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segunda-feira, 25 de abril de 2016

O que a Bíblia nos diz sobre a velhice?



Nascemos com data de validade. Isto é um fato. Poucas são as certezas de nossa existência, e a mais concreta delas é que, por mais longa e bem vivida que seja, um dia a vida chega ao fim. Alguém já definiu a existência como sendo “um pacote que a parteira envia ao coveiro”. De fato, começamos a envelhecer no exato momento em que nascemos, e esta é uma estrada para a qual não existe retorno.

Em Gêneses 6:3, ainda nos primórdios da existência humana, a vida de uma pessoa foi datada com 120. Séculos depois, Moisés abaixa consideravelmente esta expectativa: A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos” (Salmo 90:10).

Muitas são as situações que colaboram para o aumento ou diminuição da expectativa de vida de um indivíduo, como por exemplo, seus hábitos alimentares, condições biológicas e o ambiente onde vive. Assim, enquanto em países com maior desenvolvimento proporcionam condições para uma vida mais longa, áreas de pobreza ou conflito, expõem seus moradores aos riscos de uma morte precoce. Em Mônaco, na Europa, a expectativa de vida é de 89 anos, já na subdesenvolvida Republica de Chade , na África Equatorial,  espera-se que o indivíduo morra antes de completar 50 anos.

Segundo um relatório emitido em 2015 pela CIA (Central Intelligence Agency), o Brasil ocupa a 129ª posição no ranking mundial de expectativa de vida: 73,5 anos. Estudos apresentados pelo IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) são ainda mais otimistas, indicando que o brasileiro, em média, quase chega aos 75 anos. Estas estatísticas apontam para o fato que estamos vivendo “mais” e “melhor”, e indicam um crescimento exponencial de idosos no país, uma população que  chegará a 30 milhões  de pessoas já na próxima década.

Desde 2003, o “Estatuto do Idoso” está em vigor no Brasil, garantindo que aqueles que chegaram à “terceira idade”, tenham assegurados seus direitos constitucionais, bem como uma série de benefícios conquistados com muita luta. Mesmo assim, a “consciência coletiva” ainda é deficiente em reconhecer muitos aspectos da lei, e infelizmente, somos uma nação que ainda desrespeita seus idosos, ofendo a lei, a ética e a Bíblia.  Diversas culturas ao redor do mundo honram seus anciões, pois entendem que a sabedoria por eles adquirida ao longo dos anos, são pedras que pavimentam o caminho dos mais jovens.

Segundo a Bíblia, a velhice é um momento de beleza única , onde o acumulo de experiências e o amadurecimento paulatino proporciona oportunidades singulares, seja vivendo a própria vida, ou na generosidade de ensinar outros a vivê-la com mais intensidade. Dizemos que alguém jovem é “cheio de vida”. Esta é uma afirmação teórica, pois não sabemos nada sobre o amanhã, e em qual esquina a brevidade dos dias nos cercará. Porém, se afirmamos que um idoso é “cheio de vida”, estamos apenas constatando uma verdade já comprovada pelos anos.

As rugas em sua pele são como mapas registrando os caminhos trilhados. Enquanto o jovem está tentando descobrir quem é e para onde vai, o ancião tem domínio de si experiência para indicar qual é estrada menos perigosa. Provérbios 20:29 nos diz que a glória do jovem esta na sua força, mas a beleza da idoso, é exatamente seu cabelo branco. A maioria dos teólogos entende que na Bíblia, uma geração corresponde a 70 anos. Ainda no último século, sociólogos determinavam que uma geração durava cerca de 25 anos.

Hoje, em decorrência do avanço da tecnologia, especialistas dizem que a passagem de uma geração para outra acontecesse a cada 10 anos. No ano 2000, a sociologia identificou o nascimento da “Geração Z”, e em 2010, assistiu espantada o surgimento da chamada “Geração Alfa”.

Com tantas transformações, o idoso se sente cada vez mais deslocado e desnecessário. Suas habilidades não são mais úteis no mundo moderno, e não há mais abertura para novos aprendizados. Não é verdade. Deus tem desígnios especiais para cada geração, e propósitos específicos para cada fase de nossa vida.

A velhice na mão de Deus ganha ares de juventude, se renova em força, tornando-se profícua e abençoadora: Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam (Isaías 40:29-31).

Em Deus, a “terceira idade” nada mais é do que à hora de voltar a sonhar:  E os velhos terão sonhos...(Ageu 2:17).

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