quinta-feira, 3 de setembro de 2015

EBD - O milagre da liberdade de Pedro


Texto Áureo
Atos 12:11
E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava.

Verdade Aplicada
A oração é a chave que nos dá acesso aos compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela pode nos revelar o como, o quando e a maneira menos cansativa para a vitória.

Textos de Referência
Atos 12:1-5

E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João.
E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.
E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.


Paz em meio a tempestade

O Evangelho de Jesus Cristo não promete uma vida de “Mar de Rosas” aos seus seguidores. Pelo contrário, Jesus informou aos seus discípulos que eles seriam enviados como “ovelhas para o meio de lobos” (Mateus 10:16). Historicamente, a Igreja tem enfrentado inúmeros períodos de ferrenha perseguição, sendo que ainda hoje, cristãos são barbarizados e assassinados por causa de sua fé em diversos lugares do mundo. Mesmo assim, a mensagem de Jesus jamais foi calada e seus mensageiros nunca deixaram de vivenciar uma profunda paz, apesar das “conturbações” impostas pelo mundo e seus sistemas.  Mesmo em estados laicos como é o nosso, a vida cristã e bombardeada por agendas abarrotadas, dias extremamente curtos, excesso de trabalho, e a ameaça constante de apostasia. Aparentemente não temos espaço em nossas vidas (ou em nossos dicionários) para palavras como serenidade e tranquilidade, pois vivemos em um cenário parecido com a pintura de um velho artista: montanhas desoladas sendo severamente castigadas por uma imensa e assustadora tempestade.   Pois foi exatamente esta “obra” que ganhou o prêmio principal em um concurso cuja a temática era exatamente a “PAZ”.

Conta-se que certo príncipe, decidiu promover uma exposição de arte e dar um grande premio ao artista que melhor representasse a PAZ.  Centenas de obras foram inscritas e o que não faltou foram imagens de pássaros brancos, rios cristalinos, por do sol dourado, jardins floridos e arco-íris. O jovem nobre analisava cada uma das telas com muita atenção, admirado pela beleza de cada paisagem. Então ele se deparou com a pintura que causava repulsa em todos que a olhavam... As montanhas eram rústicas, pedras pontiagudas e ameaçadoras não davam espaço para qualquer vegetação. O céu era negro com raios avermelhados cortando a escuridão. O cenário estava borrado pela tempestade torrencial que caia e pelo vento percebido nos traços não lineares dos riscos acinzentados que traziam vida ao temporal...  A princípio, o futuro rei ficou tão horrorizado com a audácia do artista quanto qualquer um, mas bastou analisar com um pouco mais de cuidado aquele quadro para que seu semblante esboçasse um sorriso, que pouco a pouco se tornou uma deliciosa gargalhada. A pintura foi então anunciada como a grande vencedora. Todos é claro, ficaram indignados com essa escolha e perguntavam ao príncipe como uma obra tão grotesca podia retratar um sentimento tão sublime como a PAZ. O Jovem monarca, então, apontou para um pequeno ponto na parte baixa do quadro, onde na fenda da rocha, um pequeno pássaro, aninhado em seu ninho, dormia sossegadamente.

Paz não é um sentimento.... É um estado de espírito. É uma atitude de serenidade, calma e força, tranquilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espirito Santo em nós, mesmo na adversidade e nas tribulações. Uma paz diferenciada que não se esvai diante das tragédias, pois é forte o suficiente para nos guiar em calmaria em meio aos vendavais; pois quando a tempestade aperta e o vento derruba até os que estão voando pelos céus, nós nos escondemos na fenda da ROCHA (que é Cristo) e dormimos em paz, afinal, dos seus filhinhos Deus cuida enquanto dormem (Salmos 4:8). Jesus nos prometeu essa paz quando disse “A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou (João 14:27). Esse tipo de PAZ não é natural no ser humano, mas sim proveniente de nossa perfeita confiança em Deus. Ela se deriva no fato de que nosso Senhor cuida de nós constantemente e assim não existem motivos para desespero ou insegurança e dessa forma temos os nossos corações guardados contra da ansiedade e nossas mentes blindadas contra o desespero.  Essa PAZ é plantada em nós pelo próprio Jesus, mas deve ser desenvolvida por nós através da meditação e aplicação da PALAVRA e da busca diária pela presença de Deus em nossas vidas. Afinal, é preferível estar no meio de uma tempestade tendo Jesus em nosso barco, do que navegar em águas tranquilas sem ele.



