Texto
Áureo
Atos 12:11
E Pedro, tornando a si,
disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da
mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava.
Verdade
Aplicada
A oração é a chave que
nos dá acesso aos compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela pode nos
revelar o como, o quando e a maneira menos cansativa para a vitória.
Textos de
Referência
Atos 12:1-5
E por aquele mesmo tempo
o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; e
matou à espada Tiago, irmão de João.
E, vendo que isso
agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias
dos ázimos.
E, havendo-o prendido, o
encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que
o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
Pedro, pois, era
guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
Paz em meio a tempestade
O
Evangelho de Jesus Cristo não promete uma vida de “Mar de Rosas” aos seus
seguidores. Pelo contrário, Jesus informou aos seus discípulos que eles seriam
enviados como “ovelhas para o meio de
lobos” (Mateus 10:16). Historicamente, a Igreja tem enfrentado inúmeros
períodos de ferrenha perseguição, sendo que ainda hoje, cristãos são
barbarizados e assassinados por causa de sua fé em diversos lugares do mundo.
Mesmo assim, a mensagem de Jesus jamais foi calada e seus mensageiros nunca
deixaram de vivenciar uma profunda paz, apesar das “conturbações” impostas pelo
mundo e seus sistemas. Mesmo em estados
laicos como é o nosso, a vida cristã e bombardeada por agendas abarrotadas,
dias extremamente curtos, excesso de trabalho, e a ameaça constante de
apostasia. Aparentemente não temos espaço em nossas vidas (ou em nossos
dicionários) para palavras como serenidade e tranquilidade, pois vivemos em um
cenário parecido com a pintura de um velho artista: montanhas desoladas sendo severamente castigadas por uma imensa e
assustadora tempestade. Pois foi
exatamente esta “obra” que ganhou o prêmio principal em um concurso cuja a
temática era exatamente a “PAZ”.
Conta-se
que certo príncipe, decidiu promover uma exposição de arte e dar um grande
premio ao artista que melhor representasse a PAZ. Centenas de obras foram inscritas e o que não
faltou foram imagens de pássaros brancos, rios cristalinos, por do sol dourado,
jardins floridos e arco-íris. O jovem nobre analisava cada uma das telas com
muita atenção, admirado pela beleza de cada paisagem. Então ele se deparou com
a pintura que causava repulsa em todos que a olhavam... As montanhas eram
rústicas, pedras pontiagudas e ameaçadoras não davam espaço para qualquer
vegetação. O céu era negro com raios avermelhados cortando a escuridão. O
cenário estava borrado pela tempestade torrencial que caia e pelo vento
percebido nos traços não lineares dos riscos acinzentados que traziam vida ao
temporal... A princípio, o futuro rei
ficou tão horrorizado com a audácia do artista quanto qualquer um, mas bastou
analisar com um pouco mais de cuidado aquele quadro para que seu semblante
esboçasse um sorriso, que pouco a pouco se tornou uma deliciosa gargalhada. A
pintura foi então anunciada como a grande vencedora. Todos é claro, ficaram
indignados com essa escolha e perguntavam ao príncipe como uma obra tão
grotesca podia retratar um sentimento tão sublime como a PAZ. O Jovem monarca,
então, apontou para um pequeno ponto na parte baixa do quadro, onde na fenda da
rocha, um pequeno pássaro, aninhado em seu ninho, dormia sossegadamente.
Paz não é
um sentimento.... É um estado de espírito. É uma atitude de serenidade, calma e
força, tranquilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espirito Santo em
nós, mesmo na adversidade e nas tribulações. Uma paz diferenciada que não se
esvai diante das tragédias, pois é forte o suficiente para nos guiar em
calmaria em meio aos vendavais; pois quando a tempestade aperta e o vento
derruba até os que estão voando pelos céus, nós nos escondemos na fenda da
ROCHA (que é Cristo) e dormimos em paz, afinal, dos seus filhinhos Deus cuida
enquanto dormem (Salmos 4:8). Jesus nos prometeu essa paz quando disse “A minha
paz vos deixo, a minha paz vos dou (João 14:27). Esse tipo de PAZ não é natural
no ser humano, mas sim proveniente de nossa perfeita confiança em Deus. Ela se
deriva no fato de que nosso Senhor cuida de nós constantemente e assim não
existem motivos para desespero ou insegurança e dessa forma temos os nossos
corações guardados contra da ansiedade e nossas mentes blindadas contra o
desespero. Essa PAZ é plantada em nós
pelo próprio Jesus, mas deve ser desenvolvida por nós através da meditação e
aplicação da PALAVRA e da busca diária pela presença de Deus em nossas vidas.
