O termo “FIDELIDADE” faz alusão a atitude de quem é leal, honesto, confiável e
verdadeiro nos compromissos que assume, sendo constante em sua conduta. Numa
definição mais pratica, podemos dizer que a FIDELIDADE é uma observância
rigorosa e exata da verdade, ou ainda, firmeza e lealdade. Todas estas
características estão presentes na composição do caráter divino, e é exatamente
por isso que Ele não desiste de nós, seu projeto mais auspicioso.
É claro que Deus deseja uma reciprocidade
desta relação, por isto, Ele leva muito a sério nossas ações e palavras. Na
atmosfera habitada pelo Senhor, não existe mentira e nem engodo, logo a verdade
predomina absoluta. Deus exige (e cobra) de nós a mais pura verdade.
Entenda: Na presença de Deus a mentira
simplesmente deixa de existir, é portanto não existe a possibilidade de se
mentir ou omitir até o mais escuso pensamento, já que Ele mesmo se revela assim
ao homem espiritual: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta
na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes
aos olhos daquele a quem temos de prestar contas (Hebreus 4:12-13).
Deus jamais se engana e portanto não pode
nós enganar também. Suas promessas são respaldadas na total certeza de que Ele
tem o poder de torná-las em realidade. Não existem palavras ditas no afã do
momento ou verbetes lapidados por sentimentos deturpados e sazonais. Deus é
pontual e preciso, zeloso por honrar cada vírgula de sua Palavra.
Assim, Ele espera que honremos nossas
palavras, votos e promessas com o mesmo esmero. Precisamos entender que Deus
leva o homem muito a sério. Quando Esaú, entorpecido pelas circunstâncias,
trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas, certamente não estava
considerando aquela promessa como válida, mas Deus estava. Como resultado, Esaú
perdeu o direito de herdar as bênçãos patriarcais que lhe eram de direito
(Gêneses 25:34).
Portanto, precisamos refrear nossa
língua, pesar cuidadosamente nossas palavras e medir milimetricamente nossas
ações diante de Deus, pois a fidelidade Dele é tão intensa, que elevará ao
quadrado nossas ações, dando a elas uma conotação muito mais intensa, o que
acarreta maior cobranças sobre elas. Na maioria das vezes não somos
capazes de corresponder a estas expectativas divinas sobre nós, pois nossa
natureza humana ainda se inclina para o mal, com suas mentiras frequentes e
desculpas esfarrapadas, que minam e por vezes implodem, a nossa fidelidade para
com Deus.
Mas nossa infidelidade não compromete a fidelidade de Deus, que
continuará verdadeiro e leal independentemente de nossas atitudes, pois como
disse Paulo em II Timóteo 2:11-13, “fiel é esta palavra: Se, pois, já
morremos com ele, também com ele viveremos; se perseveramos, com ele também
reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se somos infiéis, ele
permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo.”
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