Texto
Áureo
Jeremias 23:6
Nos seus
dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome, com que o
nomearão: O Senhor, Justiça Nossa.
Verdade
Aplicada
Em Jesus
somos perdoados e recebemos justificação por intermédio de Seu sangue.
Textos de
Referência
Jeremias
23:1-2, 5
Ai dos
pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
Portanto,
assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu
povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as
visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o
Senhor.
Eis que
vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei,
reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Um Deus que ama, julga e vinga
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Justiça.
Como gostamos de deturpar este conceito. Em nossa interpretação, só existe
justiça quando somos os beneficiados. Com Deus é diferente. Ele é justo, porque
é bom, e bom porque é justo. Sua graça e misericórdia nos seguem dia após dia.
Porém, a justiça divina não falha e nem se omite. Deus age, intervém e permite.
Parte de sua tratativa com Israel, passava pela correção dolorida vivenciada
sob o jugo caldeu. Ali, o amor e justiça se fundiam num único gesto, mesmo que os judeus tivessem dificuldade de aceita-lá. Jeremias,
por outro lado, ao se sentir injustiçado pelo povo a quem tentava alertar sobre
esta punição, confiou a justiça ao Senhor, pois sabia que nas mãos de Deus,
todas as pessoas e suas ações encontram um destino justo. Seja para o bem ou
para o mal. Nosso Deus sabe o que faz!
Desde os primórdios de seu povo, Deus tem tomado em suas próprias mãos as guerras de seus filhos (Êxodo 14:13-14). Sobre isto, o sábio rei Salomão fez um registro pertinente em Provérbios 20:22 - Não diga: vingar-me-ei do mal. Espera pelo Senhor e ele te livrará. Um dos maiores problemas da atualidade, é que temos nos tornado cada vez mais vitimistas. A culpa é sempre do sistema, da igreja, dos líderes, do governo, da família, dos irmãos. Poucos assumem a responsabilidade de suas escolhas e semeaduras. Assim, temos um contingente enorme de pessoas que se tornam vítimas de suas próprias agressões.
Até mesmo dentro das igrejas, somos surpreendidos com “tristemunhos” chorosos, repleto de expressões vitimistas, tais como, “meus inimigos”, “estou sendo perseguido”, estou sendo humilhado”. Mas será que isto de fato é a realidade? Somos assim tão relevantes e possuidores de tantos bens, ao ponto de despertarmos a cobiça de tantos inimigos? Infelizmente, são estas “vítimas” de si mesmo, que mais clamam por justiça, e desejam o mal a todos que julgam como adversários. Obviamente, Deus não toma partido em guerras hedonistas e disputas unilaterais. E com isso, nasce nestes corações controvertidos, o temeroso senso de justiça própria, e o desejo ensandecido por vingança pessoal. A vingança é um caminho sem volta. Embora a “VINGANÇA” não seja um pecado, tomar para si um atributo divino, é. Por exemplo:
Apenas ao Senhor cabe doar ou retirar a vida, assim, quem interrompe a vida de alguém, peca. Apenas ao Senhor destina-se louvor e adoração, e quem toma para si este direito, peca. Logo, se a vingança pertence ao Senhor, quem toma para si o direito de vingar-se, ou opta pela “justiça própria”, peca, e atrai sobre si a vingança justa e perfeita de Deus. Não existe vingança sem consequências. Não existe justiça na vingança humana. E se ao invés de tomar a vingança em minha mão, eu tivesse deixado minha mãe agir? E se ao invés de agirmos cegos pelo ódio, deixarmos Deus lutar por nós?
Vivendo em um tempo de grandes perseguições e constantes ameaças de inimigos poderosos, o profeta Zacarias trouxe uma palavra de encorajamento aos judeus repatriados em Jerusalém após os anos de exílio: - Assim diz o Senhor. Aquele que tocar em vós, toca na menina dos meus olhos. (Zacarias 2:8). Esta é uma palavra que deveria nos fazer dormir em paz toda noite, e esquecer de vez, a preocupação com “tantos” inimigos, sejam eles reais, ou apenas projeções de nossos complexos interiores. Deus nos protege, como protege a íris de seus olhos.
