O apóstolo João esteve exilado na
Ilha de Patmus, foi arrebatado em espírito aos céus, onde contemplou o Trono de
Deus, e se reencontrou com seu amigo Jesus, desta vez, revistado de poder e
glória. O Cordeiro agora era Leão. Dentre as coisas inefáveis que João viu e ouviu,
destaca-se as sete cartas ditadas pelo Senhor, e que foram enviadas para as
sete igrejas da Ásia.
A igreja em Éfeso é chamada a reacender a chama do
primeiro amor... A igreja em Smirna é encorajada a enfrentar com fé os dias de
aflição... A igreja em Pergamo é aconselhada a ser veemente no combate aos
falsos ensinos.... A igreja em Tiatira é
inquirida a abandonar o pecado... A Igreja em Sardes é intimada a corrigir suas
obras más.... A igreja em Laodicéia é chamada a uma decisão eternal de arrependimento
e constrição... Já para Filadélfia, foi aberta uma porta que não se pode
fechar...
Na noite deste domingo, 03 de
abril de 2016, o Culto da Família recebeu o Ev. Anderson Cordeiro, vaso do
Senhor usado na ministração da palavra e no uso dos dons espirituais, para uma
reunião profética e transformadora, onde o nosso Deus se manifestou
poderosamente, transformando vidas e fazendo latejar o sentimento puro e
glorioso do primeiro amor.
A antiga cidade de Filadélfia,
cujo nome significa “Amor Fraternal”, estava situada a duzentos metros acima do
nível do Mediterrâneo, e retrata perfeitamente ao ambiente em que viveram
aqueles que cumpriram o propósito de Deus ao erguerem unânimes as suas vozes
num alto brado. Uma “cidade edificada num lugar alto”, e a igreja estabelecida ali,
vivia a plenitude do Evangelho Eterno, o mesmo que deveria proclamar aos que
habitam sobre a Terra, a toda nação, e tribo, e língua, e povo. Situada em uma
vasta colina entre dois vales férteis, regados pelo rio Hermus, Filadélfia era
uma cidade estratégica, principal rota do correio imperial de Roma para o
oriente. Oferecia uma passagem natural, uma porta aberta, por isso ela é também
chamada de “a porta do oriente”.
A carta dirigida à Igreja em
Filadélfia (Apocalipse 3:7-13) compreende o sexto período histórico de um povo,
contra o qual as portas do hades jamais prevaleceram (Mateus 16:18) e depois de
suportar com firmeza as intensas perseguições durante o período negro da
história (538 a 1798 dC), volta ao cenário mundial para cumprir as palavras de
Jesus: “E ser-me eis testemunhas..., até os confins da Terra. ” O ambiente em
que este povo vivia não era dos mais favoráveis, pois em sua volta viviam
aqueles que seguiam as tradições idólatras da igreja romana, com seus altares e
seus templos. Mesmo diante de todas as dificuldades, os fiéis que formavam as
suas fileiras, esquadrinhavam profundamente seus corações, consagravam-se
diariamente a Deus e suas vidas transbordavam de paz, gozo e amor em Jesus.
Deus fortalece o coração da sua
igreja, garantindo a ela que ele é fiel e vê-la pelas suas palavras. Ao contrário
de suas igreja co-irmãs, Filadélfia é abraçada por Deus com palavras de carinho
e promessas de vitória. Jesus se apresenta aos seus fiéis como aquele que detém
todo o poder, e está respaldado por honra e justiça: - Estas são as palavras
daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre
ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir.
Mas o carinho demostrado pelo
Todo Poderoso para com a igreja em Filadélfia não era obra do acaso ou sentimento
aleatório. Havia uma história construída, envolvendo devoção, sacrifico e fé,
tanto que o próprio Cristo testificou: - Eu
conheço as suas obras.... Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha
palavra e não negou o meu nome.
E sobre esta fidelidade repousa
uma recompensa: - Eis que coloquei diante
de você uma porta aberta que ninguém pode fechar.
A igreja em Filadélfia também
tinha dias de trevas para enfrentar.... Uma verdadeira instituição liderada pelo
próprio Satanás havia se levantado para a afrontar. Mesmo assim, os cristãos
não se deixaram abalar. Eles defenderam sua fé diante das impossibilidades, e
adoraram em meio à crise. E por guardarem a palavra da paciência de Cristo, por
Ele seriam guardados da hora da tentação que haveria de vir sobre todo o mundo. Mas
era preciso perseverar em vigilância:
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua
coroa. A quem vencer, eu o farei coluna no
templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu
Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do
meu Deus, e também o meu novo nome.
E ainda hoje, as palavras desta
carta pulsam em nossos corações.... Temos sido como nossos irmãos em Filadélfia?
Nossa fidelidade tem aberto portas? Deus se “orgulha” de nossas ações?
Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
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