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terça-feira, 31 de maio de 2016

Biografia - Charles Henry Mackintosh


Charles Henry Mackintosh, cujos iniciais “C. H. M.” são bem conhecidos por muitos cristãos no mundo inteiro, nasceu em outubro de 1820 em Glenmalure Barracks no condado de Wicklow, Irlanda. O seu pai era capitão e servira no “Highlander’s Regiment” na Irlanda. A sua mãe era a filha de Lady Weldon e procedia de uma antiga família natural da Irlanda. A idade de 18 anos, o jovem experimentou um despertamento  espiritual mediante  cartas  escritas por sua irmã após a conversão dela. Recebeu a paz por meio da leitura do escrito de John Nelson Darby, “As operações do Espírito Santo”.

Se tornou especialmente importante para ele o fato de que a base da paz com Deus não é a obra de Cristo em nós, mas para nós. Enquanto jovem cristão, aceitou emprego num negócio em Limerick. Lia muito na Palavra de Deus e se ocupou assiduamente com diversos estudos. No ano de 1844, abriu uma escola particular em Westport e, com grande zelo, se ocupou do trabalho educativo.

A sua postura espiritual foi caracterizada pelo desejo de dar  a Cristo o primeiro lugar em sua vida, sem limitação alguma, e desconsiderar a obra dEle como a coisa principal. Quando, porém, notou em 1853 que o trabalho na escola o ocupou de tal forma que temia ele se tornar em seu interesse principal, desistiu desse serviço. Na sequência, foi a Dublin onde entrou em contato com John Gifford Bellet e outros irmãos. Na época começou a anunciar a Palavra de Deus publicamente tanto a crentes como a incrédulos. Nessa época já começara a escrever os seus pensamentos sobre os cinco livros de Moisés — O Pentateuco. Nos próximos anos, subsequentemente, apareceram estudos sobre todos os cinco livros do Pentateuco. Esses livros, caracterizados por um espírito assaz evangelístico, passaram a ser publicados em altas tiragens nos próximos anos.

O seu amigo Andrew Miller escreveu compara esses volumes um prefácio, onde diz com toda a razão: “A total perversão do ser humano por meio do pecado e a perfeita salvação de Deus em Cristo são apresentadas pormenorizada, clara e precisamente”. Como interpretador Charles Henry Mackintosh possuía um estilo de fácil compreensão. Sabia expressar os seus pensamentos poderosamente. Algumas de suas interpretações talvez, à primeira vista, tenham aparecido estranhas a muitos salvos, porém foram de grande ajuda a muitos leitores até hoje, por causa de sua fidelidade à Palavra de Deus e confiança em Cristo.
É difícil valorizar as consequências de  seus  escritos.  Cartas de todosos lugares do mundo chegaram até ele, expressando gratidão e reconhecimento de suas explicações sobre o Pentateuco. Dwight Lyman Moody e Charles Haddon Spurgeon confessaram que deviam muitas coisas aos escritos de Charles Henry Mackintosh. Moody escreveu: “Charles Henry Mackintosh tinha a maior influência sobre mim”.

Assim como “As notas sobre o  Pentateuco”,  também  os  seis  volumes “Miscellaneous Writings” (“Escritos Mistos”), sempre têm sido reeditados. É um fato interessante na vida de Charles Henry Mackintosh, que  o  seu  primeiro  escrito portava o título “A Paz de Deus” e que poucos meses antes de seu falecimento enviou um manuscrito ao seu editor com o título “O Deus da Paz”.


segunda-feira, 30 de maio de 2016

Consumir "de propósito" ou "com propósito"?


Quem não planeja o uso do seu dinheiro e gasta conforme seus impulsos, inevitavelmente se verá a baila com muitos problemas, os quais afetarão não apenas o indivíduo, mas também toda a sua família, pois um orçamento mal administrado traz consigo consequências extremamente sérias, dentre as quais podemos ressalta: irritação, tensão, saúde afetada, insegurança familiar, distanciamento no relacionamento conjugal e mau testemunho diante da sociedade. 

É fácil se identificar com estes sintomas, afinal, quem nunca teve problemas financeiros ou passou aperto por falta de dinheiro? Quem não se preocupa em ganhar dinheiro para pagar as dívidas, fazer aquela viagem tão desejada, ir para alguma praia paradisíaca ou até mesmo comprar algo mais “frívolo” e “banal”? 

A grande maioria dos problemas financeiros se deve exatamente a insistência do ser humano em nortear a sua vida pelo "monetário" e não nos valores de Deus. O mercado produz e tenta convencê-lo: “Você pode comprar”, “Você tem que comprar”, “Você precisa comprar”. São estas algumas das estratégias mais eficazes que o mercado regido pelo capitalismo e se impõe através de propagadas na televisão, usando das mais variadas formas de marketing para nos convencer de que precisamos daquele produto específico, sendo que  na grande maioria das vezes, “algum famoso formador de opinião" é utilizado para mostrar uma realidade falsa, na qual o “ator” lhe impõe uma felicidade artificial inerente aquele produto, que teoricamente, "todo mundo que é bem sucedido já tem", e que você precisa comprar também.

Outra ferramenta muito utilizada, é o envio de carta até sua residência falando de sua importância como “cliente preferencial”, e o pior, é que muitas pessoas acabam acreditando nessa "chantagem emocional". Não se deixe ser enganado, pois as empresas querem apenas vender para lucrarem cada vez mais, sem se importar com o rombo financeiro no orçamento do cidadão.  Um exemplo disso é o lançamento de novos aparelhos eletrônicos em uma freqüência exacerbante, na qual se formos acompanhar o avanço, nem chegaremos a sair de uma dívida e já estaremos em outra. As vitrines anunciam o parcelamento em 12, 24 e outras tantas parcelas, que nos arremetem a pensar que é possível sair comprando... (“Aaah são apenas 12 vezes de R$ 8,50”)....  E quando vamos pôr na ponta do lápis, vemos que caímos numa verdadeira armadilha financeira, pois são as pequenas parcelas que acabam nos complicando no fechamento do orçamento mensal.

Em Provérbios 18:9, a palavra nos orienta para que evitemos certos tipos de atividades, como por exemplo, financiamentos e empréstimos para bens de consumo. Este aconselhamento está mais atual hoje do que nos dias em que foi escrito, pois quando se financia um bem adquirido em 12 prestações, paga-se em média 70% a mais do que ele vale. Em outras palavras, quem opta por esta forma de pagamento, acaba jogando dinheiro fora. Os financiamentos para compra de imóvel e demais bens duráveis, deve ser analisado criteriosamente e submetido a Deus em oração.

