Revista Jovens e Adultos
nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 13
Comentários
Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pb. Bene Wanderley
Texto
Áureo
II Coríntios 5:19
Isto é, Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs
em nós a palavra da reconciliação.
Verdade
Aplicada
Cristo se entregou de
maneira obediente, voluntária e sacrificial, para demonstrar à humanidade a
grandeza e a profundidade do amor divino.
Textos de
Referência
Mateus 20:17-19; 28
E, subindo Jesus a
Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes: Eis
que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos
sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.
E o entregarão aos
gentios para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia
ressuscitará.
Bem como o Filho do
Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em
resgate de muitos.
Uma síntese sobre a missão de Cristo
Uma síntese sobre a missão de Cristo
Comentário Adicionais compilados
Corpo docente da EBD
IEAD Estiva Gerbi
IEAD Estiva Gerbi
Os evangelhos não apresentam apenas
um quadro das atividades de Jesus, nem tampouco são biografias técnicas. Mateus
escreveu para uma audiência hebraica, por isso fez questão de destacar a
genealogia de Jesus e o cumprimento das profecias do Velho Testamento, que
comprovavam o fato de Cristo ser o tão esperado Messias. Mateus é enfático ao
indicar a linhagem real de Jesus, identificando-o como o “Filho de Davi” que
ocuparia para sempre o trono de Israel (Mateus 9:27; 21:9). Sabemos que
o Evangelho segundo Mateus foi escrito para os crentes judaicos, com a
finalidade de mostrar que de fato Jesus era o Messias esperado. Para
isso, Mateus apoia-se nas revelações, promessas e profecias do Antigo
Testamento. É a Bíblia testificando a própria Bíblia. Outro fato interessante
neste Evangelho é o uso da genealogia, onde Mateus faz a linhagem de Jesus
retroceder até Abraão. O evangelista declara repetidas vezes que Jesus é
o "Filho de Davi" (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30-31; 21:9-15;
22:41-45). em resumo, o Jesus dá história também é histórico.
Neste
Evangelho, encontramos com detalhes o ministério de Jesus desde o seu
nascimento até sua ressurreição. Temos no próprio livro o registro do encontro
de Mateus com o "Mestre dos mestres", evento que mudou sua vida. De
cobrador de impostos à discípulo de Jesus. Nele também conhecemos o
homem chamado de precursor do Messias - "João Batista". Mateus
nos dá informações preciosas da vida e mensagem desse grande homem de Deus. Os
milagres de Jesus registrado neste livro possuem minuciosos detalhes que nos
impressionam mesmo depois de repetidas leituras. Mateus tem uma vibrante
conotação didática e ao mesmo tempo linguagem simples que facilita nossa
compreensão acerca do Reino de Deus.
Deus esteve por
quatrocentos anos preparando o mundo para a chegada de Jesus, e agora o cenário
estava pronto. Antes, porém, um mensageiro deveria ser enviado, uma voz que
clamaria no deserto preparando o caminho do Senhor e aplainado a estrada para
Deus (Isaías 40:3). Por séculos, os profetas estiveram extintos, mas Deus volta
a se manifestar exatamente para anunciar o nascimento do maior deles, e o seu
nome era João (Mateus 11:11). Logo em seguida, por intermédio de um anjo, Deus
revelaria a uma jovem chamada Maria que ela daria à luz ao Salvador do Mundo. Maria,
sua mãe estava desposada com José. Jovem de boa índole e moral elevada, achou-
se grávida pelo Espírito Santo. Quando José tomou ciência dessa situação tentou deixar
Maria em segredo, mas logo, sendo visitado por um anjo em sonhos, resolveu
receber Maria como sua mulher. Um ato de grande abnegação pessoal. Um decreto de César obrigava que os
homens fossem à sua cidade natal para se alistarem. Dessa maneira, José teve de
ir a Belém, levando consigo a Maria. Ao chegarem lá, não conseguiram lugar
adequado numa hospedaria por já estar lotada. Quando estas lotavam, os hóspedes
acomodavam-se no estábulo da hospedaria e foi assim que Jesus nasceu, cumprindo
a profecia acerca do lugar de seu nascimento.