A morte de Tiago e a prisão de Pedro

Era um tempo de perseguição a todos aqueles que professassem o nome de Jesus. No entanto, a Igreja tinha uma arma poderosa: a oração. Através dela, Pedro foi salvo da prisão de forma sobrenatural e miraculosa. A perseguição tinha como finalidade pôr fim ao cristianismo. Para agradar aos romanos e alcançar o favor dos líderes judeus, o rei Herodes usou a estratégia de acabar com os líderes, acreditando que a morte dos pastores dissiparia o rebanho (Atos 12:1-3). O rei Herodes Agripa I reinou na Palestina por ordem do imperador Claudio, devido a serviços prestados aos romanos. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista (Mateus 2:13-8 / Marcos 6:14-29). Herodes pertencia a uma família dada a intrigas e assassinatos, desprezada pelos judeus que não aceitavam a ideia de serem governados por edomitas. Como era um político habilidoso, logo descobriu a maneira fácil e barata de obter popularidade nacional: exterminar os líderes cristãos. Ele fora informado que os cristãos eram considerados uma seita fanática, apóstata, perigosa e sem possibilidade de ser recuperada para o judaísmo. E para demonstrar zelo pela religião judaica, mandou executar Tiago e encarcerou a Pedro, para mata-lo em seguida. Herodes foi um instrumento do diabo para perseguir a Igreja, pois, naquele momento, o Evangelho se espalhava pelo mundo, alcançando também os gentios. O diabo sabe que a Igreja é vitoriosa e que as forças do mal jamais poderão destruí-la. Se ele não pode destruir a Igreja, ele vai maltratar os cristãos. Herodes ordenou a prisão de vários cristãos e alguns foram mortos, dentre eles o apóstolo Tiago (irmão de João e primo de Jesus). Pedro seria a próxima vítima. O diabo perseguirá a Igreja maltratando a sua liderança. Se você deseja destruir um grupo, destrua a sua liderança. O alvo do diabo era matar ou maltratar os líderes da Igreja. Tiago já havia sido morto e o próximo seria o Apóstolo Pedro, que estava preso, sob forte vigilância. Esta mesma tática é usada hoje, quando os líderes da Igreja e suas respectivas famílias sofrem os mais implacáveis golpes do inimigo. Por isso a Bíblia recomenda que a Igreja ore pelos seus líderes espirituais e os tenham em alta consideração (Hebreus 13:7-17 / I Tessalonicenses 5:12-13).

Pedro tinha noção do risco que corria. Ele sabia que Tiago já havia sido morto e era o próximo. Mesmo assim, antes de dormir, tirou as sandálias, a capa e se preparou para uma boa noite de sono. Será que conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos executados no dia seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão tranquilo que o anjo teve que despertá-lo (Atos 12:6-7 / Salmo 4:8). Mesmo na prisão, Pedro entregou toda a situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso. Talvez, sua paz se originasse de saber que a Igreja fazia contínua oração a Deus por sua vida. Assim, mesmo não sabendo como ou quando Deus o livraria, sabia que o livramento estava a caminho (Atos 12:5). Deus sempre envia paz ao crente perseguido (Atos 12:6). Enquanto a Igreja orava, Pedro dormia tranquilamente mesmo naquela situação. Somente a oração é capaz de nos trazer a paz de Deus em momentos de dificuldades (Isaías 41:10 / Filipenses 4:6-7). Pedro se apropriou da promessa de Deus: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Salmo 4:8).

Pedro e Tiago eram homens dedicados e ao mesmo tempo importantíssimos para a Igreja. Mas, em Sua vontade soberana, o Senhor resolveu recolher Tiago e prosseguir com Pedro. Estava se cumprindo o que pediram a Deus em oração após a segunda perseguição (Atos 4:29-30). Herodes estendeu sua mão para destruir a Igreja e Deus estava estendendo sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar Seu Filho. Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro, mostrando que era o trono celeste que estava no controle e não o governante da Terra.  É bom saber que, por mais difíceis que sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda está assentado em Seu trono e está no controle de todas as coisas. Talvez nem sempre compreendamos seus caminhos, mas sabemos que sua vontade soberana é o que há de melhor.