Vivemos em uma época em que o “Ter” e tornou-se mais importante do que “Ser”, ou seja, você é aquilo que tem. Mas este conceito anti-bíblico não passa de uma realidade maquiada pelo consumismo, já que de fato, não existe a necessidade real de se ter tudo aquilo que se deseja. Neste ponto, é prudente fazer uma análise de consciência e ponderar alguns princípios da necessidade: O uso justifica a compra?  Tenho condições de pagar? Como esse “bem” me ajuda no meu dia a dia? Como esse “bem” me ajuda a cumprir os propósitos de Deus para a minha Vida? Se eu não comprar isso me prejudicara em alguma coisa? Eu realmente necessito do que estão me oferecendo? Não ame e nem valorize as coisas que lhe são oferecidas como necessárias para que você tenha apenas prazer e conforto (por vezes frívolos, efêmeros e passageiros).

Com base nos “princípios de necessidade” citados acima, é possível refletir sobre o quão necessário determinado produto será, ou se estamos compramos por impulso. Geralmente, quando isto ocorre, depois da compra (e daquele momento de felicidade passageira), o indivíduo se vê as voltas com algumas indagações inquietantes: “porque eu comprei isso?” “Qual foi a real necessidade da compra deste produto?” Outra armadilha constante são os créditos fáceis e cartões de crédito, os quais se você não consegue conviver bem com ele, é melhor não tê-los.

Aquele que planeja e poupa seus ganhos, sempre está resguardado de surpresas, pois quem desenvolve uma vida financeira controlada sem exageros de gastos desnecessários, tem maiores chances de viver uma vida mais saudável no âmbito pessoal, familiar e conjugal. Para o indivíduo, uma finança equilibrada ajuda até mesmo a evitar certos tipos de enfermidades. Uma pessoa que "deve" na “praça”, nem sempre consegue dormir direito, e isso acaba afetando sua saúde e seus relacionamentos. Estando em crise financeira, a pessoas tende a ficar mais irritadiça, agressiva e rude. Isso reflete diretamente na relação conjugal, causando desconforto, disputas e desgastes difíceis de reparar. O carinho diário acaba sendo suplantado pelas faturas e boletos, contas de água, telefone, internet e energia elétrica (já atrasadas), e principalmente pela dispensa sem diversidades de alimentos. O texto bíblico de Provérbios 10 nos ensina a sermos prudentes, para que não venhamos a passar por crises.

O equilíbrio na vida financeira de uma família (e as consequentes bênçãos celestiais), começa exatamente pelo reconhecimento de quem Deus “É”. E a forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus. Devemos honrar ao Senhor com aquilo que produzimos – “Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Marcos 12:17) -  sempre com alegria e gratidão. Aquele que honra a Deus com dízimos e ofertas, também será honrado pelo Senhor, como está escrito em Malaquias 3.10:  “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”. Podemos ver que se você quer uma vida abençoada você precisa primeiro abençoar. 

O mundo usará de várias ferramentas e diversas estratégias para te desviar de uma vida plena e saudável financeiramente, apregoando a ostentação como estilo de vida. Muitas famílias estão sendo destruídas por não resistirem ao “impulso” materialista, mal percebendo o arrombo provocado em suas finanças. O padrão estipulado pelo mundo pode até satisfazer o ego, fazendo o indivíduo se sentir mais atraente, mascarando as reais necessidades do homem. Mas viver assim é estar cego pela mentira, ostentando aquilo que não é acessível ao seu bolso, desejando o desnecessário.  

Esse consumismo se revela uma patologia social, com pessoas  vivem de modo a impressionar terceiros, sem de fato, se importar com suas carências reais.  Ostentar não é a melhor forma de aproveitar a vida. Quando se constrói uma realidade em cima de mentiras, ver este mundo de fantasia desmoronar e só uma questão de tempo.

Colaboração: Lucas Passareli Gomes

domingo, 29 de maio de 2016

A Teia da Aranha



Inspirado na ministração do Pr. Wilson Gomes no Culto da Família realizado no dia 29/05/2016.

A aranha não é a criatura mais notável do reino animal. Desprovida de forças e agilidade, ela foi dotada com uma habilidade especifica que lhe garante proteção, moradia e comida farta. Ela sabe preparar uma boa armadilha.

A teia da aranha é um dos mais notáveis recursos de toda natureza, sendo uma armação de fios de seda extremamente finos criados por  a partir de glândulas produtoras de uma fibra proteica excretada pelas fieiras das aracnídeas. As teias capturam insetos que ficam presos devido à textura impregnante da seda, servindo de alimento às aranhas.

Uma vez presa na teia da aranha, a vítima vê todo o seu esforço de fuga, se transformar num emaranhado que a envolve ainda mais. Completamente imobilizada, ela mal percebe quando a aranha chega, perfura seu corpo, e tranquilamente suga todo seu fluido. O inseto se torna apenas uma casca, da criatura que foi um dia.

Satanás também age assim, cobrindo todo o planeta com sua teia perniciosa. Se não tomarmos cuidado, progressivamente, somos envolvidos nesta armadilha, e sequer percebemos que o inimigo está aos poucos, retirando de nós, aquilo que mais temos de preciso. Quando o “tesouro” espiritual é retirado, o que sobra é apenas uma casca de barro (I Coríntios 4:7).

O grande alvo desta “aranha satânica” é a família. Pouco a pouco, dia a dia, Satanás esta sugando a essência familiar bíblica, deixando para trás apenas a casca vazia do hedonismo: “para ser feliz, posso ignorar todos os preceitos morais, sociais e espirituais, mesmo que com isso, deixe para traz um rastro de corações feridos e vidas destruídas”.

Desde o primeiro casal, nenhum homem ou mulher está imune a responder por seus atos. Viver requer muita responsabilidade, esforço e comprometimento. Fomos criados para constituir famílias, sem as quais, nenhuma civilização teria existido. Dentro do núcleo familiar, cada um tem sua função, regida por direitos e deveres muito bem delineados.

Já no Eden, o homem foi incumbido de ser o provedor de seu lar, e a mulher, designada para ser seu amparo nesta árdua tarefa. A Bíblia dá atenção especial as relações familiares, e dentro dela encontramos os segredos de um lar bem-sucedido. Atencioso a esta questão, o apóstolo Paulo recheou suas epístolas com aconselhamentos familiares, frisando que o cuidado que temos com nossa família é um parâmetro para medir nossa vida cristã (I Timóteo 5:8).

