Material
Didático
Revista Jovens e Adultos
nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 11
Comentarista: Bp.
Manuel Ferreira
Comentários
Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pb. Bene Wanderley
Ev. Lucas Gomes
Texto
Áureo
Mateus 16.24
Então disse Jesus aos
seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome
sobre si a sua cruz e siga-me.
Verdade
Aplicada
O discípulo não é de
graça, tem um preço, e é preço de renúncia: é tomar a cruz sobre si.
Textos de
Referência
Mateus 8.19-22
E, aproximando-se dele
um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.
E disse Jesus: As
raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem
onde reclinar a cabeça.
E outro de seus
discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que, primeiramente, vá sepultar meu
pai.
Jesus, porém, disse-lhe:
Segue-me e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.
Mateus 9.9
E Jesus, passando
adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe:
Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
A inquestionável
liderança de Jesus
Comentário
Adicional
Ev. Lucas
Gomes
Muitos
líderes têm se destacado por ter uma grande equipe ao seu lado. Muitos
coordenadores e gestores, aliás, se beneficiam da autonomia para escolher seus
colaboradores, e com isto elaboram prévios critérios para contar apenas com
profissionais muito qualificados, inclusive, moldando neles sua liderança.
Jesus se tornou o maior líder de todos os tempos, seguindo exatamente o
caminho inverso. Escolheu para formar sua equipe, homens despreparados, sem
virtudes aparentes e ainda sem um direcionamento definitivo de suas vidas. Ao
escolher seus doze discípulos, o Mestre, agregou fogo e pólvora no mesmo
barril, criando um ambiente explosivo, mas que através de sua liderança, se
moldou nos propósitos previamente estabelecidos. É claro que toda a liderança
de Jesus foi posta à prova em seu ministério, tendo que lidar com os dramas
familiares de Pedro e André, e com a fogueira de vaidades que queimava na casa
dos irmãos “Trovão”: Tiago e João (Mateus 20:20). Para um ministério que
precisava de expansão, é convocado Felipe, cuja eloquência deixa muito a
desejar, e como um dos ministros do Reino que pregava agregação, é escolhido
Natanael, em cujo caráter é visível traços de xenofobia (João
1:44-47).
Junte-se
ainda neste caldeirão a instabilidade de Pedro, o pragmatismo exagerado de
Tomé, o materialismo latente de Judas, a rivalidade odiosa existente entre o
“publicano” Mateus e o “zelote” Simão, além de um possível ostracismo subjetivo
de Tadeu e Tiago. Entre seus seguidores mais fieis, também estava
um grupo de mulheres muito devotadas, sendo que no trato a elas,
Cristo confrontava paradigmas e dogmas de uma cultura
machista. Mas, além de ensinar, o mestre inspirou esses homens. Jesus
Cristo quando estava pregando a sua Palavra, acompanhado dos seus discípulos,
influenciou e liderou através dos seus exemplos, trabalhando, ensinando,
incentivando e servindo. Jesus sempre dava a direção aos seus discípulos e
seguidores, agindo com paciência e amor, dando a provisão necessária para que
todos fossem preparados para a obra do seu ministério, levando-os a uma
condição muito melhor do que quando os encontrou, e em menos de três anos, a
liderança incisiva de Jesus foi capaz de mudar hábitos, forjar caráter e
imprimir sua marca pessoal em cada um de seus pupilos, ao ponto que de tão
parecidos, os olhos mais leigos não podiam diferenciar um do outro (Mateus
26:48, 69-74).