Enfrentando com alegria as tribulações

A esperança pode ser pragmaticamente definida como “uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos, sendo requerida uma certa perseverança para se acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário”. Para o cristão, a esperança deve estar focalizada em Cristo e embasada em fé. Paulo apresenta em Romanos 5:1-4 um mapa do que podemos chamar de “CAMINHO DA ESPERANÇA”. “Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu”. Para que o Cristão tenha uma esperança viva e a prova de decepções, a mesma deve ser cultivada em um coração cheio de amor e aprovado por Deus. Essa aprovação se dá mediante a paciência que demostramos em meio aos sofrimentos e contrariando toda a lógica, Paulo nos diz que nosso sofrimento deve nos trazer alegria.

Alegria ou Gozo é o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto de viver e o legítimo amor à vida. É este aspecto do fruto espiritual que nos leva a sentir uma profunda “Satisfação no Senhor” independente das circunstâncias vividas. Ele não impede que tenhamos momentos de tristeza ou frustração, mas nos capacita a passar por eles com nossa devoção intacta e nosso desejo de adorar inalterável.  Sua fonte está na Graça de Deus, que é perfeita e infinita, logo o cristão que atravessa uma noite de tristeza terá logo pela manhã, motivos de sobra para sorrir; e aquele que ora em gemidos e lágrimas, terá também motivos para celebrar com cânticos de jubilo (Salmos 30:5).  Sabemos que a vida cristã implica em muitas provações (João 16:8) e inúmeros perigos (Mateus 10:16), mas mesmo nas piores condições podemos experimentar dessa imensa alegria que a presença do Senhor Jesus nos proporciona, afinal, nada e ninguém poderá tira-la de nós (João 16:22) . Esta alegria, não se trata de um mero sentimento, e nem é reflexo de um momento de descontração; mas sim uma característica inerente do homem que se entrega a Deus, pois uma vez feita esta escolha, somos “ungidos” com o “óleo da alegria” (Salmos 45:7).

Davi estava em um dos piores momentos de sua vida: Havia perdido seu mentor espiritual (Samuel), estava muito longe de casa, as circunstâncias tinham afastado seus amigos, perseguido pelo exército de Israel, encurralado em uma caverna escura e úmida de Adulão... Motivos de sobra para chorar, se lamentar e se entregar ao desespero. Mas não são estes sentimentos que encontramos em sua mais conhecida composição deste período... “ – O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente as aguas tranquilas... Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte eu não teria medo, pois sua vara e teu cajado me consola... Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges minha cabeça com olho e o meu cálice transborda... Certamente que a bondade e a misericórdia me seguiram todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por muitos dias (Salmo 23).Em vez de lamento, louvor... Ao invés de desespero, esperança... Que estas sejam nossas palavras nas horas mais tristes  da vida... E que estes sentimentos nos acompanhem dentro das cavernas escuras para onde um dia teremos que correr.


A oração que produz o sobrenatural

Certamente, a situação de Pedro parecia sem esperança no âmbito natural. Ele estava acorrentado entre dois soldados do lado de dentro e do lado de fora havia dezesseis soldados que guardavam a prisão. Herodes fechou todas as possibilidades humanas, só não contava com a divina, que foi movida pela contínua oração da Igreja (Atos 12:5). O exercício que Jesus mais praticou quando estava entre os homens foi a oração. Ela é a comunicação direta com o Pai, tanto no sentido de comunhão, quanto das instrução, revelação, direcionamento, governo e intervenções poderosas de Deus (Mateus 21:22 / Filipenses 4:6 / I João 1:15 / João 14:3). Jesus tinha por hábito orar à tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com grande poder. Ele ensinou que a oração pode tudo (Mateus 11:24). A igreja do primeiro século era alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes, buscou em Deus um milagre (Atos 2:42). O pregador puritano Thomas Watson disse certa vez - “Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora! ” O anjo chamou Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo. Quando tudo parecia estar perdido, a única alternativa tomada pela Igreja Primitiva foi buscar a solução em Deus. Se nos posicionássemos em oração para que de Deus viesse uma resposta, não perderíamos tanto tempo. Certamente, descansaríamos em Deus e o céu se moveria com certeza. Tenhamos sempre em mente o exemplo do apóstolo Pedro que conseguiu dormir, um exemplo prático de quem confia a vida nas mãos de Deus.