Assim, faz-se necessário que estejamos enquadrados nos desígnios de Deus para executa-los com zelo e amor dentro de nossa morada, transformando a “casa” em um “lar”. CASA pode ser definido como qualquer edifício destinado a morada de alguém, mas o LAR pode ser entendido como um ambiente de harmonia onde as pessoas vivem e se sentem bem.

Harmonia, ausência de conflitos, paz, concórdia... Como a Bíblia incentiva o desenvolvimento destas qualidades dentro da família. Um bom exemplo pode ser encontrado em Efésios 5:22-28. Neste texto, Paulo aconselha as mulheres para que sejam submissas aos maridos. Ao contrário do que muitos machistas de plantão tendem a acreditar, neste contexto, a palavra submissão conota o sentido que a esposa deve auxiliar seu esposo no cumprimento da missão a ele outorgada, pois o homem é a cabeça que governa a casa. Porém, o texto prossegue e traz um vislumbre da tal “missão” dada aos maridos. Parte dela é exatamente amar suas mulheres como Cristo amou a Igreja, e se preciso for, morrer por ela. Em resumo, todo homem tem como dever matrimonial fazer sua esposa plenamente feliz.

E se esta é a missão do marido, a submissão da esposa se revela no fato que ela deve agir de modo a facilitar o êxito desta "jornada". Ambos trabalham em conjunto para o sucesso desta empreitada, não se omitindo em momento algum.  Afinal, só pode exigir “direitos” quem cumpre piamente seus “deveres”. Se o homem governa a casa, é a mulher quem edifica o lar (Provérbios 14:1).

Satanás tem lutado ferozmente contra os valores familiares. Inúmeras armas ele tem usado neste intento nefasto, tais como sexo ilícito, vícios e modismos. A televisão e o cinema tem sido porta voz desta ideologia deturpada, que joga a família em segundo plano e submete os valores cristãos ao desejo da “libertação” do próprio “EU”.

Infelizmente, podemos constatar que nosso inimigo tem logrado êxito como nunca, no que tange a destruição de lares e vidas; e nada (nada mesmo) desestabiliza tanto uma família quanto a destruição de um casamento. Mas é possível vedar o núcleo familiar contra as investidas do mal, simplesmente adotando hábitos saudáveis e praticando dentro do lar, o zelo, a equidade e o amor. Muitas mazelas podem ser evitadas com uma mudança de postura de um cônjuge em relação ao outro. Olhares mais ternos e carinhos espontâneos são excelentes pontos de ignição para acender a chama do romantismo,  do respeito e da paixão.

Nenhum relacionamento unilateral é saudável. Toda relação aprazível e produtiva se baseia numa via de mão dupla, onde muitas vezes é preciso perder para ganhar. Os pais são a autoridade constituída de um lar, tendo a premissa nas decisões e responsabilidade nas escolhas que norteiam sua família. Isto, porém, não lhes dá direito ao autoritarismo desmedido e nem justifica uma ditadura retrograda.

É preciso dialogo, entendimento e companheirismo, para que as divergências sejam equalizadas numa solução aceitável a todos os envolvidos. Que todo o “SIM” seja responsável e o “NÃO” revestido de justiça. A vida apresenta pontos salientes onde são exigidas grandes decisões que determinam nosso futuro (bem como o de nossos filhos), mas é na sutileza do dia-a-dia, através das pequenas ações, baseado em nossas posturas e atitudes cotidianas, que construímos os pilares desta relação familiar. Ida e volta.

Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel. (Salmo 128)

Sozinho, ninguém é capaz de fugir da teia, mas se uma família se une a Deus no propósito de escapar destas armadilhas satânicas, serão capazes de até mesmo destruir a “ARANHA”.



Informe Gospel Nº 77 - Uma só história

Junho está chegando e com ele chega também um período de muitas celebrações, com a tríplice comemoração dos aniversários de 105 da Assembleia de Deus no Brasil, 69 anos da Assembleia de Deus Madureira em Mogi Guaçu (incluindo Estiva Gerbi SP, Santo Antonio da Posse SP e Monte Sião MG), além do 10º aniversário de nossa Catedral Sede... É muita festa...

E o Informe Gospel não poderia ficar de fora deste momento histórico, e dedica sua 77ª edição para comemorar juntamente com nossas igrejas co-irmãs.  Tudo começou com a vinda de dois missionários suecos que antes de chegarem ao Brasil visitaram o movimento de despertamento e avivamento espiritual da Rua Azuza em Los Angeles, EUA.  

Daniel Berg e Gunnar Vingren atenderam a chamada missionária ao receberem uma revelação de Deus acerca do Pará. Porém, ambos não sabiam onde ficava. 

Ao pesquisarem no mapa descobriram que se tratava da região norte de nosso país. Obedecendo ao “ide” chegaram a terras brasileiras em 19 de novembro de 1910. A princípio reuniram-se com as igrejas batistas aqui já instaladas, mas como traziam na bagagem a doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo com a evidência do falar em línguas e a atualidade da concessão de dons espirituais como nos tempos apostólicos

Desde então, está obra só fez crescer, chegando a todas as regiões do Brasil, chegando a Mogi Guaçu no ano de 1947, e mais recentemente para a cidade de Estiva Gerbi, em 1996. Somos todos frutos de uma única semente, escritores da mesma história.

Além de diversas homenagens em decorrência destas datas festivas, o Informe Gospel ainda traz a “Palavra Pastoral” o texto refletivo “Clamor Nacional”, e na coluna “Histórias da Nossa Gente”, o relato “Não foram os minutos” do irmão Luiz Felipe Pavan. Tem ainda o “Humor Gospel”, “Nossa Agenda”, “Datas Comemorativas”, “Culto do Amor e todas as informações sobre os eventos que farão de junho um mês inesquecível.


O Informe Gospel Nº 77 estará disponível a partir deste domingo, 29/05/2016, e poderá ser retirado gratuitamente (nos horários de culto) em nosso templo na Rua Silvio Aurélio Abreu, 595, Jardim Florestal - Estiva Gerbi.

sábado, 28 de maio de 2016

Rede Jovem com a dupla Gideão e Samuel


O evangelho de Cristo é atemporal. Sua essência não mudo e nem se altera com o passar dos anos. Um excelente exemplo desta verdade pode ser constatado quando lemos o livro de Apocalipse, e nós deparamos com a carta ditada pelo próprio Cristo, e enviada para a igreja na cidade de Filadélfia:

Estas são as palavras daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir. Conheço as suas obras. Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar. Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome. Vejam o que farei com aqueles que são sinagoga de Satanás e que se dizem judeus e não são, mas são mentirosos. Farei que se prostrem aos seus pés e reconheçam que eu amei você. Visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam na terra. Venho em breve! Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa. Farei do vencedor uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá. Escreverei nele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte de Deus; e também escreverei nele o meu novo nome. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Apocalipse 3:7-13)

Dois milênios já se passaram desde que estas palavras foram escritas, e parece que são mais atuais hoje do que na época de sua redação. Vivemos em meio a um contexto de provação espiritual, envolto em mentiras, tragédias e perversidades. Satanás governa a mente dos homens, e a Igreja se vê na contramão do sistema, nadando contra a corrente. Neste contexto, é preciso usar a “PALAVRA” como salvaguarda e porto seguro. Segurar a coroa que nos foi dada com toda força de nosso ser, pois muitos (pessoas e situações) a querem roubar. Vencedores são colunas do Templo de Deus, e dele não desejam sair. Num mundo cheio de perigos, a nossa segurança é estar ao lado de Deus.