Afinal, é preferível estar no meio de uma tempestade tendo Jesus em nosso
barco, do que navegar em águas tranquilas sem ele.
A morte de Tiago e a prisão de Pedro
Era um tempo de
perseguição a todos aqueles que professassem o nome de Jesus. No entanto, a
Igreja tinha uma arma poderosa: a oração. Através dela, Pedro foi salvo da
prisão de forma sobrenatural e miraculosa. A perseguição tinha como finalidade
pôr fim ao cristianismo. Para agradar aos romanos e alcançar o favor dos
líderes judeus, o rei Herodes usou a estratégia de acabar com os líderes,
acreditando que a morte dos pastores dissiparia o rebanho (Atos 12:1-3). O rei
Herodes Agripa I reinou na Palestina por ordem do imperador Claudio, devido a
serviços prestados aos romanos. Esse homem perverso era neto de Herodes, o
Grande, que havia mandado matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes
Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista (Mateus 2:13-8 / Marcos
6:14-29). Herodes pertencia a uma família dada a intrigas e assassinatos, desprezada
pelos judeus que não aceitavam a ideia de serem governados por edomitas. Como
era um político habilidoso, logo descobriu a maneira fácil e barata de obter
popularidade nacional: exterminar os líderes cristãos. Ele fora informado que
os cristãos eram considerados uma seita fanática, apóstata, perigosa e sem
possibilidade de ser recuperada para o judaísmo. E para demonstrar zelo pela
religião judaica, mandou executar Tiago e encarcerou a Pedro, para mata-lo em
seguida. Herodes foi um instrumento do diabo para perseguir a Igreja, pois,
naquele momento, o Evangelho se espalhava pelo mundo, alcançando também os
gentios. O diabo sabe que a Igreja é vitoriosa e que as forças do mal jamais
poderão destruí-la. Se ele não pode destruir a Igreja, ele vai maltratar os
cristãos. Herodes ordenou a prisão de vários cristãos e alguns foram mortos,
dentre eles o apóstolo Tiago (irmão de João e primo de Jesus). Pedro seria a
próxima vítima. O diabo perseguirá a Igreja maltratando a sua liderança. Se
você deseja destruir um grupo, destrua a sua liderança. O alvo do diabo era
matar ou maltratar os líderes da Igreja. Tiago já havia sido morto e o próximo
seria o Apóstolo Pedro, que estava preso, sob forte vigilância. Esta mesma
tática é usada hoje, quando os líderes da Igreja e suas respectivas famílias
sofrem os mais implacáveis golpes do inimigo. Por isso a Bíblia recomenda que a
Igreja ore pelos seus líderes espirituais e os tenham em alta consideração (Hebreus
13:7-17 / I Tessalonicenses 5:12-13).
Pedro tinha noção do risco
que corria. Ele sabia que Tiago já havia sido morto e era o próximo. Mesmo
assim, antes de dormir, tirou as sandálias, a capa e se preparou para uma boa
noite de sono. Será que conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos
executados no dia seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão
tranquilo que o anjo teve que despertá-lo (Atos 12:6-7 / Salmo 4:8). Mesmo na
prisão, Pedro entregou toda a situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso.
Talvez, sua paz se originasse de saber que a Igreja fazia contínua oração a
Deus por sua vida. Assim, mesmo não sabendo como ou quando Deus o livraria,
sabia que o livramento estava a caminho (Atos 12:5). Deus sempre envia paz ao
crente perseguido (Atos 12:6). Enquanto a Igreja orava, Pedro dormia tranquilamente
mesmo naquela situação. Somente a oração é capaz de nos trazer a paz de Deus em
momentos de dificuldades (Isaías 41:10 / Filipenses 4:6-7). Pedro se apropriou
da promessa de Deus: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque Senhor, só tu
me fazes repousar seguro” (Salmo 4:8).
Pedro e Tiago eram
homens dedicados e ao mesmo tempo importantíssimos para a Igreja. Mas, em Sua
vontade soberana, o Senhor resolveu recolher Tiago e prosseguir com Pedro.
Estava se cumprindo o que pediram a Deus em oração após a segunda perseguição
(Atos 4:29-30). Herodes estendeu sua mão para destruir a Igreja e Deus estava
estendendo sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar Seu
Filho. Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a
Pedro, mostrando que era o trono celeste que estava no controle e não o
governante da Terra. É bom saber que,
por mais difíceis que sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam
as notícias, Deus ainda está assentado em Seu trono e está no controle de todas
as coisas. Talvez nem sempre compreendamos seus caminhos, mas sabemos que sua
vontade soberana é o que há de melhor.
