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domingo, 13 de agosto de 2017

EBD - Missões no Antigo Testamento


Texto Áureo
Jeremias 1.7
Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.

Verdade Aplicada
Missões é doutrina bíblica. Não se trata de modismo ou fruto da criatividade da Igreja.

Textos de Referência
Isaías 6.5-8

Então, disse eu: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!
Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.


Sementes de Bondade

Muitos enxergam o Antigo Testamento como um texto retrogrado, arbitrário e incoerente com a realidade do mundo moderno. Mas, para todos aqueles que se dedicam a uma leitura sistemática e responsável destes livros milenares, verdades eternas choram de suas páginas amareladas e castigadas pelo tempo. É ali, através dos relatos de patriarcas, visões, poemas, cânticos e profecias, que entendemos com clareza o caráter de Deus. Enquanto muitos estudiosos se voltam a discussão de um Deus iracundo, vingativo e destruidor, através da revelação do Espírito Santo, conseguimos entender as motivações do Criador por de trás de suas ações mais drásticas: Amor. Deus ama o ser humano, e desde o Éden, tem se dedicado em trazer a humanidade de volta para si, mesmo que para isso, por vezes, seja preciso agir com severidade e rigor. Embora seja difícil a assimilação, a grande verdade, é que Deus permitiu a morte de gerações inteiras, para com isso, dar aos povos uma chance de recomeços. Oportunidades de voltar a fazer o que era certo. Deus sempre agiu visando a redenção do homem. E, infelizmente, a redenção sempre esteve ligada ao derramamento de sangue. Por causa disto, é comum encontramos pessoas que transformam as páginas no Antigo Testamento em roteiros para filmes de terror, sem entender que ele é de fato, uma ode ao amor eternal do Criador.

Devemos ter consciência que amor e justiça são atributos da personalidade de Deus. Ambos agem de forma simbiótica, não havendo possibilidade de uma prevalecer sobre a outra. Deus é bom porque é justo, e é justo porque é bom. Ele estabeleceu diretrizes que indicam ao homem o caminho a ser seguido rumo ao destino por Ele planejado antes da fundação do mundo. Uma estrada certeira que conduz a salvação, onde não há erro e nem dolo. Infelizmente, o homem sempre escolhe atalhos (Jeremias 29:11).  Estas decisões erradas da humanidade, jamais irão alterar o plano original de Deus, mas, certamente, aceleraram um processo imediato de intervenção, seja para bem ou para mal.

Quando lemos os primeiros capítulos de Gêneses, testemunhamos o declínio moral e espiritual da humanidade. Nos dias de Noé, vemos Deus se confrontando com a terrível realidade dos homens que se tornaram maus e inconsequentes. Corromperam-se, e neste processo, corromperam a terra também. Era preciso uma intervenção, que possibilitasse uma chance de recomeço.  A tragédia do dilúvio, neste caso, era apenas uma consequência das próprias ações da humanidade. A sentença de que o pecado atrairia a morte sobre o mundo, já tinha sido lavrada no Éden, conforme registrado em Gênesis 2:17. Logo, Deus estava em seu total direito de tomar para si as vidas que lhe eram devidas em decorrência da calamidade pecaminosa que havia se espalhado pelo mundo. O dilúvio apenas “adiantaria” o processo. 

Mesmo assim, o Senhor ansiava encontrar arrependimento na humanidade, e por 120 anos, as portas da arca foram mantidas abertas para quem desejasse entrar. A escolha entre o “barco” e as “águas” foi tomada pelo homem, e não por Deus.
De qualquer forma, o plano original estava mantido.  Os desígnios de Deus convergiam para que a terra fosse povoada a partir de uma família, e neste caso, Deus mantém sua estratégia, apenas substituindo Adão por Noé. Muda-se os personagens, mas a história, do ponto de vista eterno, continua inalterável. Numa linguagem figurada, podemos dizer que Deus não mexeu no tabuleiro, apenas reposicionou as peças.