“Guarda o que tem, para que ninguém roube sua coroa. ”

Este pode ser o resumo do culto especial da REDE JOVEM Nova Dimensão, realizado neste sábado, 28/05/2016, que entre louvores e ministrações da palavra, sempre se via as voltas com o mesmo tema: A segurança de estar ao lado de Cristo.

A noite contou com a participação especial da dupla Gideão e Samuel, que através da boa (e tradicional) música sertaneja, contribuíram para agradável sensação  de nostalgia que nos remeteu ao primórdio da fé de muitos irmãos, dando a certeza que diante de Deus, o ontem, o hoje e o amanhã coexistem em perfeita harmonia.

Como é bom trazer a memória aquilo que nos dá esperança, e viver no agora, a segurança do antes e a certeza do depois. Todo o tempo está guardado nas mãos de nosso Deus, a mesma mão furada que nos acalentou na noite de hoje, reafirmando a promessa que está ao nosso lado, nos ajudando a jamais renegar nossa essência. A coroa está segura!




Artigo - Síndrome do Túnel do Carpo



Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia

A síndrome do túnel do carpo é a neuropatia compressiva periférica mais comum, com uma prevalência de 0,2% a 1%. Esta síndrome é causada pela compressão do nervo mediano que passa por um canal estreito no punho chamado de Túnel do Carpo. A compressão é causada pelo aumento das estruturas que passam pelo túnel ou pelo seu espessamento.

A doença é comum em pessoas que realizam trabalho manual com movimentos repetidos, mas também tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez, o que explica a maior frequência em mulheres na faixa de 35 a 60 anos. Outras doenças associadas são Diabetes Mellitus, artrite reumatoide e doenças da tireoide.

Sintomas:

Os sintomas mais frequentes são: dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos.

A dor é pior a noite, principalmente após uso exagerado das mãos durante o dia e pode ser intensa a ponto de acordar o paciente. A dor pode irradiar para o braço e até para o ombro. Atividades que promovem a flexão do punho por longo período podem aumentar a dor.

A evolução da síndrome dificulta manipular estruturas pequenas e executar tarefas simples como pregar um botão, enfiar uma agulha, segurar uma xícara.

Tratamento:

Pacientes com síndrome do túnel do carpo leve conseguem aliviar os sintomas apenas com repouso mais frequente, evitando atividades que sobrecarregam as mãos e piorem os sintomas.

No entanto, em outros casos, pode ser necessário fazer o tratamento com:

  • Aplicação de compressas geladas sobre o pulso para reduzir o inchaço e aliviar a sensação de picadas e formigamento nas mãos;
  • Utilização de uma munhequeira para imobilizar o pulso, especialmente enquanto se dorme, reduzindo o desconforto provocado pela síndrome;
  • Ingestão de remédios anti-inflamatórios, como Ibuprofeno ou Naproxeno, para reduzir a inflamação no pulso e aliviar os sintomas;
  • Injeção mensal de corticoides no túnel do carpo para reduzir o inchaço do local e aliviar a dor e desconforto durante o mês.
Além disso, o ortopedista também pode aconselhar fazer consultas de fisioterapia para fazer exercícios que ajudam a melhorar o efeito dos tratamentos e a evitar que os sintomas da síndrome surjam frequentemente.

Lembrando que a  fisioterapia possui vários recursos para realizar tanto a prevenção quanto o tratamento da Síndrome do Túnel do Carpo, dentre eles temos os exercícios de alongamentos e fortalecimentos, exercícios de amplitude de movimento e recursos eletroterapêuticos.Com objetivo de desinflamar a região, diminuindo a dor e aumentando a capacidade de movimentação do punho e dos dedos. 



sexta-feira, 27 de maio de 2016

Renovação de Mente



Dramas e traumas. Sofrimento e dor. Descaso e lágrimas...

Davi é um péssimo exemplo de pai, mas um grande exemplo de como devemos nos portar diante do Todo Poderoso, já que conseguia desfrutar plenamente da Graça de Deus, que é capaz de curar nossas dores mais agudas, e ser imerso pelo Amor de nosso Senhor, que tem o poder de cobrir uma multidão de erros. Assim, de cada experiência ruim e traumática, Davi se fortalecia através do perdão, e apesar de seus muitos pecados, através do arrependimento, conseguia construir a estrada que o levava de volta para os braços de Deus.

O Criador sempre quer o melhor para nós, pois sempre está nos preparando algo especial (SaImo 139:17). Em nenhum momento, o Senhor quer ver um servo com sentimento de culpa, angustiado, sofrendo com o medo, insegurança, dificuldade de dizer não, falta de reconhecimento de culpa entre outros sintomas que poderão produzir um afastamento do indivíduo de sua presença e consequentemente a falta de intimidade com Ele.

O texto proposto por Paulo, em II Coríntios 5:17, nos dá a nítida noção de que, ao aceitarmos a Cristo, estaremos livres de tudo que nos fazia mal no passado, está totalmente correto, no entanto, em Romanos 12:2, vemos o mesmo Apóstolo nos apresentando a necessidade da renovação de nosso entendimento.

O que entendemos a partir daí?

O versículo de segunda aos Coríntios nos garante uma mudança total em nossa estrutura espiritual, enquanto o texto da carta aos Romanos nos mostra à necessidade de mudança e cura em nossa estrutura emocional. Só depois de passarmos por essas duas transformações, poderemos gozar plenamente da perfeita vontade de Deus e experimentar totalmente as maravilhas de vivermos debaixo de sua Graça.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

EBD - A benignidade é a disposição em fazer o bem a todos


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 99 - Editora Betel
Fruto do Espírito - Lição 09
Comentarista: Pr. Israel Maia

Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Cp. Lucas Passareli


Texto Áureo
Lucas 10:35
E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.

