulos tentando encontrar respostas para suas mazelas e tragédias pessoais, e neste tempo, sua situação continuou caótica e sem solução. Mas bastou “um” versículo orando pelos seus amigos, para que seu cativeiro fosse virado e a restituição batesse em sua porta (Jó 42:7).


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