O estilo
de liderança do Senhor Jesus foi além de prático, muito inspirador. Ele mesmo
disse: “eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”
(João 13:15). Noutra ocasião também falou: “aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração” (Mateus 11:29). Tais palavras destacam a qualidade da sua
liderança inspiradora. Igualmente, os termos “façais e aprendei” trazem consigo
um apelo de compromisso com o seu exemplo. Essa é a nossa missão. Como
pastores, líderes de departamento, diáconos e obreiros na obra do Senhor,
devemos agir com amor e paciência para com os novos convertidos e os cristãos
mais fracos, primeiramente dando o exemplo, depois ensinando, servindo e
mostrando a direção a ser seguida, entendendo que alguns atingem a maturidade
cristã mais rápida, enquanto outros demoram muito mais e exigem mais trabalho. Quem
conhece Jesus não o segue pelo que Ele faz, mas pelo que Ele é. O que Jesus tem
de mais impactante, em sua liderança, é sua integridade de vida. Suas palavras
transformaram as pessoas, Ele é o homem perfeito, o nosso maior modelo. Sua
liderança para influenciar na melhora das pessoas era extraordinária e com
testemunho (João 5:36). Ele liderava homens e mulheres para uma causa e
propósito comum, através do seu caráter que inspira confiança (João. 13:15).
Liderança
é, acima de tudo, um exercício de relacionamentos. Jesus sabia muito bem como
se relacionar com pessoas. Isento de qualquer vaidade, e munido de carisma e
empatia, Ele conseguia falar a língua de seus liderados, ganhando a confiança
dos mesmos. Jesus não hesitava em entrar na casa das pessoas e visitar locais
onde gente marginalizada se refugiava; mas também não se esquivava de encontros
com nobres e príncipes ou ensinar doutores letrados da lei. O grande segredo de
Jesus era se nivelar ao seu ouvinte, para depois traze-lo ao seu próprio nível.
Sua vida era moldada por suas palavras e vice-versa, e assim cada detalhe de
seu ministério inspirou, inspira e continuará inspirando a todos que voltarem
seus olhos e ouvidos para Ele.
O Mestre
seleciona seus discípulos
Veremos nesta lição o modo
de trabalhar de Jesus no que tange ao discipulado. Debruçaremos sobre duas
principais bases: o Seu programa de seleção de discípulos e o Seu próprio
exemplo em relação ao ministério da Palavra. Apesar da grande popularidade e de
ter muitos discípulos (Mateus 9), Jesus sabia que não deveria apoiar o Seu
trabalho nas multidões que vinham para ouvi-lo. Certo é que já estavam com eles,
alguns, porém o Mestre via a necessidade de completar doze, que aponta para às
tribos de Israel. Certo escriba, cujo nome não se sabe, queria acompanhar a
Jesus. Este ofereceu para segui-lo onde quer que fosse (Mateus 8:19). Era comum
homens se oferecerem para seguirem determinado mestre e eles procuravam
aprender tudo o que podiam sobre as palavras e atitudes desse mestre. Agora,
porém, com o Mestre era diferente, pois Ele mesmo era quem fazia questão de
escolher seus discípulos (Mateus 10:1; João 15:16). Quanto ao escriba, o Senhor
já o conhecia e não tinha o conforto que ele cogitou alcançar pelo ministério.
Os animais tinham sua morada, ninhos e covis, mas naquele momento o Mestre não.
Se quisermos seguir a Jesus, não devemos priorizar conforto, e sim o estra com
Ele. O Senhor Jesus buscava não era fama, nem seguidores ou uma forma interessante
de se passar o tempo. Ele estava atrás de discípulos capazes de assimilar a sua
visão amorosa pelas almas, o Seu senso de urgência e o aprendizado a ser recebido.
Quem está em busca de conforto, de fama ou de seguidores não poderá seguir a
Jesus no ministério, porque o que Ele quer são discípulos resignados como Ele,
que tudo deixou.