Desde os primórdios de seu povo, Deus tem tomado em suas próprias mãos as guerras de seus filhos (Êxodo 14:13-14). Sobre isto, o sábio rei Salomão fez um registro pertinente em Provérbios 20:22 - Não diga: vingar-me-ei do mal. Espera pelo Senhor e ele te livrará. Um dos maiores problemas da atualidade, é que temos nos tornado cada vez mais vitimistas. A culpa é sempre do sistema, da igreja, dos líderes, do governo, da família, dos irmãos. Poucos assumem a responsabilidade de suas escolhas e semeaduras. Assim, temos um contingente enorme de pessoas que se tornam vítimas de suas próprias agressões.
Até mesmo dentro das igrejas, somos surpreendidos com “tristemunhos” chorosos, repleto de expressões vitimistas, tais como, “meus inimigos”, “estou sendo perseguido”, estou sendo humilhado”. Mas será que isto de fato é a realidade? Somos assim tão relevantes e possuidores de tantos bens, ao ponto de despertarmos a cobiça de tantos inimigos? Infelizmente, são estas “vítimas” de si mesmo, que mais clamam por justiça, e desejam o mal a todos que julgam como adversários. Obviamente, Deus não toma partido em guerras hedonistas e disputas unilaterais. E com isso, nasce nestes corações controvertidos, o temeroso senso de justiça própria, e o desejo ensandecido por vingança pessoal. A vingança é um caminho sem volta. Embora a “VINGANÇA” não seja um pecado, tomar para si um atributo divino, é. Por exemplo:
Apenas ao Senhor cabe doar ou retirar a vida, assim, quem interrompe a vida de alguém, peca. Apenas ao Senhor destina-se louvor e adoração, e quem toma para si este direito, peca. Logo, se a vingança pertence ao Senhor, quem toma para si o direito de vingar-se, ou opta pela “justiça própria”, peca, e atrai sobre si a vingança justa e perfeita de Deus. Não existe vingança sem consequências. Não existe justiça na vingança humana. E se ao invés de tomar a vingança em minha mão, eu tivesse deixado minha mãe agir? E se ao invés de agirmos cegos pelo ódio, deixarmos Deus lutar por nós?
Vivendo em um tempo de grandes perseguições e constantes ameaças de inimigos poderosos, o profeta Zacarias trouxe uma palavra de encorajamento aos judeus repatriados em Jerusalém após os anos de exílio: - Assim diz o Senhor. Aquele que tocar em vós, toca na menina dos meus olhos. (Zacarias 2:8). Esta é uma palavra que deveria nos fazer dormir em paz toda noite, e esquecer de vez, a preocupação com “tantos” inimigos, sejam eles reais, ou apenas projeções de nossos complexos interiores. Deus nos protege, como protege a íris de seus olhos.
Para tocar nos olhos de alguém, é preciso um ataque frontal. É praticamente impossível, encostar um dedo no olho de alguém, sem gerar uma imediata resposta defensiva da vítima. Se você é “a menina dos olhos de Deus”, o ponto central de sua visão, então, se alguém tentar atingir a sua vida, irá gerar uma reação imediata de Deus em sua defesa. Por isso Jesus nos ensinou a orar por quem intenta o mal contra nós, pois quem assim procede, atrai sobre si a fúria do Senhor. Mas, se partimos para a vingança pessoal, então seremos nós, a tocar o olho de Deus. Os valores se revertem.
Para Deus,
a justiça é baseada em dois princípios que nossos corações hedonistas tem
dificuldades de assimilar. Misericórdia e Graça. Por nossas escolhas e práticas
pecaminosas conscientes, merecemos sim a condenação, inda que a vontade de Deus
vá exatamente na direção oposta (João 3:16). A misericórdia do Senhor, surge
então, como um facho de luz em meio as trevas, uma segunda chance de vida no
exato momento que a mão da morte toca nosso pescoço. Por seu amor, Deus escolhe
suspender a sentença que pesa contra o homem, NÃO lhe dando o castigo do qual é
merecedor. Só a misericórdia de Deus tem a autonomia para suspender o
julgamento que nos é devido, e conceder ao culpado um perdão que ele não faz
por merecer.
Já a
“graça”, nada mais é do que um favor imerecido, um presente pelo qual não
esperamos, uma “promoção” que não tencionávamos receber. Deus não nos deve
absolutamente nada e não está obrigado a nos conceder qualquer tipo de favor.
