Em 15 de
julho de 2014, Deus me deu a grande honra de ser mãe pela segunda vez. Neste
dia, fui presenteada com um menino adorável, a qual demos o nome de Vitor
Samuel. Devido a complicações na gestação, ele nasceu prematuro, com 35
semanas.
Mas, com a
graça de Deus, não precisou ficar na UTI, e já no terceiro dia, recebemos alta
e fomos para casa.
Com o passar
dos dias, comecei a perceber que cada vez que o Vitor se alimentava com leite
materno, logo vomitava tudo que tinha ingerido. Ele também sofria com diarreias
constantes. Sempre que isso acontecia, íamos ao pediatra, que o medicava e tudo
ficava bem. Infelizmente, em pouco tempo, os vômitos e a diarreia retornavam.
Um dia, o
Vitor começou a tossir, e seu narizinho se congestionou por completo. Muita aflita,
comecei a clamar ao Senhor, pedindo que Ele me mostrasse uma saída. Retirei da
casa todos os elementos que poderiam estar causando alergia, tais como bichos
de estimação, cobertas e cortinas, porém, a situação do meu filho só piorava.
Foram idas e
vindas constantes ao pediatra, sem que uma solução definitiva fosse encontrada.
Quando
faltavam dois dias para que ele completasse seu primeiro mês de vida, acordei
pela manhã e percebi que o Vitor estava com muita dificuldade para respirar.
Comecei a chorar e clamar por misericórdia, pedindo que o Senhor não levasse
meu filho embora.
E lá fomos
nós ao pediatra mais uma vez. Ao analisar o exame de Raio-X, o médico
diagnosticou que meu filho estava com pneumonia nos dois pulmões, e que
precisava ser internado com urgência. Sai do consultório em prantos. Meu esposo
Claudomiro estava esperando na recepção, e imediatamente nos dirigimos ao
hospital. Já estava anoitecendo, e no trajeto, o Vitor tinha cada vez mais
dificuldade de respirar. Eu orava e chorava.
Assim que
chegamos ao hospital, as enfermeiras já vieram recolher amostras de sangue e o
colocaram no soro. O médico que o atendeu, o colocou no balão de oxigênio, e
pediu a imediata transferência para a Santa Casa, pois, meu filho precisaria
ser internado na UTI neonatal. Meu chão desapareceu.
Assisti naquele
lugar a cena mais triste da minha vida. Meu filho sem forças para respirar, com
a saturação arterial em apenas 70%, e as enfermeiras falando com ele: - Tenha força, campeão.
Acompanhei a
equipe médica até a Santa Casa. Enquanto cuidava da papelada referente a
internação, levaram meu filho para o centro médico. Assim que minha entrada foi
liberada, ele já estava mais calmo, deitadinho, e coberto de fios que
monitoravam seus sinais vitais. Durante toda aquela noite, o médico o manteve
em jejum. Fiquei do seu lado sem poder dormir, já que a saturação caia a todo
instante, e era preciso acionar as enfermeiras para controlar a medicação,
verificar a inalação e conferir temperatura.
Elas
trabalhavam, e eu orava ao meu Deus.
No dia
seguinte, o médico passou para checar os exames. Ele me chamou de canto e
disse: - Olha mãe, se eu não tivesse
atendido seu filho ontem, teria dificuldade em acreditar no que estou vendo. Os
pulmões dele estão completamente limpos! Naquela hora, eu só queria pular
de alegria e glorificar ao Senhor pelo milagre.
Por
garantia, o médico o manteve hospitalizado até o fim do tratamento com
antibióticos. Mesmo assim, ele me liberou para amamentar meu filho.
O problema,
é que em decorrência do stress emocional que vivenciei, meu leite parou de
descer, e por causa disto, o Vitor precisou ser alimentado com a fórmula do
hospital, até que minha lactação se normalizasse.
Apesar desta vitória, o primeiro ano de vida
do meu filho não foi fácil. Ele teve bronquite por duas vezes, faringite,
começo de pneumonia e inflamação nas vias respiratórias. Com tantos problemas
de saúde, procuramos um alergista, e ele nos informou que o Vitor poderia ter
alergia da proteína do leite de vaca (APLV), e recomendou que cortássemos todos
os derivados do leite de sua alimentação, incluindo o leite materno, que
deveria ser substituído pelo leite de soja. Também nos informou que a alergia
poderia ser temporária ou durar toda a vida.
Trocamos o
leite, e a saúde do Vitor melhorou. Ele começou a crescer e ganhar peso. Mas,
eu ainda não estava feliz. Em minhas orações, falava com Deus que se fosse
preciso, passaríamos esta prova com o Vitor, porém, sabia que ele tinha o poder
de curá-lo desta alergia. Também pedia que não deixasse faltar o leite, pois
cada lata custava R$ 60,00. E apesar de nossas preocupações, quando olhávamos
para o armário e a última lata estava chegando ao fim, a provisão batia em
nossa porta. Deus foi maravilhoso.
Neste ano,
meu filho vai completar três anos, e recentemente, comecei a inserir em sua
alimentação o leite comum de vaca. Para a glória de Deus, ele não teve nenhuma
reação alérgica. Louvado seja o Senhor. Sei que tenho muitas falhas, mas, também
sei que Deus tem sido fiel a mim, e nunca me abandonou nas minhas batalhas.
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