Verdade Aplicada
A benignidade nos capacita a fazer o bem sempre com candura e compaixão.

Textos de Referência
Lucas 10:30-33

E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.



A essência do bem
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Quando o apóstolo Paulo lista as características do amor em I Coríntios 13, ele ressalta que o “verdadeiro amor” não trata com “leviandade”. Ser leviano é proceder com hipocrisia, sem bases verdadeiras, tendo comportamento volúvel e agindo com insensatez. Num contexto “amoroso”, leviano se refere à pessoa que tem sentimentos rasos e sem comprometimento. O leviano de coração, “importa-se” sem se importar, logo “amar com leviandade” equivale a “não amar”. Quem assim procede, inviabiliza o amadurecimento do Fruto do Espírito. O termo BENEGNIDADE vem da palavra grega CHESTOTES e se caracteriza pela flexibilidade de tratamento gentil e cordato para com todo o tipo de pessoa. Lucas 6:35 revela  que Deus é benigno até mesmo para com os maus e ingratos; afinal a benignidade faz parte da personalidade eterna e imutável de Deus (por favor, leia o Salmo 136 antes de continuar a leitura deste texto). Na prática, o exército da benignidade diz mais sobre o nosso caráter do que a própria bondade, pois está estritamente ligada ao desejo de não se fazer o mal, para consequentemente praticar o bem.  Por exemplo: quando o paciente recebe um diagnóstico positivo de câncer, a questão mais relevante é a “benignidade” do mesmo, pois um câncer considerado “benigno”, embora continue sendo uma patologia, “não” irá desencadear “males” ao seu portador. Deus jamais desejou qualquer tipo de mal ao ser humano (Jeremias 29:11, João 3:16) e até mesmo suas ações mais drásticas foram tomadas por amor (Hebreus 12:6), e logo deseja que seus filhos, criados sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26) também possuam tal virtude.

A benignidade age no cristão como um tipo de anticorpo que combate sentimentos nocivos em relação as demais pessoas. É um agente de cura que age em áreas afetadas pelas mágoas ou pelo preconceito, possibilitando a prática do pedido feito por Paulo aos féis em Éfeso: - Suportai-vos uns aos outros em amor (Efésios 4:2). “Podemos correlacionar e interligar a benignidade como outros sentimentos e algumas virtudes essenciais ao cristianismo, tais como, “afabilidade”, (cortesia e gentileza), “amabilidade” (condição de ser amável), “ameninade” (presença de leveza e delicadeza no trato), “benevolência” (boa vontade para com o próximo), “ihaneza” (sinceridade e lisura), “sociabilidade” (capacidade de viver bem em sociedade), “clemência” (disposição para perdoar), “filantropia”, “altruísmo” e “tolerância” (capacidade de suportar com paciência).

Em Romanos 12:6-11, Paulo ressalta que pela graça, cada um dos integrantes da grande família, recebe um dom distinto e muito especial. Esses dons só podem ser empregados para beneficio do próximo e por isso podemos chamá-los de “dons de serviço”. Mas para exercê-los, é preciso preencher alguns requisitos muito especiais, tais como, amor não fingido, apego ao bem, repulsa ao mal, cordialidade fraternal, abnegação, fervor de e espírito e ausência de remissão em suas atribuições.  Ser remisso é ser negligente, tardio para fazer, vagaroso. Aqueles a quem o Senhor confiou a graça de exercer o bem, deve fazê-lo sem demora, pois provavelmente outros não farão. Quando exercermos tais virtudes, nem que seja para o mais pequenino filho do Senhor, estamos sendo benignos para com o próprio Deus, e tal gesto não ficará sem recompensa (Mateus 25:40).



Amor Tangível
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley

O assunto deste trimestre esta sendo muito produtivo, pois há uma  grande necessidade de voltarmos a ensinar nas nossas igrejas, em larga escala, temas básicos da vida cristã, como a importância de uma mudança real de comportamento, tendo como agente modificador o "Fruto do Espírito" que está disponível a todo crente enxertado na Videira Verdadeira. A pós-modernidade também pode ser chamada de era da inutilidade, em decorrência das diversas “prioridades” nulas e efêmeras que estabelecemos. Diante de tantas coisas inúteis que temos visto em nosso meio, já era passado o tempo de se fazer algo no sentido de despertar a igreja do Senhor Jesus para as doutrinas que realmente importam. O pecado do orgulho ronda as nossas vidas pra tentar nos mover da rota que nos levará a desfrutar das insondáveis riquezas de Deus. E hoje temos em mãos uma bela oportunidade de rever nossos conceitos e valores, e assim, entender que corremos o risco de estar nos afastando do caminho do Amor.

No texto de Lucas 10.:25 – 37, Jesus responde a indagação de muitas pessoas que não compreendiam a essência da benignidade. Em seu ministério terreno, Jesus sempre enfrentou oponentes ferozes que sempre estavam propensos a lhe criticar em tudo. Mas Lucas registra algo maravilhoso da parte do Senhor Jesus, pois sempre que seus adversários se opunham à seus ensinos e questionavam suas ações, Ele manifestava a sua misericórdia e mostrava a sua essência misericordiosa. Ele era benigno.  Sua disposição em manifestar a Graça de Deus pelos homens falava mais alto no seu coração, do que qualquer critica recebida ou tratamento rude a Ele destinado. Jesus veio para manifestar o Reino dos céus e não impor aos homens um servir cego e opaco. Isso não! Ele veio para trazer vida e vida em abundância. 

E essa vida de abundância se manifesta com o fluir do fruto do Espírito na vida de todos os seus filhos. Jesus era a própria benignidade, ele estava ali demonstrando benignidade à todos os homens, pois ele mesmo disse: - Eu vim para servir e não para ser servido (Marcos 10:45). Ser benigno é expressar o amor em seu maior nível de tangibilidade. É fazer o bem sem olhar a quem, estender a mão aos necessitados e se dispor em favor dos outros sem medir distância. DEUS é benigno e quer que seus filhos sejam também. Se plantamos Amor, Deus nos dará sua graça  para que nossa colheita se dê em forma de bênçãos.