Mesmo assim, além de nos livrar da sentença merecida, o Senhor passa a conceder
a seus servos bens e favores que não mereciam receber. Alguém disse certa vez,
que se Deus decidisse, a partir de hoje não nos conceder uma única benção,
fechando para sempre as janelas dos céus sobre nossa vida, ainda assim,
teríamos que agradece-lo pela eternidade por tudo que já nos fez.
A justiça de um justo juiz
Pb. Bene Wanderley
Os
objetivos são determinantes para uma visão mais ampla. O primeiro objetivo é
reconhecer que somos totalmente dependentes da justiça divina. Todos nós deveríamos
confiar plenamente na justiça divina. Somos guardados pela justiça do Senhor, e
não importa o quanto seremos julgados, mal vistos ou afligidos por pessoas ou
situações, se Deus é nossa justiça, então Ele mesmo fará o que for necessário
para nos defender. O segundo objetivo é entender que Deus é um justo juiz, e
que Ele sabe muito bem como nos defender, e nos tornar limpos em sua presença.
Não temos que ficar preocupados com o julgamento humano, quando temos Deus como
defesa. O terceiro objetivo, é que devemos aprender a chorar com dignidade. O
choro faz parte da caminhada e, derramar-se em lágrimas, é um “mal” necessário.
Nestes momentos, quanto formos imergidos
por injustiças e acusações, tudo que precisamos saber, entender e reconhecer é:
Deus é a nossa justiça.
A nossa
posição diante de Deus, é que em Cristo Jesus somos justificados por meio do
seu sangue. Devemos assumir este posto com segurança, seja diante de Deus ou
dos homens. Com essa postura de justificados, venceremos tudo e toda qualquer
situação ou adversidades que venham contra nós. O profeta Jeremias tinha em seu
peito um distintivo abrasador que o impelia para frente o tempo todo. No
capítulo vinte de Jeremias, temos uma narrativa impressionante que nos deixa
clara esta força ministerial do profética. Ali, Jeremias é ferido, e logo em
seguida, preso num cepo por causa das profecias com a qual bombardeava Judá. Então,
em decorrência da mensagem divina, Jeremias se vê lançado num mar de tristezas
e desapontamentos. Tudo o Jeremias queria, era que sua disposição em fazer a
vontade de Deus lhe trouxesse alegrias, aplausos e reconhecimentos. Mas, os
resultados foram os piores possíveis. Perseguido e desacreditado por sua própria
nação, o profeta chegou a desabafar: -" Iludido fui eu". No mesmo instante, o profeta se lembrou da vocação que o
impulsionava, e uma chama ardeu em seu peito. Ele fez exatamente o que eu e você
precisamos fazer: descansar na justiça divina.
Outro
ponto de grande importância é o texto contido em Jeremias 23, cujos versos, são
riquíssimos em detalhes quanto o agir da” justiça divina”. Deus como justo
juiz, julgará com bravura os pastores que destroem e dispersam as ovelhinhas de
seu pasto. Essa mensagem feriu profundamente o coração dos negligentes pastores
do povo de Deus. Esses pastores eram os líderes da nação, os reis, os
sacerdotes e os profetas de conveniência, que faziam o povo se desviar do seu
Deus e acreditar em mentiras. O julgamento seria inevitável, uma suspensa momentânea
da misericórdia. Mas, o mesmo texto também nos diz sobre um renovo justo que
viria, trazendo justiça divina, onde Israel viveria um tempo de restauração
profunda. Deus sempre age com justiça, mas nunca abre mão da misericórdia sobre
seu povo. Mesmo que Judá fosse dispersados
pelas nações inimigas e deportados para terras estranhas, um dia, Deus os restauraria
a sua terra. Voltariam ao aprisco, e se multiplicaram para glória de Deus.