Enfrentando com alegria as tribulações
A
esperança pode ser pragmaticamente definida como “uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos, sendo
requerida uma certa perseverança para se acreditar que algo é possível mesmo
quando há indicações do contrário”. Para o cristão, a esperança deve estar
focalizada em Cristo e embasada em fé. Paulo apresenta em Romanos 5:1-4 um mapa
do que podemos chamar de “CAMINHO DA ESPERANÇA”. “Agora que fomos aceitos por
Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus
Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça
de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de
participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois
sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a
aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos
deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio
do Espírito Santo, que ele nos deu”. Para que o Cristão tenha uma esperança
viva e a prova de decepções, a mesma deve ser cultivada em um coração cheio de
amor e aprovado por Deus. Essa aprovação se dá mediante a paciência que
demostramos em meio aos sofrimentos e contrariando toda a lógica, Paulo nos diz
que nosso sofrimento deve nos trazer alegria.
Alegria ou
Gozo é o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto de viver e o legítimo
amor à vida. É este aspecto do fruto espiritual que nos leva a sentir uma
profunda “Satisfação no Senhor” independente das circunstâncias vividas. Ele
não impede que tenhamos momentos de tristeza ou frustração, mas nos capacita a
passar por eles com nossa devoção intacta e nosso desejo de adorar
inalterável. Sua fonte está na Graça de
Deus, que é perfeita e infinita, logo o cristão que atravessa uma noite de
tristeza terá logo pela manhã, motivos de sobra para sorrir; e aquele que ora
em gemidos e lágrimas, terá também motivos para celebrar com cânticos de jubilo
(Salmos 30:5). Sabemos que a vida cristã
implica em muitas provações (João 16:8) e inúmeros perigos (Mateus 10:16), mas
mesmo nas piores condições podemos experimentar dessa imensa alegria que a
presença do Senhor Jesus nos proporciona, afinal, nada e ninguém poderá tira-la
de nós (João 16:22) . Esta alegria, não se trata de um mero sentimento, e nem é
reflexo de um momento de descontração; mas sim uma característica inerente do
homem que se entrega a Deus, pois uma vez feita esta escolha, somos “ungidos”
com o “óleo da alegria” (Salmos 45:7).
Davi
estava em um dos piores momentos de sua vida: Havia perdido seu mentor
espiritual (Samuel), estava muito longe de casa, as circunstâncias tinham
afastado seus amigos, perseguido pelo exército de Israel, encurralado em uma
caverna escura e úmida de Adulão... Motivos de sobra para chorar, se lamentar e
se entregar ao desespero. Mas não são estes sentimentos que encontramos em sua
mais conhecida composição deste período... “ – O Senhor é meu pastor e nada me
faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente as aguas
tranquilas... Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte eu não teria
medo, pois sua vara e teu cajado me consola... Preparas uma mesa perante mim na
presença dos meus inimigos, unges minha cabeça com olho e o meu cálice
transborda... Certamente que a bondade e a misericórdia me seguiram todos os
dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por muitos dias (Salmo 23).Em
vez de lamento, louvor... Ao invés de desespero, esperança... Que estas sejam
nossas palavras nas horas mais tristes
da vida... E que estes sentimentos nos acompanhem dentro das cavernas
escuras para onde um dia teremos que correr.
A oração que produz o sobrenatural
Certamente, a situação
de Pedro parecia sem esperança no âmbito natural. Ele estava acorrentado entre
dois soldados do lado de dentro e do lado de fora havia dezesseis soldados que
guardavam a prisão. Herodes fechou todas as possibilidades humanas, só não contava
com a divina, que foi movida pela contínua oração da Igreja (Atos 12:5). O
exercício que Jesus mais praticou quando estava entre os homens foi a oração.
Ela é a comunicação direta com o Pai, tanto no sentido de comunhão, quanto das
instrução, revelação, direcionamento, governo e intervenções poderosas de Deus
(Mateus 21:22 / Filipenses 4:6 / I João 1:15 / João 14:3). Jesus tinha por
hábito orar à tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com grande poder. Ele
ensinou que a oração pode tudo (Mateus 11:24). A igreja do primeiro século era
alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes, buscou em Deus um
milagre (Atos 2:42). O pregador puritano Thomas Watson disse certa vez - “Não
devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora! ” O anjo chamou Pedro
na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo. Quando tudo parecia estar
perdido, a única alternativa tomada pela Igreja Primitiva foi buscar a solução
em Deus. Se nos posicionássemos em oração para que de Deus viesse uma resposta,
não perderíamos tanto tempo. Certamente, descansaríamos em Deus e o céu se
moveria com certeza. Tenhamos sempre em mente o exemplo do apóstolo Pedro que
conseguiu dormir, um exemplo prático de quem confia a vida nas mãos de Deus.
