Texto
Áureo
I João 4.9
Nisto se
manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito
ao mundo, para que por ele vivamos”.
Verdade
Aplicada
Logo no
início da Bíblia encontramos que o Deus Criador é um Deus missionário,
interessado em abençoar todas as famílias da terra.
Textos de
Referência
João
20.19-22
Chegada,
pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os
discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no
meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
E, dizendo
isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram,
vendo o Senhor.
Disse-lhes,
pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu
vos envio a vós.
E, havendo
dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
O sentido de tudo
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Deus não tem amor. Ele é
a própria personificação do amor. Graça, misericórdia, justiça, verdade,
fidelidade e tantas outras virtudes louváveis estão inseridas em seu caráter. E
quando o Deus Criador, investiu seu talento na criação do homem, destinou para
ele, o “crème de la crème” de seus atributos. Somos amados pelo nosso Deus, com
um amor perfeito que excede o entendimento das mentes mais promissoras da
humanidade. Desde os primórdios do tempo, quando o homem traiu a confiança de
seu Criador e cedeu a tentação da serpente, Deus tem se dedicado em tempo
integral, buscando se reaproximar da humanidade. Do Gêneses ao Apocalipse, enxergamos
o mover do Senhor em prol desta ambição sagrada. Os patriarcas, juízes,
profetas, apóstolos, ministros, pastores, evangelistas e mestres, só existem
para transmitir a mensagem do Senhor, que em resumo, nada mais é que um convite
ao arrependimento, que por sua vez, é a chave que abre as portas dos céus para
o homem.
Nada faz o coração de
Deus pulsar tão forte quanto um pecador que se arrepende. O universo ainda
existe, para testemunhar este evento miraculoso. Deus não move uma única peça
no tabuleiro da existência, sem que a motivação seja aproximar-se da
humanidade, restaurar o homem para si. A encarnação
do Filho do Homem entre nós teve como objetivo principal expiar os pecados da
humanidade na cruz, reconciliando os pecadores e salvando todos os que haviam
se perdido (João 1.14). A submissão de Jesus em concretizar o plano de salvação
designado por Deus implicou-o a tornar-se humano. Deus entre os homens, para
que os homens se achegassem a Deus.
Jesus
submeteu-se à vontade do Pai, carregando sobre Si mesmo os pecados da
humanidade para que pudesse redimi-la e reconciliá-la com o Pai. Dessa forma,
Jesus foi enviado voluntariamente, como um sacrifício perfeito, imaculado,
realizando um ato de expiação na cruz, reconciliando o homem com o Criador (II
Coríntios 5:18,19).
E hoje, a
Igreja é a ferramenta máster da vontade de Deus. Somos continuadores da obra de
Cristo, apregoando a Salvação pela fé no sacrifício vicário do Filho do Homem.
Deus moveu céus e terra para nós dar esta oportunidade. Jesus, por sua vez,
trocou a glória pela cruz, deixando a morte tripudiar da vida, afim de nos dar
condições para sermos salvos. E fomos agraciados pela misericórdia, abraçados
por esta graça. Deus nos revelou seu amor de maneiras inquestionáveis e
profundas. O Senhor se sacrificou para corrigir erros que nós cometemos. Ele
nos abriu as portas do paraíso, as quais fechamos com as próprias mãos no
jardim.
E cabe a
cada um de nós, como Igreja do Senhor, sermos leais a vontade de Deus. Ele nos
deu os meios, e as condições, para sermos sua voz na terra, convidando todas as
pessoas deste mundo, a também experimentarem de seu amor. Que sejamos leais a
este propósito, pois somente assim, a vida de fato, terá um sentido pleno para
existir.
Deus – o Missionário Primaz
Pb. Bene Wanderley
Deus é um
Missionário. Este é o tema que vejo em relação a nossa lição. A cada semana
estamos sendo bombardeados com exímias verdades bíblicas que nos move para uma
tomada de postura em relação ao chamado da Igreja. Os acontecimentos atuais,
nos fazem enxergar a urgência que se pede dos filhos de Deus, no sentido de
despertarem do sono da negligência no qual estamos adormecidos. Se o próprio
Deus, se encarregou de criar na eternidade um plano de salvação para os homens,
então, porque nós, a Igreja de Jesus Cristo não fazemos nossa parte neste plano?