Os tópicos
desta lição nos darão um panorama bem amplo deste agir em três etapas distintas e intrínsecas. Deus é
a nossa justiça, O Senhor é justo juiz e Deus protege os injustiçados. Ao
estudarmos este assunto veremos como Deus age em nosso favor, e como procede
com sua justiça e equidade. Lembrando que a fonte dessa justiça é Jesus Cristo
através de seu sacrifício. Segundo Romanos 3:23, todos os homens pecaram e
carecem da misericórdia de Deus. Vindo Jesus nos trouxe a possibilidade de
sermos justificados através de seu sangue. Todos nós temos essa benção
estendida em nossa vida. Por isso temos então que nos agarrar a justiça divina,
sabendo que Deus nos vê e sabe que somos dependentes dele, e, portanto, não
vacilaremos em nossa confiança.
Temos de
gozar todos os benefícios que Cristo nos trouxe através do seu sacrifício. O
Senhor é justo juiz. Não há condenação para os filhos de Deus. Sabendo disso
nós os crentes em Cristo Jesus temos essa confiança que nosso Deus é justo juiz
e julga pela reta justiça todas as coisas que nos diz respeito. Deus protege os
injustiçados. Nunca devemos duvidar da justiça divina. Deus tudo vê, tudo sabe
e tudo conhece. Nada está oculto aos seus olhos.
Material
Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 103 - Editora Betel
Jeremias - Lição
06
O Senhor, Justiça Nossa
Comentarista: Pr.
Clementino de Oliveira Barbosa
Introdução
Nesta
lição estudaremos, dentro do livro do profeta Jeremias, sobre a grandiosa e
magnífica justiça do Eterno Deus, isto é, o Seu modo de agir. Em outras
palavras, o Seu proceder em favor dos homens.
Deus é a
nossa justiça
Todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Não há justo, nem um sequer (Rm
3.23). Fomos declarados justos por causa da obra de Cristo em nosso lugar e em
nosso benefício. Agora, estamos quites com a justiça divina e nenhuma
condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1). Injustiça é a prática de violar
padrões do que é justo. Sofrer injustiça é uma das coisas mais doloridas de
lidar. Quando isso acontece, a revolta toma conta de quem é alvo de injustiças.
Na Bíblia, há muitos relatos de pessoas que sofreram injustiças. Jeremias, por
exemplo, foi posto em um calabouço (Jr 37.16), jogado na lama (Jr 38.6),
desprezado pelos amigos e familiares, apenas por ser justo diante de Deus.
Jeremias nos adverte que “ai daquele que edifica a sua casa com injustiça” (Jr
22.13). Por isso Jeremias vivia na presença de Deus (Jr 12.3).
Quando o
Senhor levantou Jeremias como profeta em Judá, lhe revelou o nome de Jeová
Tsidkenu, prometendo justificar o seu povo: “Nos seus dias, Judá será salvo, e
Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor,
Justiça Nossa.” (Jr 23.6). Jeová Tsidkenu nos descreve que Deus é Juiz e julga
com justiça, amparando os que são injustiçados e castigando os injustos com as
consequências de suas iniquidades. Ele é a nossa justiça. Só andamos pelas
veredas da justiça porque fomos justificados (Rm 5.1). No tempo dos monarcas, o
povo judeu viveu períodos de grandes injustiças (2Rs 17.3-4; 18.13, 16; 23.33).
A justiça de Deus fez com que o Senhor Jesus levasse as nossas iniquidades,
sofrendo o castigo que era nosso, para nós, os pecadores, pudéssemos ser
curados, salvos, purificados e justificados diante dEle (Is 53.4-5; 2Co 5.21).
Jeremias
conhecia muito bem o sacerdócio, pois nasceu neste ambiente religioso. Ele
lamenta que os falsos líderes tenham feito a cabeça do povo (Jr 5.30-31).
Jeremias descreve os falsos líderes assim: “Ai dos pastores que destroem e
dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” (Jr 23.1). Esta passagem
mostra a conduta errada dos líderes de Judá. Eles não amavam o povo como o
Senhor os ama! O interesse deles era o dinheiro (Jr 5.31; 6.13). Para eles, ser
profeta era uma posição de destaque e honra. Eram sábios para o mal e não para
o bem (Jr 4.22). Deus não aprova líderes assim. Ele chama homens que amem e
para que guiem suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
Estamos
vivendo dias tristes no que concerne a muitos que se intitulam como verdadeiros
líderes cristãos. Todos os dias, templos evangélicos estão sendo abertos, não
por gerência divina, mas por mera soberba e ambição de seus líderes. Líderes
que se acham no direito de administrar a vida das pessoas a seu bel prazer,
corrompendo a pregação legítima do Evangelho. A Bíblia nos adverte que todos
nós daremos conta dos nossos atos no dia do juízo (Rm 14.12).