O primeiro
testemunho público sobre a divindade de Jesus foi proferido por João Batista,
assim que Cristo passou pelo teste da provação no deserto. Ele não apenas
relatou a visão que tivera no momento em que estava batizando Jesus, como
também afirmou aos seus ouvintes que Cristo era o Cordeiro de Deus que iria
tirar o pecado do mundo (João 1:29-37). Mas nem todos compreenderam de imediato
esta revelação, afinal, conforme profetizado 700 anos antes por Isaías, nada de
“muito especial” seria percebido naquele homem em um primeiro olhar. Seu jeito
era simples, seu rosto era familiar demais para ser percebido. Ele havia
nascido em uma pequena cidade e sido criado em uma região sem maiores
relevâncias.
Sua profissão não
era nobre e seu nome extremamente comum. Enfim, aparentemente, nada se via
naquele carpinteiro de Nazaré que despertasse grande curiosidade em conhecê-lo
melhor. Mas Jesus tinha algo especial, que o
fazia ser melhor que seus autodenominados inimigos. Ele era o Filho de Deus, e
suas palavras jamais soaram vazias ou pragmáticas, pois eram acompanhadas de
sinais e prodígios maravilhosos. Seus feitos percorriam toda a terra,
despertando o interesse de um número cada vez maior de pessoas para a mensagem
do "Rabi Carpinteiro".
A encarnação do
Filho do Homem entre nós teve como objetivo principal expiar os pecados da
humanidade na cruz, reconciliando os pecadores e salvando todos os que haviam
se perdido (João 1.14). Portanto, enfatizaremos a seguir o teor da fidelidade
de Jesus no cumprimento dessa incumbência intransferível. A maneira de viver que Jesus
partilhou com os que estavam à Sua volta foi suficiente para influenciar as
demais gerações que sucederam depois d’Ele (Tiago 1:18). Mesmo ainda jovem
ocupou a sua mente e seu tempo em cumprir estritamente os propósitos do Pai que
o enviou para uma obra incomparável (Lucas 2:52). Os passos do Mestre neste
mundo foram marcados pela maneira fiel com que se relacionou com o Altíssimo. A
submissão de Jesus em concretizar o plano de salvação designado por Deus
implicou-O a tornar-se humano. Isso o condicionou a conviver com pessoas
influenciadas pelo cumprimento da vontade romana em manter o domínio cultural e
territorial de seus súditos.
Jesus submeteu-se à
vontade do Pai, carregando sobre Si mesmo os pecados da humanidade para que
pudesse redimi-la e reconciliá-la com o Pai. Dessa forma, Jesus foi enviado
voluntariamente, como um sacrifício perfeito, imaculado, realizando um ato de
expiação na cruz, reconciliando o homem com o Criador (II Coríntios 5:18,19).
A cruz de Cristo é o
maior evento já realizado na Terra. Jamais deixará de ser um assunto atual,
pois, na cruz Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (II Coríntio
5:19). Jesus veio ao mundo com um propósito definido (Mateus 20:28 / Lucas
19:10). Ele jamais fugiu de seu objetivo, mesmo sabendo que este o levaria à
morte. Ele falou porque nasceu, quem era, como morreria e como ressuscitaria ao
terceiro dia. Nada do que aconteceu com Jesus nesse mundo foi obra do acaso.
Deus enviou o Seu Filho para morrer, a fim de consumar a nossa salvação (João
3:16). A paixão de Cristo foi planejada por Deus desde antes da fundação dos
séculos (Apocalipse 13:8b). Deus anunciou o fim antes do começo. Jesus sabia
que todos os eventos que lhe sobrevieram faziam parte de um propósito eterno.
Ele estava consciente de sua paixão, morte e ressurreição (Mateus 17:22-23;
26.56 / Atos 4:27-28). Ser humano algum poderia estar ao mesmo tempo em tantos
eventos a não ser Jesus. NEle se cumpriram aproximadamente 66 profecias literais
em seu corpo, com riqueza de detalhes, como: lançar sortes sobre suas vestes;
ser perfurado por uma lança; não ter as pernas quebradas; ser traído; por um
amigo; por trinta moedas; ser entregue as autoridades; ser flagelado;
crucificado; e tudo o que mais lhe aconteceu, tudo isto foi planejado pelo Pai
e predito nas Sagradas Escrituras (Atos 27-28).
