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quinta-feira, 27 de abril de 2017

EBD - Atributos indispensáveis de um profeta


Texto Áureo
Jeremias 16.2
Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.

Verdade Aplicada
O cerco de Jerusalém causou uma carnificina, eliminando famílias inteiras. Jeremias foi poupado da dor de perder a esposa e os filhos.

Textos de Referência
Jeremias 16.3, 5, 8, 14

Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.
Porque assim diz o Senhor: Não entres na casa do luto, nem vás a lamentar, nem te compadeças deles; porque deste povo, diz o Senhor, retirei a minha paz, benignidade e misericórdia.
Nem entres na casa do banquete, para te assentares com eles a comer e a beber.
Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.


Renúncias e sacrifícios
Pb. Miquéias Daniel Gomes

A vida de Jeremias é um tapa na cara da nossa geração, repleta de profetas oportunistas, que fazem das redes sociais verdadeiros altares de adoração ao próprio ego. Cada frase proferida, tem como motivação primordial “curtidas” e “compartilhamentos”, tratando a edificação do próximo como um mero efeito colateral. Profetas que se colocam acima de seu próprio ministério, carimba a ineficácia do mesmo. Ainda mais, quando o “homem” não sustenta sua própria “palavra”. Inúmeros “profetas” se ofendem porque recebem críticas em uma postagem no Facebook, se esquecendo que a genuína palavra de Deus provoca incomodo em ambientes de iniquidade e apostasia espiritual. Se queremos viver de aprovação e elogios, não temos o perfil para sermos discípulos de Jesus. É nas horas de solidão, confrontamentos e ameaças que o verdadeiro profeta de revela. Mais do um mensageiro, ele é um adorador.   

Existem grandes equívocos na forma como muitos entendem a adoração. Louvores, orações, exercício ministerial e prática de boas obras são apenas reflexo de uma vida vivida em adoração e não a essência do conceito. O adorador por excelência, não restringe sua adoração a momentos específicos ou situações pertinentes. Ele a vive intensamente e completamente, ocupando cada minuto do seu dia, cada célula do seu corpo com Deus e para Deus.

Este estilo de vida requer resignação e desprendimento, pois a natureza humana tende a prioridades que se opõem completamente aos princípios da Palavra de Deus. O adorador precisa, antes de mais nada, crucificar o velho homem, para poder estar definitivamente, livre do domínio do pecado. Mas este processo, apesar de necessário, é pesaroso e contrário as nossas próprias vontades. Ele exige muita abnegação e renúncia (Tiago 1:14-15). É preciso negar quem somos, para sermos quem Deus deseja que sejamos. E este caminho de volta a Cristo, passa pela cruz (Marcos 8:34). É uma via dolorosa que requer inúmeros sacrifícios.

Um sacrifício, consiste na troca de algo muito valioso por outro de ainda maior valor. Mas, neste caso, os valores não são medidos em espécies, e sim em sentimentos e emoções. Por exemplo, num cenário de crise, onde o alimento torna-se escasso em um lar, os pais tendem a sacrificar sua porção de sustento em prol da nutrição dos filhos. Eles abrem mão de algo valioso (seu alimento) e obtém em troca algo mais valioso ainda, ou seja, a satisfação de ver os filhos alimentados. Mesmo que para alcançar esta alegria, eles mesmos, continuem famintos. O sacrifício, portanto, vale a pena! 

Deus abriu mão de seu próprio filho em prol da restauração do homem, e Jesus entregou sua vida por resgate de todos nós (Isaías 53:10-11). Jeremias abriu mão de sua família e de um ministério sacerdotal estabilizado, por uma vida de solidão ministerial pelo peso inerente de suas mensagens. E se manteve firme em sua decisão sacrificial. O adorador por excelência é aquele que sempre pauta suas escolhas priorizando o que é eterno, mesmo que para isso, precise deixar de usufruir prazeres efêmeros tão desejáveis por sua natureza humana.

Nisto reside a nobreza da renúncia e a beleza da obediência. Renunciar é desistir por bom grado de algo que foi conquistado por direito. É sair da zona de conforto, abnegando-se do certo pelo duvidoso. Não há garantias físicas em uma renúncia e, portanto, no contexto espiritual, ela se baseia apenas na fé. A ordenança de Jesus aos discípulos foi que renunciassem a eles mesmos, tomassem sobre seus ombros uma cruz e o seguissem, mesmo que fossem enviados como ovelhas para o meio de lobos (Mateus 16:24 / Lucas 10:30).