Este outro era também
seguidor de Jesus, menos ilustre que o escriba, e o caso dele foi mais
dramático. Ele manifestou um forte desejo de acompanhar Jesus em seu
ministério, mas o Mestre o julgou a partir de suas próprias palavras. Ele se
ofereceu, porém pediu que fosse sepultar primeiro a seu pai que acabara de
falecer. Com esta palavra, o Senhor o dispensou: “deixa aos mortos sepultar os
seus mortos” (Mateus 8:22). Seguir a Jesus deve estar acima dos deveres
familiares. O nosso coração deve estar apenas nEle. Ele exige essa
exclusividade (Mateus 10:37; Lucas 14:26). Seguir a Jesus é renunciar a si
mesmo. É necessário colocar os vínculos familiares nas mãos de Deus, renunciar
o lugar de conforto e seguir a Jesus sem olhar para trás. O Reino dos céus é
tomado a força e apenas os que se esforçam e renunciam a tudo entram de fato no
Reino. O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo não é barato e nunca
entra em promoção, portanto é necessário renunciar seus vínculos mais caros,
tais como pai, mãe, irmãos, filhos e bens.
Jesus recusou dois
discípulos para estar em sua companhia: um mais ilustre, que era escriba, e
outro que não sabemos. Dias depois, o Mestre passa a recebedoria e chama a
Mateus para segui-lo. Mateus imediatamente levanta-se e o acompanha (Mateus 9:9).
Parecia haver algum equívoco no modo de selecionar os discípulos. Embora Mateus
estivesse ocupado como coletor de impostos, fica implícito que desejava ser
útil a Cristo e ao Reino de Deus. Sua escolha e companhia trouxeram pesadas
críticas ao Senhor pelos de fora, pelo fato de Mateus receber a seus amigos
publicanos e Jesus estar com eles. O Mestre sabiamente justifica a sua missão
entre publicanos, enquanto defende também a Mateus. Quando nos entregamos
inteiramente ao Senhor, Ele fala por nós e nos defende, como aconteceu com
Mateus. Ele não questionou, nem perguntou os motivos de Jesus para que fosse
escolhido, apenas se levantou e o seguiu. Observe que Mateus era querido entre
seus colegas e eles foram estar com ele, Jesus e Seus outros discípulos.
Escolher
ou ser escolhido!
Comentário
Adicional
Pb. Bene
Wanderley
Estamos
quase na reta final desse trimestre, e
temos a oportunidade de mais uma vez, rever conceitos e ensinamentos que por um
longo tempo de nossas vidas, nos foram ensinadas. O tema em apresso é de suma
importância para nós, pois iremos avaliar nosso conceito do servir ao Mestre
Jesus. Ao lermos todo o texto em estudo, temos alguns exemplos para nosso
crescimento. Mateus 8:19, nos diz que
veio até Jesus um certo escriba, que de imediato se ofereceu de pronto a seguir
Jesus. Suas palavras nos comove, nos faz respirar profundamente, eu,
particularmente fico até extasiado ( arrebatado, enlevado, emocionado) com tais
palavra, pois me parece de alguém apaixonado, alguém que está envolvido por um
sentimento puro e ao mesmo tempo imerso em euforia. É contagiante! Mas, não era
um sentimento verdadeiro, pois logo que Jesus ouviu tal declaração, sua postura
e resposta denotam que Jesus vislumbrou ali, algo que estava em oculto. Não basta
apenas querer seguir Jesus, não é o bastante achar bonito o ministério ou coisa
do tipo, Jesus não se engana com nossas emoções ou gestos de aparências gentis
Ele não se
impressiona com nada que venha de nós, na verdade nós não o impressionamos em
nada. O fato é, que muitas vezes queremos aparecer, sermos vistos, admirados, sentir-se
importante, ao ponto de bancarmos o papel de ridículos diante do Senhor. Na verdade,
é desse jeito que a atual geração está vendo o Reino de Deus. “Servos” tentando
tirar vantagens de seu Senhor, os sacrifícios requeridos são esquecidos, as
pessoas estão querendo ganhar e não sacrificar suas vidas. Aquele escriba se
auto examinou, se disponibilizou por vontade própria, mas em essência, não
priorizava a Jesus, e as renuncias ministeriais lhe seriam um fardo pesado
demais. E é bem assim que muitas vezes estamos agindo em relação ao Reino. Em
querer seguir Jesus nada contra; o fato é que o custo dessa entrega é caro, e
também quase impagável por qualquer um de nós. Jesus deixou isso bem definido
em sua resposta ao escriba. As raposas têm seus covis, e as aves dos céus os
seus ninhos, mas, o filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça. As
palavras de Jesus nos mostra o porque aquele escriba foi recusado de imediato:
nesse Reino não teremos uma vida de facilidades, confortos, e regalias.
