Um grupo de
apenas 300 soldados se posiciona para a maior batalha de suas vidas, pois o
exército inimigo supera esse número em algumas centenas. Embora as
probabilidades estejam contra eles, esse pequeno grupo de valentes não está
temeroso e nem assustado, pois confiam plenamente na estratégia de seu líder...
Gideão
Ah, Gideão.
Que homem corajoso. Ele foi capaz de em sua juventude promover restauração
espiritual na casa de seu pai, mesmo sendo o filho mais novo. Depois
desenvolveu uma estratégia que garantia a colheita da família mesmo diante de
ataques saqueadores dos midianitas. A poucos dias da batalha, teve a “ousadia”
de dispensar 31.700 soldados que considerou inaptos para compor seu exército, e
agora marcha com um número ínfimo de companheiros para derrotar o inimigo
invasor que já há alguns anos amedrontava toda a nação.
Seu nome é
Gideão, mas ele poderia se chamar “Coragem” ou “Confiança”. Mas nem sempre foi
assim...
Os filhos de
Israel fizeram o que era mal aos olhos do Senhor, e assim, Deus permitiu que os
midianitas os castigassem por sete anos. A opressão imposta por este velho
inimigo íntimo foi tão severa, que os hebreus tomados pelo medo, faziam para
si covas nos montes; recorriam às habitações em cavernas e gastavam seus
últimos recursos em fortificações para se esconder do inimigo. Eles até
podiam cultivar seus campos em paz e tranquilidade, mas, quando chegava à época
da colheita, os midianitas se aliavam aos amalequitas para invadir Israel,
tomando posse do que era colhido e destruindo tudo o que não pudessem
aproveitar.
Os
midianitas e seus aliados eram tribos nômades, assim, eles subiam contra
os hebreus, em grande multidão, com os seus gados e tendas; agindo como
gafanhotos devoradores, usando camelos ágeis e realizando ataques repentinos.
Em consequência desses saques constantes, Israel empobreceu muito, e em
desespero, clamou ao Senhor.
Na cidade de
Ofra, nas terras de Manassés, um ser misterioso é visto assentado embaixo de um
carvalho que crescerá virtuosamente na propriedade de um homem chamado
Joás. Naquele mesmo dia, seu filho Gideão, usava uma eira improvisada que
funcionava em segredo, tal como uma destilaria ilegal numa mina de carvão
abandonada, para malhar o trigo colhido pela família. E é exatamente para lá
que o ser misterioso se dirige. Ele é ninguém menos que o “Anjo do Senhor”.
-
O Senhor é contigo, varão valoroso! – Disse ele a Gideão
- Ai,
senhor meu (Adonai), se o Senhor (Yahweh), é conosco, por que tudo isto nos
sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram,
dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos
desamparou e nos deu na mão dos midianitas – Respondeu Gideão.
- Vai
nesta tua força Gideão. Pois através dela o Senhor livrará Israel da mão
dos midianitas.
- Ai,
Senhor meu (Adonai), com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é
a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.
-
Eu irei com você Gideão. E você irá ferir os midianitas como se fossem um homem
só.
-
Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal.
Gideão tinha
a capacidade. Agora tinha o chamado. Mesmo assim se sentia impróprio para
realizar aquela tarefa, buscando desesperadamente alguma prova física que
aumentasse a confiança em si mesmo e na sua comissão.
Aos olhos de
Deus ele era um homem capaz, valoroso e destemido.
Aos seus
próprios olhos ele era incapaz, pobre e insignificante.
O segredo de
seu sucesso? Deixou de lado o que pensava sobre si mesmo e se tornou exatamente
aquilo que Deus sabia que ele podia ser!
Josué 7-8
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