Mesmo sendo um plano elaborado na eternidade, não existe dúvida alguma que Cristo se submeteu a ele de forma desejosa (Lucas 22:42). Se por um lado Jesus se submeteu à vontade do Pai, por outro, Ele prosseguiu no plano por Sua autoridade divina. Ele assim afirmou: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a toma-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a toma-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.17-18). Que outra autoridade esboçou tal poder para anunciar de forma antecipada que voltaria de entre os mortos? Está claro que Ele sabia o que estava fazendo. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu. A autoridade estava nas mãos de Deus e estava nas mãos de Jesus, porque Jesus é Deus. Também nascemos destinados a algo. Assim como Jesus, ninguém nasce sem propósito. Todos nascemos com um fim. Precisamos compreender que tudo o que Deus diz a nosso respeito há de se cumprir, assim como em Jesus Cristo se cumpriu (Isaías 46:9-10).
Deus é Amor, mas Ele é também Justo, Santo e Perfeito. Esses atributos não podem, em hipótese alguma permitir que um indivíduo pecaminoso esteja em sua presença. Foi isso que aconteceu no jardim do Éden com Adão. Ele perdeu essa condição e, como era o pai de todas as gerações, as contaminou com sua imagem decaída (Romanos 5:12). Todavia, isso já estava claro na presciência de Deus e essa imagem deveria ser restaurada, não com sacrifícios de animais, mas de um homem capaz de morrer por todos os outros e que vivesse de maneira incontaminável e santa (Isaías 53:6; I Pedro 1:18-19). Então foi tomada uma decisão nos céus: enviar o Filho, para se tornar carne e satisfazer a exigência divina (I Coríntios 15:49). A santidade de Deus se contrastava com o pecado da raça humana e éramos, por natureza, réus de morte, pois esse é o salário do pecado (Romanos 6:23). Ensine para os alunos que os sacrifícios de animais no passado apenas amenizavam a ira de Deus contra os homens, eles eram sombras do que Cristo realizaria através de Sua morte na cruz (Hebreus 9:11-15). Comente com os alunos que, sendo 100% homem e 100% Deus, Jesus foi capaz de cumprir a exigência divina e ainda retornar triunfante de entre os mortos. Deus tratou com a humanidade em amor, sem ter que destruir o homem pecaminoso, pois, através da morte de Jesus na cruz, a natureza reta de Deus foi satisfeita. Em vez de inimigos, por Jesus Cristo, nos tornamos amigos.
Um olhar sobre a cruz
Mesmo sendo um plano elaborado na eternidade, não existe dúvida alguma que Cristo se submeteu a ele de forma desejosa (Lucas 22:42). Se por um lado Jesus se submeteu à vontade do Pai, por outro, Ele prosseguiu no plano por Sua autoridade divina. Ele assim afirmou: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a toma-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a toma-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.17-18). Que outra autoridade esboçou tal poder para anunciar de forma antecipada que voltaria de entre os mortos? Está claro que Ele sabia o que estava fazendo. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu. A autoridade estava nas mãos de Deus e estava nas mãos de Jesus, porque Jesus é Deus. Também nascemos destinados a algo. Assim como Jesus, ninguém nasce sem propósito. Todos nascemos com um fim. Precisamos compreender que tudo o que Deus diz a nosso respeito há de se cumprir, assim como em Jesus Cristo se cumpriu (Isaías 46:9-10).
Deus é Amor, mas Ele é também Justo, Santo e Perfeito. Esses atributos não podem, em hipótese alguma permitir que um indivíduo pecaminoso esteja em sua presença. Foi isso que aconteceu no jardim do Éden com Adão. Ele perdeu essa condição e, como era o pai de todas as gerações, as contaminou com sua imagem decaída (Romanos 5:12). Todavia, isso já estava claro na presciência de Deus e essa imagem deveria ser restaurada, não com sacrifícios de animais, mas de um homem capaz de morrer por todos os outros e que vivesse de maneira incontaminável e santa (Isaías 53:6; I Pedro 1:18-19). Então foi tomada uma decisão nos céus: enviar o Filho, para se tornar carne e satisfazer a exigência divina (I Coríntios 15:49). A santidade de Deus se contrastava com o pecado da raça humana e éramos, por natureza, réus de morte, pois esse é o salário do pecado (Romanos 6:23). Ensine para os alunos que os sacrifícios de animais no passado apenas amenizavam a ira de Deus contra os homens, eles eram sombras do que Cristo realizaria através de Sua morte na cruz (Hebreus 9:11-15). Comente com os alunos que, sendo 100% homem e 100% Deus, Jesus foi capaz de cumprir a exigência divina e ainda retornar triunfante de entre os mortos. Deus tratou com a humanidade em amor, sem ter que destruir o homem pecaminoso, pois, através da morte de Jesus na cruz, a natureza reta de Deus foi satisfeita. Em vez de inimigos, por Jesus Cristo, nos tornamos amigos.