Benignidade: o amor sem medida

Nesta lição, estudaremos a benignidade, uma característica do Fruto do Espírito Santo que expõe o sentimento de quem expressa o verdadeiro amor de Cristo. Benignidade é o amor sem medida pelo próximo. Assim como a malignidade é uma característica de quem engendra o mal, a benignidade é uma característica de quem engendra o bem, isto é, o benigno não consegue pensar em fazer mal a ninguém e muito menos praticar tal afronta (Salmo 103:8). Quando começamos a desenvolver a benignidade, passamos a olhar os que estão a nossa volta de maneira diferente, pois começamos a aumentar em nós o que chamamos de capacidade de pensar sempre no que é melhor para o próximo (Cl 3.12). Isto quer dizer que aquele que é benigno não magoa e nem provoca dor em seu semelhante, pois não consegue conviver com o sofrimento alheio sem tomar uma atitude, visando o bem-estar do próximo. O benigno age. Ele não espera que o pior aconteça (Lucas 10:33-34). Ao relatar a parábola do bom samaritano, Jesus mostrou ao seu inquiridor que nem sempre aqueles que devem fazer o bem o fazem (Lucas 10:25-32), cometendo assim pecado grave (Tiago 4:17). Toda forma de negação em fazer o bem designa um  tipo de pecado. No capítulo quatro de sua carta, o apóstolo Tiago adverte que a vida é como vapor, que pode se esvanecer a qualquer momento. Por esta razão, sermos presunçosos, demonstrando que, por nossas qualidades, alcançamos vitória, pois tal postura é característica do maligno (Tiago 4:14-16). Fazer o bem é atributo divino adquirido através do amadurecimento do Fruto do Espírito Santo (II Coríntios 6:4-6).

Hoje temos visto através dos meios de comunicações todo tipo de informação. Têm como objetivo nos afastar da centralidade da Palavra de Deus, nos levando em direção ao que o mundo apresenta como sendo o modo de vida ideal (Romanos 12:2). Contudo, quando percebemos que não podemos pensar em nada que nos será vantajoso com o prejuízo de outrem, estamos nos aproximando de uma vida onde o fruto do Espírito está amadurecendo. Mesmo sabendo que podemos ter algum prejuízo pessoal, não podemos prejudicar a coletividade. Devemos sempre assumir o prejuízo produzido por nossas ações negativas (Jonas 1:11-12). Ser benigno em muitas ocasiões irá exigir de nós uma posição ao lado da verdade. Como já estudamos na lição oito, esta seção do Fruto do Espírito nos apresenta três características cada vez mais difíceis de serem encontradas no mundo: longanimidade, benignidade e bondade. Ser fiel, justo e verdadeiro tem se rotulado sinônimo de tolo. Muitos cristãos são incentivados a agirem de forma maliciosa e até mesmo inescrupulosa, causando o prejuízo de muitos (I Pedro 2:1). Este tipo de atitude não é nada benigno.

Em Atos 16:24-34, observamos uma expressão da benignidade quando Paulo apresenta ao carcereiro uma oportunidade de salvação. Enquanto o homem queria se matar, o apóstolo lhe apresentou a vida. Não uma vida passageira, mas a vida eterna em Cristo. Toda vez que nos prestamos a pregar o Evangelho, estamos agindo de forma benigna, pois o Evangelho para o homem é uma oportunidade de mudança para uma vida melhor (II Coríntios 5:17). Estar com Jesus proporciona ao indivíduo uma experiência diferente de tudo o que ele já viveu, inclusive, desenvolvendo em si os atributos de Deus que foram perdidos no ato do pecado (Romanos 3:23). Muitos pensam que ter uma situação financeira equilibrada já é o suficiente para ser feliz, mas nem sempre isso é verdade. Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Marcos 8:36). Sabendo disso, o cristão, cujo Fruto do Espírito está nele, não pode deixar de apresentar a oportunidade de salvação para todos os homens, independente da posição social a qual tal indivíduo se encontre (Marcos 16:15). O servo benigno deve afirmar que sem Jesus não dá para viver, pois uma vida sem Cristo, ainda que com muito dinheiro, é completamente insossa (Marcos 8:36).


Socorro sempre presente
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Estar em Cristo e ser fiel não imuniza ninguém de enfrentar os dias maus, as crises financeiras e o tempo de escassez. Dizer que o crente não pode passar por necessidades e provações é contrariar a própria Bíblia (Salmo 34:19). Nas horas difíceis, porém, Deus sempre abrirá uma porta de escape e providenciará um socorro bem presente, e esta provisão chegará através de mãos humanas. Por isso Deus tem levantado tantas pessoas para desenvolverem trabalhos sociais dentro das comunidades eclesiástica, a fim de socorrer o necessitado e alimentar ao faminto. Alguma vez você já recebeu a ligação de alguém da igreja pedindo sua ajuda para montar uma cesta básica que irá levar alimento a mesa de uma família carente? Possivelmente do outro lado da linha, havia alguém que até mesmo sem saber, estava fazendo valer um dos mais das mais belas atribuições confiadas a Igreja: O Dom de Socorro. Neste caso, alguém é levantado por Deus para liderar essa “esquadra de salvação”, porem, cabe a todo o cristão, a obrigação de contribuir e ajudar, repartindo o que temos com os irmãos necessitados, e isto também é ser benigno. (Atos 2:42-47). A Igreja Primitiva cresceu vertiginosamente porque pregou e viveu o genuíno amor cristão, uma mensagem de aceitação, liberalidade, entrega, devoção, compartilhamento e hospitalidade. Ao analisarmos estas dádivas valorosas confiadas aos fiéis, podemos concluir que todo cristão deve possuir pelo menos uma delas, pois só assim contribuirá para que a Igreja cumpra “todas” as funções para as quais foi designada (espirituais materiais e sociais).

Ser hospitaleiro significa acolher em casa por caridade ou cortesia pessoas, seja conhecida ou não. Dificilmente alguém abre as portas de sua casa para dar guarida a um completo desconhecido, e isto nada tem a ver com ser bom ou não, mas sim com o fato de cuidar e proteger da própria família. Por isso ao longo da história, Deus tem levantado pessoas que se dedicam a receber e cuidar dos cansados da viagem (ou da vida), dando lhes guarida, proteção, alimento, cama e acima de tudo dignidade. Alguns abrem suas próprias casas, outros dedicam sua vida em albergues, centros de reabilitação, ONG`s e cozinhas comunitárias, fazendo o bem sem olhar a quem. O escritor da carta enviado aos judeus espalhados pelo mundo deixou um conselho tão revelador, que trouxe uma verdade surpreendente sobre a importância de se exercer a hospitalidade: “Conserve-se entre vós a caridade fraterna. Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles”. (Hebreus 13:1-3)

No grego neo-testamentario, fillos ou fileo é o termo que descreve um amor que une pessoas sem vínculos familiares, tornando-as irmãos. Sem exercer este amor, a igreja estaria fadada ao fracasso, pois se desmancharia em intrigas e vaidades. O apóstolo sabia que entre tantas pessoas, seria difícil cultivar um vínculo tão profundo com todos os irmãos de fé, por isso aconselhou a igreja em Éfeso de que se não fosse possível amar, que “suportassem uns aos outros em amor” (Efésios 4:2). Não é preciso “gostar” de alguém para fazer o “bem” para ela. Alias, Jesus foi exatamente à contramão do conceito da “reciprocidade” quando nos ensinou: -  Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. “Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado”. "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’.Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem (Mateus 5:38-44). Um coração voltado para Deus enxerga além das aparências, e ama antes de julgar. É preciso a todo tempo fazer valer em nos o aconselhamento de Paulo aos irmãos da perseguida e martirizada igreja em Roma: - Sejam sábios em relação ao que é bom, e sem malícia em relação ao que é mau, e em breve, o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês (Romanos 16:19-20).