Precisamos
rever o que estamos fazendo com o dom precioso do evangelho do Reino. Será que
estamos dispostos a perder para ganhar no porvir? Até que ponto somos capazes
de sofrer para glória do nome de Jesus... O escriba foi reprovado nestas questões
primárias do discipulado. Em seguida
outro homem se aproximou do mestre com a mesma intenção de se engajar o Reino,
mas, sob uma condição: - Deixa que eu vá
enterrar meu pai primeiro. Depois eu o alcanço, pode ser? Isso parece
irônico, pois é desse jeito que estamos agindo em relação ao chamado de Deus. Estamos
banalizando o preço a ser pago, a renúncia, ao zelo pelo santo... Escolhemos ao
invés de sermos escolhidos. E me perdoe a franqueza, mas está uma bagunça isso
aqui...É hora de mudar. Jesus ainda é o Senhor, o Mestre e o Rei.
O Mestre e seu exemplo ministerial
Os trabalhos
ministeriais de Jesus se intensificaram e o desafio de alcançar aquelas
preciosas almas com as boas novas era grandioso. O Senhor já se acompanhara de
alguns discípulos e estava chegando o momento de prepará-los e enviá-los. A
Galileia era grande, com muitas cidades e povoados, mas Jesus a circulava com
todo o vigor. Ele andou também pela Pereia, Samaria e Judeia, mas concentrou
seus esforços estrategicamente na Galileia. Ele ia de cidade em cidade, de
povoado em povoado e de sinagoga em sinagoga (Mateus 9:35). Quando não era mais
possível, fazia suas reuniões ao ar livre. Não pense que Ele andava à toa e
errante. Ele deixou a carpintaria e Seus familiares para estar nas mãos de
Deus. Que possamos nos deter no exemplo do Senhor Jesus e nos inspirar a
percorrer pelos lugares que Ele assim desejar que andemos. Busque conhecer esse
Jesus vivo e dinâmico, que não olhava para as dificuldades. Ele não se
preocupava se chovia ou fazia sol, ou se havia segurança ou não por aqueles
caminhos, como nós fazemos. Jesus simplesmente ia, caminhava e contatava as
pessoas, através de Seu senso de urgência com a mensagem do Reino.
Jesus por onde andava levava
consigo a Sua mensagem e seus discípulos o acompanhavam. A Sua mensagem eram as
boas novas do Reino dos céus. Era a continuação da pregação de João Batista (Mateus
3:2; 4:17). Todos os homens pecaram e vivem sob a tolerância de Deus, mas o
Reino de Deus está próximo e é necessário que os homens entrem nele já. A única
oportunidade de se entrar no Reino é através do arrependimento, ou seja, pela
completa mudança de pensamentos, atitudes e sentimentos (Gálatas 2:20). Há muita
seriedade nesta mensagem: “está próximo o Reino”. Esta expressão fala que está
chegando o domínio absoluto de Deus aos homens e isso significa que os homens
devem se preparar e viver dentro do Reino já. O único meio de entrada no Reino
de Deus é pelo arrependimento, pela morte de si mesmo, ou seja, pela renúncia.