Um olhar sobre a cruz
Comentário
Adicionail
Pb. Bene
Wanderely
Romanos 5 nos traz uma visão
amplificada do propósito da vida, morte e ressurreição de Jesus. Os pontos são
bem salientes (se sobressai, é notável, evidente e visível ). O texto nos
informa que justificado mediante a fé, em Cristo Jesus, temos paz com Deus. Essa
paz só foi possível através do sacrifício da cruz. Não haveria outra forma de o
homem caído e destituído da graça de Deus voltar ao seu estado original. (Romanos
3.23), o homem perdeu a comunhão quando pecou contra Deus o desobedecendo no
jardim. Com a morte de Jesus, a porta da justificação foi aberta. Essa
realidade deve nos mover para frente, para o impossível, para o inacreditável.
Hoje vivemos uma crise de identidade, no meio dos cristãos, perdemos os nossos
referenciais bíblicos e históricos, olhamos para traz e parece que não os
temos; isso fere o cristianismo puro e verdadeiro. O perigo está diante de nós.
O perigo de esquecermos quais remos devem ser usados em nosso barco espiritual,
afim de nos levar ao encontro com o Deus Eterno. Deixar de olhar para a cruz é
deixar todos os valores trazidos até nós pelo sacrifício salvífico de Cristo, e
voltar ao estado de condenados ao inferno. É rasgar as vestes da salvação com
que Cristo nos vestiu quando deu o brado lá no Calvário. Precisamos voltar a
pregar nos nossos púlpitos a mensagem da cruz, despejar, derramar sobre os ouvintes
a mensagem de sangue. Mostrar que quem não toma parte na morte não pode tomar
parte na vida e glória de Cristo. Que Deus nos ajude a ver quão rasos e inertes
estamos em relação ao sacrifício de seu filho.
A paixão e morte de Cristo
A paixão e morte de Cristo
A agonia, a vergonha, o
desprezo e o martírio foram reais. Cristo viveu tudo isso em sua carne e não
podemos fugir dessa realidade. Todavia, a cruz se revela muito além do
sofrimento e reflete a glória de uma tarefa cumprida (João 19:30b). A cruz está
repleta de eventos significativos para a humanidade. Jesus estendeu o seu
perdão para aqueles que o estavam crucificando (Lucas 23:34). Eles o maltrataram,
o fizeram gemer, rasgaram seu corpo com chicote, mas jamais puderam fazer com
que lhes odiasse. Mesmo dilacerado e agonizante, na cruz, Jesus revelou seu
incomparável amor e sua poderosa autoridade ao declarar que um dos ladrões
estaria assegurado em seu Reino (Lucas 23:42-43). Era o momento mais importuno
para ver um reino ser estabelecido. Mas, ali, estava a autoridade daquele que
decide quem entra ou não na eternidade. Quando disse: “Está consumado”, revelou
claramente que havia terminado com êxito a Sua missão salvadora (João 19:30b). Nos
tempos de Jesus Cristo, a crucificação era vista como maldição. Por esse
motivo, o criminoso era crucificado no alto, entre o céu e a terra,
significando que não era digno nem do céu, nem da terra. Para nós o sentido é
outro. Jesus está entre o céu e a terra como nosso mediador (Gálatas 3:13 / I Timóteo
2:5-6).
Perto da hora nona.
Jesus começou a exclamar e alguns até pensavam que clamava por Elias. Mateus assinalou
que, antes de render seu espírito, Jesus clamou com grande voz. Esse clamor
marcante aparece nos quatro evangelhos (Mateus 27:50 / Marcos 15:37 / Lucas 23:46).