A adoração genuína tem início exatamente neste desprendimento do próprio “eu”, numa submissão plena aos desígnios do Senhor, mesmo que com isto caminhemos rumo a morte. Estaremos certos que uma eternidade com Deus é o bem mais valioso que podemos almejar, tornando qualquer valor terreno (por maior que seja) em quinquilharias desprezíveis (II Timóteo 4:7).


O preço da verdade
Pb. Bene Wanderley

Jeremias é conhecido como o " profeta que chorava” ou “profeta das lágrimas". Ele teve um ministério longo e muito difícil. Viveu no mais infeliz momento da história de Judá e testemunhou a queda de Jerusalém, em 586 a.C. Seu ministério se deu em um tempo de constante declínio moral em Judá. A apostasia dos reis de Judá levou o Senhor Deus a tomar uma ação disciplinar extrema, permitindo que o seu povo fosse conquistado por uma nação inimiga. Dentro deste contexto decadente e vil, Jeremias teve a tarefa pouco invejável de predizer o juízo de Deus, convocando toda nação ao arrependimento, sabendo dos juízos de Deus em primeira mão. Exercer um ministério profético dentro dessa situação não foi uma tarefa fácil. Mesmo diante de muita dificuldade e provação, o profeta seguiu corretamente em direção ao ponto que Deus estabeleceu. As batalhas travadas por Jeremias nos seus dias nos servem de inspiração e motivação também; seu chamado, sua postura, sua desenvoltura, sua coragem, sua confiança e obediência, são de fato um suplemento alimentar de Deus para todos que querem viver piamente uma vida de fé e santidade.

Para desenvolver uma tarefa para Deus, são necessários alguns requisitos ou atributos indispensáveis na nossa vida; sendo assim, ninguém melhor do que Jeremias para nos dar uma aula aplicada. A nossa lição se atem apenas a três dos inúmeros atributos indispensáveis para desenvolver um ministério profético, onde Deus e sua palavra seja plenamente honrados. Gostaria de destacar aqui, aquele que talvez seja o mais indispensável atributo para alguém que é chamado por Deus: ouvir o Senhor quando Ele está falando.

Infelizmente não estamos ouvindo Deus falar. As pessoas estão vivendo um tremendo caos pelo simples fato de não ouvir a voz do seu amado pastor. Jeremias estava vivendo num período de muita dificuldade e apostasia no meio do povo de Deus, a desgraça campeava por todos os lados, os reis se entregaram a iniquidade, Deus era rejeitado, os homens estavam inflamados em seus próprios desejos, mas, Jeremias ouviu Deus o chamar, e logo entendeu que sua vida não era dele mesmo e não era seu projeto ou projeto de seus pais. O próprio Deus o tinha escolhido e agora o estava enviando para uma tarefa pesada e cheia de espinhos. E ele foi, pois ouviu e confiou na voz do Senhor. Precisamos ouvir Deus.

Também é saber discernir o projeto de Deus. É incalculável o número de pessoas que dizem ter sido chamados por Deus, mas, não sabem discernir o que Deus está dizendo. O Senhor disse: -  " quê vês, Jeremias? Precisamos ouvir, ver e entender o propósito do Senhor em nós. E para isso, é preciso coragem. Todos temos que ter coragem, a obra do Senhor Jesus Cristo não foi entregue a covardes. Os desafios são grandes e constantes, e a vida de Jeremias nos mostra isso com clareza. A coragem é indispensável pois sem ela a obra fica incompleta. Hoje, infelizmente, muitas igrejas e ministérios não querem ouvir a voz do Senhor Deus, pois as pessoas querem viver a mercê de si próprio.

Vejam que são poucos os homens e mulheres que Deus usa para alertar o povo de Deus de seus erros e pecados, e que mesmo assim tem alguém privilégio em nosso meio. Vejam vocês quem são os ocupantes de nossos púlpitos. Quem são os homens e mulheres que tem destaque nos nossos banners? Infelizmente não vou responder aqui pois quero preservar-lhes desse infortúnio. Hoje, falta se coragem para falar a verdade.  Em muitos lugares, falar a verdade se tornou um absurdo. A mentira religiosa, teológica, exegética, que vemos por aí, está reluzente em pedestais construídos por falsos profetas de grande influência.  Precisamos falar o que as escrituras dizem, e não o que o povo e a sociedade hodierna querem ouvir. O preço da verdade pode não ser gostoso, aprazível, mas valerá apena, pois Deus nos recompensará com o bem.