Agindo como servo de Deus

As características do Fruto do Espírito representam os atributos divinos. A benignidade é expressa pelo Criador e precisamos saber como deve agir o servo de deus com o fruto amadurecido. Em todo o tempo que o Senhor se relacionou com o povo de Israel, Ele agiu com benignidade para com eles. Sempre que podia, parte do povo transgredia em relação a Jeová, entretanto, Deus não cessou de cuidar do seu povo. Mesmo o povo desobedecendo, não sofreu com o abandono por parte do Senhor (Salmos 106:43-45). No Salmo 106, o salmista nos mostra o quanto dura a benignidade do Senhor: para sempre. Em nenhum momento, o Senhor irá deixar de estender a sua mão para os Seus (Salmo 106:7-10). Este fato se dá devido à Sua fidelidade, pois não pode negar-se a si mesmo (II Timóteo 2:13). Se temos em nós o fruto, devemos imitá-lo em tudo (Efésios 5:1), expressando a nossa benignidade. Quando começarmos a buscar o amadurecimento do Fruto do Espírito, devemos estar preparados para lidar com a ingratidão de muitos, pois nem sempre aqueles a quem ajudarmos, isto é, usarmos de benignidade, estarão prontos a reconhecer o favos recebido de nós (Lucas 17:17-19). Comente com os alunos que muitos, sem dúvida, nos abandonarão em tempos difíceis (Mateus 26:34, 69-74).

Um dos atributos de Deus em relação a Ele mesmo, isto é, que não pode ser adquirido pela humanidade através de Cristo, é a Onisciência. Isto deveria tornar muito mais difícil para Ele ser benigno para com o homem, pois o fato de ser Onisciente faz com que conheça os pensamentos e os sentimentos do coração da sua criatura (Salmo 39). Mesmo assim, o Senhor está sempre agindo de benignidade para com o indivíduo. Podemos dizer que ser benigno é estar sempre disposto a fazer o bem. Este é e sempre será um posicionamento a ser tomado pelo Senhor em relação à humanidade. Os pensamentos de Deus em relação ao homem sempre serão os melhores possíveis (Jeremias 29:11). Ao aceitarmos Jesus como Salvador, passamos a ser participantes da natureza de Cristo e, através d’Ele, automaticamente da natureza de Deus. Se formos participantes da natureza do Pai, temos por obrigação buscar o amadurecimento do fruto e passar a expressar benignidade pelo próximo, independente do que ele pensa a nosso respeito (II Tessalonicenses 3:13). Expressar benignidade é uma característica exigida daquele que recebe o Fruto do Espírito Santo, pois fazer o bem aos que nos fazem bem não é mérito algum, pois os ímpios também agem assim (Lucas 6:33).

O texto de Lucas 19:10 nos mostra que a vinda do Filho do Homem se deu para que Ele alcançasse quem havia se perdido. O homem se perdeu por escolha própria, mas ainda assim o Criador, por Sua infinita benignidade, projetou um plano para que a humanidade tivesse uma nova chance de salvação (João 3:16). Este plano demonstra o tamanho amor de Deus expresso pela sua tremenda benignidade. Ao entregar Seu único Filho para morrer pelos pecados de toda humanidade, o Senhor demonstrou o quanto é benigno para com o homem e o quanto está disposto a fazer para tê-lo de volta à comunhão com Ele (João 3:16-17). O projeto de Deus nunca é condenar, mas sempre salvar (Jeremias 29:11). Ser benigno exige do indivíduo uma posição de brandura em relação ao próximo. Muitas vezes não sabemos o que os outros estão pensando a nosso respeito, ou até mesmo se estão tramando algo contra nós. Entretanto, devemos sempre estar dispostos a perdoar qualquer tipo de ação negativa que possa vir em nossa direção (Mateus 6:12). Ser benigno é também ter o cuidado em relação aos julgamentos que fazemos dos outros, pois da mesma maneira que julgarmos poderemos ser julgados (Mateus 7:2). Assim como Cristo não veio para julgar, nós devemos sempre estar prontos a oferecer uma oportunidade ao próximo.


A benignidade de Deus
Comentário Adicional:
Cp. Lucas Passareli

Deus é benignidade (Romanos 2:4, 11:22). O primeiro casal, Adão e Eva, deve ter se sentido grato por isso! No jardim do Éden, eles estavam cercados pelas criações visíveis de Deus que evidenciavam a benignidade dele para com os humanos, que foram criados para ter prazer nelas. E Deus continua a ser benigno para com todos, mesmo os ingratos e iníquos. O ser humano, feito à imagem de Deus, tem a capacidade de refletir atributos divinos. (Gênesis 1:26) Por isso, não é de admirar que Jesus espere que demonstremos benignidade. Conforme declara Miquéias 6:8, o povo de Deus tem de ‘amar a benignidade’. Mas o que é benignidade? Como se relaciona com outras qualidades divinas? Visto que os humanos têm capacidade de mostrar benignidade, por que o mundo é um lugar tão cruel e duro? Por que nós, cristãos, devemos esforçar-nos a mostrar benignidade nos nossos tratos com outros? A benignidade é expressa por se mostrar interesse ativo no bem-estar de outros. É demonstrada por meio de uma atitude prestimosa e por palavras que mostram consideração. Ser benigno significa fazer o bem, em vez de fazer algo prejudicial. A pessoa benigna é amistosa, branda, compassiva e atenciosa. Tem uma atitude generosa e prestativa para com outros. O apóstolo Paulo admoestou os cristãos: “Revesti-vos das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade, mansidão e longanimidade.” (Colossenses 3:12) A benignidade, portanto, faz parte dessa vestimenta figurativa de todo verdadeiro cristão.