O quadro doentio do povo
daquela época se resumia em duas palavras: enfermidades e moléstias. Num tempo
em que não havia disponíveis médicos e lugares de atendimento, a não ser para
quem tinha dinheiro, sobravam males físicos. Muitos deles causados por
infestações de demônios. Os dois termos “enfermidades e moléstias”, embora pareçam
redundantes ou enfáticos, na verdade, são distintos no grego. Enfermidades
“nosos” significa “doenças”; e moléstias “malakia” tem o sentido de fraqueza,
moleza, debilidade. Da para perceber que entre o povo havia muito abatimento
físico e espiritual como hoje também. Porém, ali estava Jesus, manifestando o
poder curador de Deus. Apesar dos avanços da medicina, construção de hospitais
e quantidade de médicos e enfermeiros, mesmo assim, há muitos que são curados
pela manifestação do poder curativo de Deus. Até porque há enfermidades e
fraquezas que são resultados do agir das trevas e a medicina tem sido exercida
por pessoas com critérios tanto arreligiosos (que não professam uma religião;
que não se interessa por nenhuma religião; que é neutro em assuntos religiosos)
quanto irreligiosos (que não é religioso, ímpio, ateu). Muitos, por causa da
ciência têm se recusado a buscar a Deus, mas o Senhor Jesus Cristo é o mesmo
que sempre surpreende com Seu poder curador. Há uma necessidade do Corpo de
Cristo de buscar ao Senhor enquanto se pode achar e invoca-lo enquanto há tempo
(Isaías 55:6).
Todos a
Bordo!
Comentário
Adicional
Pr. Wilson
Gomes
Deus é
misericordioso e se manifesta em multiforme graça. Embora tenham significados
que até se confundam pela paridade dos conceitos, Graça e Misericórdia são
coisas bem distintas. Para um entendimento mais pragmático, podemos dizer que a
“misericórdia” impede Deus de nos castigar e a “graça” o leva o nos abençoar.
Aqui é preciso lembrar que todos os homens pecaram e foram destituídos da
glória de Deus (Romanos 3:23). A Bíblia é categórica ao afirmar que o salário
do pecado é a morte (Ezequiel 18:4 / Romanos 6:23), logo, todo homem está sob a
égide desta terrível dívida, caminhando a passos largos para uma sepultura
eternal. A morte do pecador não passa por nenhum tipo de autoritarismo divino,
e nada mais é, do que a execução da justiça em sua forma mais pura e terna. Por
nossas escolhas e práticas pecaminosas conscientes, merecemos sim morrer, inda
que a vontade de Deus vá exatamente na direção oposta (João 13:16). A
misericórdia do Senhor surge como um facho de luz em meio as trevas, uma
segunda chance de vida no exato momento que a mão da morte toca nosso pescoço.
Por seu amor, Deus escolhe suspender temporariamente a sentença que pesa contra
o homem, NÃO lhe dando o castigo do qual é merecedor. O profeta Jeremias louva
ao Deus de Israel por este gesto de benevolência quando diz que as
misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos, pois mesmo que
não tenham fim, se renovam todos os dias (Lamentações 3:22).
E se o
mundo é um mar de pecados no qual todos nos afogávamos, Jesus é o barco
salva-vidas, que além de nos resgatar, nos dá um novo sentido de viver. Deus
nos admitiu em sua tripulação e nos colocou no seu barco. Este barco tem um
objetivo – Levar nos em segurança até a outra margem. Este navio não é de um
cruzeiro, numa linda viagem de férias, ele é um navio de batalha. Não somos
chamados para uma vida de lazer, mas para uma vida de serviço, e cada um tem
uma tarefa a desempenhar no barco. Alguns preocupados com aqueles que estão se
afogando, estão tirando pessoas da água. Outros estão preocupados com o
inimigo, lançando os canhões da oração e da adoração. Outros se dedicam a
tripulação, alimentando e treinando os membros. Embora diferentes, em
certos aspectos somos iguais. Cada um de nós pode contar com um encontro
pessoal com o Capitão, pois todos recebemos um chamado pessoal. Ele nos
encontrou em barracas nos portos da vida, e nos convidou para subir no barco
com ele...
Embora a
batalha seja dura, o barco é seguro pois o Capitão é DEUS. O barco não vai
afundar, não há preocupação quanto a isto, Deus está no controle do barco. No
entanto existe sim uma preocupação relevante: A falta de harmonia entre a
tripulação. A UNIDADE gera fé. A divisão promove incredulidade.