Deus enviou o livramento,
mas o que provocou tal visitação? A intercessão da Igreja (Atos 12:5). Mesmo
com toda a precaução tomada por Herodes, Deus prova que está no comando e,
quando é acionado, envia sempre em defesa dos Seus o melhor que possui (Atos
12:7). O cárcere representa o poder das trevas, que amarra a vida humana
tornando-a impotente. O poder de Deus é a luz que penetra nas trevas e liberta
os encarcerados (Salmos 146:7-8 / Isaías 61:1 / Lucas 4:18-19). Deus sempre
envia luz no meio das trevas (Atos 12:7). Enquanto a Igreja orava, Deus
iluminava. Uma luz sobrenatural foi derramada sobre a prisão. Não podemos nunca
nos esquecer de que Deus derrama luz nas nossas trevas (Salmos 112:3).
Uma noite antes da
sentença e da execução, Perro é visitado milagrosamente por um anjo (At 12.7).
Antes de despertá-lo, o anjo toca Pedro na ilharga e ele foi liberto das
cadeias. Logo em seguida, foi posto de pé para sair daquele cárcere. O milagre
foi tão espetacular que Pedro se tornou invisível aos olhos de toda a guarnição.
Tanto a de dentro quanto a de fora (Atos 12:9-10). Pedro foi despertado,
liberto e posto de pé. Como Pedro, muitos dormem algemados e precisam de um
toque que desperte e liberte suas vidas. A Igreja tem poder para interceder e
para que milagres aconteçam. Precisamos acreditar no sobrenatural, pois viver
sem oração é como duelar sem armas. A oração é a grande arma que a Igreja
possui para enfrentar as perseguições do mal.
Portas que se abrem
“Pedro, pois, era
guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (Atos
12.5). Esse pequeno e simples advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se
estamos em ação, Deus muda o quadro. Enquanto o inimigo se preparava para o
golpe final, o Senhor se revelou e mudou a situação. Para muitos. Pedro estava
Preso; para Deus, ele estava guardado (Atos 12:5). O anjo fez tudo de modo a
revelar que Deus domina as circunstâncias. Mandou Pedro se revestir, sem
esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade e à noite.
Os soldados não eram problema, tudo estava sob controle. Os planos e propósitos
de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Nada de preocupação para
a vida espiritual de quem está dentro de seus planos. Pedro passou por três
portões e o terceiro era de ferro (Atos 12:10). Não são poucas as portas de
ferro postas pelo inimigo para nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor
está à nossa frente, elas se abrem naturalmente. Muitos cristãos jamais
alcançarão a experiência de Pedro. Porque mesmo que o Senhor remova todas as suas
cadeias e sejam libertos, eles ficam intimados ao deparar-se com outras portas
fechadas. Acham desencorajador e são tentados a desistir. Mostre para eles que
aqui se encontra uma grande chave: cada porta pela qual Pedro passava era
aberta de modo sobrenatural pelo anjo que ia a sua frente. A função de Pedro
era apenas continuar se movendo em fé.
Deus faz o impossível,
nos abre as primeiras portas (Atos 12:13-16). Mas algumas, nós mesmos temos que
abrir. E por que faz isso? Ele sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas
orações ainda podemos ter um cantinho de incredulidade no coração. Parece
incrível que aquele povo que orava pela libertação de Pedro não cresse que
estava às portas. Deus sempre espanta o Seu povo com milagres (Atos 12:11-16).
Enquanto a Igreja orava, Deus fazia milagres. Quando já solto, o anjo deixou
Pedro livre e sozinho. Então, Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei,
verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e
de toda a expectativa do povo judaico (Atos 12:11). Pedro se dirige a casa de
Maria para dar a boa notícia de que Deus havia respondido às suas orações. O
problema é que, quando Pedro bateu a porta, os irmãos não acreditaram que deus
havia respondido às suas orações, exceto a criada Rode (Atos 12:13-15). Os
irmãos acreditavam em Deus, por isso oraram incessantemente por Pedro. No
entanto, quando a resposta bateu à porta de onde eles oravam, eles se recusaram
a crer. Com eles que se repetiu a história de Zacarias pai de João Batista (Lucas
1:5-25). Sendo assim, Pedro continuou batendo até que eles abriram e viram o
milagre de Deus (Atos 12:16).