Alguns consideram a benignidade como fraqueza. Acham que a pessoa precisa ser às vezes dura, até mesmo rude, para que os outros possam ver que ela tem força de caráter. Na realidade, porém, requer verdadeira força ser genuinamente benigno e evitar a falsa benignidade. Visto que a verdadeira benignidade faz parte dos Frutos do Espírito de Deus, ela não pode refletir uma atitude fraca, que tolere a conduta errada. Jesus Cristo, nunca foi culpado de mostrar benignidade de maneira errada. Ele era a própria personificação da verdadeira benignidade, sentia compaixão das pessoas, “porque andavam esfoladas e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor”. As pessoas sinceras sentiam-se à vontade para se aproximar de Jesus, trazendo-lhe até mesmo seus filhinhos. Imagine a benignidade e compaixão que ele demonstrou quando “tomou as criancinhas nos seus braços e começou a abençoá-las”. (Mateus 9:36; Marcos 10:13-16) Embora fosse benigno, Jesus era, não obstante, firme pelo que era direito aos olhos de seu Pai celestial. Nunca fechou os olhos ao mal e foi severo em suas exortações contra os religiosos de Israel.

Para o cristão genuíno, é especialmente importante ser benigno. É evidência de que o espírito de Deus age em nós. Além disso, quando mostramos verdadeira benignidade, imitamos a Deus e a Cristo Jesus. Essa qualidade também é um requisito dos que estarão no Reino de Deus. Portanto, temos de amar a benignidade e aprender a mostrá-la.  A benignidade se relaciona com outras qualidades produzidas pelo Espírito de Deus. Ela é alistada entre a “longanimidade” e a “bondade”. De fato, quem cultiva a benignidade mostra essa qualidade por ser longânime. É paciente até mesmo com aqueles que não são benignos. As escrituras se referem à benignidade derivada do amor leal, que inclui mais do que apenas terna consideração. Trata-se da benignidade que se apega amorosamente a algo ou alguém, até que seu propósito com relação a ele se realize.  Quando os servos fiéis de Deus necessitam de livramento ou ajuda, eles sabem que a sua benevolência está relacionada com o amor leal. Não ficarão desapontados. Por isso, podem orar com fé, assim como o salmista, que disse: “Quanto a mim, confiei na tua benevolência [a maneira como a palavra hebraica é traduzida neste versículo]; jubile meu coração na tua salvação.” (Salmo 13:5) Visto que o amor de Deus é leal, seus servos podem confiar nEle plenamente. Eles têm a garantia: “Pois Jesus não abandonará seu povo, nem deixará sua própria herança.” (Salmo 94:14).


Lições práticas

O Fruto do Espírito foi entregue à Igreja para que essa fosse educada e orientada acerca do seu posicionamento em relação à sociedade. Sendo assim, a Igreja não pode se deixar influenciar por pseudo-verdades apresentadas pelo diabo (João 10:10). A Igreja de Cristo, através de seus membros, deve ser um canal, isto é, um instrumento de Deus na face da Terra, para que todas as características do fruto do Espírito sejam expressas em favor da sociedade. Por mais perseguida que seja, a Igreja deve estar sempre aberta aos que perseguem (Romanos 12:14). A nossa glorificação depende da nossa capacidade de expressarmos as características do fruto em sua totalidade (II Timóteo 2:11). Não basta ser membro da igreja, é necessário estar integrado ao Corpo (II Coríntios 12:27). Se uma postura é exigida da Igreja, que é o Corpo de Cristo, nenhum membro deste Corpo pode ir de encontro a esta postura exigida por Ele. A busca pelo amadurecimento do fruto é imprescindível para nos tornarmos membros do Corpo (Efésios 4:12).

A benignidade é uma característica de quem deseja o bem. Ela é um sentimento profundo que habita o interior do servo fiel. Sempre que um servo do Senhor for confrontado, ele deve demonstrar a essência de seus sentimentos. No Sermão do Monte, vemos Jesus ensinando que não existe a menor possibilidade de uma árvore boa produzir frutos maus e uma árvore má produzir frutos bons (Mateus 7:18). Logo, se recebemos o fruto do Espírito, cabe a nós buscar o seu amadurecimento para que possamos fornecer o que existe de melhor da parte do Senhor para a humanidade (Efésios 4:12-13). Amadurecer o fruto não é uma tarefa fácil, por isso devemos cada vez mais estreitar a nossa comunhão com o Criador através da oração e da leitura da Palavra de Deus. O uso descontrolado dos meios de comunicação tem afastado a muitos da prática salutar da oração e da leitura bíblica. É necessário que sejamos observantes em relação ao nosso posicionamento enquanto Igreja acerca de assuntos polêmicos e contraditórios que têm invadido as igrejas, trazidos por informações veiculadas pela Internet  e outros meios de comunicação (Mateus 11:6). Em muitos casos tiramos conclusões precipitadas de fatos sem nenhuma comprovação. A benignidade também é expressa quando não fazemos juízo temerário sobre ninguém (Mateus 7:1).

Ao recebermos o Fruto do Espírito, passamos a ter compromisso em relação à sociedade (II Tessalonicenses 3:13). O Fruto do Espírito no cristão é a manifestação do caráter de Deus. Sendo assim, quando nos apresentarmos publicamente, principalmente diante dos indivíduos que ainda não se decidiram em seguir a Cristo, devemos expressar toda a magnitude do fruto através de nossos atos, presenteando a todos com essa maravilhosa dádiva do Criador (I João 3:18). Algo que não pode ser desprezado é a oportunidade de mostrar a transformação promovida pelo amadurecimento do fruto na vida do cristão. Ao escrever para a igreja na cidade de Corinto, o apóstolo Paulo os encorajou que fossem seus imitadores como eles era de Cristo (I Coríntios 11:1). As características do fruto devem ser desenvolvidas a ponto de causar desejo em todo cristão de tê-las maduras em sua vida (Efésios 5:22-23).



Conclusão

Ser benigno é ter a capacidade de entender o momento do próximo sem agir com intolerância. É saber que em muitas situações o indivíduo não está bem e sujeito a atitudes extremas. Entretanto, a postura do cristão deve ser sempre digna de admiração, assim como Jesus disse que deveria ser (Mateus 5:16).





O Fruto Espiritual é uma prova eficaz que estamos progredindo em nosso processo de santificação, tornando nossa maturidade espiritual perceptível.  Este fruto só será completo se for constituído de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperanças. Para aprender ainda mais sofre o Fruto do Espírito, e a frutificação espiritual na era da pós modernidade, participe neste domingo, 29 de maio de 2016, de nossa EBD.