Porém, João nos diz que Jesus morreu com um grito: “Está consumado!” (João 19:30).
Em grego e em aramaico essa frase se diz em uma só palavra: “Tetelestai”. Essa
palavra é a exclamação do vencedor; de um homem que completou sua tarefa; de
quem venceu a luta; de quem saiu da escuridão à glória da luz e tomou posse da
coroa. Jesus morreu vitorioso e conquistador, com um grito de triunfo nos
lábios. Enquanto todos viam o fim. Cristo mirava para o princípio. Com essas
palavras, Ele dizia muito mais do que o fim da vida. Ele queria dizer. “Cumpri
de maneira plena e satisfatória a obra que meu Pai me confiou”. Ele viveu uma
vida inteira de obediência imaculada a Deus, a qual findou com uma vergonhosa e
horrenda morte de cruz. Jesus Cristo cumpriu cabalmente cada etapa daquilo que
fora escrito a seu respeito (Atos 4:27-28). Finalmente, o motivo pelo qual Ele
veio estava consumado.
Quando Cristo rendeu seu
Espírito ao Pai, outro evento sobrenatural ocorreu: o véu do templo se rasgou
de alto a baixo (Mateus 27:50-51). A consumação de sua obra foi simbolizada
pelo novo acesso de intimidade. Na morte de Jesus vemos o amor de Deus e o
caminho, que uma vez esteve fechado a todos os homens, agora está aberto para
que todos possam dEle se aproximar. No Santíssimo, somente o sumo sacerdote
poderia entrar, no Dia do Perdão. Mas, em sua morte, o véu que ocultava Deus
dos homens foi rasgado. A morte de Cristo abriu o caminho para se ter uma
íntima, santa, pessoal, perdoada e alegre comunhão com o Pai. Ele se tornou o
único Mediador necessário entre os homens e Deus (Hebreus 10:19-) O véu
guardava o Lugar Santíssimo, onde morava própria presença de Deus, ao qual
ninguém podia entrar, salvo o sumo sacerdote, somente uma vez ao ano, no Dia da
Expiação. Era um caminho que até o momento esteve fechado a todos os homens. A
ideia que temos é como se o coração de Deus, escondido até esse momento, se
despisse perante os homens. A chegada de Jesus, Sua vida e morte rasgam o véu
que tinha separado o homem da pessoa de Deus. Na cruz os homens viram o amor de
Deus como nunca tinham visto.
Ele escolheu a cruz
Ele escolheu a cruz
Comentário
Adicional
Ev. Lucas
Gomes
Na noite
de sua paixão, enquanto Cristo orava no Getsemani, o Pai lhe revelou os
terríveis detalhes de como seria sua morte, e Jesus tomou ciência do grande
preço que pagaria por nossos pecados. Como descrito por Davi no profético e
messiânico Salmo 22, na cruz, Jesus enfrentaria não apenas uma dor física
extrema, como também a angustia da solidão. Seria escarnecido por uma multidão
de demônios, seu corpo se derramaria como água e seu coração se derreteria como
cera. Seus olhos espirituais se abrem, e ele visualiza cena a cena... Após ser
preso por centenas de soldados romanos e condenado por uma corte judaica
arbitraria, ele seria enviado para Pilatos, onde enfrentaria a mais sangrenta
de suas flagelações. O flagelo seria executado por meio de um açoitamento,
realizado com tiras de couros sobre as quais eram feitos nós nas pontas ou
fixado pequenos pedaços de ossos ou chumbo. Os carrascos iniciariam o
espancamento; e neste processo sua pele seria dilacerada e se romperia, fazendo
o sangue espirrar. A cada golpe Jesus reagiria num sobressalto de dor. As
forças iriam se esvair, o suor frio desceria pela face, a cabeça giraria em uma
vertigem de náusea e calafrios percorreriam ao longo das costas. Se não
estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue. Com
longos espinhos, os algozes teceriam uma espécie de capacete e o aplicariam sobre
sua cabeça. Os espinhos iriam penetrar seu couro cabeludo fazendo-o sangrar
copiosamente. Pilatos, após exibir seu corpo dilacerado para a multidão, se
acovardaria, e o entregaria para ser crucificado.
