Texto Áureo
Jeremias
16.2
Não
tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.
Verdade
Aplicada
O cerco de
Jerusalém causou uma carnificina, eliminando famílias inteiras. Jeremias foi
poupado da dor de perder a esposa e os filhos.
Textos de
Referência
Jeremias
16.3, 5, 8, 14
Não
tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.
Porque
assim diz o Senhor: Não entres na casa do luto, nem vás a lamentar, nem te
compadeças deles; porque deste povo, diz o Senhor, retirei a minha paz,
benignidade e misericórdia.
Nem entres
na casa do banquete, para te assentares com eles a comer e a beber.
Portanto,
eis que dias vêm, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor, que
fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.
Pb. Miquéias Daniel Gomes
A vida de
Jeremias é um tapa na cara da nossa geração, repleta de profetas oportunistas,
que fazem das redes sociais verdadeiros altares de adoração ao próprio ego.
Cada frase proferida, tem como motivação primordial “curtidas” e “compartilhamentos”,
tratando a edificação do próximo como um mero efeito colateral. Profetas que se
colocam acima de seu próprio ministério, carimba a ineficácia do mesmo. Ainda
mais, quando o “homem” não sustenta sua própria “palavra”. Inúmeros “profetas”
se ofendem porque recebem críticas em uma postagem no Facebook, se esquecendo
que a genuína palavra de Deus provoca incomodo em ambientes de iniquidade e
apostasia espiritual. Se queremos viver de aprovação e elogios, não temos o
perfil para sermos discípulos de Jesus. É nas horas de solidão, confrontamentos
e ameaças que o verdadeiro profeta de revela. Mais do um mensageiro, ele é um
adorador.
Existem
grandes equívocos na forma como muitos entendem a adoração. Louvores, orações,
exercício ministerial e prática de boas obras são apenas reflexo de uma vida
vivida em adoração e não a essência do conceito. O adorador por excelência, não
restringe sua adoração a momentos específicos ou situações pertinentes. Ele a
vive intensamente e completamente, ocupando cada minuto do seu dia, cada célula
do seu corpo com Deus e para Deus.
Este
estilo de vida requer resignação e desprendimento, pois a natureza humana tende
a prioridades que se opõem completamente aos princípios da Palavra de Deus. O
adorador precisa, antes de mais nada, crucificar o velho homem, para poder
estar definitivamente, livre do domínio do pecado. Mas este processo, apesar de
necessário, é pesaroso e contrário as nossas próprias vontades. Ele exige muita
abnegação e renúncia (Tiago 1:14-15). É preciso negar quem somos, para sermos
quem Deus deseja que sejamos. E este caminho de volta a Cristo, passa pela cruz
(Marcos 8:34). É uma via dolorosa que requer inúmeros sacrifícios.
Um
sacrifício, consiste na troca de algo muito valioso por outro de ainda maior
valor. Mas, neste caso, os valores não são medidos em espécies, e sim em
sentimentos e emoções. Por exemplo, num cenário de crise, onde o alimento
torna-se escasso em um lar, os pais tendem a sacrificar sua porção de sustento
em prol da nutrição dos filhos. Eles abrem mão de algo valioso (seu alimento) e
obtém em troca algo mais valioso ainda, ou seja, a satisfação de ver os filhos
alimentados. Mesmo que para alcançar esta alegria, eles mesmos, continuem
famintos. O sacrifício, portanto, vale a pena!
Deus abriu
mão de seu próprio filho em prol da restauração do homem, e Jesus entregou sua
vida por resgate de todos nós (Isaías 53:10-11). Jeremias abriu mão de sua
família e de um ministério sacerdotal estabilizado, por uma vida de solidão
ministerial pelo peso inerente de suas mensagens. E se manteve firme em sua
decisão sacrificial. O adorador por excelência é aquele que sempre pauta suas
escolhas priorizando o que é eterno, mesmo que para isso, precise deixar de
usufruir prazeres efêmeros tão desejáveis por sua natureza humana.
Nisto
reside a nobreza da renúncia e a beleza da obediência. Renunciar é desistir por
bom grado de algo que foi conquistado por direito. É sair da zona de conforto,
abnegando-se do certo pelo duvidoso. Não há garantias físicas em uma renúncia
e, portanto, no contexto espiritual, ela se baseia apenas na fé. A ordenança de
Jesus aos discípulos foi que renunciassem a eles mesmos, tomassem sobre seus
ombros uma cruz e o seguissem, mesmo que fossem enviados como ovelhas para o
meio de lobos (Mateus 16:24 / Lucas 10:30).
