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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Escolher ou ser escolhido?


Mateus 8:19, nos diz que veio até Jesus um certo escriba, que de imediato se ofereceu de pronto a seguir Jesus. Suas palavras nos comove, nos faz respirar profundamente, e eu, particularmente, fico até extasiado (arrebatado, enlevado, emocionado) com tais palavra, pois me parece de alguém apaixonado, alguém que está envolvido por um sentimento puro e ao mesmo tempo imerso em euforia. É contagiante!

Mas, não era um sentimento verdadeiro, pois logo que Jesus ouviu tal declaração, sua postura e resposta denotam que Jesus vislumbrou ali, algo que estava em oculto. Não basta apenas querer seguir Jesus, não é o bastante achar bonito o ministério ou coisa do tipo, Jesus não se engana com nossas emoções ou gestos de aparências gentis

Ele não se impressiona com nada que venha de nós, na verdade nós não o impressionamos em nada. O fato é, que muitas vezes queremos aparecer, sermos vistos, admirados, sentir-se importante, ao ponto de bancarmos o papel de ridículos diante do Senhor.

Na verdade, é desse jeito que a atual geração está vendo o Reino de Deus. “Servos” tentando tirar vantagens de seu Senhor, os sacrifícios requeridos são esquecidos, as pessoas estão querendo ganhar e não sacrificar suas vidas. Aquele escriba se auto examinou, se disponibilizou por vontade própria, mas em essência, não priorizava a Jesus, e as renuncias ministeriais lhe seriam um fardo pesado demais. E é bem assim que muitas vezes estamos agindo em relação ao Reino.

Em querer seguir Jesus nada contra; o fato é que o custo dessa entrega é caro, e também quase impagável por qualquer um de nós. Jesus deixou isso bem definido em sua resposta ao escriba. As raposas têm seus covis, e as aves dos céus os seus ninhos, mas, o filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça. As palavras de Jesus nos mostram o porquê aquele escriba foi recusado de imediato: nesse Reino não teremos uma vida de facilidades, confortos e regalias.

Precisamos rever o que estamos fazendo com o dom precioso do evangelho do Reino. Será que estamos dispostos a perder para ganhar no porvir? Até que ponto somos capazes de sofrer para glória do nome de Jesus...

O escriba foi reprovado nestas questões primárias do discipulado.  Em seguida outro homem se aproximou do mestre com a mesma intenção de se engajar o Reino, mas, sob uma condição: - Deixa que eu vá enterrar meu pai primeiro. Depois eu o alcanço, pode ser?  Mais uma vez, Jesus se recusa a receber aquele discípulo com prioridades invertidas. Isso parece irônico, mas é triste,  pois é desse jeito que estamos agindo em relação ao chamado de Deus.

Estamos banalizando o preço a ser pago, a renúncia, ao zelo pelo santo.... Escolhemos ao invés de sermos escolhidos. E me perdoe a franqueza, mas está uma bagunça isso aqui... É hora de mudar. Jesus ainda é o Senhor, o Mestre e o Rei... O critério é Dele, e a prioridade é sempre Ele!


Pb. Bene Wanderley

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