Os
sacerdotes e profetas contemporâneos a Jeremias viviam uma situação não muito
confortável diante de Deu: “Cometem adultérios, e andam com falsidade, e
esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade;
eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.”
(Jr 23.14). Esta situação perversa deixava o Senhor indignado: “Portanto, assim
diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer
alosna, e lhes farei beber águas de fel.” (Jr 23.15). Os falsos profetas
enchiam o povo de falsas esperanças, prometendo recompensas sem mudança de
vida. Deus nos chama sempre ao arrependimento (2Co 5.17, 20).
Se voltarmos
um pouco no tempo, recordaremos que Jeremias tinha tudo para ter uma vida calma
no sacerdócio (Jr 1.1). Só que de repente veio o chamado de deus, que traria
uma mudança radical na vida deste homem. Esta foi uma enorme mudança, um grande
desafio na vida de Jeremias.
O Senhor é
Justo Juiz
A justiça
é um dos valores mais desejados pelas pessoas de bem. O salmista Davi sabia
muito bem disso (Sl 28.7). Deus em toda a história sempre deixou provas que
devemos confiar nEle incondicionalmente. O profeta Jeremias é um dos profetas
de Judá que não se cansava de chorar pelo povo. Isso aconteceu numa época em
que o juízo de Deus já havia sido comunicado ao povo através do próprio
Jeremias. Diante de tamanha destruição que estava por vir, o desprezo do povo
pela verdade fez Jeremias se ver em prantos diversas vezes em decorrência de
amar a sua nação. São elas: quando o povo abandona o Senhor (Jr 2.3) e foi
enganado com palavras falsas (Jr 7.4); quando os falsos profetas profetizaram palavras
fingidas (Jr 28.11); quando as mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos e
lhes serviram de alimento na destruição (Lm 4.10); quando viu a aflição por
causa dos juízos do Senhor sobre o povo (Lm 3.1). Jeremias deu a resposta de
tanto choro: “Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se
desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a
minha alma; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo”. (Lm
1.16).
Na Babilônia,
diante do furor do rei Nabucodonosor, vemos que o Senhor continuamente esteve
com o Seu povo. Outro exemplo claro de que o Senhor nos protege aconteceu na
fornalha, aquecida sete vezes mais, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, pois,
de uma forma linda e extraordinária, o Senhor os livrou (Dn 3.19). Naqueles
dias, não era raro penitenciar os amotinados às leis reais, atirando-os na
fornalha ardente. Jeremias fala de Zedequias e Acabe, os quais o rei da
Babilônia assou no fogo (Jr 29.22). Nabucodonosor estava habituado a ver corpos
sendo disseminados em suas fornalhas na Babilônia. Jeremias ficou conhecido
como profeta “chorão”. Segundo a tradição judaica, ele escreveu o livro
Lamentações sentado sobre um monte próximo a Jerusalém, olhando do alto a
cidade sendo devastada. Ele, diante de tamanha tragédia, lamenta o fato do povo
não ter ouvido suas palavras e evitado tamanha dor e desgraça sobre a nação.
Jeremias
não encontrou o Senhor mostrando-se valente. Deus o fez valente. A força
verdadeira não vem de quem o Senhor chama e sim do Senhor (Sl 28.7)! Paulo
disse: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Fp 4.13). Grande
parte das nossas vidas passamos por lutas e provações, mas não podemos admitir
que o Diabo entre na brecha e nos afaste de Deus (Ef 4,27, 32). Deus encorajou
Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e
dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as
cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te
mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).
Nossa vida
cristã não pode ser vivida na fraqueza, pois a graça do Nosso Senhor Jesus
Cristo nos fortalece dia-a-dia. A salvação que ganhamos nos resgata de qualquer
pequenez espiritual.