Os leitores mais atentos entendem que o “arrependimento sentido por Deus” por ter criado o homem, fala de sua tristeza pela condição humana. E este, foi de fato, o marco para um recomeço, onde o "sangue" que clamava na terra foi “lavado.”  Uma nova semente de bondade estava sendo plantada através de Noé. As gerações seguintes cometeram os mesmos erros de seus antepassados, mas, cumprindo a promessa feita de retardar a destruição, Deus investiu ao longo da história em novos começos. Em Abraão, Ele iniciou Israel (uma nação para ser modelo). Em Jesus, iniciou a Igreja (um povo santo e separado para ser luz do mundo). Futuramente, iniciará em Cristo, um reino perfeito de paz e felicidade permanente, descrito nos últimos capítulos de Isaías. Apocalipse 21:1 nos fala de um novo céu e uma nova terra, já que o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia mais. O plano divino chegará ao seu ápice. Neste dia, a porta da arca estará definitivamente fechada, mas, hoje, as “comportas” ainda estão escancaradas.

Se na antiguidade, a arca foi o meio proporcionado por Deus afim de que os que cressem escapassem da morte, hoje, essa “saída” é Jesus. Ele é a arca onde devemos nos refugiar, e esta é a mensagem que devemos pregar, independente de quem a escute e aceite.


Expansão e Abrangência  
Pb. Bene Wanderley

Como já temos visto no transcorrer das lições anteriores, “ a obra missionária” é um propósito que está no coração de Deus desde a eternidade. E como bem já sabemos, o primeiro Missionário foi o próprio Deus. Na lição aqui estudada, iremos expandir este conceito. Temos em Gêneses 1:27-28, a revelação bíblica de nossa criação. O texto é claro quando diz, que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e ali mesmo lhe agraciou com a bênção de ser fecundo, isto é, com o poder de multiplicação. Deus disse ao primeiro casal: - Multiplicai-vos, encham a terra, sujeitai-vos e a dominai. Que coisa gloriosa é a missão do homem sobre a terra. Deus planejou para o homem um futuro maravilhoso e grandioso. Deus, deu ao homem poder de multiplicar, de dominar e de reinar. Isso está no cerne do homem.

Dentro desta perspectiva bíblica, fica impossível ignorar, que a vontade de Deus é que os homens sejam multiplicadores. Multiplicar é o propósito primordial de Missões. Isto tem tudo a ver com o próprio Deus, pois Ele mesmo é um ser infinito. Não se pode enumerar as suas maravilhas, é incalculável o número dos seus dias. Quando Deus começa seu relacionamento com o homem, fica bem claro o que Deus espera da humanidade. Expansão e abrangência. Chegamos então a um momento de clareza em entendimento, de que a “Missão” é o ato e o poder de multiplicar. É o dom que Deus deu para o homem, e o que Ele espera de sua igreja. Esse é o ponto de partida do Antigo Testamento, como base das Missões segundo Deus.

Em seguida Gêneses 3, encontramos a a segunda base de "Missão" no Antigo Testamento. Neste texto, Deus vem à procura do homem já decaído, o chamando pelo nome, mesmo sabendo onde ele estava. Neste texto está explícito o coração Missionário de Deus.  Missão é ir justamente onde se encontra os pecadores, e mesmo sabendo de seu triste estado, estar dispostos a busca-los com carinho e amor. Deus poderia ir direto ao esconderijo onde o homem estava, mas veja como Deus age em relação ao homem perdido. Ele chama o homem, ele vai em busca dele e espera a resposta deste mesmo homem. Esse é um dos princípios básicos da obra missionária.

Em Gêneses 3: 14-15, Deus declara o plano de resgate de todos os homens, estabelecendo um tempo onde viria um “outro homem” que definitivamente iria desfazer, aniquilar, destruir, esmiuçar as obras do mal. No transcorrer dos séculos Deus trabalhou, influenciou e transformou homens e mulheres, com o fim único de salvar os pecadores de seus delitos e pecados. Vemos isso nos registros do Antigo Testamento, na vida de muitos homens e mulheres que Deus levantou com o único propósito; trazer o homem de volta para um relacionamento com ele.