Sobre seus
ombros seria colocado o braço horizontal de uma cruz, pesando cerca de cinquenta
quilos. A estaca vertical já estaria o esperando no calvário. Jesus iria
caminhar com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular cheio de pequenas
pedras, e num percurso com aproximadamente seiscentos metros, fatigado pela dor
e cansaço, ele arrastaria um pé após outro, frequentemente caindo sobre os
próprios joelhos. A esta altura, seus ombros já estão cobertos de chagas e
quando cai por terra a viga lhe escapa e escorrega pelo dorso, esfolando-o
ainda mais. Quando chegasse ao Calvário, os soldados iriam retirar suas vestes,
porém, sua túnica estaria colada nas chagas e a fricção produziria uma dor
atroz, pois cada fio do tecido já estaria aderido à carne viva. Com a retirada
da túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto e as chagas
se laceram. Os carrascos dão um puxão violento e o sangue começa a escorrer.
Então, ele seria deitado de costas sobre o braço horizontal da cruz, e suas
chagas se incrustariam de pedregulhos. Os carrascos pegariam um longo
prego pontiagudo e quadrado, apoiariam sobre seu pulso e com golpes de
martelo, o plantariam e rebateriam sobre a madeira. Nesta hora, seu rosto se
contrairia assustadoramente. O nervo mediano seria lesado, uma dor aguda se
difundiria pelos dedos e se espalharia pelos ombros, atingindo o cérebro. A
lesão dos grandes troncos nervosos quase o fariam perder a consciência, mas ele
se manteria firme. O nervo estaria destruído só em parte, a lesão permanece em
contato com o prego. Ao ser suspenso pela cruz, o nervo se esticaria como uma
corda de violino, e a cada movimento ou solavanco, vibraria, despertando dores
dilacerantes. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetrariam no
crânio e a cabeça inclinaria-se para frente em razão da coroa ter um diâmetro
que impede de apoiar-se na madeira. Então seus pés seriam pregados,
provocando os mesmos efeitos nos membros inferiores.
Ao meio
dia, ele teria sede. Uma máscara de sangue cobria seu rosto, a garganta seca
lhe queimava, mas não poderia engolir. Os músculos dos seus braços se
enrijeceriam em uma contração que iria se acentuando, os deltóides, os bíceps
esticados seriam levantados, os dedos de curvariam. A respiração iria se
fazendo pouco mais curta, o ar entrando com um sibilo, mas não conseguindo
sair. Ele respiraria com o ápice dos pulmões. Tendo sede de ar semelhante a um
asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se tornaria vermelho,
transformando logo após num violeta purpúreo e, enfim, cianótico. Ele seria
envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podiam mais se
esvaziar. A fronte estaria cheia de suor e os olhos saindo da órbita.
Lentamente com um esforço sobre humano, Ele tomaria um ponto de apoio sobre o
prego nos pés, esforçando-se a pequenos golpes e se elevaria, aliviando a
tração dos braços. Os músculos do tórax se distenderiam, a respiração
tornaria-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziariam e o rosto
recuperaria a palidez inicial. Logo após o corpo começaria a se afrouxar de
novo e a asfixia recomeçaria. Cada vez que quiser falar, deveria elevar-se,
tendo como apoio o prego dos pés. Ele já estaria há seis horas na cruz. A
temperatura corporal diminuindo, todas as suas dores, a sede, as cãibras, a
asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancariam um angustiante lamento.
Ele se sentiria completamente sozinho
De
sobressalto Jesus, retorna ao Jardim. A angustia pelo sofrimento vindouro faz
seu suor se transformar em gotas de sangue, um fenômeno raro que só acontece em
condições excepcionais. Para provocá-lo é preciso que o indivíduo se encontre
em um estado de fraqueza física, acompanhado de abatimento moral, causado por
violenta emoção e grande medo. Esta tensão provocou em Jesus o rompimento das
finíssimas veias capilares que ficam sob as glândulas sudoríparas. O sangue
misturou-se ao suor e se concentrou na pele, escorrendo por todo o corpo. Jesus
está em choque profundo. O medo aflige sua alma. Por um instante ele hesita,
não deseja passar por tanto sofrimento. Então pede ao Pai que mude os planos e
não o faça beber daquele cálice amargo. Mas então se recompõem. Agarra-se a sua
missão: Pai, seja feita a sua vontade e não a minha! Neste momento, Jesus
escolhe a vontade de Deus . A vontade de Deus é salvar o homem de seus pecados.