Por que deixamos de buscar os perdidos? Sei que a
resposta em muitas mentes está aflorada, já outros, simplesmente nem fazem
ideia do que estou falando. A verdade é que sabemos quase tudo sobre missão e
não praticamos absolutamente nada! Haja visto tudo que Deus preparou nas
eternidades passadas, ou já manifestou em Cristo, estamos em alta dívida com as
almas dos perdidos. Estamos nos orgulhosos de sermos milhões de evangélicos no país.
E eu pergunto: E os outros milhões que se perdem a cada dia, na nossa cidade,
nossa rua, nosso trabalho, nas praças, becos, vielas? O que fazemos? Precisamos
entender de fato que Deus é o Autor de Missões, e que o seu coração pulsa por
Missões. Deus, é o ser Missionário.
Quando o
homem pecou no Jardim do Éden, Deus não o desprezou. Deus, não ficou indiferente
em relação ao homem. Ele, simplesmente, mesmo sabendo da real situação
pecaminosa dos pais da humanidade, Ele sai aos campos em busca do homem. É como
se Deus andasse pelas avenidas, ruas e praças do Éden, em busca do homem que
acabara de cair. É algo maravilhoso, comtemplar como Deus - o Criador, vai em
busca da criatura feita à sua imagem e semelhança. É como se Ele negasse em
aceitar que o homem, a obra prima feita por suas mãos, estivesse para sempre em
escuridão total. O coração Missionário de Deus bate na velocidade de seu eterno
Amor, e ali mesmo, no Éden, Deus estabelece o seu projeto de restauração do
homem.
A Bíblia
nos traz a narrativa de todo o percurso de Deus na história, nos dando as
informações sobre esse grande projeto, e de como Ele espera de cada homem que
já foi alcançado por seu Amor, se transforme num agente da sua graça.
Precisamos parar de repetir a frase conhecida e proferida em toda parte "Missão
está no coração de Deus", e perguntarmos a nós mesmos: Missão está no meu
coração? Que está no coração de Deus, isso é inegável, mas, precisamos saber se
está no nosso também. Missão não é obra de homens, nem de instituição humana. Nenhum
homem nessa terra pode se auto declarar dono ou idealizador da obra missionária.
Ela foi gerada pelo próprio Deus Criador.
Esta lição
é muito forte e creio que haverá um mover genuíno do desejo missionário em nós.
Deus deseja que nos levantemos para fazermos o que temos que fazer. Cada ponto
desta lição nos traz conhecimentos importantes que, se atentarmos, seremos
grandemente enriquecidos no nosso espírito, e assim sairemos em busca dos
perdidos. A criação revela o grande Amor do Criador quando Deus vem em busca da
criatura feita por suas mãos, a própria natureza vivencia esse ato do Criador
quando Deus faz vestimentas de pele para que o homem não estivesse nú. Esta
veste já simbolizava a obra redentora de Jesus Cristo, que vestiria o homem de
sua justiça. Por certo esta pele era de um cordeiro, que também simboliza o
sacrifício da cruz. Então temos um Deus que manifestou ali no Éden o seu grande
e maior desejo: Restaurar o homem.
No
decorrer da história Deus sempre se apresenta como O Grande Missionário. O
grande projeto Missionário de Deus é trazer o homem de volta para si. Com a
queda, o homem se afastou totalmente de Deus, e só através de uma grande obra evangelizadora,
está comunhão que um dia foi quebrada, poderá ser trazida de volta. Então, Deus
intensifica seu a convocação de sua igreja para a Obra Missionária, como a
única ponte de acesso pela qual a humanidade deve passar. Que Deus nos ajude a
fazermos essa tão grandiosa obra.
Material Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo,
Missões e Discipulado – Lição 6
Deus, o Autor de Missões
Comentarista: Bp.
Oídes José do Carmo
Introdução
Desde a
eternidade, Deus traçou um plano de redenção para toda a humanidade. Seu plano
sempre foi abençoar as famílias da terra. Por isso, Ele nos convoca e nos
comissiona a realizar essa missão (Gn 12.3).