A adoração
genuína tem início exatamente neste desprendimento do próprio “eu”, numa
submissão plena aos desígnios do Senhor, mesmo que com isto caminhemos rumo a
morte. Estaremos certos que uma eternidade com Deus é o bem mais valioso que
podemos almejar, tornando qualquer valor terreno (por maior que seja) em
quinquilharias desprezíveis (II Timóteo 4:7).
O preço da verdade
Pb. Bene Wanderley
Jeremias é
conhecido como o " profeta que chorava” ou “profeta das lágrimas".
Ele teve um ministério longo e muito difícil. Viveu no mais infeliz momento da
história de Judá e testemunhou a queda de Jerusalém, em 586 a.C. Seu ministério
se deu em um tempo de constante declínio moral em Judá. A apostasia dos reis de
Judá levou o Senhor Deus a tomar uma ação disciplinar extrema, permitindo que o
seu povo fosse conquistado por uma nação inimiga. Dentro deste contexto
decadente e vil, Jeremias teve a tarefa pouco invejável de predizer o juízo de
Deus, convocando toda nação ao arrependimento, sabendo dos juízos de Deus em
primeira mão. Exercer um ministério profético dentro dessa situação não foi uma
tarefa fácil. Mesmo diante de muita dificuldade e provação, o profeta seguiu
corretamente em direção ao ponto que Deus estabeleceu. As batalhas travadas por
Jeremias nos seus dias nos servem de inspiração e motivação também; seu
chamado, sua postura, sua desenvoltura, sua coragem, sua confiança e
obediência, são de fato um suplemento alimentar de Deus para todos que querem
viver piamente uma vida de fé e santidade.
Para
desenvolver uma tarefa para Deus, são necessários alguns requisitos ou atributos
indispensáveis na nossa vida; sendo assim, ninguém melhor do que Jeremias para
nos dar uma aula aplicada. A nossa lição se atem apenas a três dos inúmeros
atributos indispensáveis para desenvolver um ministério profético, onde Deus e
sua palavra seja plenamente honrados. Gostaria de destacar aqui, aquele que talvez
seja o mais indispensável atributo para alguém que é chamado por Deus: ouvir o
Senhor quando Ele está falando.
Infelizmente
não estamos ouvindo Deus falar. As pessoas estão vivendo um tremendo caos pelo
simples fato de não ouvir a voz do seu amado pastor. Jeremias estava vivendo
num período de muita dificuldade e apostasia no meio do povo de Deus, a
desgraça campeava por todos os lados, os reis se entregaram a iniquidade, Deus
era rejeitado, os homens estavam inflamados em seus próprios desejos, mas,
Jeremias ouviu Deus o chamar, e logo entendeu que sua vida não era dele mesmo e
não era seu projeto ou projeto de seus pais. O próprio Deus o tinha escolhido e
agora o estava enviando para uma tarefa pesada e cheia de espinhos. E ele foi,
pois ouviu e confiou na voz do Senhor. Precisamos ouvir Deus.
Também é
saber discernir o projeto de Deus. É incalculável o número de pessoas que dizem
ter sido chamados por Deus, mas, não sabem discernir o que Deus está dizendo. O
Senhor disse: - " quê vês, Jeremias?
Precisamos ouvir, ver e entender o propósito do Senhor em nós. E para isso, é
preciso coragem. Todos temos que ter coragem, a obra do Senhor Jesus Cristo não
foi entregue a covardes. Os desafios são grandes e constantes, e a vida de
Jeremias nos mostra isso com clareza. A coragem é indispensável pois sem ela a
obra fica incompleta. Hoje, infelizmente, muitas igrejas e ministérios não
querem ouvir a voz do Senhor Deus, pois as pessoas querem viver a mercê de si
próprio.
Vejam que
são poucos os homens e mulheres que Deus usa para alertar o povo de Deus de
seus erros e pecados, e que mesmo assim tem alguém privilégio em nosso meio.