O Antigo Testamento está repleto de ação missionária, desde Adão até a chegada do Messias. Os relatos e fatos são claros. Com a chegada do Cristo, as escrituras são esclarecidas de forma magnânima e com uma proeza espetacular. As formas que Jesus Cristo dá aos seus dias terrestres é o cumprimento exato do Antigo Testamento em forma de seu ministério. Em Jesus Cristo vemos o Deus de Gêneses andando, se movendo, se relacionando com os homens, se manifestando como um de nós. Temos uma missão como igreja; dar sequência a obra missionaria de Deus.

Material Didático

Revista Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo, Missões e Discipulado – Lição 7
Missões no Antigo Testamento
Comentarista: Bp. Oídes José do Carmo












Introdução
Enfatizaremos nesta lição, assim como os missiólogos e escritores dos séculos XX e XXI, que o Antigo Testamento é a base para a atividade missionária da Igreja entre todas as nações e povos do mundo.

1. O planejamento de Missões.

É praticamente impossível compreender a obra missionária no contexto histórico do Antigo Testamento sem o entendimento correto do plano da redenção estabelecido desde o princípio.

1.1.         Conceito de Missões no Antigo Testamento.

Como temos estudado nas lições anteriores, desde o princípio, a Bíblia revela a missão de Deus (Missio Dei), por intermédio do povo separado por Deus, para alcançar todo o mundo, por causa do amor de Deus, para restaurar a Sua criação ao propósito original. Tal revelação passa pela benção e orientação ao primeiro Casal (Gn 1.27-28), pelo Criador perguntando pelo primeiro homem após a queda, a promessa feita e a providência divina (Gn 3.9, 15, 21), e por tantos que foram chamados, vocacionados e enviados pelo Senhor Deus, denunciando o pecado, anunciando o juízo divino, convocando ao arrependimento e revelando a vinda do Messias, o Salvador Jesus Cristo, para consumar o plano divino de salvação (2Pe 2.5; Jd 14; Sl 22; Is 53).

É importante aproveitar a presente lição para enfatizar a necessidade dos discípulos de Jesus Cristo em conhecer as Escrituras como um todo. Missões é doutrina bíblica. Não se trata de modismo ou fruto de estudos teológicos, ou resultado da criatividade da liderança eclesiástica. Assim como não é um plano divino somente criado no tempo do Novo testamento. Portanto, é fundamental considerar o princípio hermenêutico de conhecer plenamente as Escrituras. Constataremos, então, que a atividade missionária tem sua origem na natureza de deus e não na natureza da Igreja. O professor de teologia na Universidade de Birmingham, J.G. Davis, Escreveu que Deus é “um ser centrífugo”. O Deus revelado na Bíblia é o Deus Missionário.

1.2.         Princípios da obra missionária.

No Antigo Testamento encontra-se os princípios básicos da atividade missionária. O próprio Jesus Cristo frequentemente relacionava a Sua identidade e missão às Escrituras Sagradas do Antigo testamento. Após Sua ressurreição, Ele revela aos discípulos que tanto Seu sofrimento, Sua morte e Sua ressurreição, como atividade missionária da Igreja – “pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações” (Lc 24.46-47) -, já estavam previstos nos escritos do Antigo Testamento.

Alguns dos principais missionários que podem ser destacados: as Escrituras Sagradas, em sua totalidade, revelam a ação global de Deus para salvar a humanidade; o propósito último da criação de todas as coisas: a glória de Deus (Sl 19.1; Is 43.7); o alcance é mundial (Gn 3.15; Is 53); Deus chama, capacita e envia seres humanos na atividade missionária – Abraão, José, Moisés, profetas, etc. – (Is 6.8; Jr 1.7). Refletindo nos princípios bíblicos encontrados no Antigo Testamento que norteiam a obra missionária, aprendemos, como escreveu John Stott, “a interpretar cada texto à luz de tudo é a parte, à luz do todo”.