1. Deus, o
missionário por excelência
O anuncio
do Evangelho não se iniciou no tempo do Novo Testamento: “Deus...anunciou
primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti”
(Gl 3.8). Assim, a missão de salvar o mundo foi idealizada por Deus.
1.1. A criação
revela o amor do Criador
O mesmo
Deus que chamou Abraão criou os céus e a terra, e, como clímax de Sua obra,
trouxe à existência a raça humana, pois o ser humano foi feito à imagem de Deus
para refletir a glória de Deus no mundo (Gn 1.27). É digno de nota que o Senhor
Deus criou, abençoou e deu ordens e instruções sobre a vida na terra (Gn
1.27-28; 2.16-17).
Encontramos na
Bíblia que Deus capacitou e ordenou ao primeiro casal: “Frutificai, e
multiplicai-vos, e enchei aterra...” (Gn 1.28). Abençoou para que enchesse a
terra! Assim, cada ser humano possui a mesma origem e desfruta da mesma
dignidade. Não há um povo superior a outro. O novo cântico, registrado em
Apocalipse 5.9, diz: “Compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo,
e nação”.
1.2. A
missão começa com Ele
Deus, além
de Criador, tem um pleno envolvimento com Sua obra. Mesmo após ter se rebelado
contra Deus e, assim, ter sido alvo do julgamento divino, o ser humano continua
desfrutando da manifestação da graça e da misericórdia de Deus. Após a queda,
Deus continua agindo em direção ao homem: “ouviram a voz do Senhor...pela
viração do dia” (Gn 3.8). Aí está Deus como o primeiro missionário, tomando a
iniciativa de ir até o ser humano caído, mostrando-lhe o seu erro (desobediência),
a insuficiência das tentativas humanas diante das consequências do pecado
(vestes de folhas de figueira) e fazendo o primeiro anuncio do Evangelho (Gn
3.15).
Assim, logo no
início da história da humanidade registrada na Bíblia, encontramos a base para
nossa missão cristã. O ser humano, criado para refletir a glória de Deus, se
rebela contra o Seu Criador e, como consequência, vem a morte e a separação de
Deus, necessitando de salvação e de reconciliação com Deus. O Deus Missionário
toma iniciativa, vai ao encontro do ser humano caído, providencia vestes
adequadas e anuncia a vinda do Salvador, que, mesmo sendo ferido na cruz,
esmagaria a cabeça da serpente. Deus está tão envolvido que nomeia o homem,
enche-o de amor, lhe revela o plano e caminha ao Seu lado, dando-lhe suporte
para que a missão tenha êxito. O verdadeiro espírito missionário deve encarnar
o amor divino, mesmo nas mais diversas formas da realidade humana, pois o
preconceito prejudica o cristão. Devemos conhecer o que o amor de Deus é capaz
de realizar e anunciar Jesus Cristo ao pecador, para que este confesse não
somente como Salvador, mas para que viva em pleno relacionamento com Ele (Êx
3.10; Mt 28.20).
1.3. Um
projeto elaborado desde a eternidade
Encontramos
na Bíblia que o plano de salvação não é um projeto de última hora, para
resolver um problema inesperado. Trata-se de um propósito de Deus, desde o
princípio da criação (Ef 3.9), que, em Sua soberania, decidiu revelar ao homem
de forma gradual. Por isso, o apóstolo Paulo chama de “mistério”. A salvação
está no coração de Deus “antes da fundação do mundo” (1Pe 1.20). Após o
primeiro anúncio (Gn 3.15), o plano foi revelado no decorrer da história até a
vinda de Jesus Cristo, o Salvador (1Pe 1.18-20; Ap 13.8).
Assim as “túnicas
de peles” (Gn 3.21), providenciadas por Deus para o primeiro casal, passando
por cada cordeiro sacrificado ao longo do Antigo Testamento, vemos uma
prefiguração de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo
1.29). Como escreveu o apóstolo Paulo, o Senhor Deus, o Deus missionário, agiu
conforme o Seu Eterno propósito, que realizou por intermédio de Cristo Jesus
(Ef 3.11).
2. Missões
em vários aspectos
Em Seu
grande projeto de redenção, o Criador fixou tempos e estações para cumpri-lo
(At 1.7). É perceptível que, ao longo da história, o processo divino de “tornar
a congregar em Cristo todas as coisas” (Ef 1.10) vai sendo conduzido de acordo
com a soberania de Deus.