É interessante como
podemos não estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração (Mateus
21:22). Aqueles fiéis irmãos não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (Atos
12:12-16). Quando finalmente abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram
espantados e se maravilharam diante da gloriosa libertação de Pedro, que não
teria ocorrido a menos que eles agissem baseados no que acreditavam acontecer.
Em cada uma de nossas comunidades, asa pessoas estão batendo à porta. Elas
esperam encontrar uma Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do
cárcere de suas almas. Elas buscam esperança para o desespero, esperam
encontrar em nós um refúgio para suas angústias. É extremamente importante
lembrar para os alunos que Deus sempre estará pronto para se mover em resposta
às nossas orações. Todavia, Ele precisa que acreditemos pela fé naquilo que
pedimos (Marcos 9:23). Desse modo, veremos o Seu poder transformando estas
vidas. A oração nos conecta com aquilo que as possibilidades humanas não
resolvem. Pedro não era apenas o refém de uma potestade governamental. Ele foi
preso por uma força espiritual que manipulava um homem poderoso para fins
demoníacos. Mas a Igreja fez o seu papel e Deus respondeu de forma
sobrenatural. A oração pode todas as coisas (Marcos 9:23).
O Poder da Oração
Ao longo
da história, a perseverança do cristão mesmo diante das mais adversas situações
tem sido uma das mensagens mais impactantes do evangelho. Se Pedro, oprimido
por 16 soldados, dormia tranquilamente as vésperas de sua execução, outros milhares
de cristão morreram nas arenas romanas louvando e orando enquanto eram
destroçados pelas feras. Qual o segredo? – ORAÇÃO! – A oração é uma poderosa
ferramenta de libertação, pois mesmo quando “não abre as portas de escape”, ela
abre nossa visão espiritual afim de contemplarmos a glória que nos aguarda, e
todo o medo é retirado, dando ao cristão a coragem necessária para enfrentar a
morte como a vitória final sobre o mundo. A oração é, portanto, muito poderosa.
A Bíblia não deixa dúvidas quando afirma categoricamente em Tiago 5:16 que a
oração de um justo é poderosa e eficaz, e pode muito em seus efeitos.
A oração é
o único elemento produzido na Terra que consegue a proeza de atravessar por
entre as potestades e legiões celestiais, e literalmente, rasgar os céus. E
ali, onde reina pureza e perfeição, as orações realizadas pelos Servos de Deus,
são recebidas com júbilo e alegria, pois tem a capacidade incompreendida de
perfumar o próprio paraíso. João testemunhou em loco esta realidade, e a
descreveu em suas revelações: E, havendo tomado o livro, os quatro animais
e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles
harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos
(Apocalipse 5:8). Um pouco mais a frente, João se aproxima do Trono do
próprio Deus, e avista diante dele um Altar de ouro. Então um anjo imponente e
deslumbrante chega trazendo em sua mãe um incensário de ouro, tendo em seu
interior uma grande quantidade de incenso, que será usado para manter as chamas
do altar acessas. Entretanto, para que tal “combustão” aconteça, primeiro é
necessário agregar um novo componente a esta mistura: e foi-lhe dado muito
incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro,
que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos
desde a mão do anjo até diante de Deus (Apocalipse 8:3-4).
Que linda
revelação... São as nossas orações que mantem acessa a chama do Altar que está
diante do Trono de Deus. Pode haver privilégio maior? Nenhuma arma fere Deus,
nenhuma tecnologia consegue alcança-lo, nenhum exército pode confrontá-lo...
Mesmo assim, sua mais singela oração tem o poder de fazê-lo se levantar de seu
Trono, para simplesmente sentir o cheiro suave que emana de suas preces... E o
que vem a seguir é colossal: Fogo, trovões, relâmpagos e terremotos (Apocalipse
8:5). E se não bastasse tamanho poder, a oração ainda tem a capacidade ímpar de
comover o coração de Deus em nosso favor, fazendo-o mover suas mãos em nosso
auxilio, bradando dos céus em nosso socorro, pois “todo o que pede,
recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, a porta se abre” (Mateus
7:8). Ela transforma o que parecia ser o fim em um novo começo (II Timóteo
4:7).
Participe da EBD deste domingo, 06/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento
Lição 10
Lição 10
Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes
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