Jesus
disse que um profeta não é honrado na sua própria terra (Jo 4.44). Isso
aconteceu com Jeremias (Jr 26.8-9). O profeta Jeremias tinha expectativas que
muitos poderiam acordar do sono espiritual que estavam e ainda poder usufruir
das bênçãos de Deus em meio àquela conjuntura tão humilhante (Jr 13.9-10). O
profeta não desiste da palavra de esperança e aconselha o povo: “Bendito o
varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”; “Ó Senhor, Esperança
de Israel! ” (Jr 17.7, 13ª).
O profeta
Jeremias sabia que estava se multiplicando a iniquidade em Judá. Era notório
que todo o tipo de maldade estava presente. Os habitantes estavam impregnados
pelo pecado. Mesmo assim, o profeta Jeremias intercedia pelo povo, pedindo a
Deus que tivesse misericórdia do povo por causa do juízo que estava por vir (Jr
7.16).
Deus
protege os injustiçados
Podemos
confiar na justiça de Deus sempre! Ele está atento a todo mal que possa vir
sobre nós (Is 41.10). Seu amor não tem fim. Que estejamos seguros quanto ao
cuidado do nosso Senhor (Sl 55.22). No momento oportuno, o Senhor nos livrará,
pois não se agrada de injustiça praticada contra Seus filhos. Jeremias ocupou
posição de grande destaque como profeta. Os reis se sucediam no trono, o
ambiente era de intrigas e apostasia. Durante quarenta anos, o profeta passou
por diversos tormentos em Judá: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou
ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó
minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Com
todo sofrimento, com toda a sua dor, com toda angústia, ele não desistiu. Ele
sabia que sua missão era maior do que sua dor.
O Eterno Deus
salva os que são injustiçados e pune os injustos. O povo do Senhor é sempre
alegre (Fp 4.4), pelos benefícios que o Senhor tem feito (Dt 26.11). As marcas
que o profeta Jeremias trazia no corpo não foram suficientes para calar o homem
escolhido por Deus para entregar a Sua Palavra.
A
deportação do povo Judeu para a Babilônia estava às portas e Jeremias sentiu
muito o peso da responsabilidade de ser o último mensageiro de Deus para chamar
este povo ao arrependimento. Pelo fato de sua mensagem ser muito pessimista,
ele foi chamado de falso profeta por todos. Um dos fatores que mais agravaram
esta situação foi que os falsos profetas anunciavam paz e prosperidade a todos
(Jr 14.11-16). Embora acusado por todos, Jeremias não se calou. A Bíblia diz
que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).
O profeta
Jeremias sofreu dores físicas e emocionais e emocionais imensas, mas, apesar
dessas lutas, ele se sentiu instigado a desempenhar sua missão. Ele disse: “Ah!
Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração
ruge; não posso me calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e
o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Tentaram calar o profeta Jeremias, mas o amor
ao Senhor o fez persistir.
É
impossível nos apresentarmos diante de Deus sem que seja por intermédio do
Senhor Jesus (1Tm 2.5). Apenas pela justiça do Pai em Cristo, o pecador pode
ser considerado inocente. No tribunal celestial, Jesus é o Advogado que
comparece diante do Juiz (Deus), com o intuito de inocentar o réu de sua
merecida culpa (1Jo 2.1). A justiça redentora de Deus é testemunhada na obra do
Mestre na cruz do Calvário, mostrando Seu imenso amor pela humanidade.
Nosso advogado
é o Filho do próprio Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo se oferece como aquele que
nada deixa faltar aos Seus discípulos. Além de advogar nossas culpas junto
ao Justo Juiz (Deus), nosso Bom Pastor ainda refrigera nossa alma e nos guia
por caminhos tranquilos (Sl 23).
Conclusão
Nós temos
um advogado! Não porque aspiremos pecar sucessivamente, mas porque sabemos que
somos fracos e que, por isso, o Senhor colocou um Salvador sobre nós. Jesus
Cristo, o advogado fiel, nos livra do peso e das decorrências do pecado.
Neste trimestre,
estudaremos a vida do profeta Jeremias. Veremos no decorrer das treze lições
que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Será uma excelente
oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu
povo e as profecias de restauração e renovo. Que possamos ter a força
necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas
melhores na caminhada diária de nossas vidas. Para conhecer ainda mais sobre o
ministério do profeta Jeremias, e as grandiosas lições retiradas de suas
palavras e ações, participe neste domingo, 07 de Maio de 2017, da Escola
Bíblica Dominical.
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