A Quarta Forte deste dia 12 de
outubro de 2016, foi uma grande benção para nossas vidas, com muito louvor,
clamor, a participação da cantora Shirley Cordeiro, e a ministração poderosa do Ev. Anderson Cordeiro, que baseado nas experiências
do profeta Elizeu, nos falou sobre a instrumentalidade do homem que se coloca
nas mãos de Deus, e se torna um diferencial neste mundo.
Desgastado com a
rebeldia do povo, Elias se apressou em encontrar seu substituto, e em algum
ponto entre Damasco e a Síria, finalmente ele o encontrou. Pouco sabemos sobre
a vida de Elizeu, apenas que seu nome significa “Deus é Salvação”, que sua
família era temente a Deus e que trabalhava na fazenda de Safate, e que este
era seu pai. Quando Elias o viu pela primeira vez, ele estava lavrando a terra,
levando consigo doze juntas de boi. Imediatamente, o profeta, num gesto
simbólico e profético, joga sobre ele o seu manto, e Elizeu prontamente entende
o chamado, correndo para junto de Elias sem impor condições ou termos, pedindo
apenas um tempo para se despedir dos seus pais.
Numa atitude que
evidência o desapego de seu passado e o início de seu ministério, Elizeu mata
os bois com os quais trabalhava, e com a carne, alimenta a gente de sua
comunidade. Sem maiores delongas, passa a seguir Elias, tornando-se ao mesmo
tempo em servo e aluno. Elias estava com pressa de deixar o cargo, mas
Eliseu ainda não estava preparado, e então, por aproximadamente oito anos,
Eliseu foi assistente de Elias, período este mantido em sigilo nas crônicas
bíblicas. Entretanto, esta experiência foi valiosa para ambos já que culminou
em uma profunda amizade e fidelidade ministerial, pois Elias nos dá a impressão
de estar testando seu sucessor, sugerindo por três vezes que eles seguissem
caminhos opostos, mas em todas essas vezes, Eliseu insistiu em seguir junto com
Elias, dizendo as mesmas palavras: - “Vive o SENHOR, e vive a tua alma,
que não te deixarei”.
Eliseu aparentemente já
era aceito como o eventual sucessor de Elias, e os filhos dos profetas em Betel
e Jericó sabiam desta substituição, e mesmo Elias dispondo a se afastar, Eliseu
insistiu em acompanhá-lo até o fim. Após atravessarem o rio Jordão,
Elias perguntou ao seu servo o que ele gostaria de receber como recompensa por
sua lealdade, e a resposta de Eliseu foi inesperada, pois queria que Elias lhe
concedesse porção dobrada do seu espírito.
Elias não tinha
competência para tal concessão, mas instruiu Eliseu que se ele tivesse a
oportunidade de ver a sua partida, seria uma resposta afirmativa de Deus para o
seu pedido. No momento em que Eliseu assistiu maravilhado Elias sendo
elevado ao céu num redemoinho, teve a sua confirmação, tornando-se apto para a
realização dos grandes feitos que marcariam seu ministério. Quando Josafá
procurou em seu reino um profeta confiável e que fosse fiel à voz do Senhor, o
cartão de visitas que introduziu Elizeu no cenário nacional, deixa explícita
toda a humildade que norteou a vida daquele jovem profeta durante o seu período
de preparação: Então respondeu um dos servos do rei de Israel,
dizendo: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de
Elias (II Reis 3:11).
Eliseu se tornou o mentor de jovens
profetas, gerenciando uma escola especial para seus discípulos. Pelo relato de
II Reis 6:1-2, pode-se entender que os alunos orientados por Eliseu, viviam
juntos num alojamento comunitário. O lugar em que Eliseu ensinava aos jovens
profetas estava pequeno para a quantidade de alunos que possuía, e um deles
sugeriu que fosse ao Jordão com eles, pois cortariam madeira para ampliar o
local. Enquanto trabalhavam, o ferro do machado de um deles acidentalmente se
soltou o cabo, e afundou nas profundas águas do rio.
Naquele tempo essa ferramenta era
caríssima, tratava-se de uma peça forjada no fogo e nem todos poderiam comprar.
Como eles eram jovens e sem recursos, o desespero tomou conta do jovem aprendiz. O jovem sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele
valia sua liberdade, seu futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo,
não era apenas uma pequena haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo
sendo simples.
O profeta cortou uma madeira para
que o ferro pudesse levantar-se, de igual maneira Cristo por sua morte no
madeiro foi a madeira cortada e lançada no mar da humanidade para que seus
servos possam erguerem-se. Eliseu era um homem simples, um
profeta que se identificava com as pessoas. Como mestre ele não somente
ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do Senhor a seus alunos.
Quando o ferro do
machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que com ele
estava: “Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou”. Esta sincera
conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe uma função Divina
e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis realizar, das quais
Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava visível, a
responsabilidade de extraí-lo da água já não era mais de Deus, e nem tampouco
de Elizeu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer.
Além do machado flutuante, os
alunos de Elizeu viveram ao lado de seu mestre algumas situações bem
interessantes, onde “leis naturais” foram desafiadas. Em Jericó, sal foi usado
para “adoçar” uma água intragável. Em Gilgal, o profeta usou farinha para
corrigir a receita de uma sopa envenenada, e em certa ocasião, vinte pães foram
utilizados para alimentar com fartura cerca de cem homens famintos. Todos estes feitos portentosos só
foram possíveis, porque Elizeu em nenhum momento de sua vida, teve medo de ser
a ferramenta que Deus o separou para ser.
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