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 103 - Editora Betel
Jeremias - Lição 05
Atributos indispensáveis de um profeta
Comentarista: Pr. Clementino de Oliveira Barbosa












Introdução

Nesta lição, veremos que o profeta Jeremias só teve uma opção: falar a verdade! Seja qual for a palavra pronunciada por Deus, ela jamais cairá por terra e se cumprirá fielmente (Nm 23.19).

Coragem atributo indispensável

Jeremias foi preso covardemente após se recusar a profetizar o que o Senhor não lhe havia mandado. Após ser solto pelo rei, e posto em uma cisterna, onde não havia água, senão lama e Jeremias se atolou na lama (Jr 38.6). Para cumprir bem a missão transmitida por Deus, é necessário passar alguns sofrimentos e aflições. As ordens de Deus, num primeiro momento, parecem descabidas de amor ao povo de Judá. No entanto, se formos observar cada juízo que Deus transmitiu a Jeremias, percebemos que tinham como objetivo fazer com que o povo obedecesse e voltasse seu coração a Ele. Deus é justo e o povo sofreu as consequências dos seus atos. A rebeldia, ingratidão e autossuficiência do povo levou-o a passos largos para a destruição. Jeremias não teve prazer nestas mensagens. Ele é conhecido como o profeta que chorava, pois sofria profundamente ao ver a angústia do povo, mesmo sabendo que o castigo era merecido. Obedecer a Deus é a melhor coisa que podemos fazer na nossa vida. Somente um profeta obediente à vontade de Deus, em meio à intensidade de tamanha desgraça, poderia anunciar a salvação e graça no juízo divino (Jr 29.4, 7).

Pessoas comuns dizem o que você quer ouvir, o verdadeiro profeta diz o que você precisa ouvir. O mais importante é não retroceder (Jo 16.33). Obedecer a Deus é sempre a melhor escolha a ser feita. Ele Fiel e Justo e cumpre o que diz. A despeito de todas as bênçãos divinas, Judá as ignorou, desprezando a promessa feita a Abraão (Gn 17.7), buscando outros deuses e se entregando ao engano (Jr 7.9). A adoração a Baal foi um dos mais graves pecados do povo de Israel, desde os tempos remotos. Eles ergueram cultos nos terraços das casas, nas ruas de Jerusalém e em todas as cidades de Judá (Jz 2.13; 1Rs 16.31-32; Jr 7.9; 11.13; 32.29). Por esta razão, os israelitas seriam dissolvidos como um pote de barro despedaçado (Jr 19.10-11). Jeremias, como boca de Deus, não tinha outra opção a não ser denunciar o seu povo (Jr 6.10). Por esse motivo, a porta de extermínio e infortúnio espiritual estava aberta.

As narrativas históricas indicam que Jeremias foi submisso à vontade de Deus em tudo. O Senhor deu algumas ordens árduas ao profeta, como: não casar (Jr 16.1-4); não entrar em funeral (Jr 16.5, 7); não entrar em numa festa (Jr 16.8-9); pregar no portão da cidade (Jr 17.19, 21); ir a casa de um oleiro para vê-lo trabalhando (Jr 18.1, 6); comprar uma botija e fazer uma representação (Jr 19.1, 3). Jeremias sabia que para se ter comunhão autêntica com Deus ele precisaria se submeter à sua vontade. O aspecto importante que aprendemos com o profeta é que quando seguimos a Deus os resultados são duradouros e eficazes.

Submeter-se ao senhorio de Jesus Cristo é um dos ensinamentos centrais do cristianismo. A Bíblia relata em Lucas 14.27: “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”.

Jamais desista de sua chamada. Jeremias em certo momento pensou em gerenciar uma pousada no deserto em vez de cumprir sua chamada (Jr 9.2). Jeremias havia se esquecido que o Senhor o separou para ser um valioso profeta perante as nações. Entretanto, Deus explicou a Jeremias o que Ele queria que fosse feito: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não te esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).

