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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Plenitude de Amor


Até mesmo a mais pacífica pessoa, certamente já lutou uma acirrada batalha que tem vitimizado milhares de pessoas todos os dias: o conflito interior. Ninguém está imune as dúvidas, as incertezas e a insegurança com o desconhecido (e imprevisível) amanhã, e por vezes, nos encontramos numa luta ferrenha contra o mais perigoso dos adversários... nós mesmos!

A verdade, por mais assustadora que seja, é que seu inimigo mais perigoso está diante de você todos os dias, enquanto penteia seu cabelo pela manhã. Mas viver em eterno conflito é algo que não podemos aceitar. O problema é que mágoas e rancores impedem que um tratado de paz seja finalmente selado entre o “eu” e o “eu mesmo”. Seria irônico, se não fosse tão trágico. Muitas pessoas plantam em seu coração esta sementinha maligna chamada mágoa, e passa a cuidar dela com tanto esmero, que em pouco tempo, ela já se transformou numa gigantesca árvore produtora de frutos amargos e rançosos. Nos seus galhos mais altos, ainda são amarradas cordas com laços habilmente trançados, afim de enforcar “Deus e o Mundo”, mas o dono deste diabólico jardim se esquece que a grande vítima em potencial é exatamente quem cultiva a árvore.

É preciso correr para a loja de Deus, adquirir um machado chamado “perdão” e derrubar esta sequoia maligna, cujas raízes comprometem a estrutura de todos os edifícios em sua volta. Caso contrário, seremos como zumbis espirituais, como soldados gravemente feridos cuja hemorragia nunca estanca, vivendo apenas para esperar a morte. Quem cultiva mágoas se torna amargo e desagradável, e de sua boca escorre fel e voam abelhas de ferrões afiados. O resultado disto é um paulatino isolamento. Nesta vida, ninguém tem a capacidade de ser feliz vivendo só e isento de carinho... mas convenhamos, quem gosta de acariciar um porco-espinho?

Relacionamentos são complicados, e é preciso sabedoria para torná-los agradável para todos os envolvidos. Mesmo assim, ainda existirão desgastes, decepções e tristezas. É exatamente dentro destes invólucros que estão escondidas as sementinhas da mágoa, e a decisão a se tomar é muito objetiva: Jogar a semente fora (perdoar), ou plantá-las e deixar este jardim maldito dominar sua vida.

Quem cultiva mágoas em seus relacionamentos pode ser comparado a um sacerdote cujas mãos estão amarradas, impossibilitadas de oferecer um sacrifício para Deus. Desta forma, ele não tem como colocar sobre o altar do Senhor o cordeio sacrificial de seus relacionamentos, mantendo Deus afastado de aspectos determinantes de sua vida. Quem apresenta ao Senhor suas mágoas e as queima no fogo santo do holocausto, consegue atrair Deus para seus relacionamentos, tornando-se capaz de atos nobres, de estender a mão ao necessitado (como fez o samaritano), e de olhar pelo retrovisor da vida, enxergar a quantidade de “besteira” que fez, arrepender, voltar atrás, pedir perdão, e com a graça de Deus, reconstruir relacionamentos outrora saudáveis. Quando esteve entre nós, o objetivo de Jesus não foi nos ensinar a viver uma vida de “moralidade”, mas sim, em plenitude de amor, provando inclusive em sua morte, que o amor cobre uma multidão de pecados.

Derrube a árvore, queime as sementes, expurgue o mal e pratique o amor... Ele é o único dom que não será extinguido!



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