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terça-feira, 2 de maio de 2017

Testemunho: A força de um campeão (Nádia Áurea Azevedo Cândido)



Em 15 de julho de 2014, Deus me deu a grande honra de ser mãe pela segunda vez. Neste dia, fui presenteada com um menino adorável, a qual demos o nome de Vitor Samuel. Devido a complicações na gestação, ele nasceu prematuro, com 35 semanas.

Mas, com a graça de Deus, não precisou ficar na UTI, e já no terceiro dia, recebemos alta e fomos para casa.

Com o passar dos dias, comecei a perceber que cada vez que o Vitor se alimentava com leite materno, logo vomitava tudo que tinha ingerido. Ele também sofria com diarreias constantes. Sempre que isso acontecia, íamos ao pediatra, que o medicava e tudo ficava bem. Infelizmente, em pouco tempo, os vômitos e a diarreia retornavam.

Um dia, o Vitor começou a tossir, e seu narizinho se congestionou por completo. Muita aflita, comecei a clamar ao Senhor, pedindo que Ele me mostrasse uma saída. Retirei da casa todos os elementos que poderiam estar causando alergia, tais como bichos de estimação, cobertas e cortinas, porém, a situação do meu filho só piorava.

Foram idas e vindas constantes ao pediatra, sem que uma solução definitiva fosse encontrada.

Quando faltavam dois dias para que ele completasse seu primeiro mês de vida, acordei pela manhã e percebi que o Vitor estava com muita dificuldade para respirar. Comecei a chorar e clamar por misericórdia, pedindo que o Senhor não levasse meu filho embora.

E lá fomos nós ao pediatra mais uma vez. Ao analisar o exame de Raio-X, o médico diagnosticou que meu filho estava com pneumonia nos dois pulmões, e que precisava ser internado com urgência. Sai do consultório em prantos. Meu esposo Claudomiro estava esperando na recepção, e imediatamente nos dirigimos ao hospital. Já estava anoitecendo, e no trajeto, o Vitor tinha cada vez mais dificuldade de respirar. Eu orava e chorava.

Assim que chegamos ao hospital, as enfermeiras já vieram recolher amostras de sangue e o colocaram no soro. O médico que o atendeu, o colocou no balão de oxigênio, e pediu a imediata transferência para a Santa Casa, pois, meu filho precisaria ser internado na UTI neonatal. Meu chão desapareceu.

Assisti naquele lugar a cena mais triste da minha vida. Meu filho sem forças para respirar, com a saturação arterial em apenas 70%, e as enfermeiras falando com ele: - Tenha força, campeão.

Acompanhei a equipe médica até a Santa Casa. Enquanto cuidava da papelada referente a internação, levaram meu filho para o centro médico. Assim que minha entrada foi liberada, ele já estava mais calmo, deitadinho, e coberto de fios que monitoravam seus sinais vitais. Durante toda aquela noite, o médico o manteve em jejum. Fiquei do seu lado sem poder dormir, já que a saturação caia a todo instante, e era preciso acionar as enfermeiras para controlar a medicação, verificar a inalação e conferir temperatura.

Elas trabalhavam, e eu orava ao meu Deus.

No dia seguinte, o médico passou para checar os exames. Ele me chamou de canto e disse: - Olha mãe, se eu não tivesse atendido seu filho ontem, teria dificuldade em acreditar no que estou vendo. Os pulmões dele estão completamente limpos! Naquela hora, eu só queria pular de alegria e glorificar ao Senhor pelo milagre.

Por garantia, o médico o manteve hospitalizado até o fim do tratamento com antibióticos. Mesmo assim, ele me liberou para amamentar meu filho.

O problema, é que em decorrência do stress emocional que vivenciei, meu leite parou de descer, e por causa disto, o Vitor precisou ser alimentado com a fórmula do hospital, até que minha lactação se normalizasse.

 Apesar desta vitória, o primeiro ano de vida do meu filho não foi fácil. Ele teve bronquite por duas vezes, faringite, começo de pneumonia e inflamação nas vias respiratórias. Com tantos problemas de saúde, procuramos um alergista, e ele nos informou que o Vitor poderia ter alergia da proteína do leite de vaca (APLV), e recomendou que cortássemos todos os derivados do leite de sua alimentação, incluindo o leite materno, que deveria ser substituído pelo leite de soja. Também nos informou que a alergia poderia ser temporária ou durar toda a vida.

Trocamos o leite, e a saúde do Vitor melhorou. Ele começou a crescer e ganhar peso. Mas, eu ainda não estava feliz. Em minhas orações, falava com Deus que se fosse preciso, passaríamos esta prova com o Vitor, porém, sabia que ele tinha o poder de curá-lo desta alergia. Também pedia que não deixasse faltar o leite, pois cada lata custava R$ 60,00. E apesar de nossas preocupações, quando olhávamos para o armário e a última lata estava chegando ao fim, a provisão batia em nossa porta. Deus foi maravilhoso.

Neste ano, meu filho vai completar três anos, e recentemente, comecei a inserir em sua alimentação o leite comum de vaca. Para a glória de Deus, ele não teve nenhuma reação alérgica. Louvado seja o Senhor. Sei que tenho muitas falhas, mas, também sei que Deus tem sido fiel a mim, e nunca me abandonou nas minhas batalhas.

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