A relutância à verdade varia largamente nos dias de hoje. Alguns escutaram os profetas que Falam a verdade e deixaram seus maus caminhos. Outros, com seus corações endurecidos pela ação enganadora do pecado, não abriram mão de seus deleites. O profeta Jeremias nos ensinou que a nossa missão é clara. Não devemos abrir mão da verdade. Temos que ser impetuosos e nos recusarmos a diluir a Palavra de Deus. A cruz não é para os que duvidam.

Uma única missão: falar a verdade

Quando o Senhor escolheu a Jeremias, era para que ele alertasse aos que estavam em pecados a abandonarem e se converterem ao Senhor de todo o coração, que deixassem de ser apenas religiosos. Esta é a verdadeira missão de um profeta: falar a verdade (Jr 26.3). Nos dias de hoje, assim como nos dias de Jeremias, existe uma geração cruel, que não sabe ouvir a voz do Senhor. Os profetas são alvos de escárnio por confrontarem a mentira com a verdade. Os negócios pessoais estão acima da fé cristã, Jeremias foi desprezado pelos amigos (Jr 20.10. Jeremias era um homem solitário e abandonado, mas isso não impediu que o seu ministério tivesse êxito. Ele foi um dos mais ousados e destemidos profetas do Antigo Testamento.

Sob a direção de Deus, o profeta Jeremias condenou repetidas vezes aqueles que eram perversos, injustos e desonestos. Ele também chamou de imorais todos aqueles que tinham abandonado a adoração pura do Senhor, caindo na desgraça da idolatria. Ele exortou o povo de Judá a deixar estas práticas (Jr 18.11). Diante destas palavras, até seus “amigos” se afastaram (Jr 12.6).

Querendo ou não, um homem como Jeremias incomodava muita gente. A atitude de muitos era dar risadas do profeta (Jr 20.7). Outros o perseguiam (Jr 11.21; 18.18). Outros, ainda o amaldiçoaram (Jr 15.10). Por causa da sua missão, ele não casou, não ia a festas e nem a velórios (Jr 16.5, 7-8). Ele realizou várias ações simbólicas, como: comprar um cinto e escondê-lo até apodrecer (Jr 13.1, 11); comprar um pote e quebrá-lo logo em seguida (Jr 19.1, 15). Andar com uma canga nas costas pelas ruas de Jerusalém (Jr 27.2; 28.10, 14). Vivia como um estranho (Jr 23.9).

Quanto mais o profeta Jeremias se empenhava, o povo não abandonava seus pecados. Jeremias percorria a rua da Santa Cidade, isto é, Jerusalém, e constatava o estado de abandono ao Senhor nas praças (Jr 5.1).

A imaginação do povo de Judá estava pautada em adultérios generalizados. A fantasia sexual afastava o reino de Judá do Senhor com seus pensamentos lascivos (Jr 5.7-8; 13.27; 23.10, 14; 29.23). Com estas práticas, o caminho da destruição era questão de dias, haja vista que a miséria espiritual estava intensa neste momento. Judá descia cada vez mais a ladeira da perversão, esquecendo-se do Senhor, buscando um prazer desenfreado no sexo, que os afastava do verdadeiro Deus. Jeremias, ao pregar contra esta prática insana, foi rejeitado por todo o povo, que preferiu continuar em suas desordens espirituais.

O profeta Jeremias, como descendente de sacerdotes, sabia muito bem que a prática de adultério era condenada pelo Senhor (Êx 20.14). O sexo fora do casamento continua sendo pecado. O adultério na Palavra de Deus é considerado crime, pois é contrário à Lei de Deus. Não devemos nem cobiçar, imagine tocar em uma mulher que não é nossa (Êx 20.17). Em Levítico 20.10 foi instituído que, caso advenha um adultério, o adúltero e adúltera serão punidos com a morte. Que possamos vigiar e estar atento às ciladas do nosso adversário.

Assumindo riscos

Jeremias foi um profeta admirável, prova disso foi que Deus notou nele alguém que seria leal à sua missão (Jr 1.7-8). Por quarenta anos, Jeremias teve a responsabilidade de profetizar como porta-voz do Senhor. Em um tempo de idolatria, impureza e luxuria sem comparação, o profeta deveria servir de exemplo na vida e no caráter, adorando ao verdadeiro Deus de Israel. Quando os sacerdotes, profetas e a população ouviram a mensagem a respeito da ruina do templo e a destruição de Jerusalém, eles ficaram furiosos e levaram o profeta na presença dos príncipes para ser morto (Jr 26.8). Jeremias repetiu novamente suas palavras aos príncipes (Jr 26.12-14), que não viram mal algum nelas (Jr 26.16). O Senhor quer apenas que confiemos nEle e o mais Ele fará. Ele sempre envia alguém para nos socorrer. Não duvidemos. Creiamos somente Êx 23.20).

Em meio a todos os profetas do Antigo testamento, o mais hostil e, ao mesmo tempo, mais amoroso para anunciar o chamado ao arrependimento do povo de Judá foi Jeremias, cumprindo assim a sua missão de ser a boca de Deus aos homens de sua nação. Por permanecerem fora da presença do Senhor Deus, os sacerdotes de Judá não perceberam que Jeremias era um profeta enviado de Deus para a nação. Nos dias de hoje não é diferente, pois muitas pessoas agem do mesmo modo. Que triste! Quando abrirem os olhos, poderá ser tarde demais.

Jeremias em meio ao abandono de todos, continua a falar com firmeza que toda aquela destruição era culpa do próprio povo de Judá e de seus líderes, que deveriam admitir suas responsabilidades pelos seus pecados. Assim como o reino do Norte que havia sido derrotado pelos assírios em 722 a.C., o povo de Judá sofreria uma derrota esmagadora, se tentasse afrontar a Babilônia. Neste momento Jeremias aconselha a se render a esta potência para não sofrer um dano maior (Jr 27.11-12). O povo, obstinado por seus pecados, não ouviu seus conselhos. A situação da liderança era tão grave que Deus disse que nenhum dos filhos diretos de Joaquim, rei de Judá, se assentaria no trono de Davi (Jr 22.30).

De modo óbvio, Jesus não é filho, literalmente falando, de Davi, que viveu cerca de 1000 anos antes que jesus surgisse na cidade de Belém. Jesus é retratado na Bíblia como filho de Maria, concebido por obra do Espírito Santo, como temos nos evangelhos. O título “filho de Davi” é dado a Jesus por causa da Sua genealogia, isto é, ele é parente de Davi, descende de Davi, sem sombra de dúvida.

Jeremias faz uma análise da realidade, criticando em sua totalidade o povo por seus pecados (Jr 9.14; 17.19; 27; 22.1). Jeremias enumera uma série de atos cometidos pelo povo de Judá: desonestidade, assassinatos, injustiças com os pobres, transgressão do sábado, perseguições aos verdadeiros profetas, etc. Pecados deste tipo eram vistos com bons olhos pela população da época, mas decididamente não eram normais aos olhos do Senhor. Se eles pudessem antevir o que estava para acontece, as coisas seriam diferentes. A destruição deste povo para Deus era uma questão de tempo.

A Palavra de Deus nos admoesta a não sentarmos na roda dos escarnecedores. A nação de Israel caiu em um enorme engodo do diabo, isto é, acreditar que Deus nos isenta de nossa culpa (Gl 6.7). Deus nos escolheu para sermos santos e irrepreensíveis (1Pe 1.16). O abandono das leis de Deus impeliu o povo para andar em uma terra de heresia, induzindo-os a caminhar em pecado. Este colapso social da nação de Israel é uma decorrência do abandono da verdade divina (Jr 2.6).

Conclusão

A mensagem do profeta Jeremias é impregnada de palavras árduas ao povo de Judá. Percebemos ainda que suas pregações foram rejeitadas por um povo rebelde, que insistiu em caminhar para o castigo divino: a destruição pelas mãos dos babilônios.




Neste trimestre, estudaremos a vida do profeta Jeremias. Veremos no decorrer das treze lições que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Será uma excelente oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu povo e as profecias de restauração e renovo. Que possamos ter a força necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas melhores na caminhada diária de nossas vidas. Para conhecer ainda mais sobre o ministério do profeta Jeremias, e as grandiosas lições retiradas de suas palavras e ações, participe neste domingo, 30 de abril de 2017, da Escola Bíblica Dominical.

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