Vejam vocês quem são os ocupantes de nossos púlpitos. Quem são os homens e
mulheres que tem destaque nos nossos banners? Infelizmente não vou responder
aqui pois quero preservar-lhes desse infortúnio. Hoje, falta se coragem para
falar a verdade. Em muitos lugares, falar
a verdade se tornou um absurdo. A mentira religiosa, teológica, exegética, que
vemos por aí, está reluzente em pedestais construídos por falsos profetas de
grande influência. Precisamos falar o
que as escrituras dizem, e não o que o povo e a sociedade hodierna querem
ouvir. O preço da verdade pode não ser gostoso, aprazível, mas valerá apena, pois
Deus nos recompensará com o bem.
Material
Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 103 - Editora Betel
Jeremias - Lição
05
Atributos indispensáveis de um profeta
Comentarista: Pr.
Clementino de Oliveira Barbosa
Introdução
Nesta
lição, veremos que o profeta Jeremias só teve uma opção: falar a verdade! Seja
qual for a palavra pronunciada por Deus, ela jamais cairá por terra e se
cumprirá fielmente (Nm 23.19).
Coragem
atributo indispensável
Jeremias
foi preso covardemente após se recusar a profetizar o que o Senhor não lhe
havia mandado. Após ser solto pelo rei, e posto em uma cisterna, onde não havia
água, senão lama e Jeremias se atolou na lama (Jr 38.6). Para cumprir bem a
missão transmitida por Deus, é necessário passar alguns sofrimentos e aflições.
As ordens de Deus, num primeiro momento, parecem descabidas de amor ao povo de
Judá. No entanto, se formos observar cada juízo que Deus transmitiu a Jeremias,
percebemos que tinham como objetivo fazer com que o povo obedecesse e voltasse
seu coração a Ele. Deus é justo e o povo sofreu as consequências dos seus atos.
A rebeldia, ingratidão e autossuficiência do povo levou-o a passos largos para
a destruição. Jeremias não teve prazer nestas mensagens. Ele é conhecido como o
profeta que chorava, pois sofria profundamente ao ver a angústia do povo, mesmo
sabendo que o castigo era merecido. Obedecer a Deus é a melhor coisa que
podemos fazer na nossa vida. Somente um profeta obediente à vontade de Deus, em
meio à intensidade de tamanha desgraça, poderia anunciar a salvação e graça no
juízo divino (Jr 29.4, 7).
Pessoas comuns
dizem o que você quer ouvir, o verdadeiro profeta diz o que você precisa ouvir.
O mais importante é não retroceder (Jo 16.33). Obedecer a Deus é sempre a
melhor escolha a ser feita. Ele Fiel e Justo e cumpre o que diz. A despeito de
todas as bênçãos divinas, Judá as ignorou, desprezando a promessa feita a
Abraão (Gn 17.7), buscando outros deuses e se entregando ao engano (Jr 7.9). A
adoração a Baal foi um dos mais graves pecados do povo de Israel, desde os
tempos remotos. Eles ergueram cultos nos terraços das casas, nas ruas de
Jerusalém e em todas as cidades de Judá (Jz 2.13; 1Rs 16.31-32; Jr 7.9; 11.13;
32.29). Por esta razão, os israelitas seriam dissolvidos como um pote de barro
despedaçado (Jr 19.10-11). Jeremias, como boca de Deus, não tinha outra opção a
não ser denunciar o seu povo (Jr 6.10). Por esse motivo, a porta de extermínio e
infortúnio espiritual estava aberta.
As narrativas
históricas indicam que Jeremias foi submisso à vontade de Deus em tudo. O
Senhor deu algumas ordens árduas ao profeta, como: não casar (Jr 16.1-4); não
entrar em funeral (Jr 16.5, 7); não entrar em numa festa (Jr 16.8-9); pregar no
portão da cidade (Jr 17.19, 21); ir a casa de um oleiro para vê-lo trabalhando
(Jr 18.1, 6); comprar uma botija e fazer uma representação (Jr 19.1, 3).
Jeremias sabia que para se ter comunhão autêntica com Deus ele precisaria se
submeter à sua vontade. O aspecto importante que aprendemos com o profeta é que
quando seguimos a Deus os resultados são duradouros e eficazes.
Submeter-se ao
senhorio de Jesus Cristo é um dos ensinamentos centrais do cristianismo. A
Bíblia relata em Lucas 14.27: “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier
após mim, não pode ser meu discípulo”.
Jamais
desista de sua chamada. Jeremias em certo momento pensou em gerenciar uma
pousada no deserto em vez de cumprir sua chamada (Jr 9.2). Jeremias havia se
esquecido que o Senhor o separou para ser um valioso profeta perante as nações.