Deus enviou o livramento, mas o que provocou tal visitação? A intercessão da Igreja (Atos 12:5). Mesmo com toda a precaução tomada por Herodes, Deus prova que está no comando e, quando é acionado, envia sempre em defesa dos Seus o melhor que possui (Atos 12:7). O cárcere representa o poder das trevas, que amarra a vida humana tornando-a impotente. O poder de Deus é a luz que penetra nas trevas e liberta os encarcerados (Salmos 146:7-8 / Isaías 61:1 / Lucas 4:18-19). Deus sempre envia luz no meio das trevas (Atos 12:7). Enquanto a Igreja orava, Deus iluminava. Uma luz sobrenatural foi derramada sobre a prisão. Não podemos nunca nos esquecer de que Deus derrama luz nas nossas trevas (Salmos 112:3).

Uma noite antes da sentença e da execução, Perro é visitado milagrosamente por um anjo (At 12.7). Antes de despertá-lo, o anjo toca Pedro na ilharga e ele foi liberto das cadeias. Logo em seguida, foi posto de pé para sair daquele cárcere. O milagre foi tão espetacular que Pedro se tornou invisível aos olhos de toda a guarnição. Tanto a de dentro quanto a de fora (Atos 12:9-10). Pedro foi despertado, liberto e posto de pé. Como Pedro, muitos dormem algemados e precisam de um toque que desperte e liberte suas vidas. A Igreja tem poder para interceder e para que milagres aconteçam. Precisamos acreditar no sobrenatural, pois viver sem oração é como duelar sem armas. A oração é a grande arma que a Igreja possui para enfrentar as perseguições do mal.


Portas que se abrem

“Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (Atos 12.5). Esse pequeno e simples advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se estamos em ação, Deus muda o quadro. Enquanto o inimigo se preparava para o golpe final, o Senhor se revelou e mudou a situação. Para muitos. Pedro estava Preso; para Deus, ele estava guardado (Atos 12:5). O anjo fez tudo de modo a revelar que Deus domina as circunstâncias. Mandou Pedro se revestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade e à noite. Os soldados não eram problema, tudo estava sob controle. Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Nada de preocupação para a vida espiritual de quem está dentro de seus planos. Pedro passou por três portões e o terceiro era de ferro (Atos 12:10). Não são poucas as portas de ferro postas pelo inimigo para nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor está à nossa frente, elas se abrem naturalmente. Muitos cristãos jamais alcançarão a experiência de Pedro. Porque mesmo que o Senhor remova todas as suas cadeias e sejam libertos, eles ficam intimados ao deparar-se com outras portas fechadas. Acham desencorajador e são tentados a desistir. Mostre para eles que aqui se encontra uma grande chave: cada porta pela qual Pedro passava era aberta de modo sobrenatural pelo anjo que ia a sua frente. A função de Pedro era apenas continuar se movendo em fé.

Deus faz o impossível, nos abre as primeiras portas (Atos 12:13-16). Mas algumas, nós mesmos temos que abrir. E por que faz isso? Ele sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas orações ainda podemos ter um cantinho de incredulidade no coração. Parece incrível que aquele povo que orava pela libertação de Pedro não cresse que estava às portas. Deus sempre espanta o Seu povo com milagres (Atos 12:11-16). Enquanto a Igreja orava, Deus fazia milagres. Quando já solto, o anjo deixou Pedro livre e sozinho. Então, Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo judaico (Atos 12:11). Pedro se dirige a casa de Maria para dar a boa notícia de que Deus havia respondido às suas orações. O problema é que, quando Pedro bateu a porta, os irmãos não acreditaram que deus havia respondido às suas orações, exceto a criada Rode (Atos 12:13-15). Os irmãos acreditavam em Deus, por isso oraram incessantemente por Pedro. No entanto, quando a resposta bateu à porta de onde eles oravam, eles se recusaram a crer. Com eles que se repetiu a história de Zacarias pai de João Batista (Lucas 1:5-25). Sendo assim, Pedro continuou batendo até que eles abriram e viram o milagre de Deus (Atos 12:16).