1.3.         O texto bíblico usado por Pedro e Paulo.

Há a tendência de pensar sobre atividade missionária como uma tarefa estabelecida a partir da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Contudo, com base em textos bíblicos que registram as palavras dos apóstolos Pedro e Paulo, Missões é um assunto bíblico que está presente nas Sagradas Escrituras muitos séculos antes do registro do Evangelho de Mateus. A exposição de jesus cristo mencionada em Lucas 24.44-47 foi tão impactante que nos registros das mensagens dos apóstolos, quando estes queriam enfatizar que o plano divino de salvação era para todos os homens (não apenas os judeus), não constam as palavras da Grande Comissão, mas, sim, o chamado “verso misterioso”: Gênesis 12.3. Os apóstolos, Pedro e Paulo o citaram, respectivamente (At 3,25-26; Gl 3.8).

É possível que, pelo fato de estarem atuando num contexto de conflito com os religiosos judeus, Pedro e Paulo não tenham citado as palavras de Jesus da Grande Comissão. Mas, estrategicamente, mencionaram um texto do Antigo Testamento, que era conhecido dos Seus oponentes. Contudo, o uso de Gênesis 12.3 por parte da Igreja Primitiva é indicação clara de que o Novo Testamento é continuação do propósito original do Deus Missionário. Na epístola aos Gálatas, Paulo pontua a ligação existente entre a aliança abraâmica e o Evangelho proclamado por ele (Gl 3.6-9, 13-16).

2.          A contínua ação do Deus Missionário.

Mesmo nos períodos mais longínquos e sombrios da história, o Deus Missionário sempre teve na terra Suas testemunhas.

2.1. Revelação Geral e Revelação Especial.
Interessante que a própria natureza é uma testemunha, conforme encontramos em Atos 14.15-17 e Romanos 1.18-21. O Deus Missionário se revelou. É possível conhece-Lo. Deus testemunha, por meio da criação, Sua providência, Seu cuidado, Seu amor e da Sua própria imagem nos seres humanos. Esta revelação é identificada nos estudos teológicos como a Revelação Geral. A Revelação Especial contém os mandamentos, o plano divino de salvação, as Escrituras Sagradas, a pessoa de Jesus Cristo.

Muitos foram chamados por Deus para testemunhar a Revelação e tornar conhecido a Revelação Especial: Raabe (Js 2.9-11); Abel (Hb 11.4); Enoque (Gn 5.22,24); Noé (Gn 6.8-9), chamado “pregoeiro da justiça” (2Pe 2.5); José, que além de ser testemunha do Senhor no Egito (Gn 39.9; 40.8; 41.16), foi o instrumento de Deus para preservar os descendentes de Abraão (Gn 45,5-8).

2.2. O Evangelho anunciado a Abraão.

É interessante ressaltar que o próprio Deus “anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8). A mensagem divina das boas-novas anunciava que Abraão seria abençoado e que a bênção alcançaria “todas as nações”. Aqui encontramos a continuidade da revelação do plano divino de salvação: a semente da mulher (Gn 3.15) viria por intermédio da descendência de Abraão. Mais adiante, Deus repete a promessa a Isaque (Gn 26.1-5).

O Deus missionário estava atento aos descendentes de Abraão que há mais de quatrocentos anos estavam no Egito. A Bíblia registra: “e clamaram; e o clamor subiu a Deus” (Êx 2.23). O Senhor Deus ouviu o clamor e “lembrou-se do seu concerto” (Êx 2.24). A partir daí, Deus age para libertá-los. Vai ao encontro de Moisés e o envia ao Egito para tirá-los dali e conduzi-los à terra que prometeu aos descendentes de Abraão (Gn 15.13-16). A manifestação do poder de Deus no Egito, no deserto e na travessia do Jordão foram verdadeiros testemunhos não apenas para Israel, mas também para as demais nações (Js 2.9-11).

2.3. A ação missionária na Terra Prometida.

Raabe, que acolheu os espias em sua casa, na cidade de Jericó, é um exemplo de pessoas que não era descendente de Abraão, mas, ao ouvir sobre os atos do poderosos de Deus, declarou: “porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo da terra” (Js 2.11). A misericórdia e o amor de Deus alcançaram ela e todos que estavam em sua casa. Ela conta na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.5), e na galeria de heróis da fé (Hb 11.31). Afinal, a promessa feita a Abraão tem alcance mundial: “todas as famílias da terra”.

