Aguardar pacientemente as promessas de Deus
se cumprirem em nossa vida é algo realmente desafiador.
Somos ansiosos por natureza (a vida é
breve), e vivemos tempos onde se prega um “evangelho” imediatista, com profetas
agendando datas para milagres, incitando verdadeiras barganhas espirituais, que
nos dão a falsa sensação que Deus nos é um tipo de “sócio”, tendo compromissos
contratuais a cumprir. Tudo demanda urgência, e queremos exigir de Deus uma
relação unilateral onde o grande beneficiado é sempre o homem. É exatamente
esta deturpação da mensagem cristã, que tem criado uma legião de crentes
frustrados e decepcionados, pois acreditam piamente que Deus mentiu ou está
atrasado.
A verdade é que o “céu” tem seu próprio
relógio, e ele está sujeito plenamente ao Káiros, que também chamamos de “O
Tempo de Deus”. E ele é diferente do nosso.... Simples assim... Não há fórmulas
mágicas e nem equações mirabolantes.
Vivemos num espaço limitado, e se quer
sabemos o que esperar do próximo minuto. Deus enxerga o contexto completo,
começo, meio e fim, num único olhar. É muito mais seguro confiar no Tempo de
Deus, do que se apegar a nossa perspectiva rasa e incompleta. Tenho observado
com frequência, bons cristãos que estão sofrendo com a angústia da espera,
almejando receber algo de Deus. Aí, em decorrência deste evangelho trágico e
capitalista, eles são levados a pressionar Deus contra a parede, exigindo
pressa e cobrando urgência, como se fosse realmente possível ao homem,
“determinar” alguma coisa para Deus.
A angústia dessas pessoas aumenta cada
vez mais, pois sentem que Deus não mais se importa com elas, se prendem ao
tempo da terra, e passam a viver num torturante ciclo de esperar-frustrar-esperar...
O que devemos entender, é que existe uma
aura de “espiritualidade” na espera, pois ela é um período onde Deus nos ensina
sobre esperança, paciência e perseverança. Durante a espera, ansiamos por
aquilo que é esperado, e assim, nos mantemos alerta. A espera não nos torna
menores ou piores, apenas nos prepara para algo maior, da mesma forma que uma
mulher grávida aguarda numa paciência ansiosa, a chegada de seu filho. Durante
a espera, nos dilatamos e crescemos.
Tudo vai ficando pronto para o “melhor
de Deus”.
Mas não se iluda... Assim como numa
gestação, a espera é penosa e muito difícil. E existe um propósito nessa dor: Por que em esperança fomos salvos, ora, a
esperança que se vê não é esperança, porque o que alguém vê, como esperará? Mas
se esperamos o que não vemos, com paciência esperamos (Romanos 8:24-25).
Então, meus queridos, aquiete-se. Se
você não pode fazer algo acontecer com suas próprias mãos, pare de insistir em
tentativas tolas e espere Deus agir no tempo Dele. Se a vida só te dá limões,
faça com eles uma bela limonada, e “adoce” com oração, lágrimas e muita
adoração.
Relaxe e aprecie a passagem....
Quando chegar o tempo perfeito, e a hora
correta for marcada no Relógio do Céu, sua honra será muito grande!
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