Entretanto, Deus explicou a Jeremias o que Ele queria que fosse feito: “Assim
diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de
Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que
lhes dissesses; não te esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).
A relutância à
verdade varia largamente nos dias de hoje. Alguns escutaram os profetas que
Falam a verdade e deixaram seus maus caminhos. Outros, com seus corações
endurecidos pela ação enganadora do pecado, não abriram mão de seus deleites. O
profeta Jeremias nos ensinou que a nossa missão é clara. Não devemos abrir mão
da verdade. Temos que ser impetuosos e nos recusarmos a diluir a Palavra
de Deus. A cruz não é para os que duvidam.
Uma única
missão: falar a verdade
Quando o
Senhor escolheu a Jeremias, era para que ele alertasse aos que estavam em
pecados a abandonarem e se converterem ao Senhor de todo o coração, que
deixassem de ser apenas religiosos. Esta é a verdadeira missão de um profeta:
falar a verdade (Jr 26.3). Nos dias de hoje, assim como nos dias de Jeremias,
existe uma geração cruel, que não sabe ouvir a voz do Senhor. Os profetas são
alvos de escárnio por confrontarem a mentira com a verdade. Os negócios
pessoais estão acima da fé cristã, Jeremias foi desprezado pelos amigos (Jr
20.10. Jeremias era um homem solitário e abandonado, mas isso não impediu que o
seu ministério tivesse êxito. Ele foi um dos mais ousados e destemidos profetas
do Antigo Testamento.
Sob a direção
de Deus, o profeta Jeremias condenou repetidas vezes aqueles que eram
perversos, injustos e desonestos. Ele também chamou de imorais todos aqueles
que tinham abandonado a adoração pura do Senhor, caindo na desgraça da
idolatria. Ele exortou o povo de Judá a deixar estas práticas (Jr 18.11).
Diante destas palavras, até seus “amigos” se afastaram (Jr 12.6).
Querendo
ou não, um homem como Jeremias incomodava muita gente. A atitude de muitos era
dar risadas do profeta (Jr 20.7). Outros o perseguiam (Jr 11.21; 18.18).
Outros, ainda o amaldiçoaram (Jr 15.10). Por causa da sua missão, ele não
casou, não ia a festas e nem a velórios (Jr 16.5, 7-8). Ele realizou várias
ações simbólicas, como: comprar um cinto e escondê-lo até apodrecer (Jr 13.1,
11); comprar um pote e quebrá-lo logo em seguida (Jr 19.1, 15). Andar com uma
canga nas costas pelas ruas de Jerusalém (Jr 27.2; 28.10, 14). Vivia como um
estranho (Jr 23.9).
Quanto mais o
profeta Jeremias se empenhava, o povo não abandonava seus pecados. Jeremias
percorria a rua da Santa Cidade, isto é, Jerusalém, e constatava o estado de
abandono ao Senhor nas praças (Jr 5.1).
A
imaginação do povo de Judá estava pautada em adultérios generalizados. A
fantasia sexual afastava o reino de Judá do Senhor com seus pensamentos
lascivos (Jr 5.7-8; 13.27; 23.10, 14; 29.23). Com estas práticas, o caminho da
destruição era questão de dias, haja vista que a miséria espiritual estava
intensa neste momento. Judá descia cada vez mais a ladeira da perversão,
esquecendo-se do Senhor, buscando um prazer desenfreado no sexo, que os
afastava do verdadeiro Deus. Jeremias, ao pregar contra esta prática insana, foi
rejeitado por todo o povo, que preferiu continuar em suas desordens
espirituais.
O profeta
Jeremias, como descendente de sacerdotes, sabia muito bem que a prática de
adultério era condenada pelo Senhor (Êx 20.14). O sexo fora do casamento
continua sendo pecado. O adultério na Palavra de Deus é considerado crime, pois
é contrário à Lei de Deus. Não devemos nem cobiçar, imagine tocar em uma mulher
que não é nossa (Êx 20.17). Em Levítico 20.10 foi instituído que, caso advenha
um adultério, o adúltero e adúltera serão punidos com a morte. Que possamos
vigiar e estar atento às ciladas do nosso adversário.