É interessante como podemos não estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração (Mateus 21:22). Aqueles fiéis irmãos não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (Atos 12:12-16). Quando finalmente abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram espantados e se maravilharam diante da gloriosa libertação de Pedro, que não teria ocorrido a menos que eles agissem baseados no que acreditavam acontecer. Em cada uma de nossas comunidades, asa pessoas estão batendo à porta. Elas esperam encontrar uma Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do cárcere de suas almas. Elas buscam esperança para o desespero, esperam encontrar em nós um refúgio para suas angústias. É extremamente importante lembrar para os alunos que Deus sempre estará pronto para se mover em resposta às nossas orações. Todavia, Ele precisa que acreditemos pela fé naquilo que pedimos (Marcos 9:23). Desse modo, veremos o Seu poder transformando estas vidas. A oração nos conecta com aquilo que as possibilidades humanas não resolvem. Pedro não era apenas o refém de uma potestade governamental. Ele foi preso por uma força espiritual que manipulava um homem poderoso para fins demoníacos. Mas a Igreja fez o seu papel e Deus respondeu de forma sobrenatural. A oração pode todas as coisas (Marcos 9:23).


O Poder da Oração

Ao longo da história, a perseverança do cristão mesmo diante das mais adversas situações tem sido uma das mensagens mais impactantes do evangelho. Se Pedro, oprimido por 16 soldados, dormia tranquilamente as vésperas de sua execução, outros milhares de cristão morreram nas arenas romanas louvando e orando enquanto eram destroçados pelas feras. Qual o segredo? – ORAÇÃO! – A oração é uma poderosa ferramenta de libertação, pois mesmo quando “não abre as portas de escape”, ela abre nossa visão espiritual afim de contemplarmos a glória que nos aguarda, e todo o medo é retirado, dando ao cristão a coragem necessária para enfrentar a morte como a vitória final sobre o mundo. A oração é, portanto, muito poderosa. A Bíblia não deixa dúvidas quando afirma categoricamente em Tiago 5:16 que a oração de um justo é poderosa e eficaz, e pode muito em seus efeitos.

A oração é o único elemento produzido na Terra que consegue a proeza de atravessar por entre as potestades e legiões celestiais, e literalmente, rasgar os céus. E ali, onde reina pureza e perfeição, as orações realizadas pelos Servos de Deus, são recebidas com júbilo e alegria, pois tem a capacidade incompreendida de perfumar o próprio paraíso. João testemunhou em loco esta realidade, e a descreveu em suas revelações: E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos (Apocalipse 5:8). Um pouco mais a frente, João se aproxima do Trono do próprio Deus, e avista diante dele um Altar de ouro. Então um anjo imponente e deslumbrante chega trazendo em sua mãe um incensário de ouro, tendo em seu interior uma grande quantidade de incenso, que será usado para manter as chamas do altar acessas. Entretanto, para que tal “combustão” aconteça, primeiro é necessário agregar um novo componente a esta mistura: e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus (Apocalipse 8:3-4).

Que linda revelação... São as nossas orações que mantem acessa a chama do Altar que está diante do Trono de Deus. Pode haver privilégio maior? Nenhuma arma fere Deus, nenhuma tecnologia consegue alcança-lo, nenhum exército pode confrontá-lo... Mesmo assim, sua mais singela oração tem o poder de fazê-lo se levantar de seu Trono, para simplesmente sentir o cheiro suave que emana de suas preces... E o que vem a seguir é colossal: Fogo, trovões, relâmpagos e terremotos (Apocalipse 8:5). E se não bastasse tamanho poder, a oração ainda tem a capacidade ímpar de comover o coração de Deus em nosso favor, fazendo-o mover suas mãos em nosso auxilio, bradando dos céus em nosso socorro, pois “todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, a porta se abre” (Mateus 7:8). Ela transforma o que parecia ser o fim em um novo começo (II Timóteo 4:7).




Participe da EBD deste domingo, 06/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.

Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento 
Lição 10

Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário