Êxodo 21:1-6 registra a lei sobre
o escravo hebreu. Uma vez que fosse comprado, ele serviria ao seu Senhor por
seis anos e no sétimo deveria ser feito livre. Esta liberdade alcançaria tudo e
todos que tivessem sido comprados com ele. Entretanto, se este homem tivesse se
apaixonado, casado e constituído família durante sua servidão, ele seria livre,
mas sua família não, permanecendo sobre os domínios do dono.
Muitos escravos se negavam a
abandonar seus senhores. Alguns pelo apego à casa, aos demais criados ou ao
próprio senhorio e outros por não suportarem deixar para trás alguém a quem
amassem muito. Para eles havia um
procedimento especial.
Seu dono o levava perante um juiz, e com as próprias
mãos usava um cinzel para lhes furar a orelha. Uma vez que este ritual fosse
realizado, aquele servo estava “amarrado” ao seu senhor pelo resto de sua vida.
Mas quando alguém o via realizando seus afazeres serviçais, olhava para sua
orelha e dizia: Aquele homem não é mais um escravo. Ele escolheu ser servo por
amor...
Este é com certeza um exemplo máximo
do amor cristão. Fomos resgatados por Jesus da escravidão do pecado e por ele
recebemos nossa libertação (João 8:31-32), mas nós apegamos tanto ao nosso novo
dono, nos afeiçoamos tanto ao nosso novo lar e aos outros “serviçais”, que
abrimos mãos de quem somos e do que queremos e escolhemos, pelo resto de nossa
existência, servi-lo por amor.
E através deste ato sacrificial que temos nosso
status em relação a Jesus Cristo alterado de “servo” para “amigo”, pois apenas
a amizade verdadeira produz tamanha intimidade entre dois seres tão distintos.
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