2.1. O
processo ascendente de Missões
Encontramos
na Bíblia que o desejo de Deus em relacionar-se com pessoas foi manifesto na
criação. Por isso, fez o ser humano à Sua imagem. Vemos assim que o propósito
da missão é tornar a trazer o homem distante de Deus para a comunhão com o Seu
Criador. Com a entrada do pecado na vida humana inicia-se uma
alienação progressiva em relação ao propósito para qual foi criada (Gn 4.11).
Contudo, num contexto de degradação moral e espiritual, Deus chama um homem e
promete que, por intermédio de sua descendência, abençoaria todas as famílias
da terra (Gn 12.1-3).
Todo o Antigo
Testamento é a preparação e a revelação gradativa acerca do cumprimento desta
promessa: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho...” (Gl
4.4). A bênção prometida a Abraão chega a todos por Jesus Cristo (Gl 3.14).
Hoje a Igreja tem a missão de tornar conhecido a todos os homens o plano divino
de salvação (Mt 28.18-20). Em Apocalipse 5.9, vemos registrada a concretização
do anseio e plano missionário de Deus, quando os salvos de “toda tribo, e língua,
e povo, e nação” estarão entoando um novo cântico ao Criador, Cumprindo, assim,
a finalidade principal do ser humano: glorificar a Deus!
2.2.
Cristo, a figura central
A Bíblia,
a palavra de Deus revela o Senhor Jesus Cristo como o Messias prometido, a
figura central em todas as dispensações. Ele é a pessoa principal de toda a
pregação e ensino. Ele aparece figurado: nas vestimentas de pele com que o
Senhor vestiu a Adão e Eva, sua mulher (Gn 3.21); no carneiro imolado em lugar
de Isaque (Gn 22.13-14); no cordeiro pascoal sacrificado na saída dos filhos de
Israel do Egito: na nuvem que guiava os israelitas de dia e na coluna de fogo
que os aquecia a noite. Enfim, Jesus é o centro da Bíblia. O próprio Jesus fez
questão de falar que as Escrituras testificavam dEle (Jo 5.39). E, para que não
houvesse dúvidas, o Pai confirmou Seu ministério, para que todos nEle cressem
(Jo 8.14-18).
Jesus Cristo é
a pessoa na história que cumpriu a maior missão já existente. Ele mesmo afirmou
que veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10). Cristo consolidou
Sua missão quando: morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia, aniquilou o
poder da morte e do pecado, e conquistou para todos nós o direito da vida
eterna. Após sua ascensão. Ele nos deixou seu legado: a missão de difundir o
plano de salvação para todas as nações (Mt 28.18-20).
2.3.
Bíblia, o alicerce
Na Bíblia
encontramos a revelação de tudo quanto necessitamos e precisamos saber para a
prática da obra missionária. Sem a Palavra de Deus, é impossível a
evangelização do mundo. Nela encontramos que e nossa a responsabilidade da
proclamação do plano divino de salvação, o poder e a capacitação para
cumprirmos a missão, e a mensagem a ser anunciada. Quanto mais convictos
estiverem os discípulos de Jesus Cristo acerca da autoridade da Bíblia, maior
será o comprometimento com a obra missionária. O próprio registro da mensagem
em formato de livros tinha um propósito missionário (Jo 20.30-32).
Ao longo da
história, vemos a Igreja estimulando a leitura, aquisição e disseminação da
Palavra de Deus como instrumento valioso para que o ser humano conheça o amor
divino e Seu plano de salvação. A partir da firme convicção da interação entre
a Bíblia e a obra missionária é que as diversas agências e sociedades bíblicas
têm enfatizado a importância da tradução e distribuição da Palavra de Deus
alcançarem proporções cada vez maiores.
3. Missões
e a trindade
Um dos
textos bíblicos que enfatiza o trabalho do Deus Trino na obra missionária é o
que registra a ordem de Jesus Cristo: “...ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Assim, cada Pessoa da Trindade está envolvida no envio, no comissionamento, na
capacitação e na promoção da ação missionária.
3.1. A
participação de Deus Pai
O
conferencista em Missões, Robert E. Speer, declarou: “É no próprio ser e caráter
de Deus que a base mais profunda do esforço missionário deve ser encontrada”. É
importante que esta ênfase teocêntrica seja destacada em Missões, pois, como o
apóstolo Paulo registrou na epístola de Efésios, somos abençoados, escolhidos,
redimidos “para louvor e glória da sua graça...”; “...para louvor da sua
glória...” (Ef 1.3-14). Deus Pai nos criou para que relacionássemos com Ele.
Após o pecado, agiu para que ocorresse a reconciliação.
Assim desde o
princípio, a obra missionária é a missão de Deus (“Missio Dei”). Ele enviou
Abraão, Jose, Moisés, os profetas e Jesus Cristo, o Salvador (Jo 3.16-17; 6.38;
20.21).
3.2. A
participação de Jesus Cristo
Em Jesus
Cristo encontramos a realização plena da ação missionária de Deus Pai. Enviado
pelo Pai, veio para “servir e dar a sua vida em resgate de muitos”,
“aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Mc 10.45; Fp 2.6-8). Ele é
o cumprimento das promessas do Antigo Testamento desde Gênesis 3.15. Assim,
Jesus Cristo é o modelo no cumprimento da missão: “Assim como o Pai me enviou,
eu também vos envio” (Jo 20.21). Após Sua ressurreição, Ele abre o entendimento
dos discípulos para compreenderem as escrituras (Lc 24.25) e mostra-lhes que já
estava previsto no Antigo Testamento a Sua vinda, que padeceria, ressuscitaria
e que “...em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em
todas as nações” (Lc 24.46-47). Ele declara: “É-me dado todo o poder no céu e
na terra” (Mt 28.18), antes de lançar a chamada Grande Comissão.
O senhorio de
Jesus Cristo é universal, logo a missão também é universa; “todas as nações”.
Ele não somente comissionou, mas prometeu estar com os Seus discípulos. A presença
de Jesus Cristo, que tem todo o poder, é a garantia de que a missão alcançará
êxito. Ele é a mensagem. A missão e a mensagem são cristocêntricas. Em uma
ocasião, um hindu questionou o Dr. E. Stanley Jones: “O que o cristianismo
oferece que não encontramos em nossa religião?”. Então, ele respondeu: “Jesus
Cristo”.
3.3. A
participação do Espírito Santo
O Espírito
Santo atua na história desde o princípio: “o Espírito de Deus se movia” (Gn
1.2). Atuou na criação (Jó 33.4; Sl 104.30). Continua atuando até hoje. Por
todo o período do Antigo testamento vemos a ação do Espírito santo na vida de
tantos que foram chamados e enviados por Deus, capacitando-os para o
cumprimento da missão. Logo no início do Novo testamento lá está o Espírito
Santo agindo em Maria para a encarnação de jesus Cristo, enchendo Isabel, mãe
de João Batista, e, depois, ungindo o próprio Messias (Lc 1.35, 42; 3.22). Pelo
Espírito Santo, jesus Cristo se ofereceu como sacrifício (Hb 9.14). O próprio
Jesus Cristo prometeu que o Espírito Santo estaria sempre conosco (Jo 14.16).
As últimas
palavras de Jesus Cristo antes da ascensão foram sobre o Espírito Santo e Sua
atuação na vida dos Seus discípulos, capacitando-os para a proclamação do
Evangelho da salvação “até os confins da terra” (At 1.8). Lemos no livro de
Atos o Espírito Santo não apenas capacitando, mas dirigindo a obra missionária
(At 4.31; 13.2; 16.6-7). Portanto, o Espírito Santo e a missão não podem ser
separados. Ele é um Espírito Missionário.
Conclusão
Considerando
que o Deus Trino e Uno se revela como Missionário, desde o princípio, e que, em
Sua soberania, decidiu vocacionar homens nascidos de novo para cumprir a missão
de tornar conhecido o plano de salvação para a humanidade, é imprescindível que
a Igreja priorize tal atividade.
Neste trimestre, estudaremos sobre a
missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e
discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no
cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e
evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20).
Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista
desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo
evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos
o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais.
Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 06 Agosto de 2017 da
Escola Bíblica Dominical.
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