Isso só será possível se Jesus morrer. Então tudo está nas mãos dele. Sim ou
não? - Jesus escolhe a cruz.
A glória e exaltação do Rei
A glória e exaltação do Rei
Jesus terminou com honra
o trabalho de redenção. O preço exigido por Deus para a reconciliação com homem
foi pago. Agora, Deus confirmaria essa consumação ressuscitando Jesus dos
mortos. Fato que Jesus predisse e planejou (Lucas 18:31-33). A ressurreição é
um milagre que Deus cercou de provas por todos os lados (Mateus 12:38-40;
27:62-63 / Marcos 8:31; Lucas 9:22). É o grande sinal que comprova a
autenticidade das palavras de Cristo (João 2:22). Religião alguma é capaz de
afirmar ou provar que seu fundador teve o privilégio de regressar do mundo dos
mortos. O cristianismo, porém, é o único capaz de afirmar que sem a
ressurreição de Jesus não há cristianismo. O sacrifício de Jesus foi único e
toda a fé cristã repousa em sua ressurreição (I Coríntios 15:14). Jesus foi até
o fim. Ele concluiu o trabalho inigualável que o Pai lhe dera para fazer e que
a ressurreição, como resposta, foi a prova de que Deus ficou satisfeito. Abriram-se
os sepulcros. Esse acontecimento reflete a vitória de Jesus sobre a morte. Ao
morrer e ressuscitar, Jesus destruiu o poder da morte. Devido à sua vida, sua
morte e sua ressurreição, o sepulcro perdeu o seu poder, a tumba perdeu seu
terror e a morte sua tragédia, porque agora estamos seguros de que, porque Ele
vive, nós também viveremos (Atos 17:28)
O apóstolo Paulo nos
ensina que, sem a ressurreição de Cristo nossa fé seria vã (I Coríntios 15:17).
A nossa pregação seria inútil e a nossa esperança seria vazia. Nosso testemunho
seria falso e nossos pecados não seriam perdoados. Seriamos os mais infelizes
de todos os homens. Sem a ressurreição de Cristo, o cristianismo seria o maior
engodo da história, a maior farsa inventada pelos cristãos. Os mártires teriam
morrido por uma mentira e uma mentira teria salvado o mundo. Glórias a Deus
porque Jesus ressuscitou e hoje temos vida abundante. Louvado seja Deus por Seu
amor em nos conceder a vida eterna (João 3:16). A ressurreição de Cristo é a
demonstração do supremo poder de Deus. É o fato mais extraordinário da
História. Sem a ressurreição de Cristo, o cristianismo seria uma religião vazia
de esperança, um museu de relíquias do passado. Sem a ressurreição de Cristo, a
morte teria a última palavra e a esperança do céu seria um pesadelo (I Coríntios
15:17).
Existem muitos outros
significados que a cruz de Cristo nos revela, mas existe um que não podemos
jamais deixar de apontar: Jesus quis fazer o que fez. Ele sabia no que implicava
sua vinda. Sabia que o único preço para a nossa salvação era sua morte. Ele
poderia evita-la. Ele disse que poderia (João 10:17). A ressurreição de Cristo
é o brado de Seu amor pela humanidade (João 10:11). Se Ele desejasse, chamaria
seus anjos, devastaria seus inimigos e escaparia da cruz, mas não. Ele
escolheu. Ele foi até as mais baixas profundezas para que nenhum de nós tivesse
que se perder. Ele nos perdoou, nos aceitou e nos amou de maneira inexplicável
(Romanos 5:1-11). Qualquer pessoa que tentar afirmar o que disse Jesus Cristo
será considerada mentalmente perturbada. Ele disse que tinha autoridade como
homem sobre a morte para retomar a sua vida. Jesus literalmente estava dizendo
que poderia controlar a vida e a morte. Que tremendo!