Assumindo
riscos
Jeremias
foi um profeta admirável, prova disso foi que Deus notou nele alguém que seria
leal à sua missão (Jr 1.7-8). Por quarenta anos, Jeremias teve a
responsabilidade de profetizar como porta-voz do Senhor. Em um tempo de
idolatria, impureza e luxuria sem comparação, o profeta deveria servir de
exemplo na vida e no caráter, adorando ao verdadeiro Deus de Israel. Quando os
sacerdotes, profetas e a população ouviram a mensagem a respeito da ruina do
templo e a destruição de Jerusalém, eles ficaram furiosos e levaram o profeta
na presença dos príncipes para ser morto (Jr 26.8). Jeremias repetiu novamente
suas palavras aos príncipes (Jr 26.12-14), que não viram mal algum nelas (Jr
26.16). O Senhor quer apenas que confiemos nEle e o mais Ele fará. Ele sempre
envia alguém para nos socorrer. Não duvidemos. Creiamos somente Êx 23.20).
Em meio a
todos os profetas do Antigo testamento, o mais hostil e, ao mesmo tempo, mais
amoroso para anunciar o chamado ao arrependimento do povo de Judá foi Jeremias,
cumprindo assim a sua missão de ser a boca de Deus aos homens de sua nação. Por
permanecerem fora da presença do Senhor Deus, os sacerdotes de Judá não
perceberam que Jeremias era um profeta enviado de Deus para a nação. Nos dias
de hoje não é diferente, pois muitas pessoas agem do mesmo modo. Que triste!
Quando abrirem os olhos, poderá ser tarde demais.
Jeremias
em meio ao abandono de todos, continua a falar com firmeza que toda aquela
destruição era culpa do próprio povo de Judá e de seus líderes, que deveriam
admitir suas responsabilidades pelos seus pecados. Assim como o reino do Norte
que havia sido derrotado pelos assírios em 722 a.C., o povo de Judá sofreria
uma derrota esmagadora, se tentasse afrontar a Babilônia. Neste momento
Jeremias aconselha a se render a esta potência para não sofrer um dano maior
(Jr 27.11-12). O povo, obstinado por seus pecados, não ouviu seus conselhos. A
situação da liderança era tão grave que Deus disse que nenhum dos filhos
diretos de Joaquim, rei de Judá, se assentaria no trono de Davi (Jr 22.30).
De modo óbvio,
Jesus não é filho, literalmente falando, de Davi, que viveu cerca de 1000 anos
antes que jesus surgisse na cidade de Belém. Jesus é retratado na Bíblia como
filho de Maria, concebido por obra do Espírito Santo, como temos nos
evangelhos. O título “filho de Davi” é dado a Jesus por causa da Sua
genealogia, isto é, ele é parente de Davi, descende de Davi, sem sombra de
dúvida.
Jeremias
faz uma análise da realidade, criticando em sua totalidade o povo por seus
pecados (Jr 9.14; 17.19; 27; 22.1). Jeremias enumera uma série de atos
cometidos pelo povo de Judá: desonestidade, assassinatos, injustiças com os
pobres, transgressão do sábado, perseguições aos verdadeiros profetas, etc.
Pecados deste tipo eram vistos com bons olhos pela população da época, mas
decididamente não eram normais aos olhos do Senhor. Se eles pudessem antevir o
que estava para acontece, as coisas seriam diferentes. A destruição deste povo
para Deus era uma questão de tempo.
A Palavra de
Deus nos admoesta a não sentarmos na roda dos escarnecedores. A nação de Israel
caiu em um enorme engodo do diabo, isto é, acreditar que Deus nos isenta de
nossa culpa (Gl 6.7). Deus nos escolheu para sermos santos e irrepreensíveis
(1Pe 1.16). O abandono das leis de Deus impeliu o povo para andar em uma terra
de heresia, induzindo-os a caminhar em pecado. Este colapso social da nação de
Israel é uma decorrência do abandono da verdade divina (Jr 2.6).
Conclusão
A mensagem
do profeta Jeremias é impregnada de palavras árduas ao povo de Judá. Percebemos
ainda que suas pregações foram rejeitadas por um povo rebelde, que insistiu em
caminhar para o castigo divino: a destruição pelas mãos dos babilônios.
Neste trimestre,
estudaremos a vida do profeta Jeremias. Veremos no decorrer das treze lições
que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Será uma excelente
oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu
povo e as profecias de restauração e renovo. Que possamos ter a força
necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas
melhores na caminhada diária de nossas vidas. Para conhecer ainda mais sobre o
ministério do profeta Jeremias, e as grandiosas lições retiradas de suas
palavras e ações, participe neste domingo, 30 de abril de 2017, da Escola
Bíblica Dominical.
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