A desobediência gera motim – e contra o Capitão! Quem quer embarcar num navio
em que os marinheiros brigam o tempo todo? Por isto o amotinado é deixado pelo
oceano afora, não por vontade do Capitão, mas por escolha própria. A vida
no mar pode ser dura e difícil, mas pelo menos as ondas não nos insultam... Só
para você refletir: Seria a UNIDADE o segredo para colocar o mundo
todo neste barco chamado CRISTO?
O Mestre e
o desfio evangelístico
Jesus desenvolveu
simultaneamente dois ministérios: o de treinar Seus discípulos e o de levar as
boas novas do Reino. Vejamos a seguir três coisas que o empurravam nesse
sentido: A visão que Jesus tinha das almas era chocante diante da grandeza do
desafio que tinha. Ele olhava e via pessoas “cansadas e desgarradas como
ovelhas que não tem pastor” (Mateus 9:36). Um povo sem liderança espiritual
morrerá à mingua. Ninguém estava de fato pastoreando o povo de Deus para Deus.
O serviço religioso era farto, mas a liderança espiritual que os salvasse não
havia. Isso despertava um sentimento de entranhável compaixão em Jesus que Ele
compartilhava com Seus discípulos e lhes pedia que orassem a respeito. Ainda
hoje, Ele faz o mesmo conosco. Busque enteder o profundo amor que o Senhor Jesus tinha pelas
almas. O quanto Ele amou o seu próprio povo que dali a dias O rejeitaria. Seu
afeto era tão real e entranhável que O fazia trabalhar, conversar com Seus
discípulos e conscientizá-los a respeito. Seja essa a nossa oração sincera:
“Oh, Jesus, inunda-nos com teu amor”.
Os discípulos viam nos
olhos de Jesus o amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo. Eles também
ouviam as orações agoniadas, sofridas e insistentes ao Pai em favor deles. Eles
ouviram também as palavras de Seu coração que ardia em amor: “A seara é
realmente grande, mas poucos os ceifeiros”. Diante da eternidade aquela seara
logo passaria, mas aquelas pobres almas se não fossem alcançadas estariam perdidas
para sempre. Que sejamos sensíveis o suficiente para internalizarmos a visão e
o entranhável afeto de Jesus em favor dos perdidos do nosso Brasil. Queira Deus
que, após esta aula, muitos alunos sintam-se motivados em participar dos
programas de evangelização da igreja. Queira Deus que, depois desta
ministração, muitos deles peçam para que sejam feitos cultos em seus lares, de
maneira a alcançar cada vez mais vidas para o Reino de Deus, conforme orientado
pela Palavra de Deus (Marcos 16:15).
A profunda visão e
compaixão de Jesus do estado espiritual dos filhos de Israel em seus dias, fez
com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si
doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um
grande princípio multiplicador utilizado por Jesus, pois, ao formar seis duplas
e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava
mais oportunidade às pessoas de ouvi-la (Lucas 9:1-9). O envio dessa missão
teve grande êxito, porém a necessidade era de que enviasse mais pessoas.
Posteriormente, Jesus preparou setenta discípulos e os enviou. Com isso
aprendemos quão sábio e estratégico era o Senhor Jesus! Se naqueles dias foi
tão necessário ser estratégico, imagine hoje, quando o Brasil precisa urgente
de uma restauração espiritual? Infelizmente, está em andamento uma cultura
contra os evangélicos, protestantes e contra a Palavra de Deus, sobretudo.
Conclusão
Vimos nesta lição a
forma como Jesus operou em Seu trabalho de discipulado e evangelístico. Todo
esse trabalho foi desenvolvido com renúncia e preparo. São os mesmos princípios
que devem nortear nossas vidas e igrejas na conquista de almas e ampliação do Reino
de Deus na Terra.
A imagem que Mateus nos
apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é
mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o
poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a
preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras
do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber
mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho,
participe neste domingo, 11 de setembro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.
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