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes
Na
tradição judaica, um documento escrito de ambos os lados, indicava que alguém
estava em posse de algo que não era originalmente seu. Por exemplo, uma pessoa
que tinha um pedaço de terra, deveria ter em mãos um documento lavrado e assinado
que validava seu direito de propriedade. Se por uma questão financeira, ele
fosse obrigado a se desfazer desta terra, o contrato de venda era escrito na
parte de traz do documento original, e o novo individuo passava a ter “posse”
daquela propriedade. Pela lei, se um parente do proprietário original desejasse
“resgatar” aquela terra, o “posseiro” era obrigado a venda-la novamente, desde
que o preço justo fosse pago. João se deparou
com um documento deste no céu. Um rolo escrito por dentro e por fora, lavrado e
selado, com sete selos. Ele representava todas as coisas confiadas ao homem na
criação, é que infelizmente, o ser humano entregou para Satanás, que por sua
vez se tornou o um “posseiro” cruel e maligno. Era preciso um parente remidor
disposto a pagar o preço da redenção (Apocalipse 5).O problema, é que,
aparentemente, não havia ninguém no céu, na terra ou debaixo dela, que pudesse
abrir o livro ou desatar seus selos, revelando os seus segredos eternais. Os
anjos se angustiavam, pois conheciam as consequências deste livro não ser
aberto, e por um instante desesperança brotava dos olhos do velho discípulo
amado. João se pôs a chorar... De repente o
céu se cala, o louvor se silencia, um ser iluminado desce ao encontro de João,
coloca a mão em seus ombros diz: - Não chores mais João. Aqui está o “Leão
da Tribo de Judá”... Ele é capaz de abrir o livro e desatar os selos! João levanta seu olhar à procura do Leão, mas para a sua
surpresa, avista um “cordeiro” como que se tivesse sido morto; e por um
instante seus pensamentos ficam turvos e confusos. Onde está o Leão?
Muitos
anos antes, uma jovem chamada Maria, recebeu o sopro do Espírito Santo, e em
seu ventre, o verbo se faz carne. No céu um trono ficou sem rei e na terra
nasceu um rei sem trono. Dos céus desceu um Leão e na terra ascendeu o
Cordeiro. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Esse homem chamado Jesus, ensinou o caminho de
volta para Deus, e redefiniu os padrões morais e espirituais da sociedade;
incomodando gente muito poderosa. Ele foi injustamente preso, julgado e
condenado a morte por crimes que não cometeu. Como um cordeiro mudo ele foi
conduzido ao madeiro, sem abrir sua boca. Foi martirizado, escarnecido e
crucificado, entregando seu Espírito para Deus. A Terra se abalou, os céus se
escurecem e os homens mais atentos reconhecem que naquela cruz, morria o Filho
de Deus; para três dias depois ressuscitar em Glória, recebendo nas mãos todo o
poder existente no céu e na terra. Então, ele voltou para casa, e os anjos o
receberam jubilosos. A Criação estava restaurada e o homem tinha acesso ao
trono de Deus.
Nossos
olhos humanos enxergam apenas o Cordeiro, mas os céus conhecem sua verdadeira
identidade... Ele é onipotente, onisciente e onipresente... Os seres celestes
irrompem o silêncio com um louvor: “Bem aventurado é Cordeiro, que foi morto e
reviveu... E com seu sangue comprou para si povos, tribos, línguas e nações.
Ele é digno de abrir o livro”. Milhares e milhares de anjos começam a
cantar também: “Digno é o Cordeiro que morreu e reviveu, e tem nas mãos
todo o poder, glória e louvor”. E então toda a criação se curva para o adorar,
pois seu nome é sobre todo nome que há. O Cordeiro nunca deixou de ser Leão! Agora,
temos assentado a direita de Deus um poderoso Leão, detentor de todo honra e
glória. Ele também é o Cordeiro que se sacrificou em nosso lugar, que nos ama e
está disposto a perdoar nossos pecados. Ele entende nossas falhas, mas deseja
que busquemos sua face, e o honremos com uma vida integra, de santificação e
arrependimento genuíno, aguardando ansiosamente o retorno de se Rei.
Jesus
voltou para seu Reino, mas fez uma promessa que em breve voltaria para buscar
seu povo, e leva-los para a Santa Cidade. Que vivemos uma vida cristã com
inteireza de coração e mente, fugindo da aparência do mal e prezando para
pureza espiritual. Jesus virá buscar uma igreja santa, pura e incorruptível.
Que vivemos de modo a não decepcioná-lo em sua volta!
Conclusão
A imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 25 de setembro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.
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