Os exemplos de Raabe e também de Rute, a moabita (Rt 1.16), que após conviver com sua sogra fez a conhecida declaração de fé, servem de ilustração para a mensagem do Salmo 67, um dos muitos salmos com mensagem missionária: “Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe... Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação” (Sl 67.1-2). Este salmo lembra a promessa abraâmica e como a bênção alcançará pessoas de todos os povos e nações, por intermédio da fé (Gl 3.7-9).

3.          Israel a nação missionária.

O projeto divino para Israel como nação escolhida por Deus foi que como tal pudesse exercer um papel missionário no mundo.

3.1.         Israel, a nação testemunha.

Encontramos em Êxodo 19.4-6 que o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito era que o povo se aproximasse dEle e fosse povo exclusivo dEle, sacerdotal e santo. Assim seria um povo separado para adorar a Deus e, então, fazer conhecido o caminho e a salvação do Senhor entre todos os povos, para que todos louvem e temam ao Deus todo-Poderoso (Sl 67). O apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja com as mesmas características e responsabilidades atribuídas a Israel (1Pe 2.9). É preciso que cada discípulo de jesus Cristo conheça e viva estes chamado e vocação.

Devemos atentamente observar o que disse o apóstolo Paulo acerca de nossa eleição e do tropeço de Israel: “E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: de Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades” (Rm 11.12, 25, 24-26).

3.2.         Ação missionária dos profetas.

Autor da salvação e da obra missionária, Deus levantou profetas, homens que dEle recebiam diretamente uma mensagem de juízo ou despertamento para que o povo se voltasse para Sua presença (Am 3.7). Talvez a história do profeta Jonas seja um dos principais referenciais missionários do Antigo Testamento, por constar o mandato do Deus Missionário ao povo escolhido com relação a outro povo. Uma introdução à Grande Comissão entregue por Jesus Cristo à Igreja (Mt 28.18-20).

O Deus de Israel é também o Deus de Nínive, mas o profeta Jonas procurou fugir de Deus e da missão recebida. Ainda não tinha compreendido que Deus havia escolhido Israel para ser Seu instrumento, atraindo a adoração de todos os povos à Sua glória. E nós?

3.3.         O reino de Judá disperso e exilado.

A infidelidade trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá. Os habitantes foram exilados na Babilônia e apenas os pobres dentre o povo foram deixados na terra de Judá (Jr 30.1-10). Foi nesse período que, sem a adoração no templo, os judeus fundaram sinagogas em muitos lugares, para não perderem a sua cultura e adoração. Jesus reconheceu o zelo missionário dos fariseus, mas reprovou sua hipocrisia (Mt 23.15). Foi a partir dessas sinagogas que Paulo fundou várias igrejas cristãs em vários países.

Importante ressaltar que até durante o cativeiro de Judá ocorreu atividade missionária, por intermédio de judeus tementes a Deus, como os profetas Ezequiel e Daniel. Vide os testemunhos pagãos (2Cr 36.22-23; Dn 2.46-47; 6.25-27). Assim como, também, as sinagogas (“lugares de reunião”) contribuíram para disseminar, entre os judeus nascidos na dispersão e os habitantes das cidades em centenas de regiões fora da Palestina, as promessas divinas de restauração, a fé monoteísta dos judeus, os feitos poderosos de Deus ao longo da história e a expectativa da vinda do Messias, o Salvador do mundo. O próprio Jesus Cristo anunciava a chegada do Reino de Deus nas sinagogas. As sinagogas atraíam também os gentios, que eram despertados pela exposição das Sagradas Escrituras.

Conclusão.

O antigo Testamento está repleto de princípios bíblicos e registros de atividades missionárias. Deus já estava agindo para tornar conhecido Seu plano de salvação em toda a terra. Que cada discípulo de Cristo esteja consciente da responsabilidade de prosseguir com a obra missionária nesta geração.



Neste trimestre, estudaremos sobre a missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20). Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais. Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 13 Agosto de 2017 da Escola Bíblica Dominical.


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