Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia
A esclerose múltipla (EM) é uma
patologia de caráter inflamatório, desminelinizante e que acomete a substância
branca do sistema nervoso central (SNC), procedendo em sinais e sintomas
neurológicos que, após os surtos, poderão deixar sequelas, conforme a localização
da lesão.
A EM acomete em sua grande
maioria, adultos jovens, do sexo feminino.
Fisiopatologia Devido a desmielinização,
a EM afeta a capacidade das células nervosas do cérebro e da medula espinhal
comunicarem entre si de forma eficaz. As células nervosas comunicam entre si
através da transmissão de impulsos eléctricos, designados por potencial de
ação, ao longo dos seus filamentos extensos designados por axónios, os quais
estão envolvidos por uma substância isolante chamada mielina.
Na EM o próprio sistema imune do
corpo ataca e destrói a mielina. Uma vez destruída, os axónios deixam de poder
transmitir o potencial de ação de um neurónio ao neurónio seguinte ficando
assim a condução do estímulo nervoso interrompida.
A desmielinização é observada no
SNC, afetando com frequência o nervo óptico. As lesões da EM afetam sobretudo a
Substância branca do cérebro, cerebelo, nervos cranianos, medula espinhal,
nervos ópticos e ao redor do 3º e 4º ventrículos
Causas
É desconhecida, mas acredita-se
em uma causa genética, infecciosa ou muito provavelmente imunológica. Também
foram identificados alguns fatores de risco ambientais.
Sinais e Sintomas
•Fraqueza Muscular
•Alteração Sensorial
•Alteração no equilíbrio
•Alteração na coordenação
•Neurite retrobulbar ( nistagmo)
•Parestesia
•Dor
•Clônus
•Espasmos Musculares
•Tremor
•Visão dupla
•Vertigem/vômitos
•Alterações urinárias e
intestinais
Complicações sociais, cognitivas
e psicológicas
•Apatia
•Distúrbios de memória
•Distúrbios de atenção
•Depressão
•Impotência sexual
•Agressividade
A EM é classificada segundo
vários subtipos, ou padrões de progressão, que permitem prever a evolução da
doença através da análise do padrão de progressão passado. São importantes não
só para o prognóstico, mas também para decisões de terapêutica.
Classificação da EM
Esclerose Múltipla Recidivante
Remitente (EMRR):
A maioria dos pacientes (80%)
apresenta-se inicialmente com a forma recidivante-remitente (EMRR). É
caracterizado por recidivas imprevisíveis, seguidas de um período de meses ou
anos de relativa tranquilidade (remitência) sem novos sintomas da atividade da
doença. Os sintomas neurológicos que ocorrem durante os ataques podem
desaparecer ou deixar sequelas.
Esclerose Múltipla Secundária
Progressiva (EMSP):
Os pacientes com EMRR podem
progredir para EM progressiva secundária (EMPS). Esse quadro se caracteriza por
déficit neurológico progressivo
Esclerose Múltipla Primária
Progressiva (EMPP):
Cerca de 10% dos pacientes com EM
apresentam a forma primária progressiva (EMPP), caracterizada pela progressão
contínua do grau de incapacidade a partir do aparecimento da doença, com poucas
ou nenhumas remissões ou melhorias.
Tratamento
Atualmente, no Brasil, existem
diversas opções de tratamento
para esclerose múltipla, que vão desde cápsulas orais de
administração diária, até injeções diárias, semanais ou mensais. Além de diminuir
a ocorrência e intensidade dos surtos – e, consequentemente, a possibilidade de
uma lesão permanente – alguns medicamentos já atuam de forma preventiva em
relação à degeneração acelerada do cérebro (atrofia cerebral), ocasionada pela
doença.
A fisioterapia é um aliado incondicional no tratamento do paciente com esclerose múltipla. Ela é normalmente indicada pelo médico a pacientes que apresentam sintomas como dificuldade de movimento e equilíbrio, por exemplo. Por meio de exercícios apropriados, há melhora do quadro e das funções, além de um preparo mais adequado para surtos inesperados.
A fisioterapia é um aliado incondicional no tratamento do paciente com esclerose múltipla. Ela é normalmente indicada pelo médico a pacientes que apresentam sintomas como dificuldade de movimento e equilíbrio, por exemplo. Por meio de exercícios apropriados, há melhora do quadro e das funções, além de um preparo mais adequado para surtos inesperados.
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